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terça-feira, 11 de junho de 2019

Mulheres são duas vezes mais afetadas pela dupla jornada, aponta estudo do BCG


Pesquisa do BCG com mais de 6.500 funcionários em 14 países – entre eles, o Brasil – quantifica a carga acumulada pelas mulheres, abordando seus impactos na inclusão em cargos de liderança e o papel das organizações nesse cenário


A barreira para que mulheres assumam posições de liderança nas empresas vai muito além do escritório. Pesquisa inédita do Boston Consulting Group (BCG) mostra que a dupla jornada – trabalho e tarefas domésticas – afeta quase duas vezes mais o gênero feminino.  No Brasil, o impacto dos compromissos familiares para as mulheres que trabalham é ainda maior: elas são 2,4 vezes mais propensas a realizar as tarefas da casa que os homens na mesma condição. 

O dado é do estudo Lightening the Mental Load that Holds Women Back, que entrevistou mais de 6.500 funcionários em 14 países. Todos os participantes precisavam estar empregados, comprometidos e em um relacionamento heterossexual, uma vez que o objetivo era olhar especificamente para a dinâmica entre homens e mulheres em famílias que trabalham.

"A pesquisa elucida um dos grandes obstáculos para as mulheres no mercado de trabalho: a sobrecarga mental que vem da dupla jornada no trabalho e em casa. Esta dupla jornada tem um impacto ainda difícil de mensurar, porque ela não pode ser medida apenas pelo tempo gasto com gerenciamento e execução de tarefas domésticas essenciais e cuidados com a família, mas deve-se considerar também o estresse acumulado pela soma de responsabilidades. Há mulheres que abandonam posições de liderança não pelo que acontece no trabalho, mas pelo efeito combinado com essa carga dupla incessante e desproporcional – e na maioria das vezes, não reconhecida", explica Juliana Abreu, sócia do BCG. 


Em tarefas de grande estresse, a desigualdade é maior

Quando analisadas apenas as atividades domésticas primordiais e inadiáveis – justamente aquelas causam maior estresse cotidiano –, a discrepância se acentua. No Brasil, as mulheres que possuem família e trabalham são 3,7 vezes mais propensas a lavar as roupas (contra 2,5 vezes na média global), 2,9 vezes a cozinhar (2,1 vezes nos demais países), 3,4 vezes a limpar a casa (2 vezes na média global) e 2,9 vezes a lavar a louça (1,8 vez no restante do mundo). Os homens só ganham em atividades de menor frequência, mais facilmente terceirizadas e postergáveis, como pagar contas, cuidar do jardim e fazer pequenas manutenções.

A dinâmica se mantém mesmo em situações em que uma mulher tem jornada integral, mas seu cônjuge trabalha meio período ou não trabalha. Nesses casos, a mulher tem apenas 4% menos probabilidade de ser a principal responsável pelas tarefas cotidianas do que quando o casal trabalha em período integral.


Avanço entre os millennials

Entre os millennials – nascidos após o início da década de 1980 e até ao final da década de 1990 –, os casais são mais equilibrados na divisão das tarefas. As cargas físicas e mentais diárias dessas atividades recaem muito mais sobre quem pertence à geração anterior. Mulheres com 45 anos ou mais são 2,6 vezes mais propensas do que os homens da mesma faixa etária a ficar com os encargos domésticos. Já aquelas com idades entre 18 e 34 anos, no entanto, são 1,5 vez mais propensas a fazê-lo do que homens da mesma geração.

“Além de limitar o foco na carreira, essa carga mental da dupla jornada sobre as mulheres traz consequências reais para a maioria das empresas. Se elas pretendem levar a sério a inclusão de mais talentos femininos na liderança, precisam lidar com o ônus da responsabilidade doméstica e familiar, e sua contribuição para essa carga mental que as mulheres carregam”, acrescenta Juliana.

Para mudar essa realidade, o estudo indica algumas medidas a serem tomadas pelas empresas. O relatório ainda destaca que essas ações deverão envolver todos os funcionários, independentemente do gênero.


Oferecer arranjos de trabalho flexíveis. As empresas devem permitir que os funcionários trabalhem sob condições flexíveis, desde que o trabalho seja feito, recompensando os resultados em vez do tempo de contato no escritório. Isso inclui o estabelecimento de programas formais, como home office ou mudanças de horário de trabalho, bem como práticas informais, incluindo a capacidade de acompanhar as situações ocasionais que inevitavelmente surgem, como sair mais cedo para uma consulta médica ou apresentação escolar de um filho.


Enaltecer modelos e casais com dupla carreira. Líderes – homens, em particular – precisam servir de modelo, aproveitando ativamente os programas flexíveis de trabalho e compartilhando histórias sobre como eles equilibram a carga mental em casa.


Aumentar o apoio para todos os pais que trabalham. Uma maneira de oferecer mais apoio aos funcionários é criar uma rede para pais e mães. As empresas também podem oferecer suporte com creches no local, serviços de referência para babás, apoio a idosos, planejadores financeiros e provedores de bem-estar.


Mudar o pensamento dos consumidores. A publicidade ainda perpetua papéis de gênero ultrapassados, mas algumas empresas estão trabalhando para mudar isso; algumas iniciativas globais já visam remover completamente os estereótipos dos comerciais.


Metodologia
Para quantificar a carga que as mulheres trabalhadoras carregam em casa, o BCG realizou recentemente pesquisa com mais de 6.500 funcionários em 14 países (Alemanha, Austrália, Brasil, China, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Noruega e Reino Unido), buscando informações sobre quem é responsável pelas tarefas domésticas comuns, incluindo realizar compras de supermercado, cozinhar, limpar, pagar contas e jardinagem.  Como o BCG queria olhar especificamente para a dinâmica entre homens e mulheres em famílias que trabalham (embora estruturas familiares não tradicionais sejam cada vez mais comuns e a amostra representasse apenas uma parcela da população trabalhadora), os participantes precisavam estar comprometidos e em um relacionamento heterossexual.





Boston Consulting Group


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