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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Quando o consumo de álcool se torna um problema?

Na semana em que é celebrado o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, confira um teste simples para identificar quando chegou a hora de pedir ajuda

 

Fator que contribui para mais de 300 mil mortes por ano nas Américas, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), o consumo excessivo de bebidas alcoólicas está associado a mais de 200 problemas de saúde, como câncer, tuberculose, doenças hepáticas e cardiovasculares. Para dar visibilidade a esses indicadores e combater o consumo nocivo do álcool, é celebrado em 20 de fevereiro, o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo.  

 

Carlos Alberto, médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, localizada em Santos (SP), explica que por traz da expansão e euforia que essas bebidas podem proporcionar, há um caminho longo que o álcool percorre no organismo.

 

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, está localizada na região litorânea do estado de São Paulo e atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

 

“Quando absorvido pelo estômago, o álcool circula por outros órgãos por meio da corrente sanguínea, afetando o cérebro e todo o sistema nervoso central, o que causa a diminuição dos reflexos e alterações de humor à curto prazo”, destaca o especialista.

 

Além da ressaca e outros sintomas relacionados, a frequente ingestão em excesso do álcool irrita as mucosas do estômago, causando alteração nas enzimas do fígado, irritando-o também. Por isso, quem bebe exageradamente está sujeito a desenvolver algumas complicações:

 

Cirrose: doença crônica no fígado decorrente de lesões e processos inflamatórios persistentes causadas pela bebida;

 

Gastrite: inflamação nas paredes do estômago causadas pela irritação das mucosas do órgão;

 

Hepatite alcoólica: é a inflamação do fígado ocasionada pela concentração de substâncias tóxicas da bebida que prejudicam o funcionamento do fígado com o passar do tempo;

 

Pressão alta e doenças cardíacas: o consumo excessivo do álcool prejudica o controle da pressão arterial, podendo levar à hipertensão, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC).

 

Além disso, o uso excessivo da bebida alcoólica pode trazer desequilíbrio mental e corporal, como impulsividade, agressividade, intoxicação e problemas circulatórios. “O álcool em excesso também pode provocar a baixa do sistema imunológico, deixando a pessoa que for contaminada mais suscetível a diversas doenças, como por exemplo, a Covid-19”, exemplifica o médico. 

 

Outra questão importante é a relação do alcoolismo e algumas doenças psiquiátricas. “Estudos demonstram que pessoas com essas comorbidades apresentam, por exemplo, maiores taxas de suicídio e recaídas. São casos que demandam uma avaliação minuciosa, já que os efeitos do álcool interferem no diagnóstico”, enfatiza Carlos Alberto.

 

Como identificar o vício

O álcool é usado com frequência para socialização e, por alguns, para lidar com emoções difíceis. De acordo com o Ministério da Saúde, à medida que as taxas de ansiedade, medo e depressão se tornaram mais comuns durante a pandemia, o consumo de álcool também aumentou.

 

"O vício pode ser identificado quando há o exagero, ou seja, a transformação do ato de beber em uma compulsão, que passa a ser um ponto central da rotina do indivíduo. O alcoólatra enfrenta doenças graves e problemas de convivência que afetam sua vida familiar, relações sociais e atividades profissionais", alerta o médico.

 

Para te ajudar a identificar situações de risco, responda as perguntas abaixo:

 

1.      Já sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida?

2.      Já se sentiu irritado(a) quando criticaram sua bebida?

3.      Sentiu-se mal ou culpado a respeito do seu consumo de bebida?

4.      Já tomou bebida alcóolica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?

 

Caso você tenha dito sim para a maioria delas, procure ajuda profissional, seja em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), na rede pública, ou Casas de Apoio e grupos terapêuticos.


Pró-Saúde

 

Cuidados paliativos são essenciais no tratamento de câncer em crianças

O dia 15 de fevereiro é marcado pelo Dia Internacional da Luta contra o Câncer Infantil e assim como o tratamento, a cura e o combate, os cuidados paliativos têm um papel importante na vida da criança diagnosticada com câncer. A taxa de mortalidade do câncer no público infantil no Brasil é duas vezes maior do que nos Estados Unidos, de acordo com dados do Instituto Desiderata. 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que 80% dos casos em crianças podem ser curados, caso sejam diagnosticados precocemente. Dentro disso, por não ser possível que todas sobrevivam, os cuidados paliativos se tornam uma forma de prover o atendimento adequado do diagnóstico ao desfecho da condição. 

Nesses casos, é essencial que o suporte para a criança e para a família seja multidisciplinar e possa abranger o físico, emocional, espiritual e social, assim como o apoio às famílias quanto ao luto pela perda. Também é função dos cuidados paliativos mediar os conflitos sobre as decisões de fim de vida, que no caso do paciente infantil, podem ser ainda mais complicadas.

Para pacientes oncológicos, especialmente crianças, a qualidade de vida durante o cuidado e tratamento com a doença é essencial para que os momentos de vida com a doença sejam os mais pacíficos possíveis.

Pensando a partir do ponto de tornar o tempo de vida mais qualitativo ao invés de prolongar a sobrevida por meio de tratamentos invasivos, é preciso ressaltar que a luta contra o câncer – marcada pelo dia 15 de fevereiro –, em casos terminais, também pode ser a oportunidade de viver bem o tempo que se tem.

De acordo com o INCA, a prática de cuidados paliativos pediátricos foi definida em 1998 como assistência prestada a pessoas com doença crônica e/ou ameaçadora da vida. No Brasil, os cuidados paliativos ainda não são acessíveis para todos, especialmente pela falta de medicamentos para combater a dor. 

Cuidados paliativos no Brasil

Uma das formas de aumentar as chances de cura da condição no público infantil é manter os exames da criança em dia, desse modo, o câncer será identificado nos primeiros estágios, o que facilita a recuperação. Além disso, segundo um relatório do governo federal, dos pacientes, em cuidado paliativo, 34% têm algum tipo de câncer.

O cenário dessa assistência no país é de avanço, mas também de estigma. Embora os pacientes que necessitam dessa prática tenham aumentado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a valorização do indivíduo frente à doença é um debate na saúde quando se trata dos cuidados paliativos.

A tendência é de que essa assistência seja cada vez mais procurada por conta do envelhecimento da população e por uma busca maior das pessoas em preservar a qualidade de vida durante todas as fases da doença.

 

Hamilton Robledo - pediatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

Ressaca de carnaval: estômago atacado, como evitar?

Vanessa Zanoni Carvalhaes, coordenadora do curso de Nutrição do Ceunsp, e Larissa Mazocco, professora do UDF, dão dicas para evitar o sistema digestivo irritado durante e pós folia


Com o feriado de Carnaval se aproximando é comum os foliões consumirem bebidas alcoólicas em demasia. Para alguns indivíduos, é difícil fugir da confraternização e alguns excessos dessa época do ano! 

Nestes casos, pessoas mais sensíveis ao álcool ou com doenças gastrointestinais, como a gastrite que é a inflamação na mucosa do estômago, têm restrições e não devem se esbaldar no excesso de bebida. 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), explica que a ressaca é causada pela desidratação que a bebida alcoólica provoca no organismo e por causa da sobrecarga no fígado, que tem a função de eliminar o álcool do sangue.  

Para evitar as ressacas de carnaval e o estômago atacado, a coordenadora de Nutrição do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), Vanessa Zanoni Carvalhaes, ressalta que os principais cuidados que os foliões devem ter é intercalar junto com a bebida alcoólica o consumo de água constantemente, antes, durante e depois da diversão, para aliviar a desidratação e ajudar o organismo a eliminar o álcool. Assim como beber mais devagar. 

“Outra dica é nunca beber de estômago vazio, e consumir antes de se jogar nos blocos, alimentos ricos em carboidratos e proteínas, pois retardam a absorção do álcool,” salienta a nutricionista Vanessa.  

Larissa indica alguns alimentos que são essenciais para esse período e que devem ser consumidos durante o dia: carboidratos complexos como batata doce, mandioca, batata baroa, proteínas (carne, ovos, peixes e outros). Além de fibras, encontradas nas frutas e verduras, principalmente cruas e com casca. 

 
Em casos de estômago atacado, o que fazer? 

Dra. Larissa Mazocco, professora de Nutrição do UDF, destaca que depois de exagerar na bebida alcoólica, se o estômago começar com uma dor aguda é necessário tratar com alimentos leves ricos em amido, como pão de forma branco e batata cozida, sendo estes os mais indicados para esse quadro. 

Já a coordenadora do Ceunsp, orienta que para salvar o indivíduo de uma ressaca e estômago atacado, é fundamental uma alimentação saudável prévia, ricas em frutas, verduras e legumes, como fonte de carboidratos e proteínas. “O café pode ajudar também!”. 

Mazocco dá mais algumas dicas para driblar a ressaca e estômago atacado durante e pós a folia, confira: 

  1. Evite destilados puros ou mais de cinco doses. Entre uma dose e outra, consuma 300ml de água sem gás e durante o dia ou noite, prefira sucos com maior percentual de frutose: melancia, manga, goiaba, laranja, eles ajudarão na recuperação. 
  1. Mantenha as atividades físicas. Neste período não pause os exercícios, faça de forma leve uma caminhada, bicicleta no parque, nadar na piscina e outros. O sedentarismo durante esses dias aumenta o inchaço e faz com que a rotina seja mais "dolorida" para voltar. Capriche na alimentação! 
  1. Não durma de estômago vazio após beber. Faça uma refeição leve antes de deitar, isso vai melhorar (e muito) seu dia seguinte! 
  1. Evite longo períodos de jejum. Não fique mais de 5h sem comer para que a bebida não cause ainda mais intoxicação. O alimento é o principal aliado para ajudar na desintoxicação do álcool.  

 

Ceunsp
www.ceunsp.edu.br

Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
www.udf.edu.br


Dentes não são ferramentas; dentista explica riscos de abrir garrafas com dentes

Uma cena muito comum de se ver em festas, encontros e baladas… E que no carnaval deve acontecer ainda mais é quando uma pessoa pega uma garrafa e a abre usando os dentes como uma espécie de “ferramenta”. 

De acordo com o dentista Daniel Nunes, parece óbvio, mas muita gente não sabe que este hábito não faz parte das funções dos dentes, mas o que as pessoas não sabem é que este gesto esta colocando em risco a própria saúde bucal e aumentando a chance da pessoa ter uma fratura dentária.

Essa fratura pode causar dor intensa e a levar a um quadro agudo ou como Muitas das vezes não se percebe a gravidade do problema. O dente trinca, mas nenhum fragmento solta, depois de meses o dente pode escurecer e a pessoa começa a sentir dor e tem que extrair o dente e fazer o implante”, explicou.  

Outra consequência, que pode passar despercebida, segundo o dentista, é um pequeno deslocamento do dente ao qual não foi feito para suportar essa sobrecarga, então a estrutura óssea e/ou dental começa um processo de reabsorção.  

“Isso também pode estar levando a perda do dente. Jamais tente abrir a garrafa com os dentes. Os dentes são fortes o suficiente para serem usados de maneira correta”, finalizou. 



Daniel Nunes - graduado em odontologia pela Universidade Vale do Rio Verde desde 2013. No último ano de graduação ingressou em um curso de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, cirurgias mais complexas, no qual se tornou especialista.


6 dicas para desintoxicar o organismo pós-Carnaval

Os excessos geram uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar as toxinas


 

Se você se esbaldou no carnaval, com direito a muitos drinques e comidas gordurosas, é hora de cuidar do corpo, que já está sob efeito do acúmulo de toxinas, substâncias prejudiciais que geram a formação de radicais livres (moléculas altamente reativas que “atacam” as células do corpo).

 

Segundo Claudia Chang, doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD); isso significa que os radicais livres provocam a oxidação (consomem o oxigênio disponível), interferindo nos processos metabólicos do organismo.

 

“Sendo assim, há uma sobrecarga nos órgãos responsáveis por processar e eliminar essas toxinas, como fígado, rins e intestinos, prejudicando todo o funcionamento do corpo. Por esta razão, após os dias de excesso, sentimos inchaço (devido à retenção de líquidos), a pele perde o viço, o cansaço vem com tudo e a imunidade cai”, explica Claudia Chang.

 

Para ajudar no processo de desintoxicação, confira 6 dicas que irão renovar seu organismo:


 

Hidrate-se mais do que o habitual

Após o carnaval, tomar muita água ao longo do dia se torna regra. Sucos, água de coco e chás (dê preferência ao chá verde, boldo e erva-cidreira) também são recomendados, mas precisam ser naturais. Os industrializados possuem alto teor de sódio, corantes, aromatizantes e outras substâncias que vão sabotar sua desintoxicação.

 

“Vale lembrar que tomar muita água estimula também o funcionamento dos rins e, consequentemente, a produção de urina, que é por onde o excesso de líquidos, o sódio e as toxinas serão eliminados”, reforça Chang.


 

Consuma vegetais de folhas verde-escuras

Brócolis, espinafre, chicória e couve, além das verduras amargas, como rúcula e agrião, são fontes de fibras importantes, que ajudam a limpar o organismo, melhoram a digestão e diminuem a absorção de gorduras e toxinas.


 

Aposte em castanhas, sementes e grãos

Estes proporcionam uma maior ingestão de vitamina E (com ação antioxidante) e ômega-3 (ácido graxo com poder anti-inflamatório). Além disso, eles oferecem minerais como cálcio, cobre, magnésio, manganês e selênio, essenciais para o equilíbrio das reações bioquímicas do organismo. Entre eles, estão amêndoas, castanhas, avelãs, castanha-do-pará, castanha-de-caju, nozes, pistache, semente de chia, trigo, cevada, aveia, centeio, semente de girassol e linhaça.


 

Invista nas frutas certas

Frutas ricas em água e com baixas calorias, como melancia e melão, devolvem a hidratação perdida. “Já a laranja, o abacaxi e a maçã podem ser eficazes por conter enzimas benéficas à drenagem de impurezas, potencializando a renovação do fígado”, diz Claudia Chang.


 

Retome sua rotina de sono

Depois de tantos dias de folia, dormindo tarde e com má qualidade de sono, é hora de reajustar seu relógio biológico. “É durante o sono que o corpo trabalha para equilibrar diversas funções do organismo. Uma noite bem dormida regula os processos metabólicos e hormonais do corpo, além de ter função restauradora ao eliminar toxinas e fortalecer o sistema imunológico”, ressalta Chang.


 

Reforce os cuidados com a pele

O cirurgião plástico Luís Maatz, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que também atua com procedimentos estéticos não invasivos, sugere redobrar os cuidados com a pele após o carnaval.

 

Ele reforça que o consumo em excesso de bebidas alcoólicas causa desidratação cutânea e acelera o envelhecimento, já que diminui a oxigenação dos tecidos e aumenta a produção de radicais livres.

 

“Para metabolizar uma molécula de álcool, o organismo precisa abrir mão de nove moléculas de água. A partir do momento em que não há moléculas de água o suficiente para a hidratação, o corpo começa a retirar da pele, deixando-a desidratada e sem viço”, explica Luís Maatz.

 

Sendo assim, o médico recomenda alguns procedimentos para reaver a pele saudável. Um deles é a aplicação do ácido hialurônico, uma substância injetável que, além de corrigir rugas já formadas, devolve perdas de volume e contribui para a hidratação da pele.

 

Outro tratamento indicado são os bioestimuladores de colágeno, substâncias aplicadas na face para estimular a produção de novas fibras de colágeno, proporcionando a reestruturação da pele. “Com a aplicação, a pele retoma a produção das fibras de elastina e do próprio colágeno, responsável pelo equilíbrio e viço da pele”. 

Por fim, a drenagem linfática ajuda a eliminar toxinas e líquidos acumulados em excesso nos tecidos corporais. “A massagem estimula o funcionamento do sistema linfático através de movimentos circulares, favorecendo a eliminação de toxinas e metabólitos, aumentando a oxigenação dos tecidos e a absorção de nutrientes por meio do trato digestório”, finaliza Luís Maatz.

 

Paralisia de Bell: Veja como a harmonização facial pode ser uma aliada no tratamento

Devido aos altos níveis de ansiedade e estresse pelo que o mundo tem passado nos últimos anos. Sendo estes os grandes causadores deste mal que tem atingido milhões de pessoas no mundo todo. A paralisia de Bell é uma condição neurológica que afeta a capacidade das pessoas de se movimentarem e falarem.  

Quando esse sistema é afetado ou inflamado, os músculos não conseguem responder a estímulos momentâneos, resultando na assimetria facial visível, dificuldade de emitir expressões faciais comuns, como sorrir ou fechar um dos olhos, bem como outros sintomas como dores, lacrimejamento e formigamento. A paralisia de Bell pode ter um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas e é uma condição que requer tratamento imediato devido à possibilidade de agravamento.

 

A médica e especialista em dermatologia estética Dra. Kelly Pico explica que é uma paralisia causada pela inflamação do nervo facial, que geralmente ocorre apenas de um lado do rosto. Afetando o funcionamento dos músculos do lado comprometido. Podendo se estabelecer de forma temporária em torno de 1 mês há 6 meses ou de forma permanente dependendo da intensidade e da sua ocorrência.

 

Com uma diminuição gradual dos casos de COVID-19 em algumas regiões do mundo, começa a ficar evidente que houve um aumento significativo no número de casos de outras doenças, incluindo a paralisia de Bell. O aumento dos casos de paralisia de Bell na pós-pandemia pode ser explicado por diversos fatores. Um deles pode-se considerar o fato de a pandemia ter gerado um aumento do estresse e ansiedade e também do estresse oxidativo pós viral, fatores que estão associados ao desenvolvimento da paralisia de Bell. 

O tratamento deve iniciar pelo neurologista, para um diagnóstico aprofundado das causas da paralisia do caso em questão. Pois pode haver uma ou mais causas associadas a paralisia que deve ser interceptada pelo neuro evitando a recorrência de novos episódios. 

 

Harmonização facial e paralisia de Bell

Essa condição faz com que metade do rosto pareça caído ou inclinado. Através da harmonização facial, é possível recuperar o reequilíbrio da função muscular e da estética facial.


 

Procedimentos que podem compor uma harmonização facial:


 

Botox

A toxina botulínica, mais conhecida como Botox, tem como função amenizar a contração muscular, dando assim, maior relaxamento na área. Ao ser aplicado em quantidades moderadas, é possível amenizar os desequilíbrios provocados pela paralisia de Bell, gerando um aspecto mais simétrico no rosto. Por outro lado, o Botox pode ser ainda um auxiliar efetivo na luta contra dores, bem como prevenir espasmos musculares, que são sintomas corriqueiros da condição.


 

Ácido Hialurônico

No caso da paralisia de Bell, o ácido hialurônico pode ser utilizado para corrigir a assimetria do rosto, preenchendo áreas que perderam volume e recuperando o contorno original. É importante ressaltar que o ácido hialurônico é uma substância segura e de rápida absorção pelo organismo, o que significa que seus efeitos são temporários e não causam danos a longo prazo.


 

Atria – Ultrassom micro e macrofocado

O ultrassom é direcionado às camadas mais profundas da pele, promovendo o aquecimento das fibras de colágeno. Isso resulta em uma pele mais firme, amenizando o aspecto caído. Indicado para tratar rosto (flacidez, contorno, arqueamento das sobrancelhas e estímulo de colágeno).


 

Bioestimuladores de colágeno

Os bioestimuladores são substâncias que, ao serem injetadas na pele, estimulam a produção de colágeno, hidratam o tecido cutâneo devolvendo o volume, a aparência radiante, sustentabilidade e firmeza da pele. 

 

A Dra. Kelly Pico comenta que é fundamental destacar que a harmonização facial não deve ser vista como uma solução definitiva para a paralisia de Bell, e sim como um complemento ao tratamento médico convencional. É importante que o paciente seja acompanhado por um profissional capacitado, que possa avaliar a evolução da condição e indicar as melhores opções de tratamento em cada fase.

 

“A harmonização facial pode ser uma alternativa interessante para pessoas que tiveram ou ainda têm a paralisia de Bell, ajudando a melhorar a autoestima e a qualidade de vida. Porém, é importante lembrar que cada caso é único e deve ser avaliado individualmente, considerando as necessidades e limitações de cada paciente.” Finaliza a Dra. Kelly Pico.

 

Kelly Pico - formada pela Faculdade de Medicina ABC . Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva.



O carnaval chegou ao fim, ginecologista alerta sobre as principais doenças que afetaram as mulheres durante o período de folia

Especialista evidencia que o verão é dos fatores que potencializa o desenvolvimento de doenças ginecológicas


O período de folia está chegando ao fim, a programação intensa de viagens, festas e bloquinhos carnavalescos costuma cobrar um preço alto do nosso corpo. No entanto, ainda que a festa seja um momento repleto de alegria e curtição, é essencial empenhar uma atenção maior em relação à saúde, principalmente para as mulheres.

Durante essa festividade estamos vivenciando a estação mais quente do ano, que é um dos períodos em que mais mulheres costumam procurar os consultórios pelas doenças ginecológicas decorrentes da proliferação de fungos nas partes íntimas “No verão com o aumento da umidade e temperatura a propagação de fungos e bactérias é maior. Além disso, o carnaval também potencializa o aumento do número de disseminações e contágios das Infeccções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)” adverte a médica Loreta Canivilo, ginecologista.

A região vaginal possui uma proteção natural, contudo, ainda é uma área muito delicada que necessita de cuidados para prevenir que resíduos se acumulem e atinjam a região interna que acarretara no desenvolvimento de doenças tais como a candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, infecção urinária ou cistetite.

Por outro lado, também existe as ISTs que são doenças causadas por vírus, bactérias e vários outros micro-organismos, que são transmitidos através da relação sexual desprotegida. Segundo o Ministério da Saúde as ISTs mais comuns são a herpes genital, cancro mole, HPV, gonorreia, clamídia, sífilis e a AIDS.

A medida mais indicada após o carnaval é procurar um ginecologista para a realização de um check up para tratar de forma precoce qualquer alteração que a folia possa ter trazido. “É essencial que as mulheres procurem um especialista para a realização de um diagnóstico e tratamento corretos, mesmo em casos de doenças recorrentes, pois o tratamento inadequado pode levar a um desequilíbrio ainda maior da flora vaginal” ressalta Dra. Loreta.

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra e ginecoindócrino, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.

 

Beijou muito no carnaval? Fique atento, conheça doenças transmitidas pela saliva

Com a chegada do Carnaval, muitas pessoas se preparam para dias de folia, com muita música, dança, bebida e, é claro, beijos. Porém, é importante lembrar que algumas doenças bucais podem ser transmitidas pela saliva, e a agitação do Carnaval pode aumentar o risco de contágio.

As doenças bucais que podem ser transmitidas pela saliva incluem herpes labial, mononucleose infecciosa, sífilis. Essas doenças podem ser transmitidas através do compartilhamento de objetos contaminados, como copos, talheres e escovas de dente, ou através do contato direto com a saliva, como beijos e mordidas.


• Herpes labial: é uma infecção viral causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), que pode provocar bolhas e feridas nos lábios, na boca e na gengiva. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. É uma doença muito comum que afeta cerca de 90% da população mundial. Embora geralmente seja uma condição benigna, pode ser dolorosa e constrangedora para quem a tem.

• Mononucleose infecciosa: é uma doença viral causada pelo vírus Epstein-Barr, que pode provocar febre, dor de garganta, fadiga e outros sintomas. A transmissão pode ocorrer através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada.

• Sífilis: é uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, que pode afetar os lábios, a boca e a garganta. A transmissão pode ocorrer através do contato sexual ou através do contato direto com a saliva de uma pessoa infectada. Especialmente se houver feridas ou lesões nos lábios, na boca ou na garganta.

É importante lembrar que a transmissão dessas doenças bucais pela saliva pode ser evitada através de medidas simples, como evitar o compartilhamento de objetos pessoais, lavar as mãos com frequência e praticar o sexo seguro. Além disso, é fundamental manter uma boa higiene bucal e visitar regularmente um dentista para prevenir e tratar as doenças bucais.

Durante o Carnaval, pode ser fácil esquecer a rotina de cuidados com a saúde bucal, mas isso pode aumentar o risco de doenças bucais e agravar problemas existentes. Além disso, alguns sintomas de doenças bucais podem surgir rapidamente, e é importante estar atento a eles para procurar ajuda médica o mais rápido possível.” comenta a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde.

Sinais como dor de dente, gengivas inchadas ou vermelhas, feridas na boca, mau hálito persistente ou dor ao mastigar podem indicar a presença de uma doença bucal, e devem ser avaliados por um dentista. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento eficaz e para evitar complicações.

“Por isso, se você está se preparando para aproveitar o Carnaval, não se esqueça de incluir na sua lista de cuidados a visita ao dentista. Além de garantir um sorriso bonito e saudável, você estará protegendo a sua saúde e a de outras pessoas ao seu redor. E lembre-se: prevenir é sempre melhor do que remediar.” Finaliza Bruna Conde.
 

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Verão, Carnaval e Volta às Aulas: período favorece a propagação de viroses

Doutora em Microbiologia ressalta a importância da higiene e explica como se prevenir

Aglomeração no Carnaval e praias cheias favorecem o contágio por viroses
Divulgação

Verão, Carnaval e o retorno às aulas formam um cenário favorável à propagação de viroses, especialmente as que afetam o trato gastrointestinal. A explicação é da biomédica, vice-presidente do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6) e diretora da 15ª Regional de Saúde do Paraná, Daiane Pereira Camacho.

 

De acordo com a biomédica, que é doutora em Microbiologia, os ambientes com grande circulação de pessoas - como as praias, piscinas, clubes de lazer e salas de aula - são grandes facilitadores para o contágio. Justamente por isso, a higiene é a medida de prevenção mais recomendada. “Lavar bem as mãos e os alimentos, evitar locais fechados, manter janelas abertas são condutas essenciais e que não podem ser deixadas de lado neste período”, enfatiza.

 

Indícios

Daiane observa que os sintomas de virose podem aparecer em algumas horas ou dias depois de a pessoa entrar em contato com o vírus. Os primeiros sinais envolvem dores de cabeça, mal-estar e náuseas. “Porém, essas manifestações podem evoluir para tosse, febre, diarreia e vômito dependendo do agente infeccioso e do sistema imunológico da pessoa”, complementa.

Segundo a diretora da 15ª Regional de Saúde - que tem sede em Maringá e responde por outros 30 municípios das imediações - crianças e adultos estão suscetíveis às doenças, mas é preciso redobrar cuidados com os idosos em virtude da resposta imunológica. 

“Bebês, crianças da primeira infância [até os seis anos] e os idosos tendem a ficar mais debilitados. É fundamental dar atenção especial a esse público, observar os sintomas e manter uma boa hidratação que vai ajudar nas atividades celulares, na absorção dos nutrientes, na oxigenação, digestão, no funcionamento dos rins, regulação da pressão arterial entre outras funções”.

Divulgação


Surto de norovírus

No fim de janeiro deste ano, autoridades do Reino Unido emitiram um alerta sobre um “surto” de casos de diarreia na região, causados por infecções de norovírus. No mesmo período, a cidade catarinense de Florianópolis registrou situação semelhante.

 

“Se no passado ouvíamos falar mais vezes no rotavírus - amplamente combatido com a vacinação - hoje vemos um novo tipo de agente de contágio que também afeta o trato gastrointestinal. Isso requer novamente esforço de todos nós”, enfatiza Daiane. 

 

O norovírus pertence às classes dos microrganismos que causam gastroenterite e tem como principais sintomas diarreia intensa, vômito e algumas vezes febre alta. A infecção é transmitida via fecal-oral (quando se leva a mão contaminada à boca), por meio da água e dos alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas contaminadas.

 

O norovírus tem alta capacidade infecciosa e é capaz de permanecer em superfícies nas quais a pessoa esteve, o que facilita a transmissão. O contágio pode levar a sintomas graves, especialmente em crianças e idosos, e que podem evoluir com desidratação, provocando sintomas como pele, lábios e mucosas secos, batimentos cardíacos acelerados ou rápida diminuição da pressão arterial.

 

Além das viroses causadas por rotavírus e norovírus, outros agentes também podem ser encontrados nas chamadas “viroses de verão”. São os adenovírus e os sapovírus, todos com características muito semelhantes.

 

“A incidência das diarreias por rotavírus em crianças tem caído bastante desde a introdução da vacina contra esse agente. Cabe ressaltar que são duas doses orais de vacina contra o rotavírus: uma aos 2 meses e a segunda quando os bebês completam 4 meses de idade”, explica Daiane.

 

Como se prevenir

Quando o tema é prevenção, a vice-presidente do CRBM6 enfatiza que “cuidar nunca é demais” e traz algumas dicas para evitar contaminações. Confira:

 

1) Uma das principais formas de se prevenir contra as viroses de verão que causam problemas gastrointestinais é a higiene. Como o agente infeccioso é transmitido pelo contato, é imprescindível manter as mãos sempre higienizadas, pois elas são consideradas porta de entrada às doenças.

 

Lave bem as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes de enxaguar, principalmente após tocar em animais e manipular os alimentos.

2) Lave bem os vegetais, frutas e legumes com água e sabão. Em seguida, coloque-os de molho em solução de água sanitária 2,5%, preparada com 1 litro de água e 2 gotas da água sanitária, deixando agir por 30 minutos.

 

3) Evite compartilhar toalhas, roupa de cama ou objetos pessoais.

 

4) Evite tocar em superfícies e levar as mãos à boca, nariz ou olhos.

 

5) Beba sempre água tratada ou fervida e fique atento ao escolher os alimentos. O calor favorece a proliferação de vírus e bactérias. Por isso, redobre a atenção em como os alimentos são preparados, armazenados e conservados.

 

6) A água da piscina e das praias também são grandes facilitadores das transmissões virais, em relação às doenças diarreicas. A ingestão de água do mar, mesmo que por descuido, pode acarretar em gastroenterite.

 

7) Viroses respiratórias, embora tenham significativo aumento dos casos no inverno, também circulam no verão. Por isso, evite aglomerações e ambientes fechados.

 

Apesar das campanhas de vacinação, o uso de máscaras em algumas situações ainda é recomendado para se evitar a transmissão e contaminação pelo Coronavírus.

 

8) Em caso de contaminação, monitore os sintomas, reforce a hidratação, invista em alimentação leve e, em caso necessário, busque auxílio médico com clínico geral, gastroenterologista ou infectologista. Nunca faça ingestão de remédios por conta própria.


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