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terça-feira, 21 de maio de 2019

Inseminação Artificial ou Fertilização in Vitro? Qual o melhor método para realizar o sonho da maternidade?


Especialista em Reprodução Humana explica o passo a passo dos dois procedimentos mais buscados por mulheres que desejam engravidar


Muitas mulheres que sentem dificuldade para engravidar naturalmente buscam ajuda médica e são aconselhadas a partirem para um tratamento de reprodução assistida. É neste momento que chegam as dúvidas: a qual tratamento devo me submeter? Fertilização in Vitro ou Inseminação artificial? Qual a diferença entre eles?

Basicamente, o que difere os dois métodos é a forma como os óvulos serão manipulados e fecundados pelo espermatozoide.

A Inseminação Artificial, ou intrauterina, é indicada para os casos mais simples de infertilidade, como mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose leve e casais nos quais os homens apresentam pequenas alterações no sêmen (baixa mobilidade ou dificuldade de movimentação). Casais homoafetivos femininos e mulheres q querem engravidar por produção independente também podem optar pela técnica, com sêmen de doador.

Já a FIV (Fertilização in Vitro) é o método indicado em casos mais complexos de infertilidade, como endometriose profunda, mulheres com baixa reserva ovariana por causa da idade avançada ou outro motivo, obstrução nas tubas uterinas, alteração genética que possa afetar o bebê e, no caso dos homens, quando o sêmen apresenta baixa concentração ou mobilidade, ausência de espermatozoides ou em casos de reversão da vasectomia. 

Pensando em sanar algumas dúvidas comuns, a médica Rosane Rodrigues, especialista em Reprodução Humana da Clínica Invita e do Instituto Crispi São Paulo, explica o passo a passo dos dois procedimentos:


Inseminação Artificial

Para as mulheres, começamos o processo no início do ciclo menstrual, prescrevendo alguns hormônios específicos para a indução da ovulação e formação de folículos (contendo óvulos). Por meio de ultrassonografias seriadas conseguimos acompanhar o crescimento desses folículos. No momento exato da ovulação (detectado pela ultrassonografia), partimos para a etapa de transferência dos espermatozóides para o interior do útero. O parceiro deve fazer a coleta de sêmen, que posteriormente será preparado e selecionado em laboratório. Num procedimento simples (parecido com um exame ginecológico), realizado em clínica de reprodução assistida, inserimos um cateter bem fininho por onde passam os espermatozoides que serão depositados cuidadosamente o mais próximo possível das trompas, com a finalidade de encontrar os óvulos e fertilizá-los, formando assim o embrião. O procedimento dura alguns minutos e no dia seguinte a mulher está liberada para voltar às suas atividades normais, porém sem muitos esforços. O teste de gravidez pode ser feito após 12 dias.


Fertilização in Vitro

Já o processo da FIV é um pouco mais longo que o da Inseminação Artificial. O procedimento é feito em etapas, o que requer mais tempo de tratamento. Na etapa 1, fazemos a estimulação dos ovários com medicamentos específicos para induzir uma maior produção de folículos (contendo os óvulos). Através de ultrassons seriados, podemos acompanhar o crescimento desses folículos e determinar o momento certo de entrarmos com outro hormônio, que ajudará a romper esses folículos, ocasionando então a liberação dos óvulos. Feito isso, partimos para a etapa da Punção de Óvulos. Este é um procedimento cirúrgico, que deve ser feito numa clínica de reprodução assistida, via vaginal e sob efeito de anestesia. Ao final do procedimento, a mulher deve ficar na clínica por algumas horas, sendo liberada no mesmo dia e devendo manter mais alguns dias de repouso em casa. A etapa seguinte da FIV é fertilização dos óvulos puncionados com os espermatozoides que foram coletados e previamente selecionados. Este método é realizado por um embriologista. Nesta fase, o material fecundado é colocado em uma incubadora em condições adequadas para a formação do embrião. No dia seguinte já é possível verificar quantos embriões se formaram e selecionar os melhores para permanecerem na incubadora em fase de desenvolvimento por três a seis dias. Depois deste tempo de incubadora já é possível selecionar os melhores embriões e partir para a última etapa: a transferência de embriões. Este é um procedimento indolor, feito por um cateter bem fininho e que não necessita de anestesia. Os embriões selecionados são depositados cuidadosamente em local estratégico para que possam se fixar no útero. Após a transferência a mulher deve ficar em repouso em casa por um dia e fazer poucos esforços por 15 dias. O exame de gravidez pode ser realizado 10 a 12 dias após a transferência. Se houver o tão sonhado positivo damos início ao acompanhamento pré-natal da gestação. 

De acordo com as estatísticas, a taxa de sucesso da Inseminação Artificial  é de 20% a 30%  e a de FIV varia entre 40% e 60%. 

"Nos dois métodos a chance de sucesso é grande, porém só um médico especialista em Reprodução Humana é capaz de saber qual é o melhor para cada paciente. Para isso são feitos exames, consultas, acesso ao histórico do casal e só depois de um diagnóstico de infertilidade traçado é que partimos para o procedimento mais adequado", finaliza Rosane. 





 Fonte: Dra Rosane Rodrigues - médica especialista em Reprodução Assistida  da Invita Medicina Reprodutiva, em Moema, SP e do Instituto Crispi de Cirurgia Minimamente Invasiva. Mestre em Tocoginecologia pela Santa Casa de São Paulo e professora da Pós-Graduação em Reprodução Humana Assistida do Instituto Sapientiae, SP. CRM110.213



Conheça os 5 principais fatores de risco para degeneração macular relacionada à idade (DMRI)


Doença é a principal causa de cegueira irreversível em pessoas com mais de 50 anos nos países desenvolvidos



A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é uma das causas de cegueira irreversível depois dos 50 anos. A doença, que progressivamente vai comprometendo a mácula (área central da retina), é classificada em dois tipos: não-exsudativo ou seco (90%) e exsudativo (10%). Na forma exsudativa, que é a principal responsável pelos casos de cegueira, vasos sanguíneos anormais se formam sob a mácula – área responsável pela percepção de detalhes. Se não contida, com o tempo o paciente perde toda a visão central. Para a forma seca, que é bem mais comum, alguns tratamentos têm alcançado êxito. Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, é fundamental conhecer os fatores de risco de DMRI não só para evitar a doença, como para adiar o seu avanço e evitar perda de visão.

“Os cinco fatores de risco mais importantes da degeneração macular relacionada à idade são: 1) obesidade; 2) fumo; 3) hipertensão; 4) histórico da doença na família; e 5) ter mais de 50 anos. A DMRI é causada por depósitos de restos celulares que formam as drusas, destroem os fotorreceptores e provocam proliferação anormal de vasos sanguíneos sob a retina. Como consequência, surgem cicatrizes que comprometem a visão central e a capacidade de distinguir cores. Além desses fatores de risco, a doença está estreitamente associada à exposição aos raios ultravioleta, ingestão de gorduras vegetais em excesso e dietas pobres em frutas, verduras e zinco”, diz Neves.

De acordo com o especialista, pessoas com dois ou mais fatores de risco combinados deveriam fazer check-up oftalmológico pelo menos uma vez ao ano. “Se o indivíduo notar perda rápida de visão ou perceber um aumento de distorção nas imagens, formando ondulações, é necessário investigar a forma úmida de DMRI – que é bem mais agressiva. O exame de fundo de olho faz parte de um primeiro diagnóstico, mas a confirmação depende de exames muito mais específicos, como a retinografia e a angiofluoresceinografia – que utiliza contraste injetável no braço antes de tirar uma série de fotografias da retina com máquina especialmente desenvolvida para essa finalidade.”

Quanto mais cedo o diagnóstico for estabelecido, maiores são as chances de o tratamento ser bem-sucedido. De todo modo, o paciente também pode contribuir no sentido de evitar os fatores de risco, como passar a se alimentar de forma saudável, diminuindo a quantidade de sal ingerido diariamente, parar de fumar, aumentar a prática de exercícios regulares e manter a pressão sanguínea sob controle, ainda que recorra a medicamentos específicos e devidamente prescritos. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão arterial, mas somente 10% deles fazem controle adequado. Como mais da metade da população adulta está acima do peso considerado saudável – sendo que uma em cada cinco pessoas sofre de obesidade – os cuidados com a visão não devem ser negligenciados de forma alguma.

As injeções intravítreas, que em anos recentes começaram a ser utilizadas para tratar a DMRI (Lucentis, Eylia e Macugen), têm se mostrado eficientes, dando mais esperança aos pacientes. “O principal ganho desse tratamento é a interrupção da perda de visão”, diz o médico. “Embora nem todo paciente recupere a visão perdida, só o fato de interromper a progressão da doença e evitar que o paciente fique cego já é extremamente importante. Após dilatar a pupila e anestesiar o local, a injeção é aplicada diretamente no vítreo – camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino, no fundo do olho. O paciente não sente dor e o procedimento precisa ser repetido em intervalos regulares para que os efeitos sejam duradouros”.






Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em SP – www.eyecare.com.br


No Dia Mundial da Saúde Digestiva, especialistas realizam mutirão no SUS para rastreamento do câncer colorreta


Parceria da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva com a Unicamp, ação social em Campinas chama atenção para importância da colonoscopia



No Dia Mundial da Saúde Digestiva, em 29 de maio, 12 médicos especialistas (gastroenterologistas, coloproctologistas e endoscopistas) participam de mutirão, com a realização de colonoscopias em 60 pacientes previamente selecionados no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação, que acontece no Centro de Diagnóstico de Doenças do Aparelho Digestivo (Gastrocentro), em Campinas (SP), tem como objetivo chamar atenção para a importância da prevenção do câncer colorretal, doença com 36 mil novos casos por ano no Brasil.

O câncer de cólon e reto é o terceiro mais frequente em homens, com 17.380 mil diagnósticos em 2018, e o segundo em mulheres, com 18.980 mil casos, no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar de ser um dos mais frequentes, a doença é altamente previsível e curável.

Segundo o Dr. Marcelo Averbach, presidente da Comissão de Ações Sociais da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED), entidade organizadora do mutirão, a partir de exames de rastreio e colonoscopia, é possível diagnosticar pólipos que, se adequadamente tratados, não se transformarão em câncer. “O exame também permite o diagnóstico precoce da doença, o que acarreta em melhores resultados quanto ao prognóstico”, diz o especialista.

O Dr. Lix Alfredo Reis de Oliveira, diretor de Ações Sociais da SOBED, explica que até 80% dos casos de câncer de cólon e reto poderiam ser evitados, com a prevenção. “Quando o paciente apresenta sintomas é porque a doença está em um estágio mais avançado. Isso poderia ser identificado por meio do exame preventivo, feito a partir dos 50 anos, quando o pólipo ainda é uma lesão ou o câncer está na fase inicial”.

Além dos exames, a SOBED desenvolverá atividades de conscientização, com a distribuição de panfletos, palestras educativas e orientação sobre a importância do exame preventivo para pacientes, familiares e profissionais de saúde. “Isso visa mostrar para as pessoas a necessidade de o governo criar um programa nacional de prevenção de câncer colorretal”, diz Lix.



Colonoscopia no SUS

Averbach complementa que as lesões diagnosticadas são passíveis de um tratamento endoscópico, que será realizado durante a colonoscopia, e os pacientes que necessitarem de tratamento cirúrgico serão tratados posteriormente na própria Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), parceira da SOBED na realização da atividade.

“Os pacientes que vão dispor do serviço do mutirão não têm uma situação socioeconômica favorecida e não dispõem de um convênio médico. A ação também chama atenção dos médicos e da sociedade em geral para a importância desse rastreamento, que atualmente é uma bandeira da nossa Sociedade, pois visamos a implementação de uma política pública de rastreamento deste câncer”, concluiu o médico.



Alto escalão da endoscopia mundial

O mutirão abre a programação XIII Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED, que acontece de 30 de maio e 1º de junho, em Campinas, e que este ano tem como tema “Câncer do Aparelho Digestivo”. O evento reúne médicos e profissionais de saúde especialistas, residentes e estudantes que participarão de conferências, mesas redondas e discussões, de exposição de trabalhos científicos e de cursos práticos com o que há de mais atual na área.

“Aprofundaremos nosso conhecimento nos aspectos diagnósticos e, reafirmando o papel da endoscopia intervencionista, abordaremos os principais métodos terapêuticos curativos ou paliativos, endoscópicos”, explica o Dr. Jairo Silva Alves, presidente da SOBED. A programação completa do Simpósio pode ser conferida em http://www.campinas2019.com.br/


A tecnologia, a Internet e a perda de privacidade



Hoje, somos todos famosos (ou quase). Ao menos, essa é a percepção que temos ao procurarmos nossa trilha digital na Internet: perfis em redes sociais, participação em seleções, comentários em portais de notícias e até divulgação em sites próprios "confirmam" nossa existência. Soma-se a esse processo o acompanhamento de empresas como Google e Facebook, que conseguem saber onde estivemos, com quem interagimos, os assuntos que procuramos e até as fotos nas quais aparecemos. Todo esse movimento tem transformado a vida privada em um espetáculo público, com exposição constante e rastreamento de todas as nossas experiências.

Se a tecnologia é uma facilitadora para guardar e organizar dados, permitindo que tenhamos acesso a documentos e fatos que seriam encontrados há alguns anos apenas em procuras extensas em bibliotecas, ela também pode ser um perigo se não for bem administrada. E, em grande parte das vezes, a culpa é do próprio usuário. Muito do que expomos sobre nosso cotidiano é por escolha. Seja pelas publicações que disponibilizam dados que podem comprometer a segurança (quantas vezes já vimos casos nos quais os sequestradores arquitetaram seus planos com informações extraídas de mídias sociais?), seja por aceitarmos as condições propostas em dezenas de linhas - que geralmente não lemos - para ter acesso a diversos serviços gratuitos ou pagos.

O famoso caso da Cambridge Analytica, que utilizou de maneira indevida os dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook, repercutiu nos últimos meses pela dimensão do impacto. Devido a brechas da maior plataforma social do mundo, a Cambridge teve acesso a informações de pessoas além das que consentiram com os termos do “thisisyourdigitallife”. Tudo isso foi supostamente utilizado em campanhas eleitorais nos Estados Unidos e podem ter influenciado na vitória de Donald Trump, na corrida presidencial de 2016. Desde então, o Facebook tem buscado formas de prover mais segurança, mas a própria mídia social fatura ao utilizar as informações que compartilhamos com ela - não seria um paradoxo?

Nesse cenário, é interessante apontar o que poucos levam em consideração. Ao menos, observamos a preocupação de aplicações para computadores e smartphones sobre medidas de segurança de dados. Mas o que acontece quando incluímos a Internet das Coisas nessa equação? Qual a quantidade de dados estamos fornecendo sem sermos questionados se queremos mesmo compartilhá-los? E o mais importante: o que tem sido feito com essas informações? Seria mesmo a perda de privacidade um fator que pode influenciar na nossa perda de liberdade?

Não podemos apenas demonizar esse processo, até porque também nos beneficiamos da “perda de privacidade” - isso quando ela é compartilhada de forma controlada e utilizada com inteligência. Por exemplo, receber sugestões de filmes ou notícias conforme seus gostos pode ser um facilitador (além de que, ao saber nossas preferências, as empresas podem se adequar para atender melhor às necessidades). Somos tratados como indivíduos e tudo passa a ser personalizado. Entretanto, até que ponto não prejudica quando o que deveria ser privado se torna público?

De toda a exposição que temos nos dias atuais tem algo que realmente é uma perda. Não existe mais o direito ao esquecimento. O passado acaba sempre voltando, com tantas informações disponíveis, muitas das quais passamos a perder o controle. O conteúdo disponibilizado na Internet reverbera: é compartilhado, copiado, roubado. Estar conectado tem um preço. A vida online influencia diretamente a offline. O que deve prevalecer nesses casos é o bom senso e o maior desafio está em encontrar o ponto de equilíbrio entre a exposição e a privacidade.




Fernando Matesco - diretor técnico do Instituto das Cidades Inteligente (ICI)

Respeito ao dinheiro público: Itaipu tem nova norma para concessão de patrocínios


Medida entra em vigor nesta semana. Apenas ações e projetos que deixem legado para a população serão patrocinados


A Itaipu Binacional conta agora com uma norma de concessão de patrocínios mais rigorosa. A principal mudança é para fortalecer os apoios financeiros para eventos de geração de energia elétrica e segurança hídrica, ligados diretamente à atividade fim da usina. Até 2020 o processo deverá também incluir o lançamento de edital de seleção pública.

A determinação do diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, prevê a otimização de recursos públicos para ações que deixem legado para a população sem que haja aumento de tarifa da energia elétrica. Pelo contrário, todas as medidas têm como proposta reduzir o valor do custo da eletricidade de Itaipu para os clientes. 

Ela também atende às diretrizes da política de austeridade do governo federal, respeitando os princípios de legalidade, publicidade, eficiência, moralidade e impessoalidade contidos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
"Além de moralizar o uso de recursos para patrocínios aderentes à missão da empresa, a Itaipu está remanejando o orçamento para investir em obras estruturantes, como é o caso da Ponte da Integração Brasil-Paraguai e a ampliação e modernização do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, entre outras”, diz o general Joaquim Silva e Luna.

Ele acrescenta, ainda, outra prioridade de Itaipu para os próximos anos: “a atualização tecnológica da usina, que será fundamental para garantir que continue gerando o máximo de energia possível, atendendo com eficiência os mercados do Brasil e do Paraguai”.


Exigências

Com a nova norma, apenas serão permitidos patrocínios relacionados a temas que contemplem o desenvolvimento social, econômico, turístico, tecnológico e sustentável da região de atuação da Itaipu, por meio de ações socioambientais, educativas, esportivas, culturais e tecnológicas.

Entre outras mudanças, os patrocínios atenderão somente entidades sem fins lucrativos. Serão vedados patrocínios para pessoas físicas, assim como para rodeios e para entidades que tiveram suas contas integralmente reprovadas em repasses anteriores. Também está vedado o patrocínio a fundações de Itaipu, ao futebol profissional e para shows artísticos.

A última mudança da norma de patrocínio ocorreu em novembro do ano passado. A ideia é que a nova norma seja cada vez mais aperfeiçoada, atendendo os mais rigorosos parâmetros de compliance, que é a obediência a todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis a cada patrocínio.

Os patrocínios, pela nova norma, poderão contemplar projetos dos 55 municípios da área de influência da usina, que teve sua missão ampliada de 16 cidades lindeiras para todo o Oeste do Paraná e dois municípios de fora da região. São eles: Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista da Aparecida, Braganey, Brasilândia do Sul, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel, Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Diamante D'Oeste, Entre Rios do Oeste, Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste, Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira, Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado, Quatro Pontes e Ramilândia.


A região atendida inclui ainda Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha de Itaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu, Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi, Ubiratã, Vera Cruz do Oeste.

São 52 da região Oeste do Paraná, mais Altônia, e Francisco Alves, ambos no Noroeste do Estado, e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, que faz parte dos 16 municípios lindeiros beneficiados pelo repasse de royalties de Itaipu.







Quadro de indefinição econômica faz confiança do consumidor recuar 4,3% em abril, aponta indicador CNDL/SPC Brasil


Levantamento mostra que 61% dos brasileiros avaliam economia de forma negativa e 26% estão otimistas com o futuro para os próximos seis meses. Custo de vida assola mais de metade das famílias brasileiras e 41% temem perder o emprego 



As indefinições quanto às medidas necessárias para recuperação da economia derrubaram a confiança do consumidor no último mês. Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam que depois de alcançar a marca dos 49,0 pontos em janeiro e fevereiro, o Indicador de Confiança do Consumidor fechou abril com 46,9 pontos — uma queda de 4,3% na comparação com os dados do início do ano. Na comparação anual, entretanto, a confiança se mantém em maior nível ante o mesmo período de 2018, quando o índice era de 42,0.

A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção mais otimista do consumidor.



Na avaliação do atual cenário econômico, a percepção dos entrevistados continua ruim ou muito ruim: a maioria (61%) enxerga o momento da economia de forma negativa. Apenas 7% acham que a situação é boa ou muito boa — um número baixo, mas que representa uma melhora significativa quanto a abril do ano passado, quando o percentual era de 2%. As principais razões apontadas são desemprego elevado (67%), aumento dos preços (60%), alta na taxa de juros (33%) e menor poder de compra do consumidor (18%).

Com relação à vida financeira, a percepção dos consumidores também é negativa, embora um pouco melhor do que a avaliação da economia. Para 38% dos brasileiros sua situação é considerada ruim e somente 13% disseram ser boa. Para os que têm uma visão pessimista, o motivo mais citado (53%) é o alto custo de vida. O desemprego aparece em segundo lugar (42%), ao passo que 26% culpam a queda da renda familiar.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, a lenta recuperação da economia segue impactando o bolso do consumidor e acaba refletindo o quadro de menor confiança. “Para que a retomada da confiança se consolide, será preciso que o consumidor sinta alguma melhora no momento atual, com o aumento da oferta de vagas de emprego e o avanço da sua renda”, analisa.



Cai de 39% para 26% número de brasileiros otimistas com futuro da economia, embora maioria acredite que finanças pessoais vão melhorar nos próximos seis meses

A sondagem procurou saber o que os brasileiros esperam sobre o futuro da economia e de suas finanças. Segundo o levantamento, 26% dos brasileiros estão otimistas com a economia para os próximos meses — percentual que chegou a 39% em fevereiro passado. Já 43% se mantêm neutros, ou seja, não acham que as condições econômicas do país estarão melhores ou piores daqui seis meses. Enquanto 26% disseram estar pessimistas. Os números mostram clara divisão sobre o futuro da economia.

Entre os que apostam na retomada da economia, 32% atribuem a uma maior estabilidade política e outros 32% ao fato de concordarem com as medidas econômicas anunciadas pelo governo. Para 25%, essa expectativa positiva deve-se à percepção de que as pessoas estão mais otimistas com os rumos da economia e outros 25% não souberam dizer ao certo a razão.
Quando questionados sobre o que esperam para os próximos seis meses em relação às suas finanças, seis em cada dez brasileiros (63%) acham que sua vida financeira vai melhorar, contra apenas 9% que acreditam em uma piora. Há ainda 22% de entrevistados neutros. A maioria (38%) dos otimistas com as próprias finanças acredita em uma melhora das condições econômicas do país, enquanto 28% acham que conseguirão um novo emprego ou aumento de salário, 24% não souberam explicar a razão desse otimismo e 22% dizem que estão administrando melhor o próprio dinheiro.


Custo de vida continua afetando famílias brasileiras; 41% dos entrevistados que trabalham temem perder o emprego

Com 13,4 milhões de desempregados, o país enfrenta um de seus maiores desafios e a falta de oportunidades no mercado de trabalho tem sido uma das grandes preocupações dos brasileiros. Os dados do indicador revelam que 41% dos brasileiros que trabalham temem, em algum grau, serem demitidos, ante 26% que disseram ter um medo baixo e 33% não ter esse risco.

A maior parte dos consumidores, independentemente de estar empregados, acredita que as oportunidades de emprego nos próximos seis meses estarão no mesmo nível de hoje (39%). Já 33% acham que as chances de uma nova colocação serão maiores e 15% acreditam que serão menores.

De acordo com a sondagem, o que mais tem pesado na vida financeira familiar é o custo de vida, ponto citado por pouco mais da metade (51%) dos entrevistados. Desde o início do ano passado, essa tem sido a principal queixa dos brasileiros. Em seguida aparece o desemprego (24%), o endividamento (11%) e a queda dos rendimentos (8%).

Em uma avaliação sobre aumento dos preços, a aceleração da inflação observada nos últimos meses já pode ser sentida. Para 65%, a inflação cresceu nos últimos três meses, enquanto 20% disseram que permaneceu estável. Produtos vendidos em supermercado foram os que mais se notaram aumento de preços, com 89% das menções. Já 84% citaram alta no valor dos combustíveis e outros 85% destacaram o valor da conta de água e luz. Já 83% citaram o preço dos remédios.


Metodologia

Foram entrevistados 800 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.


www.spcbrasil.org.br


segunda-feira, 20 de maio de 2019

Brasil terá sabor da Calábria a partir de junho


De peculiaridade marcante, gastronomia calabresa promete invadir o país durante forte promoção de incentivo


35ª FISPAL e Coquetel Sabores da Calábria apresentam produtos artesanais e exclusivos de mais de 20 empresas locais


Azeites, pimentas, além das famosas linguiças são alguns dos destaques da região



Calábria é a principal aposta para a expansão da gastronomia italiana no Brasil em 2019.  A promoção terá início em junho, quando serão apresentados ao público produtos artesanais e exclusivos durante a 35ª Fispal Food Service, a maior feira de alimentos e bebidas da América Latina, que acontece entre 11 a 14 de junho em São Paulo. Já o coquetel especial de degustação, Sabores da Calábria, voltado para empresários e fornecedores do setor, além de outros interessados, ocorre no dia 13 no Círculo Italiano.

Situada no sul da Itália, a culinária calabresa é um dos maiores destaques do país e do Mediterrâneo. A região tem alta produtividade em azeites de qualidade, vinhos com denominação de origem, queijos, vinagres, pastas, cogumelos, atum enlatado e pimentas típicas. Seus tradicionais salames e linguiças têm fama internacional, além da conhecida bergamota.

Por tanta diversidade, seus pratos e ingredientes com sabores marcantes são certeiros em aguçar o paladar  do brasileiro, que poderá saborear os produtos no stand durante a feira. Em exposição, o público encontrará os mais variados patês de cogumelos, condimentos, biscoitos, frutas secas, geleias, doces, molhos, antepastos, cremes, farinhas, massas, carnes, azeites, vinhos, sucos de frutas, refrigerantes, drinks alcóolicos e sem álcool, "grissini" e cafés. Muitos chegam ao Brasil pela primeira vez.

Ao todo, 20 empresas calabresas de pequeno ou médio porte participam do evento. Segundo os organizadores --a Regione Calabria e a Câmara de Comércio Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura de São Paulo (ITALCAM) --,  a venda dos alimentos e bebidas apresentados na 35ª Fispal ocorrerá primeiro nos restaurantes, em seguida, nos empórios e, sucessivamente, nos distribuidores de centrais maiores.

Em São Paulo, a ITALCAM é a responsável pela promoção da Calábria e de seus produtos no Brasil.
               



35ª Fispal Food Service – Stand Calábria
Data: 11 a 14 de junho de 2014
Horário: 11 a 13 de junho – das 13h às 21h
                 14 de junho – das 13h às 20h
Local: Expo Center Norte – Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo
Entrada franca com inscrição antecipada
Inscrições e outras informações: www.fispalfoodservice.com.br

Parque do Ibirapuera recebe caminhada de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais


 14ª Caminhada para o Crohn e Retocolite será em 26 de maio, a partir das 8h30


Como ocorre anualmente, a Associação Brasileira de Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), organiza no dia 26 de maio, a 14ª Caminhada para o Crohn e Colite, no Parque do Ibirapuera. A ação faz parte das iniciativas do Maio Roxo, mês dedicado à conscientização das Doenças Inflamatórias Intestinais (DII). A concentração acontece na Arena, em frente à ponte de Ferro. O evento é gratuito e os interessados podem comparecer no local a partir das 8h30.

Além de promover a caminhada em São Paulo, a associação também apoia iniciativas semelhantes realizadas por entidades parceiras de todo o Brasil, assim como a iluminação de monumentos e edifícios de cidades brasileiras com a cor roxa, como o Cristo Rei, em Balneário Camboriú (SC), e a sede da Universidade São Francisco, em Bragança Paulista (SP).

Desde 1999, a ABCD é uma associação que visa reunir pacientes de DII e profissionais de saúde para gerar trocas de experiências e informações sobre as doenças. A finalidade ainda é melhorar a qualidade de vida destas pessoas e ampliar o acesso delas a um tratamento adequado.

Junto da organização da ABCD, a 14ª Caminhada para o Crohn e Colite conta com o apoio da Takeda, farmacêutica com mais de 237 anos de história e líder de mercado na área de gastroenterologia. “A Takeda se preocupa em contribuir com ações que dão voz aos pacientes, que estão no centro de todas as nossas decisões, e levem informações de qualidade. A caminhada é de suma importância para contribuir com a conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais, visando um diagnóstico mais precoce”, afirma Abner Lobão, diretor executivo de Medical Affairs da Takeda.


Sobre as DII:

Cerca de cinco milhões de pessoas no mundo são acometidas pelas DII. Entre as mais comuns estão a doença de Crohn e a Retocolite ulcerativa.  Muito semelhantes, ambas são crônicas e autoimunes¹,2. A doença de Crohn se manifesta por meio de uma inflamação do trato gastrointestinal, que pode acometer desde a boca até o ânus². Já a retocolite ulcerativa pode acometer o cólon e o reto. Como sintomas, podem se destacar as diarreias, dores abdominais e o sangramento retal³. Não há cura para as doenças, mas há vários tratamentos com ótimas respostas terapêuticas.



Serviço:
ABCD – Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn
Ação:
14ª Caminhada para o Crohn e Colite
Quando: 26 de maio, das 8h30 às 11h.
Locais: Parque do Ibirapuera

Cerca de cinco milhões de pessoas no mundo sofrem com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII)¹



·        A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, duas das DII mais comuns, causam impactos consideráveis no cotidiano dos pacientes - em um único dia, por exemplo, o indivíduo pode ter de ir ao banheiro mais de 10 vezes para evacuar².


·        Se não tratadas, tais doenças podem trazer consequências graves³.


Maio é o mês de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que afetam mais de cinco milhões de pessoas ao redor do mundo. Conhecido como Maio Roxo, o período traz visibilidade para as DII com o objetivo de diminuir o estigma em torno das doenças e espalhar conhecimento, contribuindo para um diagnóstico mais precoce.

A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa estão entre as DII mais comuns. A Doença de Crohn se manifesta por uma inflamação crônica do trato gastrointestinal, que pode afetar desde a boca até o ânus³. Já a Retocolite Ulcerativa se manifesta por meio da inflamação do reto e do cólon, podendo ocasionar úlceras4. “São doenças crônicas cujas causas ainda não puderam ser identificadas com precisão, mas fatores genéticos, ambientais, e imunológicos são considerados em diversos estudos”, explica o gastroenterologista Dr. Flavio Steinwurz.

Segundo o especialista, entre os sintomas mais comuns estão diarreias frequentes, urgência em evacuar, dores abdominais, perda de peso e sangramento nas fezes5, o que impacta consideravelmente a qualidade de vida do paciente, principalmente, em atividades consideradas comuns como, por exemplo, trabalhar ou viajar. Ambas são doenças crônicas e podem ser diagnosticadas a partir do histórico clínico compartilhado pelo paciente e exames complementares e de imagem, como a colonoscopia, quando solicitados pelo médico6.

Apesar de não terem cura, tratamentos medicamentosos aliviam os sintomas, fazendo com que o paciente entre em remissão – sem manifestação sintomática. De acordo com o estágio da doença e características do paciente, as terapias utilizadas são medicamentosas e em casos mais graves podem precisar de intervenções cirúrgicas6.


Conscientização

O Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (World IBD Day, em inglês), acontece em 19 de maio. A data foi fixada em 2010, durante a Semana da Doença Digestiva, em San Diego, EUA. Após a escolha, maio ficou definido também como o mês para as ações de conscientização sobre as DII, assim como a fita na cor roxa. Atualmente, o Dia Mundial é coordenado pela Federação Europeia das Associações de Crohn e Retocolite Ulcerativa (EFCCA) e liderado por organizações de pacientes em 38 países espalhados em quatro continentes.

No Brasil, diversas associações se mobilizam durante o mês de maio para promover ações que buscam aumentar o conhecimento da população sobre as doenças. São caminhadas, panfletagens, iluminação de monumentos de diversas cidades ao redor do país, palestras e encontros entre pacientes, médicos e familiares.






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Referências Bibliográficas
1. Burisch J, et al. The epidemiology of inflammatory bowel disease. Scand J Gastroenterol. 2015;50(8):942-51
2. Crohn’s & Colitis Foundation of America [Internet] The facts about Inflammatory Bowel Disease. [cited 2017 May 03]. Available from: http://www.crohnscolitisfoundation.org/assets/pdfs/updatedibdfactbook.pdf
3. Sands BE. From symptom to diagnosis: clinical distinctions among various forms of intestinal inflammation. Gastroenterology. 2004;126(6):1518-32.

Pesquisa na UFSCar oferece tratamento para dor no ombro


Estudo de doutorado busca voluntários para avaliar os melhores exercícios para tratar o problema


O Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está recrutando voluntários para um estudo que compara dois tipos de exercícios aplicados no tratamento da dor no ombro. A pesquisa é realizada no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro, instalado no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade, e o atendimento aos voluntários é gratuito.

O estudo é conduzido pelo doutorando Danilo Harudy Kamonseki, sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do DFisio. O objetivo da pesquisa - "Treino do movimento escapular versus exercícios em indivíduos com dor no ombro: ensaio clínico aleatorizado" - é comparar dois protocolos de exercícios para tratamento de pacientes com dor no ombro. "Os resultados indicarão quais as técnicas mais eficazes para tratar pacientes com o problema", relata Kamonseki.

Podem participar da pesquisa pessoas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 60 anos, índice de massa corporal (IMC) menor que 28 kg/m², e que apresentem dor durante a elevação do braço há três meses, no mínimo. Os participantes não podem ter feito cirurgias ou sofrido fratura na região do ombro.

Os voluntários serão avaliados e receberão um tratamento baseado em exercícios, duas vezes por semana, durante dois meses. Os interessados podem entrar em contato com o pesquisador até o final de maio pelos telefones (16) 3306-6695 e (16) 98184-8229 ou pelo e-mail projetoombro@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 86974318.7.0000.5504).

Conheça o superfungo capaz de causar infecções hospitalares


O dia da Conscientização Nacional do Controle de Infecções hospitalares acontece no dia 15 de maio. Ambientes de saúde, que incluem os laboratórios de análises clínicas, devem estar atento a novas ameaças


Toda infecção adquirida durante a internação em hospitais ou relacionada a algum procedimento realizado no local é considerada uma infecção hospitalar. O termo foi recentemente substituído Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), passando a englobar, também, as infecções provenientes a procedimentos ambulatoriais.
No ano passado, um relatório do Banco Mundial, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que em países de renda alta, pelo menos 7% dos pacientes internados vão adquirir alguma infecção durante a internação hospitalar. Já em países de renda baixa, esse índice sobe para 10%. O documento aponta ainda que as causas mais comuns das infecções são erros de medicação, práticas clínicas inseguras e falta de treinamento de profissionais de saúde.
Neste ano, um novo elemento foi apontado como causa da incidência de infecções hospitalares: os fungos multirresistentes. De acordo com um estudo realizado no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), normalmente, um fungo só afeta pessoas com o sistema imunológico já comprometido. Entretanto, existem algumas outras espécies de fungos que são capazes de infectar, também, pacientes em situações delicadas de internação. Esse é o caso do Candida auris, que foi manchete de várias notícias pelo mundo devido às mortes causadas por ele.
Normalmente encontrado na pele e mucosa das pessoas, este superfungo, até então, não era preocupante. Contudo, segundo uma reportagem divulgada pelo jornal The New York Times, há uma forma mais perigosa se espalhando pelo mundo. Isso porque essa versão de Candida auris é resistente a todas as três classes de substâncias antifúngicas, diferentemente dos outros subtipos desse fungo.
Outro motivo de preocupação para os especialistas é que o superfungo também pode ser facilmente transmitido por diversos materiais hospitalares como estetoscópios, medidor de pressão, macas e termômetros. Nesse contexto, o estudo realizado na USP mostra que as infecções hospitalares causadas pelos fungos multirresistentes devem se tornar cada vez mais comum.

Alerta para hospitais e ambientes de saúde
Embora o superfungo esteja preocupando especialistas, já que muito pouco é sabido sobre esse subtipo, há estudos que apontam a causa da evolução da resistência das espécies aos medicamentos. Durante décadas, profissionais da saúde alertaram sobre a relação do uso excessivo de antibióticos e de sua capacidade de combater infecções bacterianas. O problema relativo ao superfungo pode, portanto, estar ligado ao uso excessivo de antifúngicos.
A pesquisa realizada pela USP aponta que o uso de defensivos agrícolas, com antifúngicos na composição, impactam diretamente na resistência do fungo aos variados tipos de medicamentos que existem no mercado. Outro fator que contribui para o surgimento dos superfungos, segundo o estudo, são mudanças climáticas, já que os fungos tendem a se desenvolver em temperaturas mais elevadas.
Apesar da extensão do problema, a população não precisa entrar em alarde, garante pesquisadores da USP. O superfungo não apresenta riscos para as pessoas no geral. A preocupação maior deve ser para os sistemas de saúde, ambientes hospitalares, clínicas, laboratórios e outros locais que precisam se preparar para lidar com essa nova possibilidade de infecção dentro dos ambientes em que a saúde é o objetivo.


Hospitalar 

Um dos maiores eventos do setor da saúde das Américas, a Feira Hospitalar, acontece entre os dias 21 e 24 de maio. no Expo Center Norte, em São Paulo. A Labtest marca presença na Hospitalar e apresentará seu portfólio de reagentes e equipamentos, como reagentes para diagnóstico in vitro nas linhas de bioquímica, turbidimetria, hematologia, quimioluminescência, aglutinação, uroanálise, testes rápidos, anticoagulantes e veterinária, além dos analisadores automáticos de bioquímica e turbidimetria, analisadores hematológicos com diferencial de 3 e 5 partes para leucócitos, analisador semiautomático para quimioluminescência, analisadores bioquímicos e hematológicos para análises clínicas veterinária.

A Labtest estará no Pavilhão da ABIMO: Pavilhão Azul, rua 2-30, do Centro de Convenções. Para outras informações, acesse aqui

Ninguém deve ser deixado para trás



Conforme afirma o célebre Artigo 196 da Constituição Federal de 1988: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

O Artigo presume um sistema pautado em um modelo que ainda não é utilizado em todo o mundo: a cobertura universal de saúde, que pressupõe que todos os indivíduos e comunidades recebam os serviços de saúde de que precisam, sem que isso comprometa sua situação financeira. Isto inclui todo o espectro de serviços de saúde essenciais e de qualidade.

No Brasil, felizmente adotamos este modelo: o Sistema Único de Saúde (SUS) é público e para todos, sem discriminações. Por um lado, é reconfortante saber que, no país, todas as pessoas – não importa quem sejam, onde moram ou quanto dinheiro têm – podem, em tese, usufruir de um sistema que proporciona acesso universal a este direito fundamental. Por outro, é desesperador ver que, por subfinanciamento, deficiência em planejamento e gestão, o SUS oferece uma assistência insuficiente, especialmente aos pacientes com câncer.

A dificuldade de conseguir um diagnóstico ágil, de cumprir prazos previstos em lei para o início de tratamentos, ou até mesmo de obter acesso a medicações essenciais que deveriam ser distribuídas regularmente, evidencia que o paciente com câncer não se encontra entre as prioridades para o nosso sistema público de saúde.  

A cada ano, 1 bilhão de pessoas em todo o mundo não podem pagar um médico, remédios ou não têm acesso a outros cuidados essenciais sem se colocarem em situação econômica de risco. Por isso, a cobertura universal em saúde se faz necessária: ela salva vidas. A ONU vem trabalhando nesse assunto e identificou a Cobertura de Saúde Universal como uma prioridade máxima para o desenvolvimento sustentável.

O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública de todo o mundo - incontestavelmente, uma conquista inestimável da população. Porém, ele precisa ter seus recursos mais bem administrados, com melhores estratégias, que levem em conta de maneira séria e comprometida também as doenças crônicas.

Não somente no Brasil, mas em outros países do mundo que adotam este modelo de sistema de saúde, como a Inglaterra, a mortalidade por câncer tem aumentado significantemente. Dessa forma, colocar a assistência à doença na dianteira da cobertura universal de saúde é uma urgente necessidade.

Nesta semana aceitei o importante convite para discutir o tema no painel “Além das manchetes: o que será necessário para enfrentar o crescente impacto do câncer?”, que será realizado em Genebra, durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Representar e dar voz aos pacientes com câncer é minha missão, honrosa e desafiadora.

Somente na última década, a incidência do câncer subiu 20% em todo o mundo. O impacto humano da doença é imenso – por ano, cerca de 230 mil mortes acontecem em decorrência de neoplasias só no Brasil. Junto a isso, temos o impacto econômico: segundo estimativa da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o país sofre um prejuízo de US$ 4,6 bilhões anuais por conta disso, o equivalente a R$ 15 bilhões. Esses números nos mostram que o assunto câncer ultrapassa os Ministérios da Saúde e de Justiça (direito constitucional), ele é assunto do Ministério da Economia e Desenvolvimento também.

A cobertura universal também precisa prever tratamento individual e personalizado para essas pessoas. O paciente deve cada vez mais ser visto como um ser humano único, inserido em um contexto singular, que faz com que sua doença seja igualmente singular. Mas para garantir cuidados individualizados, é necessário que o sistema esteja amparado em recursos assegurados e bem administrados e, assim, possa oferecer opções adequadas para que seja feito o tratamento mais eficaz.

Os países que visam adotar esse sistema devem se ancorar em experiências que já acontecem em outros lugares: o próprio SUS, o National Health Service da Inglaterra, e também sistemas de países como Canadá e Suécia.  A cobertura universal de saúde é essencial, porém aprender com os desafios desses modelos é o primeiro passo para propor soluções mais estruturadas. O que sabemos que funciona e o que precisa ser repensado?

O câncer precisa estar na vanguarda da cobertura universal em saúde. Não somente o Brasil, mas o mundo não está preparado para os impactos decorrentes da doença. Lidar com o câncer, é lidar com vidas que dependem de cuidados integrais e efetivos. A essas vidas, precisamos não somente garantir assistência, mas verdadeiramente salvá-las. Ninguém deve ser deixado para trás. 





Maira Caleff -, médica mastologista e presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA)

Cinco doenças vasculares e uma única prevenção



Sofrimento que pode ser precavido com uma única atitude: check-up
As doenças vasculares ou arteriais causam danos em todas as artérias existentes no corpo humano, que têm como função oxigenar as veias. Um assunto ainda pouco abordado por não apresentar sintoma imediato.

Para explicar sobre as doenças vasculares, Dr. Robert Guimarães, cirurgião vascular especialista no assunto, separou cinco enfermidades que englobam uma prevenção em comum: todas podem ser precavidas com um check-up. Confiram abaixo:


1ª – Aneurisma da aorta abdominal: é uma dilatação permanente da artéria aorta, que leva sangue com oxigênio a diversos órgãos e aos membros inferiores (pernas). O aumento do aneurisma é lento e gradual. É uma doença silenciosa que pode levar ao rompimento da parede da artéria, uma complicação mais séria com cerca de 80% de mortalidade. Ocorre de 4 a 6 vezes mais em homens do que em mulheres, por volta dos 65 a 80 anos. Inicialmente, não apresenta sintomas, sendo descoberto durante exames de rotina (check-up); 


2ª – Doença Arterial Periférica Obstrutiva: é uma doença que causa o estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais que são os responsáveis por levar o sangue oxigenado para nutrir os membros, como braços e pernas. Aparece mais comumente nos membros inferiores (pernas), em pessoas acima dos 55 anos. Inicialmente, não apresenta sintomas. Porém, as pessoas que já possuem a doença têm mais chances de ter eventos cardiovasculares ou cerebrovasculares, como, infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral, do que uma pessoa sem a doença, com a mesma idade;


3ª – Insuficiência Venosa Crônica: popularmente chamada de varizes, é uma doença que causa anormalidade nas veias como refluxo, obstrução ou ambos. Geralmente, acomete mais os membros inferiores (pernas). Cerca de 80% da população pode apresentar a forma mais leve da doença, sendo na maioria das vezes, assintomática. O incômodo ocorre mais devido os chamados vasinhos ou as veias superficiais esverdeadas ou azuladas que ficam mais aparentes. Alguns dos fatores que podem colaborar com o aparecimento são obesidade, história familiar, idade e ser do sexo feminino; 


4ª – Trombose Venosa Profunda: é uma doença causada pela coagulação do sangue no interior das veias, que são os vasos sanguíneos que levam o sangue com pouco oxigênio de volta ao coração. As veias mais comumente acometidas são as dos membros inferiores (cerca de 90% dos casos). Inicialmente, pode apresentar poucos sintomas, como inchaço e/ou dor, ou nenhum deles, sendo assintomática. É mais frequente em pessoas que fazem uso de anticoncepcionais ou tratamento de reposição hormonal, tabagismo, presença de varizes, tumores malignos, obesidade ou a história prévia de trombose venosa;


5ª – Pé Diabético: é  o nome que se dá ao conjunto de alterações e/ou complicações nos pés e nos membros inferiores (pernas) de pessoas portadoras de diabetes, tais como, formigamento, perda ou diminuição da sensibilidade nos pés, ressecamento ou feridas na pele com ou sem infecção, alterações da parte óssea do pé, podendo evoluir para amputação. Geralmente, ocorre devido ao mal controle da glicemia e a má circulação do sangue (doença arterial obstrutiva periférica). É importante que haja um acompanhamento médico regularmente para minimizar esses problemas e, se necessário, iniciar um tratamento precoce.

Todas essas doenças possuem uma característica importante para precaução, ao realizar um check-up, o médico especialista pode evitar que a situação se complique com medidas iniciais, como aconselhar uma mudança nos hábitos alimentares, atividades físicas e, caso necessário, receitar uma medicação.
Fica a dica, manter hábitos saudáveis e o acompanhamento médico podem salvar vidas, pois o cuidado tardio muitas vezes é seguido de sofrimento.

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