Pesquisar no Blog

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pesquisa do Badoo aponta insegurança dos brasileiros em relação ao corpo


Dados serviram de insumos para a segunda temporada do Conexões, podcast sobre conversas abertas e sinceras


Com o isolamento social, devido à pandemia da Covid-19, como as pessoas têm se relacionado e interagido umas com as outras? Como se veem e como enxergam o outro? Essas são algumas perguntas respondidas por mais de 5.000 pessoas em uma pesquisa realizada em 5 países (Brasil, Reino Unido, Espanha, França e Rússia) pelo Badoo, o maior aplicativo de relacionamentos do planeta.

"Globalmente, vemos um movimento lento, mas constante, no sentido de desafiar os entendimentos culturais de que tipo de corpo é aceitável e aspiracional no mundo do sexo e relacionamentos. No Brasil, quando se trata de relacionamentos, tanto homens quanto mulheres sentem que devem aderir a altos padrões idealizados pela grande mídia", exemplifica Martha Agricola, Diretora de Marketing do Badoo no Brasil.

De acordo com o levantamento "Vamos falar sobre sexo: 2020", 63% dos entrevistados se sentem inseguros com seu corpo ao compará-lo com os corpos que veem na grande mídia, na cultura popular e nas redes sociais. Além disso, a maioria (60%) dos participantes se preocupa com o tamanho ou aparência de seus órgãos genitais e se eles parecem 'normais'. Em meio à ampliação de debates sobre diversidade e importância da autoaceitação, outro dado que chama a atenção é o fato de que 58% das mulheres já recusaram sexo porque não estavam em dia com a depilação.

Segundo a análise, o racismo ainda é uma pauta dominante também nesta área: para 83% dos participantes brasileiros, o preconceito racial afeta a percepção da sociedade sobre o que é considerado fisicamente atraente. Já em relação ao autoconhecimento, a maturidade é vista pela expressiva maioria (87%) como um fator que auxilia a conhecer melhor seu próprio corpo e preferências sexuais.

Com o clima atual de incertezas, a pesquisa também revelou que sexo e prazer pessoal são um componente importante de nosso bem-estar geral hoje, com 86% das pessoas concordando que ter um orgasmo pode relaxar e melhorar seu humor quando se sentem estressadas, ansiosas ou incapazes de dormir.

Quando se trata de autoprazer, pelos dados, a masturbação varia conforme a faixa etária. 145 em cada 163 pessoas (89%) de 37 a 44 anos concordam que a idade as ensinaram a conhecerem seus corpos e o que gostam e não gostam sexualmente.

"Também descobrimos a enorme lacuna entre o discurso cultural sobre a inclusão corporal, em comparação com as experiências da vida real das pessoas. As preocupações com a aparência são generalizadas, enquanto a insegurança sobre a forma do corpo ou presença de pelos, e a pressão para aderir padrões altamente idealizados estão no topo da lista dos maiores estigmas sexuais dos brasileiros", revela Martha Agricola. 



Conexões Sinceras

A partir dos dados apurados e com o objetivo de encorajar todos os seus usuários a criarem um relacionamento saudável com seus corpos, o Badoo aborda temas relacionados a intimidade e sexualidade em sua segunda temporada do podcast "Conexões", que estreia nesta terça-feira, 17.

A apresentação é comandada pela influencer e criadora de conteúdo Dora Figueiredo e traz convidados especiais como Bielo Pereira, Becca Pires, Carol Rocha, Juliana Muncinelli, Lela Brandão, Lorelay Fox e Miguel Filpi.

Ao todo, seis episódios abordam questões como autocuidado, autoestima, prazer, identidade de gênero e muito mais. Toda terça-feira, um novo tema será explorado em uma conversa franca e aberta, disponível em sua versão completa nas plataformas de streaming e em versão reduzida no Youtube. 





Badoo


Covid, vacina e medo: como lidar com os pensamentos intrusivos

A vacina contra o coronavírus deveria ser um alívio para todo mundo. Mas não é. Por incrível que pareça, ela tem gerado receios de todos os tipos. Segundo Elaine Di Sarno, psicóloga especialista em neuropsicologia e em terapia cognitiva-comportamental pelo IPq-HCFMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), uma das explicações são os chamados pensamentos intrusivos.

Segundo ela, quem tem esses pensamentos constrói cenários imaginários e passa a reproduzir mentalmente as preocupações ou ideias que podem ou não se manifestar. “Os pensamentos intrusivos atropelam a mente de forma incontrolável, dominando indesejavelmente nossa consciência de maneira insistente e repetitiva, e a estranheza das ideias acabam potencializando medos, ansiedade e alterando nosso estado emocional, especialmente nos últimos tempos”, explica Elaine.

 

Medo do desconhecido

Um estudo recente feito pela Faculdade São Leopoldo Mandic, em parceria com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, mostrou que dentre os 1000 voluntários, 4,5% dos pais se recusam a vacinar suas crianças, e outros 16,5% têm receio ou não acham que isso tenha qualquer importância para a saúde de seus filhos.

“Podemos entender o medo como um sentimento de insegurança. No caso da vacina contra a covid-19, muitas pessoas estão receosas por se tratar de uma medicação importada, nova, cujos efeitos ainda são desconhecidos. Diante da incerteza gerada por esse tipo de emergência sanitária e de reordenamento social, muitos indivíduos acabam se recusando à imunização”, diz a psicóloga.

“Normalmente, os pensamentos intrusivos se relacionam com níveis de ansiedade mais elevados. Um dos principais gatilhos é a recorrente sensação de falta de controle sobre uma determinada situação, a exemplo da covid-19 e, agora, da vacina. Quando não sabemos bem o que fazer com estes pensamentos, começamos a dedicar grande parte de nosso tempo a uma série de idealizações, sejam elas boas ou ruins”, pontua Elaine.

Para a especialista, o importante é questionar e reinterpretar os pensamentos intrusivos. “Quem os nutre, costuma sempre esperar que coisas ruins aconteçam, desconfia das pessoas (até mesmo daquelas que são próximas e queridas) e tende a ser inquieto e impaciente. Aceitar que não podemos controlar tudo, muda a forma como lidamos com nossas emoções e como nos comportamos diante das mais adversas situações”.


Quando a intrusão dos pensamentos se torna preocupante


Os pensamentos sugam a energia do indivíduo, causando grande desgaste mental e físico. Pior: o medo pode ganhar uma dimensão muito maior quando é erroneamente avaliado e tido pela pessoa como uma alta probabilidade de acontecer. “Nesse contexto, os transtornos emocionais se tornam ainda mais intensos, evoluindo para quadros mais graves, como depressão ou estresse pós-traumático. Ou seja, a partir do momento em que esses pensamentos passam a condicionar a rotina e prejudicam a qualidade de vida, é preciso buscar apoio profissional”, alerta Elaine Di Sarno.


Banco de Sangue de São Paulo celebra Dia Nacional do Doador de Sangue

Campanha "Vem doar" homenageia os Doadores de Sangue e chama a atenção da sociedade para a importância do gesto solidário que salva vidas


A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que o número de doadores de sangue de um país seja de 3% a 5% do total da população. No Brasil, porém, de acordo com dados do Ministério da Saúde, este índice é abaixo de 2%.

Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da ação e estimular a doação de sangue, no dia 25 de novembro é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue - data instituída por decreto, em 1964, assinado pelo então presidente Castello Branco, por ocasião do aniversário da fundação da Associação Brasileira de Doadores Voluntários de Sangue.

Devido à proximidade das férias, de datas comemorativas de fim de ano e feriados prolongados, o mês foi escolhido por preceder um período de estoques baixos nas instituições de hemoterapia do Brasil.

No Banco de Sangue de São Paulo, esses verdadeiros heróis que salvam vidas estão sendo homenageados ao longo do mês, com a Campanha "Vem doar", com mensagens de agradecimento veiculadas nas redes sociais. E ainda, até o dia 30 de novembro, os doadores que praticarem esse ato solidário, serão presenteados com uma camiseta alusiva à data (ou até enquanto durarem os estoques).

"Essa é uma data muito especial para nós, porque os doadores de sangue são os protagonistas desse propósito maior que é proporcionar novas chances de saúde e de vida para outras pessoas. Por isso, queremos estender nossos sinceros agradecimentos a todos eles que, voluntariamente, se disponibilizam a esse ato de amor", diz Bibiana Alves, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo.

Ela ressalta ainda a importância de ações de conscientização especialmente neste cenário de pandemia, em que os estoques de sangue oscilaram ao longo do ano com um déficit em torno de 35%. "Ainda estamos enfrentando um momento crítico, operando com os nossos estoques sanguíneos com uma baixa de 20%. Necessitamos de mais de 160 doações diárias, para atender com segurança a todos os pacientes dos hospitais conveniados que necessitam de transfusões e outros procedimentos", informa Bibiana Alves.

Se uma única doação de sangue salva até quatro pessoas, muitas histórias se multiplicam e se conectam a esse gesto solidário e de amor. Parabéns Doadores de Sangue!

 

 

Banco de Sangue de São Paulo

Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e Sábado, Domingos e feriados das 8h às 16h.

Estacionamento gratuito Hotel Matsubara - Rua Tomas Carvalhal, 480

 

Unidade Hospital Edmundo Vasconcelos

Endereço: Rua Borges Lagoa, 1450 - Vila Clementino

Tel.: (11) 5080-4435

Atendimento: Segunda a sexta-feira, das 8h ao 12h

Estacionamento gratuito.


Ação estratégica de cuidado ao recém-nascido marca o Novembro Roxo

O contato pele a pele tem como objetivo reduzir o tempo de internação e incentivar o aleitamento dos recém-nascidos de baixo peso

 

O Ministério da Saúde celebra o Novembro Roxo: mês de prevenção da prematuridade. O objetivo é mobilizar a população em torno de uma questão que atinge 15 milhões de crianças no mundo, todo ano. Uma das estratégias adotadas no Brasil é o Método Canguru – um modelo de atenção ao recém-nascido pré-termo que comemora mais de 20 anos de política pública. No país, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o que equivale a 931 por dia ou a 6 nascimentos pré-termo a cada 10 minutos. 

O Método Canguru é o modelo de atenção neonatal que foi criada pelo pediatra Edgar Rey Sanabria em 1979 em Bogotá na Colômbia, para minimizar o impacto da prematuridade no desenvolvimento do recém-nascido. Também visa reduzir o tempo de internação e reinternação no primeiro ano de vida, diminuir as taxas de infecção, favorecer o vínculo parental e incentivar o aleitamento. 

Este método é iniciado logo após a identificação da gestação de alto risco, seguindo para o nascimento, durante a internação neonatal com ações voltadas para o cuidado ao recém-nascido, seus pais e sua família. A posição canguru é uma das ações estratégicas neste cuidado, que deve ser realizado inclusive após a alta hospitalar. O Método Canguru articula o acompanhamento do recém-nascido de risco e o cuidado compartilhado deve ser realizado entre a Atenção Primária e Especializada.  


VANTAGENS DO MÉTODO CANGURU 

Um dos principais objetivos do Método Canguru é o acolhimento ao bebê e à sua família, respeitando as individualidades do recém-nascido e de seus pais, promovendo o contato pele a pele precoce e o envolvimento da mãe e do pai nos cuidados com o bebê. 

Vantagens do Método Canguru: 

·         Estimular o aleitamento materno;

·         Reduzir o tempo de separação entre a criança e sua família;

·         Melhorar o desenvolvimento do bebê;

·         Melhorar a comunicação da família com a equipe de saúde;

·         Desenvolver a confiança dos pais no manuseio do bebê mesmo após a alta hospitalar;

·         Aliviar o estresse e a dor do recém-nascido de baixo peso;

·         Diminuir as possibilidades de infecção hospitalar;

·         Reduzir o tempo de permanência no hospital;

·         Aumentar o vínculo pais-filho;

·         Evitar a perda de calor do bebê.

 Além de todos os benefícios que o método apresenta, ainda tem a vantagem de ser uma tecnologia leve e de baixo custo para a unidade de saúde e salva vidas. 


COMO É FEITO 

No método canguru o bebê é colocado contra o peito dos pais, em posição vertical, em contato pele a pele apenas com a fralda. Isto ocorre de forma gradativa, ou seja, inicialmente o bebê é tocado, para depois ser colocado na posição canguru. Este contato do recém-nascido com os pais se inicia de forma precoce e crescente. O bebê permanece na posição canguru pelo tempo que ambos se sentirem confortáveis. 

O método canguru é realizado de maneira orientada, e por escolha da família, de forma segura e acompanhado por uma equipe de saúde adequadamente treinada. 

Por conta de todas as vantagens e benefícios que o método pode trazer ao bebê e à família, atualmente também é usado em recém-nascidos de peso normal, com o objetivo de aumentar o laço afetivo, reduzir o estresse e incentivar o aleitamento.  

No SUS, as ações para a qualificação da assistência à criança iniciam e finalizam na Atenção Primária à Saúde: planejamento familiar; pré-natal; parto; nascimento e internação neonatal (incluindo o banco de leite) na Unidade Hospitalar de Referência e finalizando nas consultas de puericultura, continuidade do método Canguru e acompanhamento do recém-nascido das Unidades Neonatais. 

 

 


Karina Borges
Ministério da Saúde


Pandemia derruba produção de exames para retinopatia diabética e pode contribuir para aumento de casos de cegueira

 De janeiro a agosto de 2020, volume de procedimentos foi 36% menor do que no mesmo período do ano passado. Conselho Brasileiro de Oftalmologia promove em 21 de novembro maratona de ações online para conscientizar população sobre a importância das medidas de prevenção

 

A Covid-19 pode deixar mais um triste legado para o País. Por conta da pandemia, a queda na produção de exames para diagnóstico da retinopatia diabética - complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina - pode atrasar o início de processos terapêuticos. Com isso, o número de cegos no Brasil pode aumentar no futuro. Essa possibilidade foi constatada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que analisou o volume de exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para avaliar a presença dessa complicação.

A média nacional de produtividade dos exames para diagnóstico de retinopatia no SUS apresentou uma queda de 36% entre janeiro e agosto de 2020 ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com os números informados pelas Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, um total de 3,3 milhões de exames, divididos em quatro diferentes modalidades, foram realizados até agosto deste ano. Mulheres e pessoas com idades de 44 a 80 anos são os que mais deixaram de fazer suas avaliações oftalmológicas na comparação entre períodos.

A divulgação dos números acontece na véspera da realização do Projeto 24 horas pelo diabetes, durante o qual o CBO oferecerá à população a oportunidade de participar de sessões de teleorientação com médicos, de forma gratuita. Para contar com o serviço, disponível apenas em 21 de novembro, de 9h às 17h, é preciso se inscrever no site https://www.24hpelodiabetes.com.br , onde há outros detalhes sobre a iniciativa.


Pandemia - Os dados foram apurados pelo CBO a partir de informações disponíveis do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). No entendimento do presidente da entidade, José Beniz Neto, a redução no volume de exames de diagnóstico tem relação direta com o afastamento dos pacientes de consultórios e ambulatórios médicos por conta das recomendações de isolamento social decorrentes da Covid-19.

"Esse é mais um triste legado deixado por essa pandemia. Num primeiro momento, os serviços de saúde suspenderam a realização dos procedimentos como medida de segurança. Depois, a população, por medo de contaminação pelo vírus, passou a evitar as consultas, mesmo com a retomada dos atendimentos. Os gestores não têm responsabilidade por esse cenário, mas recai sobre eles o desenvolvimento de estratégias para resolver o problema", avalia José Beniz Neto.


Complicação - A retinopatia diabética depende de sua detecção precoce para reduzir as chances de comprometimento parcial ou total da visão. Ela acomete pacientes com diabetes dos tipos 1 e 2. De cada três pessoas com diabetes, uma tem algum grau de retinopatia. Do total dos casos, 20% podem desenvolver a forma mais grave, que leva à cegueira.

Em 2019, entre janeiro e agosto, o volume de procedimentos chegou a 5,1 milhões. Houve queda sensível nos quatro tipos de exames disponíveis no SUS - biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. No entanto, os percentuais de perda na produção variaram de 15,2% a 37,9%.

"As consequências desse problema serão percebidas em médio e longo prazos. O paciente - ao retardar o seu diagnóstico e início de tratamento - perde a chance de efetivamente reduzir os efeitos de uma doença degenerativa que, no limite, pode implicar na perda total da visão. Temos que pensar em estratégias para reduzir essa lacuna", alerta o vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino.


Desempenho - Se o ritmo dos atendimentos não for alterado, pelas projeções, o País chegaria a dezembro tendo realizado 4,9 milhões de exames para detectar a retinopatia diabética. Esse seria o pior desempenho desde 2014. Do ponto de vista de distribuição geográfica, apesar da redução no volume produzido ter sido detectada 26 das 27 unidades da federação, as performances foram diferentes.

Dentre as regiões, a que teve o pior desempenho foi a Nordeste, que até agosto desse ano realizou 41% a menor do que em 2019. Na sequência, aparecem o Sudeste, com uma redução de 33%; o Centro-Oeste (-32%); o Sul (-30%); e o Norte, com uma baixa de 17% na sua produção desses exames.

O Acre foi o estado onde, proporcionalmente, o desempenho foi o mais baixo. A queda na produção foi de 72%. A lista das dez unidades com maiores quedas percentuais inclui ainda Roraima e Piauí (-68%), Amapá (-67%), Amazonas (-66%), Paraíba (-63%), Mato Grosso do Sul (-61%), Mato Grosso (-57%), Mato Maranhão (-53%) e Ceará (-50%).


Impacto - Por sua vez, o impacto foi menor, proporcionalmente, no Pará, com menos 6% na produção de exames para retinopatia entre janeiro e agosto desse ano em comparação com o mesmo período de 2019. Com perdas menos acentuadas, também aparecem o Tocantins (-11%), Distrito Federal (-17%), Paraná (-24%) e Goiás (-25%). Somente em Alagoas registrou aumento no volume de exames no período: 43% a mais.

Nos três estados onde houve maior produção de exames para diagnóstico de retinopatia diabética em 2019, as perdas também foram significativas. Em São Paulo, houve uma retração de 29% na produção de exames. Ano passado, durante os oito primeiros meses, o estado havia realizado 1 milhão de procedimentos desse tipo. No mesmo período, em 2020, esse número não passou de 715 mil.

No Rio Grande do Sul, segundo lugar no ranking de produtividade de 2019, a queda proporcional também ficou em 30%. Em Pernambuco, terceira posição, o índice ficou em 34%. Logo após, dentre os quais realizaram exames ano passado, surgem a Bahia, com menos 44% na sua produção desse ano em relação a 2019; Minas Gerais (-33%); e Rio de Janeiro (-44%).


CLIQUE AQUI
e confira os exames para diagnóstico de Retinopatia Diabética (RD) e outras doenças da visão

CLIQUE AQUI
e confira a produção ambulatorial do SUS por local de residência


Reumatologia: 5 dicas para quem é portador do HIV

O dia primeiro de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids e o que poucas pessoas sabem é que pode ser importante que os reumatologistas componham a equipe multidisciplinar para o seu tratamento.



O Dia Mundial de Luta contra a Aids caracteriza-se não apenas pelo destaque das políticas de prevenção e combate ao preconceito, mas também pela conscientização sobre a qualidade de vida dos portadores da doença. Dessa maneira, é necessário entender como os portadores do HIV e sua forma manifestada, a Aids, podem ser suscetíveis às doenças reumáticas.

Foto criado por jcomp - br.freepik.com
O corpo médico da pioneira e renomada Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra mostra às pessoas portadoras de HIV e aos demais médicos especialistas as correlações existentes. Todos devem estar atentos a essa conexão para garantir o melhor tratamento e qualidade de vida aos pacientes. Segundo o Dr. Murillo Dório: 

Há uma ampla gama de manifestações que podem ser associadas à lesão direta do vírus, aos mecanismos autoimunes secundários, à infecção e aos efeitos adversos das terapias antirretrovirais (TARV). A infecção causada por HIV desequilibra o sistema imune, causa a imunossupressão e 50% a 60% desses pacientes desenvolvem sintomas musculoesqueléticos, os quais são geralmente autolimitadas. Nas últimas décadas, devido ao avanço das TARVs, esses pacientes vêm mudando o perfil de manifestações clínicas, tendo menos infecções oportunistas e manifestações ligadas a agressão viral, e desenvolvendo mais doenças crônicas.

 

Dr. Murillo ainda fornece algumas dicas de manifestações que sugerem que a busca de um reumatologista pode ajudar os pacientes portadores de HIV:

1. Dor ou inchaço nas articulações, principalmente mãos, joelhos, tornozelos, cotovelos e ombros.

Pode refletir uma fase aguda da infecção pelo vírus ou até mesmo um estado de imunossupressão mais profunda.

2. Dor muscular persistente.

Pode indicar inflamação do músculo pelo vírus ou pela TARV, além de ser frequente o diagnóstico concomitante da Fibromialgia.

3. Placas vermelhas ou outras lesões de pele.

Pode indicar psoríase ou outras condições causadoras de artrite.

4. Febre com dor e inchaço de uma única articulação, como o joelho.

Pode indicar uma infecção por bactéria dentro da articulação, favorecida pelo estado de imunossupressão.

5. Novos sintomas como dor articular ou aumento de gânglios nos primeiros meses do início da TARV.

Indica a restauração rápida da imunidade, gerando manifestações de doenças autoimunes.

 

A última dica do Dr. Murillo para os pacientes é acompanhar de perto com seu médico o uso contínuo da TARV para a adoção de medidas de prevenção e tratamento de possíveis complicações relacionadas aos medicamentos (como a atrofia da gordura das bochechas e o aumento do ácido úrico).


 

Dr. Murillo Dório - Compõe o corpo médico da Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão Cobra, se formou em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e fez residência médica na Clínica Médica e Reumatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).


Visitas regulares ao urologista e realização de exames podem colaborar para diagnóstico precoce e combate assertivo ao câncer de próstata

De acordo com a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o triênio 2020-2022 deve registrar cerca de 65 mil casos de câncer de próstata no país, sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros – atrás apenas do câncer de pele. Atento à importância do tema, especialmente durante este mês de novembro, o Porto Seguro Saúde adere a campanha do Novembro Azul e ressalta a necessidade do cuidado e atenção que a população masculina precisa ter com os possíveis sinais da doença.

“Um diagnóstico precoce da doença é fundamental para o combate assertivo à doença. O tema ainda é um tabu que precisa ser enfrentado, mas aos poucos os homens adquirem a consciência da importância em realizar os exames de sangue PSA e o de toque retal. Esses exames identificam o possível problema, que se encontrado em estágio inicial, pode ser combatido mais facilmente”, destaca Dr. Guilherme Lima, coordenador médico do Programa Saúde Mais.

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que fica abaixo da bexiga e tem como função armazenar e secretar os fluidos que formam o sêmen. Assim como outros tipos de cânceres, o câncer de próstata não apresenta sintomas na fase inicial, o que reforça a necessidade de visitas regulares ao urologista.

Os sintomas são observados apenas em estágios mais avançados, sendo eles: dor ao urinar e óssea, vontade de urinar frequentemente e presença de sangue na urina ou no sêmen. Histórico familiar, consumo de alimentos com corantes e a obesidade são alguns dos fatores de risco da doença. Em casos de aumento da glândula, comuns à medida que os homens envelhecem, uma biópsia identifica se a doença é benigna ou maligna.

A indicação do melhor tratamento depende de vários aspectos, como o tipo e a velocidade de crescimento do tumor, o estado de saúde atual, o estágio da doença e a expectativa de vida. Por isso, os homens devem consultar-se regularmente com um urologista.

 


Porto Seguro


6 mitos perigosos sobre a saúde bucal

Que a higiene bucal é fundamental para a saúde em geral, todo mundo já sabe. O que você provavelmente desconhece é que há várias informações incorretas ou distorcidas acerca da saúde de sua boca.

 

Por isso, com base nas orientações da Dra. Kamila Godoy, dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia e pesquisadora da Faculdade de Odontologia da USP; seguem os 6 principais mitos sobre a saúde bucal:

 

1 - Bicarbonato de sódio ajuda a clarear os dentes

“Certamente, você já ouviu dizer que o bicarbonato clareia os dentes. Não é verdade. O produto nunca deve ser usado para o clareamento dental, pois, por ser muito abrasivo, pode provocar desgaste no esmalte dos dentes”, afirma Kamila.

Segundo ela, o bicarbonato de sódio só pode ser utilizado pelo dentista, com o objetivo de realizar uma limpeza nas superfícies dos dentes, e com uma quantidade que apenas o especialista sabe dosar.

 

2 - O dente siso sempre deve ser extraído

Apesar de os sisos causarem incômodo em muitas pessoas, inclusive durante a mastigação, nem sempre há indicação da extração. “Se eles não prejudicam o paciente e sua arcada dentária, não há motivos para se submeterem a uma cirurgia”, diz Kamila Godoy.

A retirada só é indicada em alguns casos, como na disfunção do movimento que o dente faz até sua posição funcional, embaixo da gengiva. “Se o siso ficar preso no osso ou parar a erupção, pode ocorrer o que chamamos de ‘quadro de dente irrompido’, sendo necessário o acompanhamento com um profissional especializado”.

 

3 - Chiclete sem açúcar é bom contra as cáries

As cáries podem causar dor e até mesmo a perda de dentes. Elas surgem como resultado de uma higienização precária, com uso incorreto da escova de dente, fio dental e enxaguante bucal. E há quem indique o chiclete sem açúcar como prevenção da cárie, o que é um erro muito grave.

De acordo com Kamila, o chiclete sem açúcar está longe de ter essa função, ainda que não cause cáries. Pior: a mastigação constante de chiclete pode levar a uma fadiga nos músculos de abertura e fechamento da boca, gerando problemas na articulação têmporo-mandibular (ATM) e originando ou acentuando o bruxismo.

 

4 - Enxaguantes bucais podem substituir a escovação

O enxaguante bucal é um item que apenas complementa a higiene da boca. “O enxaguante fluoretado, por exemplo, é ótimo para quem tem um índice significativo de lesões cariosas, alterações hereditárias de esmalte ou sensibilidade dentária, além de auxiliarem contra a perda mineral dos dentes. Mas seu uso exige indicação e orientação, pois pode provocar manchas de fluorose, principalmente em crianças, ou até toxicidade”, pontua Kamila Godoy.

A especialista diz que utilizar o antisséptico bucal duas vezes ao dia é suficiente, mas não substitui a higiene mecânica. “Passe o fio dental, faça a escovação e finalize com o enxaguante. Use a tampinha até a medida indicada (em geral, 20 ml) e faça o bochecho durante um minuto. Tome cuidado com a ingestão, pois pode causar enjoo ou diarreia, e não lave a boca após a sua utilização para não reduzir o efeito”.

 

5 - Escova com cerdas duras limpam melhor

Mais um mito perigoso. As escovas indicadas são as de cerdas macias ou ultramacias, e de cabeça pequena. Isso porque a escovação deve massagear a gengiva, sem agredi-la. Quando aplicada muita força, a gengiva pode se retrair e desgastar o esmalte.

“Além de dentes e gengiva, vale lembrar a importância de escovar também a língua e os tecidos próximos, já que nessas regiões há grande concentração de bactérias que causam o mau hálito”, ressalta a dentista.

 

6 - Quanto mais creme dental, melhor a higiene bucal

Se alguém te disser que quanto mais pasta na escova, melhor a limpeza dos dentes, desconsidere. A quantidade necessária de creme dental ocupa o sentido transversal da escova em sua totalidade. Mais do que isso, é apenas desperdício, além do perigo de engolir constantemente o produto.

“Fique atento às informações que chegam até você. Muitas delas são infundadas e podem prejudicar sua saúde bucal e, consequentemente, sua saúde como um todo. Só quem pode indicar tratamentos para cáries, tártaro, mau hálito ou qualquer tipo de problema bucal é o profissional de odontologia, de preferência, que seja muito bem qualificado”, finaliza Kamila Godoy.


Por que bariátricos necessitam de suplementação de Vitamina B12?

 A redução acentuada do estômago pode levar à deficiência de várias vitaminas essenciais ao funcionamento do organismo, entre elas a vitamina B12, que é de extrema importância para a formação de células vermelhas do sangue e funções do sistema nervoso


A obesidade é considerada uma doença crônica e que, infelizmente, segundo dados do IBGE, atinge cerca de 27 milhões de brasileiros. Como não se trata de algo que depende apenas de força de vontade, não há uma solução única para a cura. Por isso, na busca desse objetivo, um dos recursos que mais crescem no Brasil é a cirurgia bariátrica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a operação teve aumento de 84,7% entre 2011 e 2018 no país. Somente em 2019, foram realizados 68.530 procedimentos do tipo, sendo 52.699 pelos planos de saúde, 12.568 pelo SUS (Sistema único de Saúde) e 3.263 particulares.

Entre os muitos cuidados pós-operatórios que devem ser acompanhados no paciente bariátrico, a prevenção de carências nutricionais é um dos mais importantes. A perda rápida de peso e a redução acentuada do estômago pode conduzir a maiores distúrbios de micronutrientes como as vitaminas D, E, K, Tiamina, Riboflavina, Niacina, Folato e a Vitamina B12 que não podem ser sintetizadas, ou seja, os seres humanos não são capazes de produzi-las e por isso precisam de um monitoramento constante e a devida suplementação.

 

Por que a deficiência de vitamina B12 acomete pacientes bariátricos e quais as consequências?

Explicando melhor, a deficiência de vitamina B12 – cuja forma ativa é conhecida como mecobalamina - é algo bastante comum em pacientes bariátricos porque, para que haja a correta absorção, é necessário um fator intrínseco, ou seja, uma glicoproteína que é produzida justamente no estômago pelas chamadas células parietais. Além disso, com o passar do tempo, a deficiência de vitamina B12 costuma se mostrar presente nos indivíduos cuja ingestão por meio da alimentação, em outras palavras, pelo consumo de carne, revela-se insuficiente.

Em alguns tipos de cirurgia bariátrica, a prevalência de deficiência de B12 chega a ser de até 64%.

O déficit de vitamina B12 pode ser assintomático ou sintomático, além de ter um quadro clínico variável. Portanto, os pacientes podem apresentar anemia, fraqueza, falta de ar, parestesias (sensação de formigamento), alterações da marcha e da coordenação, esquecimento (levando a um quadro de demência), aumento na concentração de homocisteína (que é um fator de risco cardiovasvular)entre outros sintomas.

 

Já existe no mercado nacional tratamento sublingual e indolor

“Como a mecobalamina desempenha uma série de funções essenciais para o organismo, entre elas, a produção de glóbulos vermelhos no sangue, e não a sintetizamos em nosso organismo,  inserir alimentos  ricos em vitamina B12 é muito vantajoso, mas em casos específicos, como pacientes bariátricos, é importante que seja indicado o uso contínuo dessa vitamina como suplemento, por meio de uma avaliação médica feita com  exames e monitoramentos periódicos, que irão quantificar a taxa de B12 no organismo”, explica  Dra. Rita de Cássia Salhani Ferrari, médica geriatra e responsável pelo núcleo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Marjan Farma. 

O tratamento com mecobalamina é conhecido por ser um tanto quanto doloroso por conta das injeções intramusculares, o que leva, pacientes, muitas vezes, a negligência.  A boa notícia é que agora já existe no mercado a vitamina B12 sublingual de forma ativa, que oferece absorção imediata, um grande alívio que garante maior adesão e enfatiza que nem todo tratamento médico precisa ser um incômodo.


Posts mais acessados