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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Vai tirar os cobertores e blusas do armário? Confira algumas dicas para evitar as alergias


Mais comuns durante o inverno, as crises alérgicas podem ser desencadeadas pelo uso de roupas e cobertores que estavam guardados durante o verão


Cobertores, blusas de frio, cachecóis... Tudo isso costuma ser guardado bem no fundo do guarda-roupa quando chega o verão. O problema é que quando o inverno chega, muita gente sofre com alergias decorrentes dos ácaros que se acumularam ao longo dos meses. Segundo a Dra. Silvia Rodrigues, pneumologista que integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica, esses sintomas são comuns, mas podem ser evitados com alguns cuidados.

De acordo com a médica, a reação alérgica acontece como uma resposta do organismo aos ácaros que se acumulam nos tecidos guardados. Eles se alimentam de fragmentos da pele humana, e se reproduzem aos milhões quando o ambiente está propício, ou seja, com umidade, pouca luz e sem ventilação.

O primeiro passo para evitar as reações alérgicas é lavar todos os materiais de uso diário, como roupas, travesseiros, ursos de pelúcia e cobertores, antes de armazená-los. “Muita gente se esquece de lavar bem os tecidos antes de guardar, e isso acaba favorecendo ainda mais a proliferação dos ácaros”, reforça a médica.

Além disso, caso não haja a opção de armazenar os tecidos em local mais ventilado e aberto, é importante então envolvê-los em algum material impermeável, como plástico, evitando assim que a umidade comprometa sua conservação.

Dra. Silvia ainda lembra que tanto roupas, como cobertores guardados por muito tempo devem ser lavados, ou colocados ao sol por algumas horas assim que forem retirados do local em que estavam armazenados.

Quem quer mesmo ficar longe das alergias deve tentar manter as portas e janelas da casa abertas quando possível, e se atentar a infiltrações e pontos que podem causar mofo. “Outras coisas presentes no nosso dia a dia também são fontes de ácaros, fungos e poeiras prejudiciais ao nosso sistema respiratório. Alguns especialistas afirmam que depois de cinco anos de uso, um travesseiro pode chegar a ter até 10% de ácaros”, salienta a médica.

As pessoas que já sofrem com alergias, rinites e asma costumam ser as mais afetadas quando entram em contato com materiais comprometidos pelos ácaros. “É preciso se atentar a crises mais intensas, principalmente nos asmáticos. Se os sintomas persistirem por muitos dias e causarem espirros, prurido nasal, coriza, falta de ar, tosse ou chiado no peito, um médico deve ser consultado”, reforça a pneumologista. 





Alta Excelência Diagnóstica


5 dicas: hábitos que auxiliam a memorizar conteúdos durante os estudos


Professora Cristiane Furini, pesquisadora do Centro de Memória do Inscer, sugere práticas que favorecerem a retenção do aprendizado


Estudar costuma a exigir uma dedicação especial, além de concentração e disposição. Porém, o que fazer quando mesmo após horas de estudos a sensação é de que o aprendizado não foi absorvido; ou então, quando pouco tempo depois já se esqueceu o conteúdo? A professora Cristiane Furini, pesquisadora do Centro de Memória do Instituto do Cérebro (InsCer), preparou algumas dicas para auxiliar na memorização durante o estudo. Mas atenção, não existe uma única maneira de aprender. Assim, é essencial experimentar diferentes técnicas e escolher a que funcione melhor para você. Confira as dicas:


1. Evite distrações e tenha pausas: a atenção voltada para o que você está estudando é muito importante e a melhor maneira de mantê-la é minimizar as distrações no ambiente de estudo. Ou seja, televisão e smartphones só devem estar presentes se usados como ferramenta de aprendizado. Pesquisas têm demonstrado que o celular pode atrapalhar a capacidade de atenção em uma tarefa específica e que o simples fato de saber que há uma notificação em seu telefone, causa a mesma distração ocorrida com o uso efetivo do aparelho.

A fadiga mental também pode dificultar a manutenção da atenção por um tempo muito longo, assim, é necessário fazer pequenas pausas para descanso. Por isso, dividir a jornada de estudo pode auxiliar a manter o foco. Uma alternativa é realizar um intervalo de 5 a 10 minutos a cada 45 ou 50 minutos de estudo.


2. Faça testes e repetições: realizar testes, quizzes e se “forçar” a recordar informações auxilia mais na formação e retenção de memórias do que simplesmente rever anotações. Uma pesquisa mostrou que estudantes universitários apresentaram melhor desempenho no aprendizado de uma língua estrangeira quando eram testados, sugerindo que a formação da memória ocorre em situações em que se tem repetição das informações. Ou seja, a prática de recuperar essas referências favorece a consolidação do conteúdo que se quer memorizar.


3. Realize a prática espaçada: pesquisas têm demonstrado que espaçar as sessões de estudo é mais eficaz e benéfico para o aprendizado do que uma única e longa sessão de estudos. Ou seja, dividir o conteúdo em pequenas partes e estudá-las durante vários dias é mais produtivo do que tentar absorver todas as informações de uma só vez. Para isso, é importante criar um cronograma e distribuir as atividades, lembrando de criar espaços para rever informações.


4. Intercale os conteúdos de estudo: em uma abordagem tradicional e amplamente aplicada ao aprendizado, conhecido como “estudo em bloco”, as habilidades são aprendidas sequencialmente e você não passa para um novo assunto até dominar o anterior. Mas estudar o dia inteiro a mesma matéria pode não ser a estratégia mais eficiente para manter o foco. Assim, a ciência tem mostrado que misturar a prática de várias habilidades inter-relacionadas pode melhorar a performance a longo prazo. Esta abordagem é conhecida como estudo intercalado e pode ajudar no aprendizado. Consiste em alternar entre tópicos enquanto se estuda, ou seja, após o estudar o tema X por um tempo, se passa para o estudo do tema Y e Z. Em uma próxima vez, altera-se a ordem de estudo dos conteúdos, sempre observando que tipo de novas conexões eles podem fazer entre si.


5. Cuide bem do seu sono: dormir é extremamente importante para consolidar/armazenar memórias. A etapa ocorrida durante o sono não apenas fortalece os traços de memória, mas também pode produzir mudanças nas representações das recordações. Através de um processo ativo de reorganização, o cérebro realiza a formação de novas associações e a extração de recursos generalizados, facilitando, inclusive, a produção de novas soluções e ideias. Benefícios significativos para a memória são observados após uma noite de sono de 6 a 8 horas, mas também depois de cochilos mais curtos de 30 minutos a uma hora. Assim, garantir boas noites de sono ajuda a fixar o conteúdo visto anteriormente e a nos preparar para aprendizados novos no dia seguinte. 






Cristiane Regina Guerino Furini  - atualmente é professora da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisadora do Instituto do Cérebro. Possui como tema principal de trabalho o estudo dos mecanismos farmacológicos e bioquímicos envolvidos na consolidação, persistência, extinção e reconsolidação de memórias.


Coronavírus: Como lidar com a saúde emocional dos mais jovens?




Atenção e atividades interativas são importantes nesse período difícil para as crianças
 


A pandemia do novo coronavírus alterou a rotina de milhões de pessoas que hoje estão isoladas e trará inúmeros desafios nos próximos dias na retomada das atividades. O momento atual, estendido por quase 2 meses, requer uma atenção especial com os cuidados emocionais, principalmente o das crianças, que estão afastadas de suas atividades, colegas e familiares, além de muitas vezes não entenderem o porquê da quarentena, nem a dimensão da grave situação mundial.

“Se pensarmos que as escolas devem ser as últimas a retornarem suas atividades, as crianças permanecerão mais um tempo isoladas e sem interação. É muito difícil para eles entenderem tudo isso, eles ainda não têm um pleno domínio de suas emoções como nós (adultos). E se adultos perdem o equilibro as vezes, por tantos dias reclusos em casa, imagine o que se passa no íntimo de cada criança”, diz o psicólogo Greg Rehavia.

É necessário ter cautela, e tomar um grande cuidado com a abordagem da explicação para os mais jovens sobre o que está acontecendo, pandemia da Covid-19 e a necessidade do isolamento social. 

Cada idade exige um tratamento diferente. Porém a solução não pode ser deixá-los com um tablet, celular, assistindo programas infantis o dia inteiro. Isso só aumentará a ansiedade e apreensão de cada um, pois o impacto sobre eles é muito grande.

Greg lidera uma escola que usa o teatro para desenvolver habilidades fundamentais e que estão se perdendo – criatividade, resolução de problemas, falar em público, etc. Durante esse período, as aulas continuaram permitindo interação com os colegas, exercícios práticos possíveis de serem feitos em casa – até mesmo os pais quiseram participar – e o mais importante, o prosseguimento da educação individual e coletiva.

“Preparamos para eles exercícios práticos que necessitam de movimentação, interação com seus pais em casa e comunicação com os outros alunos. São aulas de teatro, apenas sem o contato físico. 

Recentemente, a gente promoveu um (exercício) que o objetivo era reconstruir uma obra de arte famosa usando a criatividade deles, o resultado foi incrível. Só nos da a sensação de estarmos no caminho certo em um momento tão adverso”, comenta Greg em alusão as atividades que estão realizando por plataformas online.


A escola de teatro Oficina de Arteiros acredita ser possível transformar momentos difíceis como este em oportunidades, resolvendo questões de maneira criativa e adaptar-se rapidamente. Características ensinadas aos alunos, e usadas na prática. Não sabemos o mundo que encontraremos ao retornar para nossa rotina diária, mas a base para o futuro requer uma atenção especial, e nossa resposta hoje pode interferir no nosso amanhã.





Oficina de Arteiros
Instagram: @oficinadearteiros
Site oficial: oficinadearteiros.com.br


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