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terça-feira, 11 de junho de 2019

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA ALERTA SOBRE MALEFÍCIOS DO TABACO PARA A SAÚDE DIGESTIVA


 
Sociedade médica participa de campanha Viva Sem Tabaco da Associação Médica Brasileira
 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 18 milhões de brasileiros são fumantes. O hábito influencia na saúde digestiva, causando problemas como a alteração no paladar, na digestão e doenças do aparelho digestivo, adverte a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), que participa da campanha Viva Sem Tabaco.

Realizada pela Associação Médica Brasileira (AMB), a campanha foi lançada no Dia Mundial Sem Tabaco (31/05) e seguirá até o final do ano, contando com a orientação da Comissão de Combate ao Tabagismo da AMB e o apoio de sociedades médicas como a FBG.

Segundo o Dr. Lincoln Ferreira, presidente da AMB, a Viva Sem Tabaco tem o objetivo de informar, orientar e incentivar as pessoas que desejam parar de fumar e necessitam de apoio para isso. A campanha terá vídeos depoimentos de personalidades que deixaram de fumar e de outros ex-fumantes.

O Dr. Joaquim Prado, diretor de Comunicação da FBG, diz que a Federação fará posts e séries para as redes sociais sobre o tema. Investir em ações que visam deixar a população livre do vício pelo tabaco é crucial, é investir em um povo saudável e com a saúde digestiva em plena forma”.


O tabagismo e a Saúde Digestiva

O ato de fumar normalmente está relacionado ao fim ou início de uma refeição. “Tal atitude pode causar alteração no paladar do usuário e acentuar a produção de ácido clorídrico, com consequências danosas para o aparelho digestivo, como o refluxo”, afirma Prado.

“Esse processo é significativamente reduzido pela nicotina presente no cigarro, aumentando o contato do ácido gástrico do estômago com a mucosa esofágica. Além disso, a presença da nicotina no sistema digestório causa uma diminuição do processo digestivo”, complementa o especialista, que fala ainda sobre os cânceres, como de boca, esôfago e estômago que o hábito pode causar.


Motes da campanha

A campanha Viva Sem Tabaco promovida pela AMB segue dois motes principais, a #VoceConsegue, que foca no estímulo, incentivo, e no fornecimento de informações e orientações para os tabagistas largarem o vício, ou para pessoas que têm alguém que gostariam de estimular a larga-lo. E a #NaoSeDeixeEnganar, que busca alertar e sensibilizar governos, médicos, autoridades, imprensa, fumantes e a população sobre as artimanhas da indústria do tabaco, que criam novos produtos como opções menos nocivas, por exemplo os vaporizadores, que prometem ajudar quem quer largar o cigarro, o que não se prova como verdade.

 “A participação da FBG, no alto dos seus 70 anos de existência, muito enriquece esta importante campanha contribuindo com conteúdo de alta qualidade sobre os malefícios do tabaco e da nicotina ao aparelho digestivo e à saúde das pessoas”, conclui o presidente da AMB.







Sobre a FBG

A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) é uma sociedade sem fins lucrativos, que promove e representa a especialidade no Brasil. Congrega mais de 4 mil associados e participa, juntamente com 64 especialidades reconhecidas, do Conselho Científico da Associação Médica Brasileira (AMB).

A Federação, também, emite o Título de Especialista em Gastroenterologia, conforme normas estabelecidas pela AMB e reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). E realiza anualmente um dos maiores eventos da especialidade no continente Latino Americano: a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD).


.:: 12 de Junho | Nash Day ::.


 Dia internacional de combate à gordura no fígado discute problema que atinge 34% da população mundial 


Especialistas do Einstein, parceiro oficial da iniciativa no Brasil, esclarecem


sobre a doença que pode ser evitada com a adoção de um estilo de vida saudável


No dia 12 de junho, centenas de organizações voltadas para a saúde pelo mundo se unem para ampliar a discussão sobre o crescimento dos casos de esteatose hepática não alcoólica – popularmente conhecida como gordura no fígado.

Conhecida pela sigla em inglês NASH, trata-se de uma doença que afeta aproximadamente 34% da população adulta de todo o mundo e é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura (lipídios) nas células do fígado. "Hoje em dia, notamos que o número de pessoas com algum nível de doença hepática gordurosa não alcoólica vem aumentando em todo o mundo ", afirma Bianca Della Guardia, médica hepatologista e coordenadora do Grupo Médico Assistencial de Doenças Hepáticas da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são o sedentarismo e a alimentação não balanceada. Além disso, existem ainda outros fatores como obesidade, hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e resistência à insulina que podem levar à aparição do acúmulo de gordura no fígado.

Por ser uma doença silenciosa e não apresentar sintomas claros no início do seu desenvolvimento, a detecção precoce é fundamental para evitar o avanço e as consequências mais graves. Segundo a médica do Einstein, caso não tratada, a esteatose pode levara um aumento da mortalidade por doença cardiovascular, esteatohepatite, câncer de fígado e doença hepática terminal (cirrose), sendo necessário, em muitos casos, recorrer até mesmo a um transplante do órgão. “Grande parte dos transplantes de fígado que realizamos chegam a nós como quadros de esteatose hepática avançada”, afirma Bianca, que também é especialista em transplantes.   

Para mudar este quadro e evitar o avanço da doença ainda não existe um tratamento medicamentoso aprovado. O foco deve estar na mudança do estilo de vida com adoção de uma rotina mais saudável, com prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada, e, para isso, o dia mundial de conscientização tenta levar mais informação à população. “Neste NASH DAY, realizado pela primeira vez no Brasil e liderado pelo Einstein, queremos dar luz a este problema e alertar a população que a esteatose hepática pode estar muito mais próxima do que imaginamos. Como não há sintomas específicos no início do aparecimento, é preciso focar na prevenção e na adoção de hábitos saudáveis”, completa a médica. 

Dores crônicas articulares - o que são esses sinais emitidos pelo corpo


Ortopedista alerta sobre relação entre dor e desarmonia do corpo


As dores articulares são queixas muito comuns. Na verdade, é bem provável que todos nós possamos sentir dores em algum momento da vida. No entanto, as dores crônicas são aquelas que permanecem por semanas, meses ou anos, levando ao indivíduo perda da qualidade de vida, e frustração com determinados diagnósticos e tratamentos. 

“As dores crônicas articulares podem tanto ocorrer por problemas que dizem respeito ao local que a dor se manifesta, como por exemplo a coluna lombar, assim como pode ter causas primárias relativas a desarmonia funcional da saúde do indivíduo como um todo, inclusive problemas emocionais e nutricionais”, explica o ortopedista Dr. Guilherme Sellos, do Rio de Janeiro, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

“Dessa forma, percebemos que as causas de dores crônicas articulares podem ser inúmeras, visto que podem ter relação com a perda do estado de equilíbrio e saúde geral do indivíduo, e não somente problemas nas partes teciduais, como ossos, tendões, ligamentos, músculos, entre outras estruturas”, alerta o médico.
 Segundo Sellos, as principais condições associadas as dores crônicas articulares estão a artrite e a artrose, “e além disso podemos citar condições como sinovite, tendinite dores miofasciais. Todas essas manifestações de processos degenerativos ou inflamatórios teciduais podem ocorrer concomitantemente e também podem estar associadas a outros problemas primários de saúde, como diabetes, obesidade, desigualdade angular entre membros e fraquezas musculares”, destaca.

De uma forma geral, os processos degenerativos que ocorrem na cartilagem (revestimento ósseo) e na matriz óssea são chamados de artrose. Enquanto, os processos inflamatórios que ocorrem dentro de uma articulação são chamados de artrite, e que podem ser infecciosas ou assépticas. “Na prática, ambos estão intrinsicamente relacionados, pois o processo inflamatório (artrite) leva ao processo degenerativo (artrose) e costumam entrar em ciclos de reativação quando os fatores desencadeadores ainda permanecem presentes na saúde daquela pessoa” explica Dr. Guilherme Sellos.

A artrite pode ser de origem infecciosa ou não infecciosa, e pode acometer as pessoas em todas as faixas etárias, inclusive recém-nascidos. “Os processos degenerativos comumente associados aos quadros de artrose normalmente ocorrem com a avançar da idade, e costumam ser mais prevalentes na velhice. 
As articulações mais acometidas pelos processos degenerativos e inflamatórios são aquelas que recebem carga e apresentam amplo arco de movimento, como por exemplo as articulações da coluna vertebral e do joelho” , destaca o especialista. 

Tanto para o caso das inflamações como para o caso dos processos degenerativos os exercícios físicos apresentam forte associação, e tanto podem ser provocadores de lesões, como podem ser grandes responsáveis pela prevenção desses processos destrutivos articulares. “Depende de vários fatores, da maneira como os exercícios são realizados, intensidade, técnica, para isso portanto, existe a crescente ciência do movimento e da medicina do esporte”, explica o ortopedista.

Dr. Guilherme Sellos explica que quando uma pessoa sente dores isso indica um aviso que o corpo nos envia, para que possamos ter alguma atitude de corrigir um comportamento. “Na medida que um indivíduo se sente inseguro e não compreende o que essas dores querem lhe dizer, ele precisa procurar ajuda de um profissional para poder ajudar no manejo desses casos. Os profissionais mais comumente procurados em casos de dores articulares são os ortopedistas, geriatras e pediatras. Caso uma pessoa que sinta dores crônicas opte por não procurar ajuda médica, ela pode estar deixando de perceber e cuidar de um problema mais sério de saúde, que está além daquela articulação. Visto que essas condições são avisos que o corpo nos sinaliza de que algo está em desarmonia na nossa saúde, e os riscos inerentes ao descuido diante desses avisos podem ser extremamente graves, pois o que inicialmente parece problema apenas de uma articulação pode ser apenas a forma do corpo avisar que um problema maior está acontecendo naquele corpo”, alerta o ortopedista.

Em determinadas situações de comprometimento que apresentam comprometimentos articulares severos que levam a perda da qualidade de vida das pessoas acometidas, pode ser que seja recomendado procedimentos cirúrgicos que auxiliam a restauração dessa articulação. “Tais avaliações e recomendações sempre precisam ser feitas por médicos especialistas visto a complexidade e particularidade de cada caso e indivíduo”, conclui Dr. Guilherme.





Fonte: Dr.  Guilherme Sellos - Médico, Ortopedista.  Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), número do TEOT 13228.  Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC).MBA em Gestão de Saúde pela FGV. 

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