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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Política de Segurança da Informação: Como proteger os dados de sua empresa de maneira clara e eficiente


Em um mundo cada vez mais conectado, que leva à utilização de vários recursos digitais, as empresas têm a necessidade de lidar com crescente e variada estrutura de TI. Neste novo contexto, a Política de Segurança da Informação, PSI, deve se tornar prioritária para mitigar riscos e atuar de maneira preventiva.

Considerado um documento imprescindível para orientar e hierarquizar o acesso aos dados, essa política garante efetividade na hora de proteger informações. Portanto, saber elaborá-la é um fator que vai garantir a continuidade do negócio.

Afinal, o que é PSI?

A política de segurança da informação (PSI) é o conjunto de ações, técnicas e boas práticas relacionadas ao uso seguro de dados. Ou seja, é documento ou manual que determina as ações mais importantes para garantir a segurança da informação.

Para um melhor entendimento, vamos pensar em, por exemplo, um código de ética dentro de uma empresa. Ele estabelece como os funcionários devem agir, o que é ético e como atuar se eventualmente houver uma “quebra de confiança” por parte de algum colaborador. A PSI tem a mesma função e seu desenvolvimento e aplicação são fundamentais para o sucesso de uma empresa. Segundo algumas pesquisas de mercado, 73% dos funcionários afirmam que o motivo de vazamento de dados se deve a falhas em procedimentos internos, negligência e ações mal-intencionadas.

Nesse sentido, as Políticas de Segurança da Informação garantem que os dados sejam protegidos, especialmente de concorrentes e outras pessoas não autorizadas, sendo, portanto, uma forma de manter elementos estratégicos longe de vazamentos.

Esta política cria processos para homogeneizar a atuação dos colaboradores, de modo que todos saibam o que fazer e o que evitar. Também ajuda a administrar corretamente emergências, sempre que acontecerem. Com o desenvolvimento de um plano de contingência, é possível saber como agir para prevenir danos maiores nos dados.

Como elaborar uma PSI?

Para criação deste documento, é importante contemplar a elaboração de um diagnóstico prévio. Devemos elaborar um processo contendo um Assessment para que todos tenham um entendimento sobre quais são os ativos de informação do negócio. Sem saber quais dados devem ser protegidos, é impossível ter sucesso nesta jornada.

Portanto, faça uma análise de quais são os dispositivos utilizados, o comportamento, as informações protegidas e os níveis de acesso que serão empregados. Ao reconhecer as principais necessidades, a política se tornará mais efetiva. Além disso, oriente sua equipe sobre os três princípios básicos de segurança corporativa: confidencialidade, integridade e disponibilidade. O primeiro deles determina que os dados só podem ser acessados por pessoas autorizadas. A integridade reforça que só aqueles que têm permissão poderão alterar as informações. E, por último, a disponibilidade prevê que os dados estejam sempre disponíveis para aqueles que podem acessá-los.

Aposte na criação colaborativa

Embora a PSI deva incluir níveis de acesso à informação, hierarquização de permissões e controles de acesso, é importante que ela não seja definida de forma isolada.

O ideal é que a empresa contrate uma consultoria ou eleja um comitê interno para o tratamento desta questão. O comitê deve ter o engajamento de todos os setores e livre acesso aos colaboradores, sendo possível atender às necessidades e reconhecer padrões de atuação.

Quando a PSI for aprovada, o ideal é que seja comunicada aos colaboradores para engajá-los na proteção dos dados, com definições claras do que deve ser observado e evitado.

Para que o processo seja bem-sucedido, nada melhor do que desenvolver campanhas educativas, que envolvam palestras, workshops e treinamentos. Um fator importante que devemos considerar são as sanções e punições em caso de descumprimento da mesma. Sabendo da importância da PSI e como planejá-la, sua empresa terá todas as condições de maximizar a segurança da informação. 





Claudio Tadeu Lima Filho e Longinus Timochenco - são, respectivamente, coordenador de Segurança da Informação e diretor de Cyber Defense da Stefanini Rafael na América Latina.


"O ministro Moro pode ter sido vítima do golpe dos WhatsApp sofrido em 2018, pelo advogado Cássio Faeddo"


É responsabilidade da operadora a segurança do sistema. Segundo o atendimento da operadora é impossível a habilitação ou desabilitação de CHIP sem a apresentação de um documento na loja.


Um de nossos celulares teve o CHIP desativado e sequestrado por um criminoso.

Relembrando: Um criminoso desabilitou nosso número (de acordo com o que pesquisamos, possivelmente com a ajuda de funcionário da operadora), e passou a utilizar o número para, por meio do whatsapp, extorquir valores de nossos contatos e amigos.

Como resolvemos?

Com alguma dificuldade conseguimos bloquear o número na operadora.
Simultaneamente entramos em contato com o WHATSAPP para suspender a conta (support@support.whatsapp.com). Você deve informar o número do país, regional e seu número de celular e como assunto furto/roubo.

Em cerca de 02 horas recebemos a mensagem de bloqueio.

Na manhã seguinte (o crime foi na noite de uma sexta-feira) nos dirigimos à operadora para adquirir outro CHIP.

Se isso acontecer com você ou amigo, lembramos que a operadora é responsável por indenizar pelos prejuízos sofridos.

É responsabilidade da operadora a segurança do sistema. Segundo o atendimento da operadora é impossível a habilitação ou desabilitação de CHIP sem a apresentação de um documento na loja.

Logo, a dedução de participação de funcionário nos parece óbvia. Faça um boletim de ocorrência registrando o crime.




Dr Cassio Faeddo - Advogado. Mestre em Direitos Fundamentais, MBA em Relações Internacionais - FGV SP. - www.instagram.com/faeddo


A SOCIEDADE EM ALERTA PERMANENTE


        Não passa um dia sem que editoriais, artigos e comentários em rádio e TV, se disponham a lecionar o público sobre o caráter negocial da democracia e sobre a impropriedade das mobilizações populares. Neste domingo (16/06), o Estadão volta ao assunto: “O alarido não é bom conselheiro. Decisões de Estado tomadas ao sabor da gritaria das redes sociais, como se tem tornado perigosamente comum, carecem dos elementos básicos de uma política madura”. E por aí vai o texto lastimando a circulação de informações por esses canais, o passeio das versões e das versões de versões, tudo em tempo real, impossibilitando a necessária reflexão.
        Se o leitor destas linhas é, também, leitor de alguns dos mais destacados meios de comunicação do país, deve ter visto muito disso por aí. São afirmações que refletem saudosismo dos velhos tempos em que uns poucos iluminados opinavam e influenciavam a opinião pública. Esse tempo, felizmente, passou.
        O ganho proporcionado pelo surgimento das redes sociais é imenso! A hegemonia esquerdista fora, até então, produto acabado, finalizado e desastrado desse monopólio. As redes sociais, apesar de sua natureza babélica e caótica, mudaram o país, desfizeram mitos, denunciaram mentiras e seus autores, protegeram a Lava Jato, impulsionaram o impeachment e trouxeram ao debate ideias relegadas às catacumbas. Libertaram os ideários conservador e liberal das desqualificações que os mantinham no anonimato das prateleiras inacessíveis.
        Numa sociedade conduzida durante décadas, como manada, por políticos, economistas, professores, sindicalistas, autores, artistas e atores, de esquerda, descolados, moderninhos e revolucionários, de onde vinha “a voz do povo”? Vinha das massas de manobra. Portava bandeiras vermelhas e era mobilizada a favores de Estado, ônibus de sindicato e sanduíches de mortadela. Durante esses longos anos, dezenas de milhões de brasileiros viveram uma cidadania aleijada, hipossuficiente, sem direito a vaga no parking das opiniões, apartados que eram pela pretensa “superioridade moral” da esquerda. Deu no que se viu e nunca foi diferente.
        Seria essa a “política madura”? Se o alarido não é bom conselheiro, presume-se que quem pensa diferente deva se sujeitar a um silêncio obsequioso. Espera-se que a nação creia que tudo andará bem se todos fecharem os olhos, deixarem as instituições “cumprirem seu papel” e a formação das opiniões retornar às antigas vozes?
Não! Impressiona que tantos profissionais da comunicação não percebam o imenso desalento dos brasileiros em relação às instituições do país! É por causa delas que tantos vão às ruas. Cobrar dos cidadãos que entrem em recesso para que a paz volte a reinar é propor um contrato entre ovelhas e lobos. É voltar à cidadania quadrienal, exercida apenas no dia da eleição. E é restaurar o ancien régime da corrupção. Foram as redes sociais e as mobilizações pacíficas dos cidadãos que influenciaram de modo decisivo todas as transformações positivas pelas quais o país passou desde 2014.
        Querem ajudar realmente o Brasil? Querem tornar desnecessárias as mobilizações sociais? Ótimo! Ajudem a mudar as instituições. Exerçam nesse sentido o poder que ainda têm. As instituições que temos estimulam condutas irresponsáveis, exigem sociedade em estado de alerta porque fabricam crises com assiduidade e desenvoltura que, mesmo aos 74 anos, não cessam de me estarrecer.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

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