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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

O que é mentalidade infinita? Como desenvolvê-la?

O que é mentalidade infinita? O que é jogo infinito?

Recomendo fortemente o livro "O Jogo Infinito" do Simon Sinek. Para ilustrar, vou contar uma história pessoal. Com a questão da pandemia, a Escola ELAS, que era totalmente do abraço e do toque, teve que adentrar o mundo online. Nossa primeira mentalidade finita foi esperar maio. Todos os workshops que tínhamos agendados optamos por reagendamento. Mas, os contratos começaram a ser cancelados e nada voltava, ainda estávamos e estamos em uma crise mundial.

Estávamos operando em mentalidade finita porque não pensávamos em outros formatos de conteúdo e experiência. A partir daí, começamos a retomar nossos trabalhos e viramos a chave. Tínhamos somente uma mentalidade fixa no presencial, acreditando que as mulheres somente podiam ser transformadas dessa forma.

E essa é a diferença entre operar com uma mentalidade finita em relação à infinita. Simon Sinek fala que quando estamos em uma mentalidade finita estamos em um jogo finito, sabemos quem são os jogadores, sabemos quais são as regras do jogo e há vitória quando termina o tempo proposto para a partida.

Já a mentalidade infinita é entendermos que não precisamos vencer as pessoas, não temos clareza das regras do jogo. Dentro de empresas temos leis e normas, mas cada um joga da sua forma. Não é por mim, é por nós. E aí começam a ser desconstruídos os conceitos.

Quando estou em mentalidade infinita não existe vencedor e nem fim. Quando olhamos a política, há influência, poder e dinheiro, mas o jogo não acaba. Da mesma forma na sua carreira, quando você é promovida, você não venceu o jogo. Quando falamos de negócios, precisamos operar em mentalidade infinita, não tem fim, não temos clareza total dos competidores.

E com a pandemia, precisamos operar em mentalidade infinita. Não sabemos quando vamos retornar, não sabemos sobre o futuro do nosso trabalho. Não há necessidade de aceitar tudo como é, mas sim de ter resiliência.

Não é sobre bater metas. O líder finito foca somente na empresa e se os colaboradores bateram as metas, mas não sobre o nível de satisfação ou de fidelização dos clientes, por exemplo. Para ter mentalidade infinita, é preciso focar no ambiente e na comunidade. O que é bom para nós?

Faz toda a diferença atuar em mentalidade finita ou infinita. As empresas que operam hoje com mentalidade infinita tem maiores níveis de confiança, inovação e de satisfações de seus colaboradores. Muitas empresas ainda pensam em vencer a empresa concorrente ou o produto que está no mercado e isso é mentalidade finita pensando apenas nas métricas.

Aqui é necessário pensar o que é melhor para o cliente. Pergunte a eles: como você se sentiria hoje se sua empresa morresse? É sempre importante jogar suas perguntas para fora e não para dentro da sua empresa. A medida de sucesso são as pessoas, é o impacto que você promove no mundo.

Empresas que, durante a pandemia, tiveram mentalidade finita pensaram nos gastos, em demitir as pessoas. É um momento de apertar os custos, você precisa olhar sua saúde financeira. Mas é bem diferente da empresa que optou por proteger o maior bem: as pessoas que trabalham com e para ela. Um bom exemplo é oferecer capacitação aos funcionários por meio de lives e projetos, pensando além do negócio próprio.

O que eu posso fazer de diferente hoje? Como meu conhecimento pode apoiar as pessoas? Mesmo em uma situação crítica financeira, podemos atuar em mentalidade infinita.

Existem cinco elementos que Simon nos traz para operarmos em mentalidade infinita. O primeiro deles é: precisamos promover uma causa justa dentro das empresas. Ela precisa ser positiva e intencional, é de fato estar engajado para que haja mudança. Um exemplo é a equidade de gênero. Não é somente ser a favor da igualdade entre homens e mulheres, mas também promover atitudes práticas que mudem este cenário. Neste caso, as pessoas são consequências diretas das suas atitudes e as metas são indiretas.

O segundo ponto é ter equipes de confiança. O que é isso? É aquela equipe que acredita na empresa, são pessoas que têm brilho nos olhos, elas entendem que fazem parte de um todo. Se algo acontece em outra área, ela entende a interdependência entre elas e os possíveis impactos para os clientes e a comunidade. Você constrói uma cultura de cooperação para possibilitar a mentalidade infinita.

O terceiro, surpreendentemente, é ter rivais. Mas rivais dignos. Competidores que você admira, empresas semelhantes a sua que possuem resultados importantes, pessoas engajadas, que geram impactos e inovação. Você tendo mentalidade infinita, não há vencedor no jogo e você só tem a aprender fazendo esse exercício. A ótica aqui é inspirar e, consequentemente, desenvolver.

A flexibilidade é o quarto ponto. Dentro deste contexto de pandemia, a resiliência é essencial. Falamos tanto essa palavra, mas como colocá-la em prática? Seu negócio precisa sobreviver à tecnologia, à pandemia, a questões ambientais e a questões estruturais. A partir dos acontecimentos, é necessário entender como é possível continuar gerando transformação em diferentes formatos.

Por último, a coragem é essencial para a mentalidade infinita. Não sabemos qual vai ser o resultado no final do dia e o frio na barriga está sempre presente, por isso, a coragem para liderar precisa ser sua aliada. O fracasso precisa ser ressignificado como aprendizado. Quais são meus aprendizados a partir do fracasso?

 


Carine Roos - especialista em Desenvolvimento de Mulheres e cofundadora da ELAS 

O fim do voto de qualidade já está rendendo decisão favorável aos contribuintes no CARF

Um tema bastante sensível para os contribuintes que apuram seus tributos pelo lucro real é a concomitância de penalidades impostas pelo fisco, na hipótese de recolhimento do tributo por meio de estimativas mensais, quando, na autuação fiscal, restar apurado saldo devedor no período fiscalizado e a ausência de recolhimento das referidas estimativas ao longo do ano.


Isso porque, a legislação fiscal permite seja imposta multa isolada, no percentual de 50%, sobre o valor da estimativa que deixou de ser recolhida pelo contribuinte. Além disso, caso o valor do IRPJ e da CSLL não tenham sido recolhidos de forma devida no ajuste anual, o fisco também exigirá os tributos devidos, com a adição da multa de ofício, no percentual de 75%. Ou seja, no final do dia, subsistirá, numa mesma autuação, multas concomitantes pela ausência de recolhimento de tributos (seja de forma antecipada, como é o caso da estimativa, seja no ajuste anual).

A jurisprudência do CARF, nos últimos tempos, pendia a favor do fisco. Tanto é que o tema foi analisado recentemente pela Câmara Superior de Recursos Fiscais do referido Órgão Julgador (processo n° 10665.001731/2010-92), sendo que os quatro conselheiros que representam o fisco votaram pela manutenção da exigência.

Contudo, os quatro conselheiros que representam os contribuintes não concordaram com a aplicação concomitante das multas. Na visão dos referidos conselheiros, o ato ilícito tributário e seu correspondente dano ao Erário (do ponto de vista material), não pode ensejar duas punições distintas, devendo ser aplicado o princípio da absorção ou da consunção.  Nesse caso, “(...) quando uma infração (no caso, a ausência de recolhimento de estimativas) é meio de execução de outra conduta ilícita (no caso, a ausência de recolhimento do valor devido no ajuste anual do mesmo ano-calendário), a pena pela infração-meio é absorvida pela pena aplicável à infração-fim”.

Nesse contexto, o julgamento, que estava empatado, foi finalizado com base no posicionamento favorável aos contribuintes, pois, nesse caso, não é mais permitido o desempate da discussão por meio do voto de qualidade (cujo voto minerva era do presidente da turma, que é um conselheiro representante do fisco).  

O advogado tributarista, sócio do escritório de advocacia BPH Advogados (Blumenau/SC), Marco Aurélio Poffo, reforça que a vitória para os contribuintes diante de um empate no julgamento é comemorada com mais motivação. “Com o fim do voto de qualidade, há chances reais de reversão de temas que eram decididos desfavoravelmente aos contribuintes, com base no voto minerva do próprio fisco, como nesse caso específico”, ressalta o advogado.


Soft Skills: profissionais são contratados pelo currículo e demitidos pelo comportamento

À medida que a mudança de habilidade atual acelera, as organizações aprimoram e expandem iniciativas de desenvolvimento para a longevidade dos negócios



Você sabia que os profissionais são contratados pelo currículo e demitidos pelos comportamentos?

As “soft skills” são habilidades comportamentais diretamente relacionadas à inteligência emocional das pessoas. Essas capacidades são, normalmente, adquiridas por meio das experiências vivenciadas ao longo do tempo, e não em livros e cursos, como é o caso das “hard skills”. A falta de soft skills provoca problemas comportamentais que afetam os resultados dos negócios e, principalmente, a relação entre as pessoas, causando muitas vezes desgastes e consequentemente desmotivação.

Um recente levantamento da Robert Half, destaca que na opinião de 56% dos executivos brasileiros, as habilidades comportamentais serão cada vez mais demandadas no mundo pós-pandemia. As cinco soft skills mais apontadas por eles são: pensamento estratégico, comunicação, agilidade, inovação e adaptabilidade.


O que são soft skills?


Soft skills ou habilidades comportamentais são comumente definidas como habilidades não técnicas, que permitem que alguém interaja de forma eficaz e harmoniosa com outras pessoas. Elas são vitais para as organizações e podem impactar a cultura, mentalidade, liderança, atitudes e comportamentos. Essas habilidades se enquadram nas seguintes categorias:

  • Habilidades avançadas de comunicação e negociação;
  • Habilidades interpessoais e empatia;
  • Habilidades de liderança e gestão;
  • Empreendedorismo e tomada de iniciativa;
  • Adaptabilidade e habilidades de aprendizagem contínua;
  • Habilidades de ensino e treinamento.

Segundo Lucedile Antunes, coach e consultora em gestão organizacional, “quando temos essas habilidades comportamentais bem desenvolvidas, conseguimos por exemplo: vender muito melhor as nossas ideias, nos comunicar com clareza, gerenciar nossas emoções quando praticamos a empatia, sermos resilientes quando temos a capacidade de lidar com problemas, superar obstáculos, adaptarmos as mudanças e resistirmos à pressão, trabalhar em equipe, termos iniciativa e motivação, entre diversas outras características”.

Lucedile, que também é coordenadora editorial do livro “Soft Skills - Competências Essenciais para os Novos tempos”, lançado recentemente pela Literare Books International, afirma que isso leva times e líderes a entregarem melhores resultados, “pois o engajamento, que é algo tão buscado pelas empresas, se torna natural”. 


Mercado em transformação


Com a tecnologia transformando a forma como os negócios funcionam, as empresas em todo o mundo têm testemunhado uma crise de talentos e uma crescente lacuna de habilidades. Ao selecionar candidatos para funções de alta demanda, o foco tem sido principalmente nas habilidades técnicas e essenciais, como análise de dados, inteligência artificial, entre outras, embora pouca importância tenha sido dada às habilidades pessoais. 

Frequentemente esquecido pela maioria das pessoas na força de trabalho de tecnologia, o valor das habilidades sociais e comportamentais aumentou consideravelmente. Um número crescente de empresas está procurando candidatos com habilidades sociais juntamente com conhecimento técnico. Em um relatório da Accenture intitulado "Alimentando a Revolução de Competências da Índia", a maioria dos graduados técnicos não possui as habilidades sociais necessárias.

No entanto, é uma mistura de soft skills (comportamentos) e hard skills (currículo) que formam uma combinação extraordinária, criando um profissional talentoso e altamente qualificado. Habilidades como resiliência, adaptabilidade e liderança, por exemplo. Então, por que as habilidades sociais são importantes? Qual valor elas agregam? Por que as habilidades sociais e comportamentais se tornaram as novas habilidades de poder que os empregadores procuram?

As habilidades comportamentais são uma combinação de habilidades sociais, de comunicação e analíticas, que permitem que um indivíduo interaja de forma eficaz com outras pessoas, tanto dentro quanto fora do local de trabalho. Habilidades como pensamento analítico e criativo, ideias out-of-the-box, design e mentalidade centrada no consumidor, visão de negócios e agilidade são algumas das habilidades que são altamente cruciais em um ambiente profissional. A propósito, essas habilidades também devem ser as habilidades mais solicitadas até o ano de 2022, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2018 sobre o Futuro dos Empregos. 

Além das habilidades comportamentais mencionadas, "os profissionais devem se concentrar em adicionar habilidades como comunicação escrita e oral, apresentação, gestão de pessoas e resolução de problemas ao seu currículo para um progresso mais rápido na carreira", afirma a especialista Lucedile Antunes.


Dados mostram tendência das soft skills


No ano passado, a Google anunciou as descobertas de um estudo interno que analisou as equipes para determinar os grupos mais inovadores e produtivos dentro da empresa. Eles descobriram que suas melhores equipes não eram aquelas cheias de cientistas de ponta. Em vez disso, suas equipes de melhor desempenho eram grupos interdisciplinares que se beneficiaram muito de funcionários que trouxeram fortes habilidades pessoais para o processo colaborativo. Outras pesquisas revelaram que importantes indicadores de sucesso na Google são habilidades como boa comunicação, percepções sobre os outros e liderança empática. Mas não são apenas as principais empresas de tecnologia que estão encontrando valor nesses tipos de habilidades.

Ainda, sabe-se que nove em cada 10 profissionais, cerca de 90% das pessoas, são contratadas pelo currículo (Hard Skills) e demitidas pelos comportamentos (Soft Skills). A informação é do levantamento de 2018 da Page Personnel, consultoria global de recrutamento. Os dados destacam que não basta profissionais qualificados tecnicamente, com ótimos cursos e atividades complementares para serem selecionados para uma vaga. Relacionamento interpessoal, comunicação, liderança, negociação, empatia etc., são algumas das Soft Skills mais buscadas pelas empresas nos candidatos e que vão muito além dos bancos de faculdade.


Como desenvolver soft skills?


A especialista em soft skills, Lucedile Antunes dá três dicas para desenvolver suas soft skills:


Tome consciência das possibilidades atuais e futuras – “É necessário um movimento de consciência, de entendimento das possibilidades futuras e das enormes oportunidades que a vida nos proporciona para a evolução. Ponderar os prós e contras de continuar como está pode ser o início do seu processo de desenvolvimento das soft skills”, explica.


Saia da zona de conforto - Se você quer buscar a sua melhor versão, o seu primeiro grande passo é estar aberto para sair da zona de conforto, em busca do desenvolvimento de novos comportamentos. Sem este desejo de mudança, nada será possível.


Busque autoconhecimento - Se autoconhecer significa reconhecer suas fortalezas e fraquezas, significa conhecer a si mesmo, e mergulhar nessa jornada é uma das maiores oportunidades que a vida pode lhe oferecer.


Perspectivas futuras
Com o mundo à beira da quarta revolução industrial e com vistas para uma nova realidade pós-pandemia, as competências pessoais estão sendo muito procuradas. Não é nenhuma surpresa que habilidades como criatividade, gestão de pessoas, pensamento crítico e inteligência emocional respondam por metade das dez principais habilidades. "Resumindo, as habilidades pessoais oferecem às pessoas a capacidade de navegar em um ambiente de negócios em constante mudança", finaliza Lucedile.

 


Pesquisa aponta que mais de 60% dos pais acreditam na importância de abordar educação financeira em sala de aula


Levantamento da Associação de Educação Financeira do Brasil mostra que o hábito de falar sobre dinheiro e endividamento ainda precisa ser popularizado no País e que o acesso à formação sobre o tema gera resultados importantes


Entre os dias 23 e 29 de novembro acontece a 7ª Semana Nacional de Educação Financeira, que tem como objetivo disseminar a importância da educação financeira em todo País e contribuir para fortalecimento do tema com diversas ações educacionais gratuitas para toda a população brasileira. Diante disso, a Associação de Educação Financeira do Brasil - AEF-Brasil, que desenvolve metodologias para a disseminação do tema junto a estudantes e educadores, acaba de divulgar uma pesquisa que mostra a importância da educação financeira no Brasil e que 62,6% dos pais afirmaram que o tema é muito importante para seus filhos, já que, desde o início do ano, este tema passou a compor Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como disciplina transversal no ensino infantil e fundamental, tornando-se obrigatória em todas as escolas do Brasil.

A pesquisa foi realizada após a aplicação de três projetos da AEF-Brasil: Projeto Itinerante, em parceria com a Serasa Consumidor e a Serasa Experian, o Projeto Renova, uma parceria com a Fundação Renova e o Projeto Polos Municipais, iniciativa que a AEF-Brasil realiza em municípios do Brasil. "O objetivo do levantamento é mostrar o comportamento dos estudantes e suas famílias em torno do assunto, alertando para questões que ainda são sensíveis no que se refere à conscientização da população, além de mostrar que ainda há um grande trabalho a ser feito no país nesse sentido", explica Claudia Forte, superintendente da AEF-Brasil.

Durante o período da aplicação dos projetos em 2019, um total de 82 municípios foram impactados (18 estados mais o Distrito Federal), 2.820 professores foram capacitados, além de impactar 153.480 alunos e 6.742 pais/responsáveis.

Os resultados mostram que a decisão foi acertada e atende a um anseio da população, que sabe da importância do assunto para formar uma nova geração mais consciente e com uma vida financeira mais estruturada. Principalmente, após a pandemia do novo coronavírus, que mudou a rotina das famílias brasileiras no que diz respeito às finanças. Com salários reduzidos e demissões, muitos tiverem que organizar as contas de casa para poder sobreviver. Inclusive, o tema da 7ª Semana Nacional de Educação Financeira será "Resiliência financeira: como atravessar a crise?".
O que disseram os estudantes e suas famílias?

A pesquisa aplicada com os alunos envolvidos na iniciativa mostra que 49,2% participam do orçamento doméstico, economizando nos gastos pessoais, contra 11,9% que já possuem renda e pagam algumas despesas da família. Outros dados indicam que a educação financeira ainda precisa ser popularizada dentro das casas, no diálogo familiar, já que 41,6% dos alunos afirmaram que nunca conversam com os pais sobre dívidas em atraso, contra 35% que informaram conversar com os pais sempre sobre contas de consumo.

Outro dado importante é que 39,9% preferem aprender educação financeira com influenciadores digitais contra 20,4% que escolheram games educativos. Além disso, para as perspectivas de futuro, 35,6% se veem cursando uma faculdade. Sobre o hábito de poupar, 36,2% dos alunos disseram ter um cofrinho em casa para guardar dinheiro e continuarão poupando.

Já a respeito das famílias, 34,6% dos pais informaram que as mães são as principais responsáveis pelas contas domésticas, 45,8% dos pais/responsáveis têm formação até o Ensino Médio. E 62,6% afirmaram que aprender sobre o tema é muito importante, sendo que dentre as razões desta importância, os pais mencionaram que é bom para o futuro, contra o desperdício e para o trabalho. Nesse sentido, 42,7% da amostra afirmou que aprender sobre educação financeira permitirá que seus filhos tomem decisões financeiras melhores.

A visão dos professores

De acordo com o levantamento da AEF-Brasil, 67% dos professores ministram o tema educação financeira de alguma forma nas escolas, contra 83,7% que nunca haviam participado de capacitação sobre o tema. O assunto é, frequentemente, ministrado em aulas de matemática (41,4%), contra 33% que não consta no projeto pedagógico da escola.

Porém, perguntado como deveria ser tratado o tema na sala de aula, 79% optaram pela forma interdisciplinar ou transversal de ensino, contra 19,8% que preferem abordar em uma disciplina específica. E sobre a importância de abordar a educação financeira após a pandemia da Covid-19, 96,2% indicaram que esta crise favorece a entrada do tema nas escolas e 40,8% sentiu uma piora significativa em relação ao seu controle financeiro na crise.

"A educação financeira nas escolas impacta toda a sociedade. O aluno leva o que aprendeu para casa e passa a usar os princípios com toda a família. Ao impactar o aluno, impactamos toda uma sociedade ao redor. Com os altos índices de inadimplência do país, o assunto se torna ainda mais urgente para que a população, ao entender e incorporar a educação financeira em sua vida, possa se planejar e deixar de fazer parte dessas estatísticas. Sabemos que a situação do superendividamento passa também pela criação de políticas públicas e de todo um movimento da sociedade, mas a educação financeira é peça importante para revertermos essa situação e fazer com que o país volte a crescer", finaliza Claudia.

 


AEF-Brasil - Associação de Educação Financeira do Brasil

Saúde apresenta relatório com o monitoramento das vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19

O documento faz parte das ações para o enfrentamento à pandemia do coronavírus

 

Diante do dinamismo do cenário, bem como da rápida evolução das pesquisas para uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19, o Ministério da Saúde iniciou, em abril de 2020, o monitoramento das vacinas em desenvolvimento para imunizar a população brasileira. A pasta elaborou relatório que apresenta informações técnicas e científicas, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). 

A partir do cenário mundial de desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19, foram compiladas informações sobre as pesquisas em andamento, bem como o detalhamento de cada candidata em fase clínica de desenvolvimento (desenvolvedor, descrição do ensaio clínico em andamento, país de origem, nome da vacina, plataforma tecnológica, publicações científicas, informações estratégicas, dentre outras). 

Esse trabalho é mais um esforço do Ministério da Saúde, que tem atuado em diversas frentes na tentativa de encontrar uma solução efetiva e segura para o enfrentamento da Covid-19 no Brasil, acompanhando cerca de 270 pesquisas que tem como objetivo imunizar a população. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ressaltou que “o Brasil sempre estará ao lado de qualquer iniciativa que promova o acesso justo e equitativo a diagnósticos, vacinas e tratamentos e o fortalecimento de sistemas de saúde”.


 CENÁRIO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO DAS VACINAS 

Até o momento, foram identificadas 270 vacinas em desenvolvimento contra a Covid-19, das quais 51 estão na fase clínica. O relatório apresenta o detalhamento das vacinas que estão em pesquisas com seres humanos.

O número de vacinas candidatas, com diferentes abordagens tecnológicas e provenientes de diferentes países, ilustra o esforço global na obtenção de uma tecnologia tão importante e necessária. 

O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a Covid-19 é uma prioridade diante da pandemia, uma vez que a imunização pode prevenir e conter a transmissão do Sars-CoV-2, reduzindo a morbimortalidade associada à doença.

 

CENÁRIO BRASILEIRO 

O Brasil aponta nesse cenário com 15 candidatas nacionais a novas vacinas contra Sars-CoV-2, todas elas na fase pré-clínica de desenvolvimento. 

Desenvolvedor

Plataforma tecnológica / Tipo de vacina

Fase de desenvolvimento

Bio-Manguinhos/Fiocruz43

Vacina sintética

Pré-clínica

Bio-Manguinhos/Fiocruz43

Vacina baseada em subunidade proteica

Pré-clínica

Instituto René Rachou (Fiocruz/MG) / Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vacinas (INCTV)44

Vacina baseada em vetores virais

Pré-clínica

Instituto Butantan/ Dynavax / PATH7

Vacina de vírus inativado (vacina inativada)

Pré-clínica

Instituto Butantan45

Vesículas de membrana externa (Outer membrane vesicles, OMVs) em plataforma de múltiplos antígenos (Multiple Antigen Presenting System, MAPS)

Pré-clínica

Instituto Butantan*

Vacina baseada em partículas semelhantes a vírus (VLP – Virus-Like Particle)

Pré-clínica

Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)/ Universidade de São Paulo46,47

Vacina baseada em partículas semelhantes a vírus (VLP – Virus-Like Particle)

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Ácido nucléico (DNA)

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP)*

Vacinas baseadas proteína recombinante

Pré-clínica

Universidade Federal de Viçosa*

Vacina baseada em proteína recombinante

Pré-clínica

Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP)48

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Universidade Federal do Paraná (UFPR)*

Vacina baseada em nanopartículas

Pré-clínica

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)*

Ácido nucléico (DNA)

Pré-clínica

Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo (USP)*

Vacina baseada em vetores virais

Pré-clínica


ENTENDA AS FASES PRÉ-CLÍNICA E CLÍNICA DAS PESQUISAS 

As etapas de descoberta e de fase pré-clínica se referem à realização de estudos experimentais em células (in vitro) ou em modelos animais (in vivo), desenvolvidos antes de começar as pesquisas em seres humanos para descobrir se um medicamento, procedimento ou tratamento pode ser útil. No caso das vacinas contra o Sars-CoV-2, o desenvolvimento de uma tecnologia inicia-se com a pesquisa aplicada em laboratório, a fim de investigar a estrutura do vírus, o comportamento e possíveis receptores/alvos, a partir dos quais um protótipo de vacina possa ser desenvolvido. 

Obtido sucesso nas etapas anteriores, prossegue-se para a realização da pesquisa clínica, definida como aquela realizada em seres humanos, com o objetivo de avaliar a segurança e a eficácia de um procedimento ou tecnologia em teste. Confira as fases: 

·         Ensaio clínico de fase I: a vacina candidata é administrada em um pequeno número de participantes (adultos saudáveis), a fim de avaliar principalmente a segurança, bem como a dosagem e capacidade inicial de estimular o sistema imunológico. 


·         Ensaio clínico de fase II: a candidata é administrada em centenas de participantes para obter mais dados sobre segurança (avaliações das diferentes dosagens sobre os eventos adversos), bem como avaliar a capacidade da vacina de estimular o sistema imunológico (imunogenicidade). 


·         Ensaio clínico de fase III: a vacina é administrada a milhares de participantes, visando a confirmar a sua eficácia e segurança, conhecendo mais dados sobre imunogenicidade e reações adversas em grupos variados de indivíduos (crianças e idosos, por exemplo). Trata-se da última fase antes da solicitação do registro na Anvisa, que permite que a vacina seja comercializada e disponibilizada no Brasil. 

 


Thais Saraiva
Ministério da Saúde


Precauções que todo o consumidor deve tomar na Black Friday

A Black Friday é popularmente conhecida como um evento, que ocorre geralmente na última semana de novembro, e tem como chamariz a oferta de produtos e serviços com preços atrativos. No entanto, é importante que os consumidores estejam atentos nas propagandas enganosas e, principalmente, reconhecer seus direitos para não caírem nas famosas “pegadinhas”. 

Dentre os principais cuidados que o consumidor deve tomar esta a pesquisa de preços em vários estabelecimentos. O ideal é o consumidor, se possível, em datas anteriores ao evento, realizar uma pesquisa completa de valores do produto ou serviço para verificar, se de fato, a empresa ofertante está praticando os descontos anunciados. 

Caso o consumidor identifique que o produto anunciado no Black Friday está com o mesmo preço das pesquisas realizadas anteriormente, poderá considerar a chamada maquiagem de preços e acionar o estabelecimento por descumprimento das disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor.

Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a prática de estabelecimentos comerciais de maquiar os preços é considerada propaganda enganosa, passível de penalidades. 

Outra importante precaução que o consumidor deve tomar é com relação as lojas virtuais. Em compras virtuais, o consumidor deve pesquisar se a loja em que está comprando é séria no mercado. Para evitar golpes, o consumidor deve se atentar com preços extremamente abaixo do praticado. Isso porque muitas empresas inidôneas aproveitam a época do Black Friday para enganar os consumidores. 

Outro aspecto de grande relevância é verificar se a oferta não se trata de produtos com defeitos. Vale destacar que algumas empresas colocam à venda produtos com pequenas avarias sem, no entanto, informar claramente ao consumidor. Caso isso ocorra, o estabelecimento deve informar prévia e claramente a avaria do produto. Por outro lado, se o consumidor não foi claramente informado sobre possível defeito do produto, é assegurado o direito de reparação em até 30 dias. Em caso do produto não ser devidamente reparado, o consumidor possui o direito de exigir a troca por um produto em perfeitas condições, a devolução integral do valor ou o abatimento proporcional ao preço. 

Importante ainda destacar que compras efetuadas fora do estabelecimento físico podem ser canceladas em até sete dias após o recebimento do produto, mesmo sem apresentar qualquer defeito. 

Por fim, é de extrema importância que os consumidores exijam que os produtos sejam vendidos exatamente como anunciados. Caso os estabelecimentos descumpram a legislação consumerista, o consumidor lesado poderá acionar a Justiça ou recorrer ao Procon para o cumprimento da legislação.

 



Mayara Rodrigues Mariano - advogada e sócia do escritório Mariano Santana Advogados


Conheça as particularidades da Contabilidade imobiliária

Uma contabilidade imobiliária bem administrada é vital para qualquer proprietário de imóvel. Afinal de contas, trabalhar no mercado imobiliário significa lidar regularmente com grandes somas de dinheiro.

Isso é verdade se você dirige uma imobiliária que emprega vendedores comissionados, se precisa gerenciar imóveis comerciais ou residenciais para clientes ou se tem o dever de lidar com as contas de condomínios.

Mas não é só isso! Se você dirige uma empresa de construção, também precisará gerenciar um fundo de investimento para trabalhar com valores de vendas residenciais, e serviços de venda e financiamento.

Em todas essas funções, uma contabilidade imobiliária bem administrada pode fazer toda a diferença. Os erros podem custar-lhe (ou aos seus clientes) muito dinheiro. Uma das melhores opções, neste caso, é contar sempre com a ajuda de profissionais do ramo, que possuam um bom software de gerenciamento de imóveis.

E isso vale não apenas para imóveis grandes, como também para os pequenos, como uma kitnet em São Paulo – o tamanho não importa: aprenda como você pode economizar tempo e garantir que os dados de seus clientes estejam atualizados e recebimentos em dia. Acompanhe nossas dicas de contabilidade imobiliária neste post!


Entendendo os problemas

 O setor imobiliário constitui uma parte importante da economia nacional e global. Os regulamentos contábeis são projetados para aproveitar ao máximo a contribuição imobiliária para o Imposto de Renda, além de encorajar a criação e distribuição de riqueza por meio de investimentos. As leis em vigor nem sempre alcançam esses objetivos - mas são as regras que você deve seguir.

Em particular, possuímos regras rígidas sobre: transferência de propriedade e identificação, lavagem de dinheiro, avaliação de imóveis comerciais e residenciais, compensação de despesas para impostos sobre terras, propriedade e herança, gestão e contabilidade de fundos de clientes.

Com todas essas diretrizes, é sensato procurar ajuda se você for novo na contabilidade imobiliária. Por isso, antes mesmo de iniciar seu novo negócio no ramo imobiliário, converse com um contador.


Importância de ter um bom contador

Se possível, tente encontrar uma empresa de contabilidade especializada em contabilidade imobiliária e para gerenciar seu aluguel em São Paulo, ou qualquer outra cidade do país. Lembre-se de que existem muitas regras e ter em conta e um contador irá ajudá-lo a segui-las.

Ele também será capaz de estruturar sua empresa da maneira mais eficiente em termos de impostos, fornecer orientações sobre como evitar despesas desnecessárias, usar um software de contabilidade online para compartilhar atualizações, relatórios e previsões com você.

Resumindo, o contador certo economizará mais dinheiro do que custou. Portanto, contrate um contador antes de começar a negociar seu imóvel para compra ou venda! 


Estime o valor do seu imóvel

Em outros tipos de negócios, um estoque “parado” tem um valor claro e específico. Mas, no mercado imobiliário, as transações são menos frequentes. Uma casa ou prédio de escritórios pode permanecer nas mesmas mãos por anos ou mesmo décadas, então pode ser difícil descobrir qual é o seu valor atualizado. Afinal de contas, a maioria das avaliações imobiliárias é baseada em estimativas. Até que uma transação ocorra, o valor real é desconhecido.

Portanto, as estimativas de valor fazem parte da venda ou administração de imóveis para clientes. Geralmente, baseiam-se nas vendas recentes de imóveis semelhantes na mesma área. A avaliação precisa dos ativos é essencial para fins contábeis. Impostos e outras cobranças geralmente são baseados no valor dele. Se você avaliar incorretamente os imóveis que administra ou vende, pode ser que acabe tendo que pagar imposto indevido.

Portanto, siga os regulamentos de avaliação com cuidado e mantenha registros precisos em seu software de contabilidade. Sempre com anuência e acompanhamento de seu contador de confiança!


Você precisa pagar comissão para a sua equipe de vendas?

Se você é pessoa jurídica, ter um contador é imprescindível. As imobiliárias costumam contratar funcionários com base na comissão ou em uma porcentagem da receita de aluguel que administram. Alguns usam uma combinação de salário fixo mais comissão.

Para esse tipo de acordo em particular, faz sentido oferecer uma boa comissão aos vendedores pelas vendas concluídas. Este é um grande incentivo para eles trabalharem duro. No entanto, as comissões podem dificultar a folha de pagamento, uma vez que os pagamentos de sua equipe irão flutuar. Você pode tornar isso mais simples usando um software de contabilidade com recursos integrados de folha de pagamento.

As transações concluídas podem ser atribuídas a determinados membros da equipe, com a comissão calculada automaticamente. Lembre-se de que as comissões estão sujeitas ao imposto de renda. É importante manter o controle dos números para reter a quantia certa de imposto.


Trabalhe de qualquer lugar com software baseado em nuvem

Se sua equipe trabalha remotamente ou conclui tarefas enquanto está trabalhando, considere o uso de software de gerenciamento de propriedade online para seu negócio imobiliário.

Isso significa que seus funcionários podem trabalhar de qualquer lugar, a qualquer hora, em qualquer dispositivo - o que é uma vantagem real no setor imobiliário.

Certifique-se de que sua empresa usa aplicativos de software que se integram ao software de gerenciamento de quaisquer tipos de propriedades. Quando seu software estiver otimizado e sincronizado, você será mais eficiente e poderá oferecer um serviço superior aos seus clientes.


Mantenha seus dados seguros e acessíveis em caso de auditoria

Os negócios imobiliários às vezes são alvo de auditoria por inspetores fiscais do Governo Federal. Este pode ser um momento estressante para sua empresa - e bastante caro se seus números não estiverem em ordem! Funcionários do governo examinarão suas contas em detalhes. Eles estarão procurando anomalias e fazendo perguntas. Você pode ser auditado a qualquer momento pela repartição de finanças, por isso é vital que você mantenha seus registros seguros e acessíveis.

Um bom software de contabilidade o ajudará a fazer isso, com uma trilha de auditoria de cada transação. Isso simplifica o processo de auditoria e você pode chamar imediatamente qualquer registro para inspeção. Também faz sentido conversar com seu contador sobre seguro de auditoria. Isso pode custar um pouco mais, mas significa que você não terá que pagar uma quantia muito maior ao seu contador se for auditado.

Lembre-se: os relatórios financeiros são uma grande parte da contabilidade imobiliária. Se você administra participações de clientes ou propriedades de associações habitacionais, há muito a levar em consideração. O mesmo é verdade se você dirige uma empresa de construção civil. Afinal de contas, é vital ser minucioso ao contabilizar suas despesas operacionais e entradas.

 

 



Fábio Barretta - diretor executivo desde 2018 da COAN- consultoria contábil. É bacharel em ciências contábeis desde 2005 pela PUC/SP.  Também possui especialização em planejamento tributário pela FECAP/SP em 2010. Atua na área contábil desde 1997, onde ingressou na COAN CONTABIL passando pelas áreas contábil, fiscal e legal, acumulando vasta experiência em assessoria contábil. Fábio é sócio diretor desde 2010, período em que marcou o ingresso da COAN CONTABIL nos programas de qualidade e certificação ISO9001. Para saber mais, visite o site https://coancontabil.com.br/, mande e-mail para fabio@coancontabil.com.br ou acesse o perfill no instagram @coan_contabil e pelo facebook CoanContabilidade.

 

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