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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Saúde é o foco da ABIC no Dia Nacional do Café


Ao realizar a primeira corrida que une amantes do esporte aos apreciadores da bebida, a ABIC traz como pauta para 2019 o tema “Café e Saúde”


Na sexta-feira, 24 de maio, é celebrado o Dia Nacional do Café. É a época da colheita na maior parte das regiões produtoras do País. Por esse motivo, a Associação Brasileira da Indústria de Café - ABIC sugeriu este dia ao criar a data comemorativa em 2005. Já são 14 anos em que faz parte do Calendário Brasileiro de Eventos e o tema será a relação da bebida e seus benefícios com a saúde humana, em uma corrida de rua inédita, a Coffee Run.

Reforçando a importância da atenção para com a saúde, a ABIC escolheu por uma degustação de cafés certificados de um modo diferente: em meio ao Jardim Botânico, em São Paulo, antes e após a corrida, uma experiência intensa e prazerosa, assim como o café! “A ideia da Coffee Run como comemoração do Dia Nacional do Café traz muito do que a ABIC reforça e busca informar aos coffeelovers sobre a importância de beber cafés certificados e de qualidade, que possam fornecer substâncias antioxidantes e benéficas à saúde como todo”, explica Ricardo Silveira, presidente da ABIC.

A Coffee Run acontecerá no domingo seguinte ao Dia Nacional do Café, em 26 de maio, às 7h. Serão três percursos, Cappuccino Walk, de três quilômetros, a Expresso Run, de 5 quilômetros e a Black Run, de dez quilômetros. Esse foi um meio de atingir públicos distintos, de iniciantes a experientes. Em comum, todos têm a paixão pelo café e o gosto pelo esporte.

Pesquisas recentes apontam a cafeína como um importante agente modulador do desempenho em vários tipos de atividade física, e para que o café possa promover o seu efeito no organismo, deve ser consumido moderadamente, na dosagem mínima de quatro xícaras por dia. Isso porque além de potencializar a performance durante os exercícios, o café atua como estimulante do sistema nervoso, já que a cafeína aumenta a tensão dos músculos e ajuda na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular.

E para os atletas, sejam profissionais ou não, o café ajuda a ter mais pique para correr, pular, saltar, nadar, entre outros, pois estimula a ação muscular durante a atividade física. O consumo do cafezinho proporciona um aumento da força muscular, já que retarda a fadiga do músculo, possibilitando um número maior de carga e repetições de execução do exercício após a ingestão de cafeína.  

Reforçar esses benefícios junto à uma corrida de rua, que tem ganhado cada vez mais adeptos pelo Brasil, foi uma solução criativa da entidade, que oferecerá aos participantes da primeira Coffee Run uma degustação de cafés certificados em um estande no evento.

“O consumo de café cresceu 4,8% no último ano, o maior ritmo desde 2006. Foram 21 milhões de sacas de novembro de 2017 a outubro de 2018. O consumo per capita do Brasil, segundo maior do mundo, foi de 6,02 kg em 2018, em comparação ao 5,81 kg no ano anterior. São números que confirmam ser o Brasil o segundo maior mercado consumidor mundial, atrás dos Estados Unidos, além de ser o maior país produtor e exportador de café. Não temos como ignorar esses dados e atrelar o populismo da bebida ao esporte, é importante para todos, para o consumidor, para a ABIC e, consequentemente para o produtor”, explica Ricardo Silveira.

A Coffee Run será a oportunidade de informar aos coffeelovers e aos runlovers a importância da escolha segura no momento da compra de um café e de priorizar o consumo de cafés certificados, que possuem alta qualidade em sabor, aroma e, claro, são benéficos para a saúde.

A ABIC estará com um estande montado durante o evento onde todos os participantes da Coffee Run poderão degustar um café especial. Os kits da corrida possuem canecas que serão utilizadas para a degustação e para a realização do brinde comemorativo ao Dia Nacional do Café. Assim, evita-se o uso de copos descartáveis, uma questão sustentável também apoiada pela entidade.

A corrida foi idealizada em parceria com a RP8 Sports Adventure e conta com apoio da Decathlon Lar Center.


Café e Saúde

·        Melhora o estado de alerta, a atividade intelectual, a clareza do raciocínio e aumenta a velocidade das associações de ideias;

·        Oferece proteção contra várias doenças degenerativas, devido ao grande potencial antioxidante;

·        Melhora a memória quando existe deterioração cognitiva;

·        Diminui a fadiga e melhora o rendimento de atletas;

·        Acelera a perda de gordura pois aumenta o metabolismo basal e obrigar o corpo a gastar mais energia;

·        Diminui a absorção de glicose no intestino, podendo ajudar a controlar o peso.


Dicas para o Coffeelover

·        Dê preferência a cafés certificados. Experimente várias marcas até descobrir aquela que melhor atende ao seu paladar.

·        Busque conhecer novos métodos de preparo do café, pois dependendo do equipamento o sabor e aroma mudam bastante.

·        Experimente preparações e receitas com café. Você vai de surpreender como esta bebida pode ser versátil tanto na culinária quando na elaboração de drinks.

·        Lembre-se: o café é uma bebida estimulante e o segredo é não exagerar.


Dicas para o Runlover

·        Durma bem e bastante: o sono é um dos principais meios para ter uma boa performance. Especialistas em fisiologia afirmam que o corpo precisa de cerca de 8 horas de sono para render bem antes de correr.

·        Não consuma comidas pesadas e de difícil digestão até 2 horas antes de correr. Não exagere na hidratação para não pesar o corpo — muita água pode dar vontade de ir ao banheiro na hora da corrida ou causar desconforto no estômago.

·         Durante a corrida, não espere ter sede para se hidratar. Aproveite cada posto de hidratação da prova.

·        Não se esqueça de passar protetor solar e de utilizar roupas e tênis confortáveis, aos quais já está acostumado. Nada de estrear tênis novo em dia de prova. 



CAFÉ CERTIFICADO SEMPRE VAI BEM!

Após decreto estadual, alimentação saudável entra em pauta nas escolas


Decreto estadual reacende discussão da alimentação saudável nos colégios; alguns instituições já trabalham essa questão, como os alimentos orgânicos


Em junho, as escolas de Minas Gerais estarão proibidas de vender refrigerantes e salgados fritos e assados, além de doces como balas, pirulitos e chicletes. O Decreto Estadual n° 47.557 de dezembro de 2018 determina uma extensa lista de produtos que não vão poder ser comercializados em escolas públicas e privadas, com o intuito de promover a alimentação adequada, saudável e sustentável. A preocupação tem motivo: segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos (34,8%) estão com excesso de peso, no Brasil. O mesmo estudo indica que um a cada quatro adolescentes (25,5%) também estão nessa condição.

Antes do decreto entrar em vigor, algumas escolas do estado já trabalham a questão da alimentação saudável com os seus alunos. Em Belo Horizonte, a Casa Fundamental, escola de ensino infantil e fundamental, encontrou na alimentação uma forma de trabalhar a saúde, a consciência ambiental e a cultura com seus alunos.

A instituição lançou o e-book "Temperos de amor", com receitas que vão desde o tradicional bolo de cenoura à crepioca, do biscoito de coco ao kafta, da sopa às batatas douradas. Grande parte das receitas são com alimentos orgânicos, do jeito que são produzidas as refeições da escola. E o livro conta ainda com dicas da chef Érika Rodrigues, a cozinheira da Casa, no modo de preparo.

Os alunos ainda fizeram uma "expedição ao supermercado", para analisarem os encartes de alimentos industrializados, valor nutricional e a disposição dos produtos pelo mercado, para desenvolver habilidades críticas de interpretação, noções geográficas do bairro Castelo e de consciência nutricional e alimentação saudável.

Existe, inclusive, uma horta para o cultivo de alimentos orgânicos, onde os pequenos tem aulas de jardinagem. Toda semana uma feira com esses alimentos é aberta à comunidade do bairro Castelo, onde fica a instituição. A cozinha fica no centro da escola, que foi construída dentro de um galpão industrial desativado, planejada para despertar os sentidos dos alunos com os cheiros, as cores e texturas, as formas e os sabores.

Programa Clorofila comprova que conscientização é a melhor forma de proteger o meio ambiente



Programa, que há 27 anos contribui para mudança de hábitos da população, promove atividades especiais em Bertioga (SP) durante Semana do Meio Ambiente


Programa Clorofila
Festival Chefinho Saudável



A melhor forma de preservar o meio ambiente é a conscientização. E quanto antes, melhor. Exemplo disso é o Programa Clorofila de Educação Ambiental, que há quase três décadas tem promovido a conscientização ecológica em escolas de Bertioga (SP), ininterruptamente. Na Semana do Meio Ambiente, de 3 a 7 de junho, a entidade realizará ações especiais.

As atividades, como palestras, oficinas, feiras de troca, campanhas e o festival infantil Chefinho Saudável, serão realizadas simultaneamente ao longo da semana em diversos pontos da cidade. Atualmente, participam do Programa Clorofila cerca de 11 mil crianças e jovens de 24 escolas públicas e privadas de Bertioga.

O Programa Clorofila foi criado em 1992 e há 27 anos promove a conscientização através de cursos e oficinas, lidando com crianças e jovens, incentivando a criação e manutenção de hortas, concursos com temas ambientais, aulas de culinária sustentável, reciclagem de lixo e materiais usados, feiras de meio ambiente e uma assessoria pedagógica constante.

"O resultado do Projeto é facilmente perceptível", destaca Beatriz Pereira de Almeida, diretora de Marketing da Sobloco Construtora, empresa idealizadora e mantenedora do Programa. "Nós percebemos a mudança nos hábitos alimentares, nos costumes e na rotina das pessoas e na sua relação com o meio ambiente", explica.

Além disso, Beatriz enfatiza o efeito multiplicador das crianças. "Os conhecimentos aprendidos são levados para casa, onde os pais e irmãos também aprendem e passam a seguir essa vida mais saudável e ecológica", completa.

Professores e diretores também exercem funções fundamentais para os resultados e o impacto desejado. O programa conta com uma equipe exclusiva e permanente, constituída por uma educadora ambiental e uma engenheira agrônoma, além de especialistas para a formação de educadores e jovens alunos e de um time de apoio para a realização de todos os trabalhos.


Programa Clorofila de Educação Ambiental

O Programa Clorofila de Educação Ambiental foi criado e é mantido pela empresa Sobloco Construtora. Ele foi inspirado na Conferência Mundial ECO-92, realizada pela ONU, no Rio de Janeiro. Em 27 anos de atividades, o Clorofila já realizou 27 concursos com temas ambientais, que receberam a inscrição de mais de 350 projetos; promoveu 63 Feiras escolares de Meio Ambiente; formou 41 Comissões de Meio Ambiente compostas por alunos do ensino médio para a implantação de projetos dentro da escola; realizou 15 cursos de formação de professores, com 633 profissionais; ministrou 11 cursos de formação para alunos envolvendo 1.167 estudantes; organizou 17 cursos para pais de alunos e comunidade, atendendo 781 pessoas; promoveu o plantio e a manutenção de 24 hortas nas dependências das e scolas; organizou 34 paradas ecológicas envolvendo mais de 11 mil participantes; além de uma infinidade de reuniões de planejamento junto com os educadores, pais e alunos.



Semana do Meio Ambiente

Local: cidade de Bertioga - SP
Encontro Educativo sobre Lixo e Oficina de Compostagem
4 de junho - Comunidade Vila da Mata – Guaratuba

Mini palestras e oficinas sobre Mata Atlântica
27 de maio a 6 de junho - EE Praia de Boracéia

Café da Manhã Sustentável e Quizz de perguntas sobre meio ambiente + Feira de Trocas
7 de junho – EE Praia de Boracéia

Feira de Trocas
4 a 7 de junho - 8 Escolas Estaduais

Festival Master Chefinho Saudável
7 de junho - EM José Inácio Hora
4 a 7 de junho - EM Giusfredo Santini
4 a 7 de junho - EM José de Oliveira Santos
4 a 7 de junho - EM Hilda S. Ribeiro
4 a 7 de junho - Colégio Metodista

Mini palestras e oficinas sobre Mata Atlântica
27 de maio a 6 de junho - EE Praia de Boracéia

Mostra de vídeos com debate para todas as classes
3 a 7 de junho - EE Maria Celeste
3 a 7 de junho - EE João Carlos R. Lopes

Jogos sobre meio Ambiente e Oficinas de Reaproveitamento de Materiais
3 a 7 de junho - EE Maria Celeste


Conheça os perigos de consumir suplementos falsificados


Médico explica o que acontece com o organismo ao ingerir a substância


Suplementos alimentares são comumente utilizados por atletas para maximizar resultados na performance em treinos e ganho de massa muscular. O que poucas pessoas sabem, é que alguma dessas soluções podem ser falsificadas e proporcionar efeitos reversos para quem as consome.

Para ajudar as pessoas a não caírem nessa armadilha, a empresa MHP Suplementos lançou recentemente a campanha "Descole a Fraude", que visa alertar aos consumidores para terem mais atenção e cautela antes de comprar, principalmente se o produto está com um preço muito abaixo.

Os rótulos desses suplementos são falsificados, apresentando informações nutricionais que não condizem com o conteúdo do pacote ou a mistura da embalagem pode ser substituída com componentes nocivos. Além disso, podem chegar até mesmo a forjar selos da Anvisa e órgãos que regulamentam esses produtos.

A novidade surpreendeu diversos atletas que estavam presentes durante o "Arnold Sports Festival South America", maior evento internacional voltado para a nutrição esportiva, saúde, bem-estar, lutas e performance fitness. Um deles foi Cleber Paranhos. "Buscamos maximizar o nosso resultado e o suplemento é o caminho para isso. Então, se compramos um produto como esse, estamos sendo lesados em relação a nossa saúde e ao nosso bolso", aponta.

O médico Matheus Sanrromão, especialista em endocrinologia e medicina do esporte, explica quais podem ser os resultados ao utilizar suplementos falsificados. "Podem causar uma sobrecarga tanto hepática, quanto renal, órgãos que geralmente são os mais acometidos por essas substâncias. O uso de creatina falsa pode gerar reações como o aparecimento de pedras nos rins e esteatose hepática, quando o fígado acumula gordura", explica.

Isso se torna ainda mais perigoso quando o uso desses produtos é associado a alguma outra doença, como diabetes ou problemas de pressão arterial. "Por esses produtos falsos não possuírem o valor nutricional correto, pessoas com problemas arteriais podem ingerir algo com muito sódio ou condimentado, que não é o ideal. Já os diabéticos, que procuram usar whey protein com uma quantidade baixa de carboidratos, podem ingerir um produto composto justamente de carbo", ressalta o especialista. O médico também destaca que homens, mulheres, jovens e idosos têm diferenças no metabolismo e funcionamento corpóreo.

A principal dica para evitar esses produtos falsificados é saber o que foi adquirido, procurar lojas e sites de confiança para comprar, verificar os selos de qualidade e caso desconfie, descolar e verificar o rótulo desses suplementos, os próprios fabricantes disponibilizam informações para identificação.

O advogado André Arany indica quais providências devem ser tomadas caso a falsificação seja constatada. "É importante lembrar de sempre guardar as notas fiscais, dessa forma ao entrar em contato com os canais de atendimento das empresas a resolução será mais rápida", explica o doutor. O cliente também pode solicitar o ressarcimento do valor na loja, contatar o Procon ou até mesmo registrar um boletim de ocorrência em alguma delegacia. No caso de lojistas, além dessas recomendações, também é necessário fazer uma denúncia diretamente no site da Anvisa.

Nove dos 17 estados da Mata Atlântica estão no nível do desmatamento zero, aponta estudo


Entre 2017 e 2018 foram desmatados 113 Km² no bioma, o menor desmatamento registrado pelo Atlas da Mata Atlântica desde 1985


O desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985. O estudo tem patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan.

O relatório aponta que no último ano foram destruídos 11.399 hectares (ha), ou 113 Km², de áreas de Mata Atlântica acima de 3 hectares nos 17 estados do bioma. No ano anterior, o desmatamento tinha sido de 12.562 hectares (125 Km²).

Acesse o relatório completo em www.sosma.org.br/quem-somos/publicacoes/

Dos 17 estados, nove estão no nível do desmatamento zero, com desflorestamentos abaixo de 100 hectares, ou 1 Km². São eles: Ceará (7 ha), Alagoas (8 ha), Rio Grande do Norte (13 ha), Rio de Janeiro (18 ha), Espírito Santo (19 ha), Paraíba (33 ha), Pernambuco (90 ha), São Paulo (96 ha) e Sergipe (98 ha). Outros três estados estão a caminho desse índice: Mato Grosso do Sul (140 ha), Rio Grande do Sul (171 ha) e Goiás (289 ha).

Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, destaca que o resultado positivo tem relação com ações afirmativas de monitoramento sistemático e combate ao desmatamento empenhadas por órgãos ambientais estaduais, polícia ambiental, Ministério Público e Ibama nos últimos anos. É o caso de ações realizadas em regiões da Mata Atlântica como as do projeto "De Olho no Verde", do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente, ou a operação nacional "Mata Atlântica em Pé", que envolveu Ministérios Públicos e órgãos ambientais de 15 estados em 2018.

"Esses dados comprovam como o acompanhamento da sociedade civil e investimentos dos governos no cumprimento da Lei da Mata Atlântica, por meio dos órgãos de conservação, fiscalização e controle, trazem resultados concretos. Este tipo de ação precisa ter continuidade", observa. Vale ressaltar que a Mata Atlântica é o único bioma brasileiro com uma lei específica.

A Bahia é um exemplo de como as ações de comando e controle são importantes. Há dois anos, foi o primeiro estado do ranking, com 12.288 hectares desmatados entre 2015 e 2016 – número maior do que o total de desmatamentos neste ano, por exemplo. "Naquele ano, o então secretário de Meio Ambiente do estado esteve no nosso 'Encontro das Secretarias de Meio Ambiente dos estados da Mata Atlântica', onde se comprometeu com o combate ao desmatamento e realizou operações de fiscalização", explica Marcia.

No ano seguinte, a partir das ações afirmativas realizadas, o estado teve uma redução de 67% no desmatamento – foram 4.050 hectares desmatados. Agora, verifica-se uma segunda queda, de 51%, apesar do estado ainda ser um dos maiores desmatadores.


Quem ainda desmata

Apesar dos resultados positivos desta edição do Atlas da Mata Atlântica, cinco estados ainda mantém índices inaceitáveis de desmatamento: Minas Gerais (3.379 ha), Paraná (2.049 ha), Piauí (2.100 ha), Bahia (1.985 ha) e Santa Catarina (905 ha).

Para o diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, é preciso ficar atento às mudanças propostas pelo atual governo federal que podem reverter as conquistas alcançadas até aqui. "Não podemos permitir o enfraquecimento da gestão ambiental e nenhuma tentativa de flexibilização da legislação" enfatiza.

Confira o ranking de desmatamentos entre 2017-18, em hectares:

UF
Área UF
UF na Lei
% na Lei
Mata 2018
% Mata 2018
Desmatamento 17-18
Variação
Desmatamento 16-17
MG
58.651.979
27.622.623
47%
2.829.026
10,20%
3.379
8%
3.128
PI
25.157.775
2.661.841
11%
901.787
33,90%
2.100
42%
1.478
PR
19.930.768
19.637.895
99%
2.322.682
11,80%
2.049
25%
1.643
BA
56.473.404
17.988.595
32%
2.004.746
11,10%
1.985
-51%
4.050
SC
9.573.618
9.573.618
100%
2.189.122
22,90%
905
52%
595
GO
34.011.087
1.190.184
3%
30.172
2,50%
289
75%
165
RS
26.876.641
13.857.127
52%
1.092.336
7,90%
171
-15%
201
MS
35.714.473
6.386.441
18%
712.374
11,20%
140
21%
116
SE
2.191.508
1.019.753
47%
69.901
6,90%
98
-71%
340
SP
24.822.624
17.072.755
69%
2.344.483
13,70%
96
6%
90
PE
9.815.022
1.690.563
17%
198.346
11,70%
90
-75%
354
PB
5.646.963
599.487
11%
54.982
9,20%
33
-47%
63
ES
4.609.503
4.609.503
100%
483.087
10,50%
19
316%
5
RJ
4.377.783
4.377.783
100%
820.164
18,70%
18
-64%
49
RN
5.281.123
350.994
7%
12.041
3,40%
13
-44%
23
AL
2.777.724
1.524.618
55%
140.659
9,20%
8
-97%
259
CE
14.892.047
866.120
6%
64.064
7,40%
7
56%
5
16.269.972
12,40%
11.399
-9,30%
12.562

Ieda Del'Arco Sanches, pesquisadora e coordenadora técnica do estudo pelo INPE, ressalta que após o aumento do desmatamento em 2015-2016, que atingiu 29.075 ha, o desmatamento decresceu nos dois últimos anos (12.562 ha em 2016-2017 e 11.399 ha em 2017-2018), apresentando os menores índices já registrados desde o início do monitoramento do Atlas. "Interessante notar que desde o período 2010-2011, quando o mapeamento começou a ser feito anualmente, essa é a primeira vez que o desmatamento diminuiu em dois anos consecutivos. O quadro é bastante promissor, mas é preciso manter o ritmo no combate ao desmatamento para não retroceder", reforça ela.


Mata Atlântica em pé

O Atlas da Mata Atlântica indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma.

O estudo fundamenta-se na identificação de remanescentes florestais em estágios primário, médio e avançado de regeneração com ao menos 3 hectares de área contínua bem preservada, que são essenciais à conservação da biodiversidade no longo prazo. Sendo assim, florestas nativas menores de 3 hectares, áreas muito alteradas, ou em regeneração, e pequenas manchas, especialmente no espaço urbano, não são contabilizadas. Esta área mínima de 3 hectares também justifica-se pela necessidade de manter a compatibilidade com os dados históricos que permitem a comparação e monitoramento das alterações dos fragmentos florestais ao longo do tempo.


Sobre a Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma das florestas mais ricas em diversidade de espécies e ameaçadas do planeta. O bioma abrange área de cerca de 15% do total do território brasileiro, o que inclui 17 Estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe), dos quais 14 são costeiros. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente e, desses remanescentes, 80% estão em áreas privadas.

Ela é a casa da maioria dos brasileiros, abriga cerca de 72% da população, sete das nove maiores bacias hidrográficas do país e três dos maiores centros urbanos do continente sul americano. E a floresta possibilita atividades essenciais para a nossa economia – como a agricultura, a pesca, a geração de energia, o turismo e o lazer.




Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica

A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica por meio do monitoramento do bioma, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade em prol de restauração da floresta, valorização dos parques e reservas, água limpa e proteção do mar. Saiba como você pode apoiar em www.sosma.org.br.




Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

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