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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Quando a ansiedade tira a sua vaga em uma entrevista de emprego


Sabe quando a pessoa tem tudo para assumir uma vaga de trabalho? Conhece como ninguém o que precisa ser feito, tem um excelente posicionamento comportamental e possui em seu currículo trabalhos invejáveis mas... Não consegue a vaga justo na entrevista final.

Injustiça? Perseguição? Cartas marcadas? Nada disso. O que tira a pessoa de uma nova vaga, mesmo sendo a pessoa mais adequada ao cargo, pode ser a ansiedade. E é a Eliane Catalano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, que nos aponta sobre o alto volume de reprovação de candidatos com altos níveis de ansiedade na entrevista final:

"A ansiedade de querer entrar logo na empresa, a própria pessoa acaba se reprovando por coisas banais com algumas atitudes de momento. Tivemos um caso para uma vaga financeira em que o candidato estava tão agitado que não parava de balançar a perna, mover as mãos, e o cliente percebeu a movimentação e acabou reprovando no final. Ele demonstrou estar agitado com um nervosismo acima da média. Não esperava as perguntas e já respondia correndo".

Para Alice Rocha, Assistente Administrativo da RH NOSSA, os candidatos não leem o que os recrutadores pedem e se deixam tomar pela ansiedade, atropelando todo o processo. E surge a avalanche de candidatos com currículos excelentes que se perdem justamente pelo nervosismo:  "É a ansiedade por estar muito tempo fora do mercado de trabalho ou medo de perder a oportunidade, tentando se recolocar. Tem profissional que fala mais de dois idiomas e o comportamento na hora da entrevista final acaba pesando".
Controle é tudo

Sabemos que não é fácil, mas para tentar controlar a ansiedade e não deixar passar a tão sonhada vaga, a RH NOSSA separou algumas dicas que podem ajudar na entrevista final:

- Faça um planejamento do que e como vai falar

- Tente treinar diante um espelho ou com um amigo  

- Pesquise sobre a empresa para chegar com o máximo de informações

- Evite riscos e chegue com antecedência para sentir o clima do local

- Use táticas de relaxamento, respire fundo e tente não se movimentar muito.

- Tenha empatia. Nunca desvie os olhos do entrevistador e cuidado com a sua linguagem corporal.




Fonte: KAKOI Comunicação
www.kakoi.com.br

83 milhões de brasileiros possuem ao menos uma compra parcelada, mostra levantamento da CNDL/SPC Brasil


61% dos consumidores admitem ter aproveitado oferta de crédito para fazer compras por impulso; para entrevistados, internet e lojas de departamento são as que mais incentivam compras não planejadas. Comprar à vista garantiu desconto para 59% dos consumidores


Dividir o valor de uma compra em várias prestações é um hábito comum do consumidor brasileiro, mas é preciso ter cuidado para que o uso do crédito não se transforme em uma armadilha para o bolso. Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais revela que mais da metade dos brasileiros adultos (53%) possuía alguma compra parcelada no último mês de março. Isso significa que, aproximadamente, 82,7 milhões de brasileiros estão com ao menos parte do orçamento comprometido para pagar compras feitas no cartão de crédito, cartão de loja, crediário ou cheque pré-datado.

Quase um terço (31%) das pessoas ouvidas disse estar livre de compras parceladas, mas outros 16% não souberam responder quantas prestações tiveram para pagar no último mês. Em média, os consumidores que possuem alguma compra parcelada demorarão cinco meses para que as prestações sejam totalmente quitadas. Esse tempo mais do que dobra quando se trata de empréstimos (11 meses) e dos financiamentos (12 meses).

Um dado preocupante constatado pelo levantamento é que 13% dos entrevistados não acham necessário fazer qualquer tipo de análise ou avaliação antes de contratar uma modalidade de crédito. Entre os que tomam algum cuidado, os mais comuns são ter conhecimento a respeito do próprio orçamento para ter certeza de que será possível pagar as prestações mensais (35%), informa-se a respeito dos juros (35%) e ter ciência dos valores de todas as tarifas cobradas (28%).

A pesquisa revela que na hora de decidir em quantas vezes a compra será parcelada, os consumidores mostram-se divididos: 39% escolhem o menor número de prestação possível, ao passo que 34% optam sempre pelo maior número de parcelas, caso não haja cobrança de juros.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, os instrumentos de crédito podem ser um aliado do consumidor, desde que utilizados de forma planejada. “O crédito permite às pessoas ampliarem seu poder de compra adquirindo produtos que levariam anos para serem comprados à vista. O problema é que se ele for utilizado sem responsabilidade e planejamento, essa dívida pode ser nociva para a vida financeira do consumidor. Antes de comprometer parte de sua renda por vários meses, o consumidor deve ponderar se realmente precisa do item desejado ou se trata de uma compra por impulso. É preciso avaliar ainda se ele terá condições de pagar as parcelas sem prejudicar seu orçamento mensal, não se descuidando de analisar tarifas e taxas de juros”, orienta Vignoli.


Eletrônicos e vestuário são os produtos mais parcelados pelos consumidores; 69% preferem parcelar no cartão de crédito

De acordo com a pesquisa, os produtos que os consumidores mais adquirem a prazo são os eletrônicos (65%), roupas, calçados e acessórios (44%), remédios (32%), alimentação fora de casa e delivery (26%) e compras de supermercado (26%) – em todos esses casos, o cartão de crédito é a modalidade de parcelamento mais mencionada.

O cartão de crédito desponta como a modalidade de pagamento a prazo favorita dos consumidores, citado por 69% dos entrevistados. O crediário e o cartão de loja ficaram empatados na segunda colocação com 9% cada. Já o cheque pré-datado foi citado por apenas 1% das pessoas ouvidas.

Embora a maioria dos brasileiros esteja pagando alguma compra parcelada atualmente, 60% dos consumidores disseram ter evitado nos últimos meses realizar mais compras via crédito. Os principais motivos são o receio de extrapolar os limites do orçamento (54%), o fato de já estarem com o orçamento comprometido com outros compromissos financeiros (36%) ou possuírem contas em atraso (15%).

“O acúmulo de várias parcelas no mesmo mês costuma ser um fator de peso no desequilibro orçamentário. É importante manter o orçamento pessoal sempre atualizado para saber, na prática, quanto dinheiro a pessoa ainda tem e quais são as despesas que ainda precisam ser pagas no mês antes de contrair novas dívidas”, afirma Vignoli.

Para este mês de maio, 69% dos consumidores tinham a intenção de adquirir produtos e serviços de forma parcelada, sendo a compra de eletrônicos (24%), roupas, calçados e acessórios (21%), eletrodomésticos (17%), móveis (13%) e supermercado (13%) os mais comuns. Apenas 27% não devem realizar compras por meio do crédito neste mês.

61% cederam às compras por impulso em março; 59% conseguiram algum desconto do lojista para pagamento à vista

Quando se fala em compras parceladas, a impulsividade é um tema que surge com frequência. Por mais que pareça imperceptível, fatores psicológicos, subjetivos e emocionais exercem influência nas decisões de compra. Em cada dez brasileiros, seis (61%) admitiram ter feito alguma compra por impulso no último mês de março ao cederem às tentações do crédito fácil. As aquisições mais feitas de forma impulsiva foram as roupas, calçados e acessórios (22%), itens em supermercados (18%), idas a bares e restaurantes (15%) e compras de perfumes e cosméticos (13%).

Na opinião dos entrevistados, as lojas online são as que mais estimulam as compras não planejadas, com 39% de citações. Em seguida aparecem as lojas de departamento (36%), acompanhadas dos shopping centers (23%) e dos supermercados (22%).

Para o educador financeiro José Vignoli, a reflexão sobre a necessidade de uma compra é fundamental para evitar a impulsividade. “Os apelos do marketing e o estado emocional do consumidor podem ser fatores de estímulo decisivos. Muitas vezes, o consumidor não dispõe de todo o valor e vê o crédito como a única possibilidade de levar o produto de maneira imediata para casa, deixando a reflexão em segundo plano”, explica Vignoli.

A pesquisa ainda mostra que, em muitos casos, pode ser vantajoso optar pelo pagamento a vista. Em cada dez consumidores, seis (59%) conseguiram algum desconto ao pagar por uma compra em dinheiro ou no débito no último mês de março, sendo que 34% pechincharam pelo desconto para pagamento no dinheiro e 15% recebeu uma oferta do próprio lojista, caso pagasse também em dinheiro. Dentre os que receberam desconto, o percentual médio de abatimento foi de 11%. Os que não receberam qualquer desconto formam 29% da amostra.

“Pagar à vista é uma forma eficaz de economizar, pois evita o pagamento de juros, que geralmente estão embutidos nas parcelas. É comum comerciantes oferecerem descontos em compras realizadas no dinheiro, já que nesses casos eles podem abater as taxas da máquina de cartão. Então, o consumidor deve deixar a timidez de lado e pechinchar sempre”, afirma Vignoli.



Metodologia

A pesquisa ouviu 805 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros, todas as classes sociais e residentes das 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos percentuais para uma margem de confiança de 95%.


Arbitragem nos contratos de trabalho




A discussão sobre a possibilidade de solucionar conflitos trabalhistas pela arbitragem não é nova. Ela existe desde a criação da Lei de Arbitragem, ocasião em que foram formadas, inclusive, câmaras especializadas em arbitragem trabalhista, muito embora o Ministério Público do Trabalho (MPT) tenha levado a discussão ao Poder Judiciário. Com isso, prevaleceu o entendimento de que a arbitragem não poderia ser aplicada em discussões trabalhistas individuais, sob a justificativa de que apenas direitos patrimoniais disponíveis poderiam ser submetidos à jurisdição arbitral, ao passo que os direitos trabalhistas, em sua maioria, são indisponíveis e inegociáveis extrajudicialmente.

Adicionalmente, justificou-se que a condição de hipossuficiência dos trabalhadores – que não tinham condições de arcar com os custos dos processos, e, assim, valiam-se dos benefícios da justiça gratuita – regra geral, exigiria a manutenção de uma maior proteção estatal, mais precisamente a Justiça do Trabalho, o que esvaziaria a possibilidade de aplicação da arbitragem.

Isso explica as novas condições previstas no artigo 507-A da CLT, que dispõe que o trabalhador que recebe mais de duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social afasta-se da condição de hipossuficiente e, assim, viabiliza a utilização da arbitragem, sem necessidade de buscar a Justiça do Trabalho ou as Comissões de Conciliação Prévia.
Apesar dos custos envolvidos na arbitragem serem maiores, se comparados àqueles da Justiça do Trabalho, as partes poderão se valer de maior agilidade e celeridade na solução das questões propostas, ainda mais se compararmos aos extensos prazos das demandas judiciais.

Como consequência desse piso salarial para que determinado litígio seja submetido à arbitragem, é provável que os procedimentos arbitrais envolvam, em sua maioria, temas complexos ou diferenciados e/ou empregados detentores de cargos gerenciais ou de gestão das companhias, com os quais, inclusive, certos empregadores já detinham interesse de utilizar a arbitragem.

A redação do novo artigo da CLT também impõe a necessidade de o empregado tomar a iniciativa ou concordar expressamente com cláusula compromissória, ou seja, no processo de contratação do empregado, o interesse para celebração da cláusula compromissória deverá ser tratado entre as partes, o que, inclusive, poderá fazer parte da proposta de trabalho.

A permissão legislativa de utilizar arbitragem em casos trabalhistas individuais vai ao encontro do espírito da Reforma Trabalhista, que prestigia negociações coletivas, e também confere certa autonomia de vontade ao empregado hipersuficiente -– portador de diploma de nível superior e que percebe salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Uma das principais vantagens para o uso da arbitragem em conflitos trabalhistas individuais está na celeridade, na medida em que, geralmente, discutem-se verbas de natureza alimentar. O procedimento na jurisdição arbitral tende a ser muito mais rápido do que na jurisdição estatal para efeito de deliberação, análise e decisão das pretensões debatidas entre as partes.
É cedo para dizer que a arbitragem trabalhista é uma realidade. A recomendação é de cautela até que as decisões do Supremo Tribunal Federal e a jurisprudência da Justiça do Trabalho deem guarida ou sinalizem quanto ao correto ou melhor uso da arbitragem para solução de conflitos individuais trabalhistas se faz necessária. Se observarmos o constante desenvolvimento e a aplicação recorrente da arbitragem de uma forma geral, entendemos que são promissoras as expectativas para sua ampla difusão ao Direito do Trabalho individual.



André Barabino -  Sócio de TozziniFreire Advogados nas áreas de Contencioso e de Arbitragem



Leonardo Bertanha  - Sócio de TozziniFreire Advogados na área Trabalhista



Se o presente é digital, o futuro é analítico"



Peguei emprestada essa frase dita pelo Marco Bebiano, Diretor de Desenvolvimento de Negócios com Agências do Google Brasil, durante o evento ProXXima 2019. Confesso que só comecei a me envolver mais com analytics há pouco tempo, pois na área de Comunicação Corporativa e Branding ainda não existe muito a cultura de usar estratégias data-driven.

Tiro o chapéu para os profissionais de Marketing e Vendas, que souberam evoluir da antiga "inteligência de mercado" para business insights baseados em big data em tempo real. Entre os exemplos estão a mídia programática, que se planeja sozinha de forma responsiva, campanhas automatizadas com machine learning e anúncios, o retargeting do e-commerce e o acompanhamento em tempo real da performance nas mídias.

A área de comunicação corporativa (e branding) tem trabalhado basicamente em duas frentes: pesquisas robustas a cada um ou dois anos sobre reputação/imagem da marca, às vezes incluindo brand valuation, como é o caso de Interbrand, Kantar Millward Brown ou Reputation Institute - que inclusive produzem rankings anuais; e monitoramento permanente das mídias sociais, usando text analytics e inteligência artificial, em ferramentas como Google Analytics e pesquisa do sentimento dos usuários a partir de palavras-chave, como faz o GPETEC.

Os bots-sentinela (texto ou voz) rastreiam tudo que as pessoas comentam sobre uma marca a partir de uma coleção de palavras e expressões pré-determinadas, e disparam uma resposta-padrão que convida à interação. Assim, se um cliente fala "produto defeituoso", "insatisfeito" ou "Procon" no Facebook, por exemplo, a empresa manda uma mensagem inbox pedindo para ele explicar o que houve. Ou se o ex-hóspede de um hotel faz um elogio ou menciona o destino, recebe um agradecimento e uma oferta promocional, como o Elife Group implantou para seu cliente Enotel Hotels & Resorts. É um ótimo jeito de mapear crises em formação ou oportunidades de negócio.

Entretanto, a "caixa preta" do brand analytics ainda são os indicadores ligados ao brand equity. Estamos falando de entender se e como cada iniciativa da marca impacta o capital reputacional, que por sua vez gera o nível de atratividade da organização para os investidores, talentos, clientes e fornecedores. Nas minhas andanças por empresas que vão de mega-corporações a unicórnios, tenho encontrado situações bem interessantes para ilustrar essa relação que permanece ainda pouco explorada.

Por exemplo, um dos mais cobiçados e maiores bancos de varejo do país precisa saber o quanto o descontentamento com seu app derruba seus indicadores de Admiração, Inovação e Liderança. Uma gigantesca e tradicional marca de alimentos, que pouco sofre variações nas crises devido ao seu sólido capital reputacional, quer descobrir quais submarcas do seu portfólio, apesar de venderem bem, pouco agregam para o valor da marca, e portanto merecem esforços residuais de marketing e comunicação. Será que uma importante empresa de higiene e cosméticos deveria aproveitar a força da sua divisão de saúde para turbinar sua percepção de Inovação e Liderança? Ou essa divisão deveria adotar o sobrenome da marca-mãe para ganhar Confiança e reforçar Diferenciação? Uma empresa com grande tradição e expertise no seu setor, envolvida em escândalos de corrupção, passou por um grande re-branding, mas como de fato ficaram as percepções de Integridade, Confiança, Autenticidade, Advocacy e até Empregabilidade (atração de talentos) - será que os esforços serão suficientes para convencer o público, e quais deles estão trazendo resultados efetivos?

Muitas vezes os dados mostram coisas completamente contra-intuitivas. Pesquisas do GroupCaliber com clientes na Europa mostraram que a marca menos admirada de um certo setor é a dona da mais admirada! - um dado que pode desdobrar várias decisões estratégicas importantes. Ou descobriu que jovens de 18-24 anos da dita "geração saúde" gostam mais da marca centenária de refrigerantes do que os clientes 60+ que ajudaram a consolidá-la no mercado. Quando os dados mostram dois grandes varejistas virtualmente empatados no KPI de Força da Marca (Trust & Like) e se percebe que um deles tem o indicador de Sustentabilidade bem mais alto que o outro, está aí uma oportunidade de alavancagem para o branding dessa empresa!

O monitoramento de mídias digitais não é suficiente para fazer essas correlações mais estratégicas e ligadas aos ativos intangíveis (brand equity), embora acoplar as duas coisas seja o ideal. As pesquisas de branding pontuais e com grandes intervalos de tempo ficam rapidamente obsoletas.

Só nos quatro primeiros meses de 2019 já houve 10 casos no Brasil de grandes marcas enfrentando fake news, acidentes, escândalos e campanhas de comunicação desastrosas. Será que elas sabem a extensão do estrago na sua reputação? Pesquisar Net Promoter Score (recomendação/detração) está muito longe de ser suficiente. Para entender a complexidade envolvida, pense que, durante anos, a Gol, que comprou a finada Varig, manteve esta marca viva porque o seu capital afetivo e reputacional era maior do que o dela mesma! Que na fusão do Itaú com o Unibanco prevaleceu a primeira, pois suas percepções junto ao público em geral eram mais robustas, mas o Unibanco foi mantido na razão social porque agregava em reputação. Que apesar de ser do mesmo grupo da Odebrecht, a força da marca Braskem se manteve alta, devido ao seu estoque reputacional, especialmente ligado ao plástico verde (sustentabilidade) e sua capacidade de inovação.


Moral da história:
  • Os analytics vieram para ficar e vão direcionar todas as estratégias das organizações no futuro (clientes, agências, mídia). Acabou o romantismo dos profissionais que gerenciam com base principalmente em criatividade e intuição.
  • Quanto mais atuais os dados, mais ágeis e melhores as decisões. O contexto muda inesperadamente e os dados ficam rapidamente obsoletos. O planejamento fica cada dia mais fluido em resposta aos analytics.
  • Dados sem reverter em estratégia não servem para nada, são só poluição mental e não insights.
  • Se você trabalha com comunicação e branding, não tenha medo dos analytics, eles são mais fáceis de interpretar do que parece; é pura falta de intimidade.
  • Dados revelam coisas incríveis e por vezes na contramão do senso comum, gerando grandes oportunidades de negócio e correções de rumo.
  • Saiba andar com suas próprias pernas e eduque a sua equipe; não dependa das interpretações e recomendações de terceiros. Empodere-se.





Patricia Galante de Sá - Especialista em reputação corporativa, branding e sustentabilidade, tendo atuado por mais de 25 anos junto a marcas como Natura, Disney, Sheraton, Louis Vuitton, LATAM e Monsanto. Atualmente associada da consultoria RegeNarrativa e da startup de analytics GroupCaliber, é professora de Branding, Marketing, Sustentabilidade, Ética, Gestão de Serviços e Comportamento do Consumidor na IBE Conveniada FGV, e autora de livros nas áreas de comunicação corporativa, sustentabilidade e inovação. É Relações Públicas, Mestre em Administração pela FGV e formada em Economia para Transição pelo Schumacher College/UK. 

terça-feira, 21 de maio de 2019

Causa animal: é preciso abrir os olhos para os cães e gatos em situação de abandono



Divulgação

O Rio Grande do Sul deu mais um passo para beneficiar a causa animal quando a Câmara de Vereadores do município de Garibaldi, na serra gaúcha, aprovou por unanimidade o projeto de lei que dispõe sobre a política de proteção e bem-estar de animais domésticos no município.

Com o estabelecimento de normas para proteção física dos bichos, o texto traz o que são considerados maus-tratos e abandono, os mecanismos de fiscalização, notificação, autuação e punição dos infratores. Para evitar o abandono, a responsabilidade dos proprietários será fiscalizada.

Controles de questões como a necessidade do uso da guia, o recolhimento de fezes em vias públicas e a proibição da realização de determinados procedimentos cirúrgicos com fins somente estéticos também serão monitoradas. Essa fiscalização será feita com a ajuda da Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria da Saúde.

Para o médico veterinário Thiago Marçal, especialista da Nutrire - indústria de alimentos de alta performance para pets, localizada em Garibaldi, a lei é fundamental para que casos de abandono sejam evitados e devidamente punidos. “Precisamos trabalhar na prevenção, pois um cão morando na rua não vive menos do que dois anos, visto que está em iminente perigo, seja pela maldade humana, por atropelamentos, doenças, brigas com outros animais, entre outros fatores”, revela.

O Brasil tem mais de 30 milhões de animais abandonados, segundo a Organização Mundial da Saúde. São cerca de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães em situação de negligência. Nas cidades grandes, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados.

Iniciativas como essa são importantes para o combate ao abandono. “Já são muitos animais nas ruas e para controlar essa situação gravíssima seria necessário um conjunto de ações. Para o especialista, é preciso investir em políticas públicas que ajudem esses cães e gatos em situação de perigo.

“Um grande passo para a prevenção já foi dado com essa medida em Garibaldi. E, claro, precisamos de outros projetos que foquem na retirada dos animais que perambulam nas cidades brasileiras. “Muitas ONG´s fazem esse trabalho de recolocação do animal, recolhendo, tratando as doenças e encaminhando para adoção”, explica.

Quanto mais as pessoas ajudarem essas instituições e apoiarem a causa animal, mais cães e gatos serão beneficiados. Além das comunidades, é preciso cobrar das prefeituras e dos governos também. “Não é um investimento que gere tanto impacto nas contas públicas. Além disso, fazer o controle dos animais abandonados também significa mais saúde para a população, pois podem ser evitados casos de zoonoses como leishmaniose, raiva, leptospirose, infestações por pulgas e carrapatos, entre outros problemas”, conclui. A lei será sancionada nos próximos dias pelo prefeito do município.

Leishmaniose: entenda a doença e saiba como prevenir


 Doença infecciosa pode trazer sérios danos à saúde, inclusive levar à morte; prevenção deve ser feita por meio de combate ao mosquito transmissor e proteção dos cães


Embora pouco conhecida em alguns grandes centros urbanos, a leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave, causada por um parasita transmitido ao humano por meio da picada de mosquitos. Segundo o Ministério da Saúde¹, só em 2017 foram 4.103 novos caso, com expressivo crescimento nas regiões Nordeste e Sudeste. O problema traz riscos à saúde humana e dos cães. O combate ao mosquito transmissor, uso de coleira antiparasitária e vacinação nos animais de estimação são as principais medidas preventivas a serem adotadas.

De evolução crônica, a leishmaniose visceral quando não tratada pode levar a óbito até 90% dos casos, de acordo com o Ministério da Saúde². A sua transmissão se dá a partir da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. Nas regiões urbanas o cachorro é o principal reservatório da doença, já que também pode ser picado pelo inseto. 


Como prevenir?

Importante destacar que o cachorro não transmite a doença para os humanos. Marcio Barboza, gerente técnico Pet MSD Saúde Animal, explica que quando contaminado, o pet torna-se um reservatório do parasita. No entanto, um novo mosquito pode picá-lo e picar os humanos com quem convive, completando assim o ciclo de transmissão e infecção.

Quando contaminado, o animal pode adoecer e vir a óbito se não diagnosticado e tratado a tempo.

Para o especialista, medidas preventivas são essenciais e mais práticas que o tratamento depois da infecção, já que este exige um alto investimento financeiro e não traz a cura – apenas melhora os sintomas e diminui a carga parasitária. Além disso, o Brasil é o país com maior número de casos de pessoas infectadas em toda a América Latina, sendo por isso essencial a prevenção para evitar a proliferação da doença.

“O ideal é que, estando ou não em uma área endêmica, o cão seja protegido com a coleira antiparasitária, que costuma ter 98% de efetividade na proteção. A vacina também é indicada, mas possui uma eficácia ao redor de 70%”, afirma Marcio, que complementa “a limpeza do ambiente e abrigo do animal é também essencial para manter o mosquito afastado”.

O mosquito transmissor da doença tem preferência por locais ricos em matéria orgânica, plantas e árvores. Para aqueles que moram em ambientes mais arborizados, recomenda-se o uso de telas finas ao redor do abrigo do cão, mantendo-o nesse local durante o período do entardecer à noite, período que os mosquitos costumam atacar mais.



Diagnóstico

Entre os principais sintomas da doença nos animais estão a perda de peso repentina – mesmo sem a alteração de apetite -, pelagem falha e opaca, anemia, apatia, vômitos e diarreia.

Vale ressaltar que o diagnóstico não deve ser baseado em um único exame e o médico veterinário é o único profissional habilitado a fazê-lo, bem como para indicar terapia e cuidados preventivos adequados.




MSD Saúde Animal





Referência bibliográfica


Declarações Prospectivas da Merck & Co., Inc., Kenilworth, N.J., EUA
Este comunicado à imprensa da Merck & Co., Inc., Kenilworth, N.J., EUA (“empresa”) inclui “declarações prospectivas” de acordo com o significado das disposições de segurança da U.S. Private Securities Litigation Reform Act (Lei Norte-Americana de Reforma de Litígios de Ações Privadas) de 1995. Estas declarações são baseadas em suposições e expectativas atuais da direção executiva da empresa e estão sujeitas a riscos e incertezas significativos. Se as suposições subjacentes forem incorretas ou houver riscos ou incertezas, os resultados reais podem diferir substancialmente daqueles contidos nas declarações prospectivas.

Os riscos e incertezas incluem, mas não estão limitados a, condições gerais da indústria e da concorrência, fatores econômicos gerais, incluindo taxa de juros e flutuações da taxa de câmbio, impacto da regulamentação da indústria farmacêutica e legislação de saúde nos Estados Unidos e internacionalmente, tendências globais para contenção de custos com a saúde, avanços tecnológicos, novos produtos e patentes obtidas por concorrentes, desafios inerentes ao desenvolvimento de novos produtos, incluindo a obtenção de aprovações regulatórias, capacidade da empresa prever com precisão as condições futuras de mercado, dificuldades ou atrasos de produção, instabilidade financeira das economias internacionais e de risco à soberania, dependência da eficácia das patentes da empresa e outras proteções para produtos inovadores e exposição a litígio, incluindo litígios de patentes e/ou ações regulatórias.

A empresa não assume nenhuma obrigação de atualizar publicamente qualquer declaração prospectiva, seja como resultado de novas informações, eventos futuros ou de qualquer outra forma. Outros fatores que possam fazer com que os resultados difiram substancialmente daqueles descritos nas declarações prospectivas podem ser encontrados no Relatório Anual de 2016 da empresa, no Formulário 10-K e outras submissões da Empresa junto à Securities and Exchange Commission (SEC) (Comissão Norte-Americana de Valores Mobiliários), disponível no site da SEC (www.sec.gov).

Nossa amiga abelha e o planeta Terra


Estamos lançando, no Instituto Melhores Dias, um manual sobre abelhas nativas do Brasil. 


Queremos conscientizar alunos de escolas públicas beneficiados por nossos programas sobre a importância destes insetos para a vida no planeta.

As abelhas são o principal agente polinizador na natureza. Respondem por dois terços de tudo relativo à flora que chega às nossas mesas.


Curiosamente, pouquíssimo se fala sobre as abelhas melipolinárias – as nativas brasileiras, que não têm ferrão, mas que produzem excelente mel, com menor teor de açúcar em relação ao das Apis – abelhas europeias e africanas.

O mel das nossas abelhas nativas também tem grande valor medicinal, possui elevada atividade antibacteriana e é usado como coadjuvante no tratamento de doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos. Já a cera, utilizada quente, apresenta ótimos resultados contra inflamações dos músculos, nervos e articulações.

Nossas abelhinhas nativas do Brasil são importantíssimas. Além de tudo isso acima, ajudam o pulmão do mundo (nossas florestas) a expelir ar puro para o planeta todo.

Mas elas não foram bem vistas pelos jesuítas que vieram catequizar os índios brasileiros durante o período Colonial. A cor da cera (cerume) delas varia de amarelo bem claro até uma cor quase negra, não resultando em velas totalmente brancas. Por isso, os jesuítas preferiram mandar trazer abelhas de Portugal para confeccionar suas velas.

Essa mania do ser humano de intervir na natureza vai muito além das abelhas – que sofrem preocupante risco de extinção em todo o globo, pois a raça humana depende delas para comer e respirar.

Há muito mais em risco: segundo relatório divulgado na segunda semana de maio pela Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistema (IPBES) da Organização das Nações Unidas (ONU), um milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de extinção.

O estudo contou com 145 cientistas de 50 países e é considerado o mais completo relatório sobre perdas do meio ambiente. Foram revisadas mais de 15 mil pesquisas científicas e fontes governamentais.

Os cientistas destacam cinco principais causas de mudanças de grande impacto na natureza nas últimas décadas: perda de habitat natural, exploração de fontes naturais, mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras.

Com tudo isso, a vida na Terra está ficando menor e mais desgastada. Desde o século 16, Pelo menos 680 espécies de vertebrados foram levadas à extinção.


Apocalipse humano - Este desastre ambiental é resultado direto da atividade humana. Três quartos do ambiente terrestre e cerca de 66% do ambiente marinho foram significativamente alterados por ações humanas.  Veja o que o relatório diz:

Desde 1980, as emissões de gás carbônico dobraram, levando a um aumento das temperaturas do mundo em pelo menos 0,7 ºC, e a poluição plástica piorou em dez vezes. Entre 100 e 300 milhões de pessoas correm risco de ser vitimadas por enchentes e furacões devido à perda de habitats e proteção da costa. Desde 1992, as áreas urbanas dobraram.

Um terço das áreas terrestres e 75% do uso de água limpa é para plantação e criação de animais para alimentação. A derrubada de madeira aumentou 45% e aproximadamente 60 bilhões de toneladas de recursos renováveis
​​e não renováveis são extraídos globalmente a cada ano.

At
é US$ 577 bilhões em safras globais anuais estão em risco de perda de polinizadores como as nossas amigas abelhinhas. Além de muitos outros males identificados no relatório.

Estas tendências negativas impedirão em 80% o progresso das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, relacionadas a pobreza, fome, saúde, água, cidades, clima, oceanos e terra.

Enfim, será que há um caminho para reverter esse caos? Nós do Instituto Melhores Dias acreditamos que sim, por meio da conscientização e da educação das crianças. Por isso, em todas as nossas ações, lutamos para fazer a nossa parte.

Dessa vez, é o lançamento do manual “Nossa Amiga Abelha”. Ajude você também. Mude seus hábitos que agridem o planeta. Desperdice menos água, energia e alimentos. Pense e aja de forma sustentável e colabore com educação de nossas crianças. Cobre uma postura de preservação do governo. O planeta é o nosso lar e a natureza é sempre implacável com quem a agride.





Joyce Capelli - Diretora Executiva e Presidente do Instituto Melhores Dias

CRMV-SP faz alerta sobre o risco de doenças oftalmológicas em animais



Algumas raças têm predisposição a patologias específicas, que podem ser congênitas ou adquiridas, o que exige cuidado preventivo de um médico-veterinário


Maio é o mês do combate e prevenção à catarata e glaucoma, doenças oftalmológicas que atingem cerca de 67 milhões de pessoas no mundo. Mas o que muitos não sabem é que essas enfermidades também podem acometer os animais de estimação. Esbarrar em móveis, apresentar dificuldade para localizar brinquedos e alimentos, ou ainda, farejar para chegar ao tutor quando é chamado podem ser sinais de que o pet não está enxergando bem.

De acordo com a médica-veterinária Maria Cristina Timponi, presidente da Comissão de Entidades Veterinárias do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), a catarata e o glaucoma são as doenças que mais causam cegueira em animais. “Em ambos os casos, o tempo entre o diagnóstico e o tratamento é fundamental para melhor resultado. Além disso, é importante que o médico-veterinário, assim que perceba alguma alteração nos olhos do pet, converse com o tutor e encaminhe para um oftalmologista veterinário”, ressalta.

É importante salientar que algumas raças têm predisposição a doenças oftalmológicas, como: pastor alemão, collie, springer spaniel inglês, dogue alemão, poodle, boston terrier e husky siberiano.

Médica-veterinária que atua na área de Oftalmologia Veterinária desde 2010, Ana Rachel da Silva Moraes Oliveira afirma que raramente a cegueira em animais ocorre de forma repentina. “O mais comum é que venha acometer o pet gradualmente, quando, então, ele passa a apresentar sinais clínicos. Perceber problemas oftalmológicos em animais de estimação não é uma das tarefas mais fáceis, por isso é necessário ficar atento”, alerta.

A catarata é caracterizada por uma opacidade no cristalino do olho, podendo levar à cegueira. De caráter hereditário, pode tanto atingir um único olho quanto ser bilateral. “A doença pode ser desencadeada pelo contato com substâncias tóxicas, presença de tumores intra-oculares, e doenças, como a diabetes e as uveítes (inflamações na parte interna do olho)”, complementa Ana Rachel.


Mas como prevenir e identificar melhor os sintomas?

Segundo Ana Rachel, um dos principais sintomas de doenças oftalmológicas, como catarata e glaucoma, é vermelhidão na parte branca do olho, chamada de esclera. Ao contrário do que muita gente pensa, a enfermidade não atinge apenas animais idosos, podendo ser verificada até mesmo em filhotes. Por isso, os tutores devem ficar atentos também para:
  • Alteração na cor dos olhos;
  • Excesso de secreção;
  • Olhos fechados ou piscando demais;
  • Sensibilidade à luz natural;
  • Incômodo;
  • Dificuldade para enxergar.
Alguns cuidados com a área dos olhos são essenciais para prevenir as doenças. De acordo com a médica-veterinária, é importante que o tutor limpe todos os dias a região ao redor dos olhos com uma gaze e utilize alguns colírios, sob prescrição médica-veterinária. Exames preventivos também são importantes para evitar doenças que levam à cegueira.


Quais são os tratamentos e alternativas?

Para a catarata, por enquanto, o único tratamento é cirúrgico com implante de lente. “É importante esclarecer que alguns colírios são vendidos com a promessa de cura para a catarata, porém estas medicações apenas atrasam o tratamento correto”, complementa a médica-veterinária Ana Rachel.
Já o glaucoma, que pode ter origem hereditária ou ser consequência de outra doença, pode ser revertido com uma drenagem quando descoberto no início. Estão em estudo novas substâncias hipotensoras oculares e vacinas com o objetivo de obter controle da pressão intra-ocular e proteger as células retinianas.

“Em ambos os casos, quando se chega à conclusão de que os tratamentos disponíveis não serão capazes de devolver a visão para o animal, os tutores terão que aprender a lidar com a deficiência. O importante, nesses casos, é manter o ambiente em que o animal passa a maior parte do tempo sem alterações estruturais, para que ele possa, aos poucos, criar um sentido de localização suficiente para manter suas atividades”, finaliza.


Título de Especialista

Em dezembro de 2018, o Colégio Brasileiro de Oftalmologistas Veterinários (CBOV) recebeu outorga do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) para conceder título de especialista em Oftalmologia Veterinária.

Somente após a aprovação da especialidade e emissão do certificado pela entidade habilitada junto ao CFMV, o profissional poderá requerer o registro do título de especialista junto ao CRMV-SP.
Para o registro do título de especialista, o profissional deverá apresentar requerimento solicitando o título de especialista; certificado de curso de especialização na área específica, conferido por instituição de ensino superior reconhecida pelo CNE/MEC ou entidades de especialistas, cujo curso atenda aos requisitos da Resolução CFMV nº 935/2009; memorial documentado, no qual se possa comprovar que o solicitante desenvolve atividades na área da especialidade requerida há pelo menos 05 (cinco) anos, incluindo os cursos de pós-graduação, Lato e Stricto Sensu. Mais informações estão disponíveis na Carta de Serviços do CRMV-SP.




Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 36 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.

HERPES EM ANIMAIS: ENTENDA MELHOR O QUE É COMO TRATÁ-LA



herpes em animais é um problema bastante recorrente entre os animais de estimação. Nos cães, a doença é causada pelo herpesvirus canino (nos gatos, ele é o herpesvirus felino) e pode trazer malefícios consideráveis para a saúde dos pets.

Por conta disso, conhecer melhor essa doença, suas características, sintomas e tratamentos é a melhor maneira de proteger os  pets desse tipo de problema. Identificar os sinais de que algo pode estar errado e agir de maneira eficaz e veloz.

Herpes em animais
Herpes é um nome genérico dado a doenças causadas por vírus “aparentados”’. Diferentes tipos de herpesvirus acometem humanos, gatos e cães, causando problemas distintos entre si.
Nos animais, pode ocorrer tanto o acometimento causado pelo herpesvirus canino (HVC) quanto o felino, agente causador da rinotraqueíte. Por isso, é preciso conhecer bem os problemas a fim de identificar os seus sintomas mais comuns e as consequências que podem trazer aos animais de estimação.

Diferença entre herpes felina e canina
Herpes felina, também conhecido como rinotraqueíte, é um problema altamente contagioso (por contato direto com outros animais infectados) que pode afetar gatos de todas as idades. A doença não é, no entanto, transmissível aos seres humanos, afirma a Dra. Livia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h.
Já o problema canino também pode ser transmitido por contato direto, mas também há as formas placentária e venérea (ou seja, por contato sexual). Os principais sintomas são respiratórios mas, no caso dos cães, também há sinais gastrointestinais e a presença de feridas nas mucosas, assim como ocorre em humanos.
As causas e sintomas mais comuns
No caso da rinotraqueíte, os sintomas mais comuns incluem:
  • espirros frequentes;
  • secreção e corrimento nasal;
  • problemas para respirar;
  • febre;
  • desidratação;
  • secreção ocular;
  • dificuldade para abrir os olhos;
  • inflamações na pele.

Já os sintomas mais comumente encontrados no herpes canina são:
  • secreção nasal;
  • respiração ofegante;
  • tosse;
  • diarreia (normalmente em tons de verde ou amarelo);
  • dores abdominais;
  • emagrecimento;
  • conjuntivite;
  • presença de lesões na região genital;
  • choros frequentes (no caso de filhotes).
Os cuidados com os filhotes, tanto no caso da rinotraqueíte quanto no do herpes canina, são os animais que estão sob maior risco de contágio. Por isso, as cadelas gestantes precisam ser imunizadas para evitar que seus bebês contraiam a doença. Já os gatinhos podem ser diretamente vacinados contra a enfermidade.

Tratamento da doença
O tratamento da rinotraqueíte tem como principal objetivo o controle dos sintomas e a redução da desidratação do animal. Para isso, são prescritos medicamentos que aliviam o desconforto (ajudando nas inflamações e na febre, por exemplo) e inalações, além de outros procedimentos pouco invasivos.
No caso de herpes canina, o tratamento também segue a mesma linha de raciocínio. São comumente feitos procedimentos para aliviar os sintomas que aparecem, a fim de reduzir o desconforto do animal até que o ciclo da doença termine.
O principal motivo para os tratamentos sintomáticos, ou seja, que tratam os sintomas, é o fato de que os problemas são causados por vírus. Assim, é necessário esperar que o ciclo viral se complete, já que não existem medicamentos que atuem diretamente nessas estruturas.
O tratamento de suporte, no entanto, é essencial, especialmente quando falamos sobre animais debilitados, filhotes ou idosos. A desidratação e as outras ocorrências causadas pelos vírus podem levar esses pets a óbito ou trazer consequências irreversíveis para a sua saúde, afirma a Dra. Livia.
herpes é um problema sério que requer tratamento rápido. Assim, é possível aumentar as chances de cura dos pets e garantir muito mais qualidade de vida a estes animais.

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