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segunda-feira, 20 de maio de 2019

LC nº 167/2019 e a EMPRESA (NÃO TÃO) SIMPLES DE CRÉDITO



Como foi amplamente divulgado na mídia, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei Complementar nº 167/2019 que cria as Empresas Simples de Crédito. As ESCs, como estão sendo chamadas, serão empresas comerciais de pequeno porte, que poderão fazer empréstimos, realizar financiamentos e descontar títulos de crédito exclusivamente para pequenos empresários e utilizando apenas recursos próprios.

O espírito da Lei Complementar nº 167, era de que fossem criadas inúmeras Empresas Simples de Crédito, constituídas por pessoas físicas capitalizadas, que ao invés de alocarem seus recursos em diversas outras modalidades de investimento convencional, atuariam no mercado de crédito, por meio da criação de uma empresa que necessita, unicamente, do mero registro de seus atos constitutivos nas Juntas Comerciais, passando a atuar como verdadeiras financeiras, sem a necessidade de qualquer autorização do Banco Central.

Contudo, se a Empresa Simples de Crédito, de fato, é de fácil constituição, a operacionalização dos seus negócios não é tão SIMPLES.

O Artigo 5º da Lei Complementar nº 167, estabelece parâmetros de atuação, alguns muito salutares, mas que retiram a simplicidade do chamado “crédito olho no olho” que foi o norteador da criação das ESCs.

Já em seu inciso II é determinado que as operações de crédito das ESCs formalizem-se em um contrato, por meio de instrumento próprio e cuja cópia deverá ser entregue à contraparte, ou seja, há que se possuir um contrato específico para as operações das ESCs, retirando qualquer possibilidade de uma avença verbal ou informal.

No inciso III observamos a previsão de que a movimentação dos recursos deve ser realizada exclusivamente mediante débito e crédito em contas de depósito de titularidade da ESC e da pessoa jurídica contraparte na operação, ou seja, não estamos mais falando de um crédito destinado a “desbancarizados”, haja vista que a lei determina que os recursos emprestados pela ESC deverão ser depositados em conta de deposito de titularidade do tomador do empréstimo e devem ser originadas de uma conta de depósito, da própria ESC, vedando-se a utilização do dinheiro em espécie ou do cheque para a disponibilização dos recursos mutuados.

Complicando, ainda mais, a empresa que deveria ser simples, temos a disposição prevista no § 3º, que estabelece como condição de validade das operações das ESCs, o registro dessas mesmas operações em entidade registradora autorizada pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários.

As registradoras são IMFs (Infraestruturas do Mercado Financeiro) que exercem a atividade de registro de ativos financeiros, com respectivo armazenamento de suas informações referentes a ativos financeiros não objeto de depósito centralizado, bem como às transações, ônus e gravames a eles relativos.

Ao estabelecer a necessidade do registro das operações das ESCs em Registradoras, a Lei impõe um burocrático e custoso ônus ao crédito que deveria ser prático e simples e com certeza será um elemento dificultador da difusão das operações.

Embora a denominação Empresa Simples possa induzir que sua tributação seguirá a condição diferenciada do chamado SIMPLES NACIONAL,  o Art. 8º. determina que a ESC deverá manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais e transmitir a Escrituração Contábil Digital (ECD) por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), suprimindo a “simplicidade” tributária.

Finalmente, a Lei Complementar 167/2019 alterou o inciso V do artigo 9º da Lei nº 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro), ao incluir as ESCs no rol de modalidades empresariais sujeitas a  mecanismo de controle através do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), sendo obrigadas, portanto, a  adotar políticas, procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de operações, que lhes permitam prevenir e combater a lavagem de dinheiro e manter cadastro atualizado de todos os seus clientes.

Claramente tais dispositivos, muitos inseridos no curso da tramitação da lei, no Congresso Nacional, buscaram dificultar eventual prática criminosa travestida de legalidade e, embora salutares, acabaram por não tornar tão simples a rotina empresarial de uma Empresa Simples de Crédito.

Assim, apesar da meritória intenção dos idealizadores da Empresa Simples de Crédito, entre os quais destaco o denodado empresário Guilherme Afif Domingos, em buscar inserir no mercado de crédito, pessoas físicas capitalizadas e até então fora deste certame, que de forma fácil e rápida poderiam criar uma empresa com permissão legal para realizar empréstimos e outras operações financeiras, tal objetivo se frustrou em parte, diante das formalidades contratuais e contábeis, da necessidade do registro das operações em entidades registradoras, bem como a sujeição às regras relativas à prevenção e combate à lavagem de dinheiro.

Acreditamos, diante da complexidade envolvendo a rotina operacional das Empresas Simples de Crédito que o perfil de empresário que irá aceitar o desafio de ser um Empresário Simples de Crédito será aquele que já atua no chamado “Fomento Comercial” uma atividade extremamente sinérgica com as das ESCs e cujos empresários estão preparados e treinados para vencer os obstáculos burocráticos contidos na Lei Complementar nº 167/2019.





Jose Luis Dias Da Silva - Advogado, Sócio Fundador do Dias da Silva Sociedade de Advogados e Consultor Jurídico da ANFAC – Associação Nacional de Fomento Comercial.


Cristo Redentor é iluminado pela Conscientização da Doença Celíaca



Ação da Acelbra-RJ conta com parceria da campanha Maio Verde


Com o objetivo de informar sobre o impacto da condição celíaca na vida das pessoas e conscientizar sobre o universo gluten free, o Cristo Redentor é iluminado nesta segunda-feira, 20 de maio. A data foi escolhida em razão do projeto de lei para criação do Dia Nacional da Doença Celíaca a ser celebrado nesta data (PL 6666/2016 Câmara dos Deputados).

O monumento recebe a cor verde para alertar pessoas que possam ter a doença celíaca, mas ainda não foram diagnosticadas. A ação acontece através da Acelbra-RJ (Associação dos Celíacos do Brasil) em parceria com a campanha Maio Verde.

“Nossa ação no Cristo Redentor tem o objetivo de dar visibilidade à condição celíaca, muitas vezes com pouca informação. Acreditamos que o resultado desta campanha será muito positivo e atingirá diversas pessoas que ainda não possuem diagnóstico da doença”, afirma Suzane Boyadjian, presidente da Acelbra-RJ.
 

Sobre a doença celíaca

A DC é uma patologia autoimune que provoca inflamação crônica da mucosa do intestino delgado, causada pela ingestão de glúten, em pessoas geneticamente predispostas. Essa inflamação provoca atrofia das vilosidades intestinais, impedindo a absorção de nutrientes.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença celíaca acomete 1 a 2% da população mundial, mas, no Brasil, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) ainda não há uma estatística oficial de casos de diagnóstico.

Sua epidemiologia tem característica análoga a de um “iceberg”, ou seja, existem mais eventos não diagnosticados de forma correta, do que com diagnóstico definido adequadamente. Isso acontece devido à inespecificidade de alguns sintomas.

A doença celíaica pode se manifestar em qualquer idade. Confira os sintomas e sinais mais comuns:
  • Diarreia e/ou Prisão de ventre
  • Distensão abdominal
  • Aftas
  • Vômitos
  • Dor abdominal
  • Dermatite Herpetiforme
  • Depressão
  • Deficiência de vitaminas e minerais
  • Anemia
  • Fadiga Crônica
  • Emagrecimento e falta de apetite
  • Ganho de peso / Obesidade
  • Atraso de crescimento
  • Irritabilidade
  • Osteoporose
  • Manchas nos dentes
  • Infertilidade
  • Abortos de repetição
  • Doenças neurológicas
  • Dor de cabeça
  • Neuropatia periférica
  • Dor articular
  • Queda de cabelo
  • Confusão mental
  • Menopausa precoce

Qual o tratamento?

Atualmente o único tratamento para a DC é seguir uma rigorosa dieta isenta de glúten, livre de contaminação cruzada.



Consequências da DC

Se não for diagnosticada e tratada, a doença celíaca pode matar ou levar a outras complicações, pois existem muitas doenças associadas, inclusive câncer do intestino.



Maio Verde

A campanha Maio Verde chega, em 2019, à sua segunda edição. O projeto foi idealizado pela chefe funcional Renata Macena, portadora da doença, com o apoio da E4, agência focada em nutrição e bem-estar. Unidos pela causa estão médicos, empresas do segmento, organizações e comunidade celíaca.

Neste ano, a campanha acontecerá também em Portugal, através do portal Célia Celíaca, comandado pela ilustradora Eve Ferretti.

Quer saber mais sobre a atuação da Acelbra-RJ e o Maio Verde? Acompanhe os canais de comunicação: 


5 dicas de recolocação no mercado de trabalho

Em um mercado cada vez mais exigente, é fundamental investir no planejamento 


Segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente o desemprego no Brasil atinge 12 milhões de pessoas, sendo que o período médio de espera para o alcance de um novo emprego é de um ano e dois meses. Além de uma economia incerta, as constantes transformações mercadológicas advindas do avanço tecnológico presente na 4ª revolução industrial também são responsáveis por este fenômeno. Diante deste panorama, é necessário permanecer atento a fim de identificar as oportunidades de recolocação no mercado. 

“O ambiente corporativo está cada vez mais exigente. As empresas passaram a diminuir o fluxo de contratações para investir em profissionais multitarefas altamente capacitados. Ou seja, aqueles que seguem em busca de um trabalho tendem a sentir insegurança. Por outro lado, situações como esta pedem calma para conseguir analisar todas as possibilidades e planejamento a fim de estar apto a atingir os objetivos traçados”, afirma Ivan Corrêa, sócio-diretor da Posiciona Educação & Desenvolvimento.

Pensando em incentivar a trajetória de pessoas a procura de um novo cargo, o especialista em desenvolvimento corporativo listou as cinco principais dicas de recolocação no mercado de trabalho.

Confira abaixo:


Defina as prioridades 

Para ter sucesso em uma recolocação, é fundamental traçar os objetivos de carreira a fim de definir as prioridades profissionais e, consequentemente, facilitar o processo de concentrar os esforços em oportunidades adequadas ao perfil do trabalhador. Neste caso, o ideal é refletir sobre a trajetória individual com o intuito de avaliar conquistas, pontos negativos e aprendizagens. 


Seja atrativo

O currículo é a porta de entrada para as organizações. Neste contexto, excelentes profissionais são descartados no processo de recrutamento por apresentarem um conteúdo em desacordo com a oportunidade de emprego. Na prática, o material deve ter um design clean com, no máximo, duas páginas que destacam as experiências mais relevantes para a posição a ser aplicada. Outra sugestão que faz a diferença nesta ação é utilizar palavras-chave capazes de remeterem a vaga. Por fim, é importante atentar-se aos erros gramaticais que podem comprometer a imagem do candidato. 


Alimente um bom networking 

Muitas vezes os profissionais sentem-se envergonhados em assumir aos amigos e conhecidos que estão em busca de uma nova colocação no mercado de trabalho. Contudo, é justamente esta iniciativa que pode render-lhes as primeiras oportunidades. Logo, é imprescindível alimentar uma rede de relacionamentos por meio de telefonemas e encontros descontraídos com pessoas inseridas em ambientes de interesse do profissional. 


Atualize-se

A habilidade de aprendizagem contínua é uma exigência para qualquer pessoa (com emprego ou não), pois é um meio de continuar em alinhamento com as últimas novidades do mercado. Neste sentido, é possível usar o tempo livre para dedicar-se a participação em workshops, cursos, palestras e eventos da área de interesse. No final das contas, o comportamento demonstra que mesmo sem um emprego formal o profissional tem dedicação e está disposto a abrir-se ao aprendizado. 


Abra a mente 

Os serviços fixos nem sempre são tão fáceis de encontrar. Por esta razão, é imprescindível abrir a mente para saídas alternativas como é o caso das vagas temporárias. Antigamente, esta espécie de emprego era de exclusividade dos períodos sazonais. Mas, hoje em dia acontecem com maior frequência devido aos projetos pontuais das empresas. Entre os benefícios deste trabalho encontram-se: possibilidade de contratação, oportunidades futuras, ampliação de networking e impulsionamento do portfólio.



www.posiciona.com.br

Incêndios em monumentos alertam para falhas em instalações elétricas

 Conformidade, periodicidade e contratação de profissionais adequados mantêm a segurança nas instalações elétricas
Crédito: divulgação


Falta de manutenção e projetos elétricos mal realizados estão entre as principais causas de incêndios e choques elétricos


Em 2018, em média, 15 pessoas foram internadas por hora no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência de choques elétricos - muitos deles provocados por instalações mal feitas. Esse número de casos dobrou nos últimos dez anos no país.

Trabalhar ou fazer instalações elétricas sem conhecimento técnico pode ser perigoso, em muitos casos levando o trabalhador a óbito ou provocando incêndios de grandes proporções, como no caso do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro. Ambos foram provocados por falhas nas instalações elétricas. Recentemente, e ainda sob investigação, a Catedral de Notre-Dame na França sofreu severos danos após um incêndio de mais de 12 horas de duração.

De acordo com a engenheira de Segurança do Trabalho do Grupo A.Yoshii, Larissa Furtado Chionpato, instalações elétricas com dimensionamento inadequado e falta de manutenção estão entre as principais causas de incêndios. “A periodicidade da manutenção deve ser adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve ser tanto menor quanto maior a complexidade da instalação, levando em consideração a quantidade e diversidade de equipamentos, sua importância para as atividades desenvolvidas no local e a severidade das influências externas a que estará sujeita”, ressalta.

Para saber se existe algum problema no sistema elétrico, Larissa explica que é importante observar pelo menos cinco pontos:

1º - se existe superaquecimento de fios elétricos ou tomadas;

2º - o disjuntor desarma no quadro elétrico quando ao ligar um chuveiro, por exemplo;

3º - lâmpadas enfraquecendo quando ao ligar o chuveiro elétrico;

4º - fiações desencapadas/expostas;

5º - ausência de aterramento adequado;


Cuidados

Todas as edificações devem sempre ter suas instalações elétricas e sistemas de proteção executados em conformidade com as prescrições das normas brasileiras oficiais, e as normas da concessionária de serviços locais. Por isso a importância de contratar sempre um profissional legalmente habilitado na área de elétrica para elaboração de projeto.

Segundo a engenheira, em alguns casos, a Norma ABNT NBR 5410 estabelece a obrigatoriedade do uso de dispositivo DR (diferencial-residual de alta sensibilidade) como proteção adicional contra choques elétricos, como nos casos de:

- circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;

- circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;

- circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;

- circuitos que, em locais de habitação ou em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.

Outro cuidado importante a ser observado é ao adquirir, instalar ou utilizar um novo equipamento elétrico. Nesses, casos é importante verificar sempre se o equipamento não irá sobrecarregar o circuito. Quando faltam tomadas em uma edificação, cuidado também com o uso de T ou réguas de tomadas.

“As tomadas são projetadas para uma corrente específica. Com o uso de T ou régua de tomadas para ligar vários equipamentos em um mesmo ponto, a corrente irá aumentar, podendo ocasionar um superaquecimento”, explica Larissa.




Grupo A.Yoshii

Você conhece seu consumidor 60+?


Nos últimos anos marcas, produtos, serviços e empresas de todas as áreas, buscam desvendar o comportamento dos millennials (nascidos entre o início dos anos 80 e meados dos anos 90) e mais recentemente da Geração Z (nascidos entre meados dos anos 90 e 2009). Enquanto isso, a Geração X (nascidos em meados dos anos 60 e início dos anos 80) e os Babies Boomers (nascidos entre 1945 e meados dos anos 60) estão se sentindo invisíveis, segundo estudo realizado pela consultoria Hype60+, uma consultoria de marketing especializada no consumidor sênior. O que é um erro, já que eles são os maiores detentores da renda, sendo que mais de 63% deles ainda são os provedores da família. 

Esqueça tudo o que você imagina sobre os maduros. Acredite, eles não estão em casa assistindo a programas de culinária ou novelas, muito menos jogando dominó. Em março, a consultoria realizou uma pesquisa bastante abrangente, considerada a maior já feita no Brasil sobre a chamada Economia Prateada, envolvendo quase 2.500 pessoas acima dos 60 anos. O título do estudo é Tsunami60+ e nela, a maioria dos pesquisados declarou estar bem de saúde física e mental, muitos ainda trabalham, além de serem bem ativos no dia a dia. Passeiam, namoram e navegam com cada vez mais facilidade na internet, inclusive, muitos são superativos em redes sociais como Facebook e WhatsApp, entre outras plataformas, como games.  


Geração economicamente ativa!

Mas, você ainda não se convenceu do potencial dessa faixa etária? Então, veja isso: a economia prateada, como são chamados, é considerada a terceira maior atividade econômica do mundo, indústria que movimenta US$ 7,1 tri anuais. Nos EUA, esse segmento já representa mais de 25% do consumo e no Brasil, o público maduro movimenta cerca de R$ 1,6 tri ao ano. 

De acordo com o grupo financeiro multinacional Goldman Sachs, se comparado aos mais jovens – como os millennials e os da geração Z – o consumo dos 60+ cresceu três vezes mais rápido nos últimos dez anos, mas, ainda assim, 63% dos negócios não posicionam este público como alvo de suas estratégias, o que pode ser contraditório, pois apesar de essa indústria movimentar a economia, ainda existem poucos produtos e serviços que sejam desenvolvidos e pensados na perspectiva das pessoas mais velhas. E, por vezes, consomem produtos que são mais ou menos adequados.  


De frente com o seu público

Se na oferta de produtos falta atenção a este público, nos aspectos de atendimento e relacionamento com este consumidor, além da pouca atenção, as empresas também estão perdidas nas estratégias. É preciso urgentemente que as marcas tenham empatia. Só isso poderá alinhar as estratégias. Ainda no estudo Tsunami60+, a empatia tem o poder de curar relacionamentos desfeitos, derrubar preconceitos, nos fazer pensar em nossas ambições e até mesmo mudar o mundo.

Segundo o CEO da Mindbe, empresa referência em tecnologia e design de serviço em atendimento, Julio Moretti, os 60+ ainda são uma novidade para o mercado, e com grandes oportunidades, basta apenas as empresas entenderem as novas necessidades desse público mais maduro. Nas propagandas, uma simples imagem de pessoas reais que não sejam estereótipos já aproxima o público da marca. A pesquisa feita pela Hype60+ comprovou que eles não se sentem representados em comerciais. No atendimento, processos bem desenhados e treinamentos específicos para as equipes vão criar diferencial ao lidar com esse público e certamente podem colocar uma empresa um passo a frente da concorrência. Uma dica: dê protagonismo a eles! Não faça propagandas com pessoas jovens ajudando um idoso a usar o celular, por exemplo. E nas interações, ouça mais esse público e crie fluxos especiais para atendê-los. 

Outro ponto importante revelado no estudo diz respeito ao UX, ou Experiência do Usuário, em português. No design dos produtos e dos serviços, para eles, menos é mais. Se sua empresa oferece aplicativos e interfaces digitais de atendimento, use letras maiores, cores fortes e com contraste para facilitar a leitura do público 60+. Se você tem um e-commerce, encurte o número de cliques e o fluxo de venda para ter mais conversão desse consumidor.  

Você pode estar achando exagero falar de aplicativos e e-commerce para essa turma, mas as pesquisas dizem o contrário. O Tsunami60+ comprovou que eles estão na internet, principalmente nas redes sociais como Facebook e no Whatsapp. O público maduro é digital e quem ainda não se atentou para isso muito provavelmente está perdendo vendas. E se isso não te impressiona, saiba também que em um estudo sobre os Babies Boomers, feito pela U.S. News & World Report, apontou que 72% dos chamados novos idosos já realizaram ao menos uma compra online, enquanto 83% deles já pesquisaram um produto na internet antes de realizar uma compra offline.

A conclusão mais óbvia disso tudo é que as empresas estarão perdendo grandes oportunidades se simplesmente incluírem o público 60+ como uma fatia a mais na quantidade do seu público-alvo. Esse consumidor deve ser uma Persona em suas estratégias de negócio, e isso vale especialmente para os SAC das empresas. Por isso a consultoria em design de atendimento é tão importante, para, entre outras coisas, desenhar a forma certa de falar com cada público.





Mindbe
www.mindbe.com.br

Mudanças legais e atualizações no CNA contribuem para aumento das adoções


A legislação que rege a adoção no Brasil passou por modificações nos últimos anos, com o objetivo de dar celeridade ao processo – desde a habilitação ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA) até sua efetivação -, mas sem perder a segurança jurídica. As mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aplicaram o prazo de 120 dias para a habilitação de pretendentes; destituição do poder familiar, colocando as crianças para disponibilidade no cadastro de adoção; e da adoção efetiva.

Em 2009, a Lei n. 12.010, conhecida como “Lei da Adoção”, retirou a regulamentação do Código Civil, passando o tema para o escopo do ECA. Já em 2017, a Lei n. 13.509 modificou o Estatuto, reduzindo prazos e reforçando o instituto da adoção dentro do sistema e da proteção jurídica.

O advogado Hugo Damasceno Teles, representante da ONG Aconchego, de Brasília/DF, e da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), disse que os debates para a reforma das regras de adoção no Brasil começaram no Ministério da Justiça, no final de 2016, voltados para a otimização e desburocratização dos procedimentos existentes. Contudo, apesar de ter realizado uma consulta pública sobre a questão, o projeto de lei oriundo do trabalho do ministério não seguiu em frente.

No início de 2017, o deputado federal Augusto Coutinho (SD-PE) dirigiu os debates na Câmara dos Deputados, recebendo propostas da sociedade civil. A partir disso, o projeto deu origem à Lei n. 13.509/2017, cuja finalidade era otimizar e desburocratizar todas as etapas do processo de adoção. O ECA também reforçou os mecanismos alternativos de efetivação de direitos desenvolvidos pelos Grupos de Apoio à Adoção (GAA), como o apadrinhamento afetivo e o acolhimento familiar, além de tornar os grupos parceiros de todo o sistema de defesa da infância e juventude.

Teles defendeu a importância da redução dos prazos, especialmente para as crianças que esperam por uma família. “Um dos maiores problemas anteriores à Lei n. 13.509/2017 era a falta de um limite temporal objetivo para que as crianças que viviam em abrigos tivessem a sua situação definida pelo Estado. A maior parte das crianças institucionalizadas não está disponível para adoção nem se encontra na família de origem, pois estão abrigadas. Hoje, há prazos para que essa definição ocorra”, ressaltou. O ideal, explica o advogado, é que haja condições de retorno aos lares anteriores. “Se isso não for possível, é importantíssimo que se conclua de modo célere e seguro, para que oportunidades de adoção não se percam”, disse.

Dificuldades

O juiz Elio Braz Mendes, da 2ª Vara da infância e Juventude de Recife (PE) disse que as mudanças na lei foram positivas, pois forçaram a celeridade procedimental. “Para cumprir os prazos, é preciso que o magistrado mude o fluxo da ação, para acelerar o processo. Não há burocracia. Há procedimentos seguros”, afirmou. Ele reconheceu, porém, que falta reforçar a estrutura de pessoal das varas de infância e da juventude (VIJ), como está previsto na Resolução 53/2008 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), realizando concursos para as áreas especializadas, como psicólogos e assistentes sociais. A defasagem de servidores tornou-se um impeditivo para o cumprimento dos prazos.

No Distrito Federal, por exemplo, o tempo de espera para a habilitação das famílias é de oito a 14 meses, período muito acima do previsto pelo ECA. “Há uma disposição do Judiciário para aplicar a lei e dar celeridade à tramitação prioritária de crianças. Mas é preciso ampliar os recursos humanos, principalmente, nos contextos funcionais das VIJs no país”, disse o supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta (SEFAM/VIJ-DF), Walter Gomes.
Para atender essa demanda, o Fórum Nacional da Infância e Juventude (Foninj), coordenado pelo CNJ, está fazendo um levantamento sobre o funcionamento das coordenadorias da infância e da juventude (CIJ) em todo o país, por meio de questionários enviados aos Tribunais de Justiça. A partir do mapeamento das condições e estrutura de funcionamento desses setores, o Fórum vai propor medidas administrativas e melhorias para o aparelhamento das CIJ.

Segundo o coordenador do Foninj, conselheiro Luciano Frota, o diagnóstico sobre o funcionamento das coordenadorias, criadas pela Resolução CNJ n. 94/2009, vai apontar se elas existem, se estão funcionando e se contam com uma estrutura suficiente para desenvolverem suas atividades, principalmente no tocante à equipe multiprofissional. “Nós temos pressa para que isso aconteça, porque o problema relacionado à infância e juventude não pode esperar. Queremos que tudo isso seja resolvido ainda este ano. Isso é a base do Foninj. É a partir disso que conseguiremos incrementar as atividades do Fórum, a partir do CNJ, mas de forma descentralizada com as CIJs de todos os Estados. Estamos esperançosos”, ressaltou o conselheiro.

O CNJ também está aplicando as ações do Pacto Nacional da Primeira Infância, que é um instrumento para fazer as estruturas voltadas para a infância funcionarem adequadamente, propondo proteção integral às crianças de até 6 anos. O objetivo do Pacto é sensibilizar sobre a importância da primeira infância e a disseminação de informações sobre o marco legal. Estão previstos, para tanto, a realização de premiações de boas práticas, além de trabalhar a capacitação dos atores da Justiça, serão realizados seminários regionais e um nacional para tratar do tema. O primeiro seminário regional acontecerá no dia 25 de junho, em Brasília, como fruto do projeto “Justiça Começa na Infância: fortalecendo a atuação do sistema de justiça na promoção de direitos para o desenvolvimento humano integral”.

Aumento de adoções

O tempo de espera de quem está aguardando uma criança para adotar depende também do tipo de perfil que a família definiu no formulário de habilitação. Quanto menor a exigência – de cor, idade, ou se aceita grupos de irmãos, por exemplo –, mais rápido é possível completar o processo. Em Pernambuco, as famílias que se habilitam para crianças mais velhas, acima de 12 anos, têm o processo da adoção concluído em 48h. “Não temos crianças abaixo de 12 anos no Cadastro de Adoção do Estado. Em média, 300 famílias participam de nosso encontro de pretendentes, por ano”, explicou o juiz Élio Braz.

No DF, segundo dados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), foram adotadas 91 crianças e adolescentes, em 2018, contra 82, no ano anterior. Além disso, foi verificado crescimento expressivo na adoção de grupos de irmãos – de 13, em 2017, para 18, em 2018 – e de adolescentes – de dois para oito –, no mesmo período. Para o supervisor da SEFAM/VIJ-DF, os novos números da adoção no Brasil já refletem uma mudança gradativa no perfil clássico da adoção, em que a preferência dos adotantes recai em crianças recém-nascidas, saudáveis e sem irmãos. Walter Gomes acredita que esse ainda é o perfil majoritário, mas já é possível perceber mudanças, ampliando a representação da criança esperada.

Esse resultado, para ele, é fruto de uma série de fatores, como as mudanças na lei; a atuação dos Grupos de Apoio à Adoção; as campanhas realizadas pelos tribunais. Em Busca de um Lar é um projeto do TJDFT que apresenta as crianças como protagonistas da adoção, a exemplo do que também vem sendo feito pelos tribunais de Justiça de Pernambuco, de São Paulo, do Paraná, do Espírito Santo, do Mato Grosso, de Santa Catarina e de Rondônia; e as atualização no CNA.

Para o corregedor nacional de Justiça do CNJ, ministro Humberto Martins, a evolução do CNA reflete as mudanças da própria sociedade e da política pública do sistema de justiça, porque a criança passa a ser o foco, uma vez que se busca uma família para a criança e não mais uma criança para uma família. Uma nova versão do cadastro está sendo formatada a partir de propostas feitas pelos magistrados e pela sociedade, buscando ser uma ferramenta célere e operacional, mas com transparência e legitimidade. As atualizações no CNA trouxeram a inclusão, no mesmo banco de dados, dos cadastros de acolhimento e de adoção, o histórico das crianças de todo o Brasil e, assim, com mais precisão, os juízes, os tribunais e o próprio CNJ passam a ter dados sobre o perfil de crianças e adolescentes que estão acolhidos. “Dessa forma, pode-se desenvolver projetos e, no futuro, políticas de adoção direcionadas a um público específico, como já vem acontecendo, com muito mais eficiência, em alguns estados”, explicou o corregedor.



Lenir Camimura Herculano
Agência CNJ de Notícias

A nova morfologia do trabalho: Da uberização à ciberescravidão



É claro que o Uber facilita a vida das pessoas. E disso ninguém duvida. Principalmente em dias chuvosos, no horário de pico, quando nenhum táxi passa por perto. A plataforma de mobilidade realmente funciona e está empregando um grande número de pessoas, até então desempregados.

Contudo, tudo tem dois lados e é necessário um enfoque mais profundo para entender a morfologia do trabalho atual. O ofício está sendo corroído por um tripé destrutivo, em que predomina a precarização, a informalidade e a escravidão tecnológica. Além disso, é fluido e impalpável. O mundo já reconhece o conceito de intermitência global, e outras novas definições relacionadas aos modos de trabalho que surgem numa velocidade ímpar.

A globalização da tecnologia criou infinitas possibilidades e uma série de benefícios. Nesse cenário, é possível que as pessoas trabalhem apenas com o suporte do celular, mesmo sem um escritório, contrato ou jornadas fixas. É o caso dos escravos digitais chineses e os infoproletários italianos, por exemplo.
Em Tóquio, o capitalismo fordista japonês, que tanto serviu de inspiração para os países ocidentais, produziu uma legião de jovens, que vivem e trabalham nos cybers cafés, denominados cyber-refugiados.

Outro exemplo, é a multinacional norte-americana Apple, que terceiriza seus serviços para a Ásia. A fabricante de componentes eletrônicos Foxconn, na China, tem sua produção baseada em contratos com outras empresas de tecnologia e entre seus produtos mais famosos estão os hardwares da Apple. No entanto, a empresa adota um padrão chinês de exploração que chega próximo da escravidão, em que não podem parar o serviço nem para ir ao banheiro, fora os castigos surreais, que no Brasil são catalogados como crimes contra a ordem do trabalho.

Neste desenho contemporâneo, temos um mercado completamente informal, precário, volátil, fluido, intermitente e digital, que vem sendo desmaterializado em escala global. A uberização é uma dessas formas, em que o trabalho é marcado pela informalidade, flexibilidade, intermitência e terceirização, e o que antes havia sido “walmartirizado”, a modo Walmart de ser, agora vem também sendo uberizado. E mesmo assim, os trabalhadores continuam obrigados a cumprir regras e metas, impostas frequentemente através de dinâmicas alienantes e práticas de assédio.

O sociólogo Ricardo Antunes registrou em seu livro, “O privilégio da servidão”, que em 2017, os assédios que ocorreram na empresa Uber assumiram uma dimensão tão grave, que levaram à demissão de seu CEO, envolvido em práticas escusas que se repetem em muitas empresas globais. Na ocasião, a justiça britânica reconheceu a “burla” neste tipo de serviços, obrigando as empresas estenderem aos trabalhadores, os direitos trabalhistas vigentes.

Dito isso, é evidente que essas mutações são fortemente destrutivas em relação ao mundo do trabalho, e que o ideário empresarial precisa ser amenizado e humanizado. Ainda bem que me restou uma mesa, uma caneta e um bloquinho de notas.




Maria Inês Vasconcelos - Advogada trabalhista, palestrante, pesquisadora e escritora


Brasil é o País com mais usuários atacados por mensagens de phishing


De acordo com relatório da Kaspersky Lab, a procura por emprego pode ter colocado muitos pessoas como alvo de esquema sofisticado de roubo de dinheiro 

Especialistas da Kaspersky Lab detectaram no primeiro trimestre de 2019 um surto de spams sofisticados oferecendo falsas ofertas de emprego que supostamente vinham de recrutadores de grandes corporações, um tema que sempre atrai muito interesse. Claro que o objetivo final era instalar malware para roubar dinheiro da vítima.

Os e-mails de spam usam a engenharia social, como promoções ou manipulação psicológica para disseminar malware e, frequentemente eles são subestimados. Para rastrear essas ameaças, os pesquisadores da Kaspersky Lab usam os chamados honeypots, ‘armadilhas’ virtuais capazes de detectar e-mails maliciosos e pegar os cibercriminosos. Nessa operação específica, eles rastrearam fraudadores que tentavam enganar pessoas descuidadas em busca de emprego.

A análise detalhada está no novo relatório Spam e phishing no primeiro trimestre de 2019 e mostra que os destinatários dos spams receberam uma oferta tentadora de emprego de uma grande empresa. A mensagem convidava a vítima a entrar em um sistema gratuito de busca de vagas e solicitava a instalação de um aplicativo para dar acesso ao banco de dados de empregos. Para fazer a instalação parecer confiável, os atacantes associaram a ele uma janela pop-up com as palavras “DDoS Protection” e uma mensagem falsa indicando que o usuário estava sendo redirecionado para o site de uma das maiores agências de recrutamento.
Na verdade, as vítimas eram redirecionadas para um servidor na nuvem onde fariam o download de um instalador malicioso que parecia um arquivo do Word. Sua função era instalar no computador da vítima o trojan bancário Gozi, um  malware bastante usado em roubos financeiros. A Kaspersky Lab detecta-o como Trojan-Banker.Win32.Gozi.bqr.

“Muitas vezes, vemos remetentes de spam usando nomes de empresas conhecidas, pois isso contribui para o sucesso de seus negócios fraudulentos e para ganhar a confiança das pessoas. Marcas com uma reputação sólida podem se tornar vítimas de fraudadores que se passam por elas e atraem usuários inocentes para baixar um arquivo malicioso em seus computadores. Era preciso verificar erros no endereço de e-mail para suspeitar que a oferta de trabalho não era autêntica”, explica Maria Vergelis, pesquisadora de segurança da Kaspersky Lab. 


Para evitar ser vítima de spam malicioso, é recomendado que os usuários:


•    Sempre verifique o endereço do site para onde foi redirecionado, endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos antes de clicar neles, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink;

•    Não clique em links contidos em e-mails, SMSs, mensagens instantâneas ou postagens em mídias sociais vindos de pessoas ou organizações desconhecidos, que têm endereços suspeitos ou estranhos. Verifiquem se eles são legítimos e se começam com ‘https’ sempre que solicitam informações pessoais ou financeiras;

•    Se não tiver certeza de que o site da empresa é real e seguro, não insira informações pessoais;

•    Verifique no site oficial da empresa se há vagas em aberto correspondentes a suas qualificações profissionais;

•    Entre em contato com a empresa por telefone para garantir que a oferta de emprego é verdadeira;

•    Procure possíveis erros nas ofertas de trabalho, verificando com atenção o nome da empresa ou o título e as responsabilidades do cargo;

•    Use soluções de segurança confiáveis para ter uma proteção em tempo real para ameaças emergentes, como o Kaspersky Total Security.



Outras conclusões do relatório incluem:

Phishing:

•    No primeiro trimestre de 2019, a tecnologia antiphishing da Kaspersky Lab evitou 111.832.308 tentativas de direcionar os usuários para sites fraudulentos. Isso representa um aumento de 24% em comparação com o número do primeiro trimestre de 2018, que foi de 90.245.060 tentativas;


•    O setor bancário tornou-se o principal alvo, seguido sistemas de pagamento e portais globais na internet;

•    O Brasil foi o país que teve a maior parcela dos usuários atacados por golpes de phishing no primeiro trimestre de 2019 (22%, em comparação com 19% no primeiro trimestre de 2018). Depois dele, ficaram Áustria (17%) e Espanha (17%);

Spam:
•    No primeiro trimestre de 2019, o pico do número de spams ocorreu em março (56,3%). A participação média do spam no tráfego de e-mail mundial foi de 56%, porcentagem 4% superior do que no primeiro trimestre de 2018;

•    A China (16%) foi a maior fonte de spam, seguida dos Estados Unidos (13%) e da Rússia (7%);

•    O país mais visado por envios de e-mails maliciosos foi a Alemanha, com 12%. O Vietnã ficou em segundo lugar, com 6%, seguido pela Rússia (5%);
Leia a versão completa do relatório em Securelist.com.





Kaspersky Lab

Advogado alerta para investimento em criptomoedas


Divulgação

Moeda registrou forte queda na última semana. Segundo o advogado Carlos Magno os altos valores de mercado são "pura especulação".


Na última sexta-feira o Bitcoin, mais famosa entre as criptomoedas, sofreu uma queda de U$1.500 em seu valor de mercado, sendo comercializado abaixo dos U$7.000. As informações são do site especializado Portal do Bitcoin que informa uma queda de U$7.800 para U$6.178 na Bitsmap, empresa de câmbio de bitcoins. A queda representa uma variação de 20,79% em relação ao valor cotado no início do dia.

Considerada por especialistas e entusiastas do mercado financeiro como “o dinheiro do futuro” as moedas virtuais tornaram-se, nos últimos dois anos, uma das ações preferidas para investimento. Seja conhecedor do mercado financeiro ou leigo no assunto, o perfil dos “investidores” dessas moedas é aleatório, como sua variação no mercado.

O Bitcoin, a mais famosa entre elas, data de 2009. Um chinês, ou um grupo – como também se especula, identificado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto teria criado a “primeira moeda digital descentralizada”, ou seja, sem controle do Banco Central e dos órgãos reguladores da economia. Nos últimos dois anos registrou aumentos consideráveis e criou uma legião de fãs, admiradores e críticos. A cotação do último sábado, também de acordo com o Portal do Bitcoin, registrou a moeda valendo U$7.395,66 (6,08% abaixo do registrado na manhã de sexta-feira), equivalente a R$ 30.851,79.

O advogado Carlos Magno, conhecido nas redes sociais como @direitocomcarlos, foi questionado sobre investimentos em moedas virtuais. Carlos, que também é empreendedor, compartilha além de conteúdos jurídicos, informações sobre suas operações com os investimentos. Nos materiais divulgados são abordados, de maneira clara para os seguidores, ativos perenes e rentáveis para aplicação de recursos, técnicas para avaliar e gerenciar os riscos e rendimentos, além de responder dúvidas dos internautas.

Magno inicia a discussão abordando a primeira brecha em manter altos investimentos nesse modelo de moedas, a existência apenas em meios virtuais e a não aplicação prática da moeda: “todas as moedas possuem uma parcela de valor intrínseca e extrínseca. A parcela intrínseca é algo palpável, tangível, com um valor físico. Já a extrínseca é algo especulativo e subjetivo, dependente de questões políticas, qualidades e vantagens que a moeda agrega. Podemos usar, como exemplo da parte extrínseca, o Dólar. Quando ele deprecia ou valoriza, o que mudou não foi a parte intrínseca e sim a parte extrínseca - o valor subjetivo. O advogado ainda complementa: “A maior parte das Criptomoedas, como o Bitcoin, não tem valor intrínseco (lastro ou produtos que garantem um dinheiro real).

O Brasil ainda não possui uma regulamentação para a moeda. O fato de não existir a manutenção em relação aos criptoativos é mais um fator de risco apontado por Carlos para não aplicar grandes quantias nesse modelo: “não há nenhuma regulamentação oficial para esse tipo de movimentação financeira, o que não assegura o cidadão em nenhuma transação envolvendo essas moedas. É literalmente trocar dinheiro real, tangível e regulamentado por algo especulativo e sem garantias.”.

Recentemente o senador Flávio Arns (Rede-PR) enviou um requerimento ao Senado Federal para que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, CCT, realize uma audiência pública para a discussão da importância da regularização do mercado de criptomoedas no Brasil. O senador justifica o pedido alegando que a “falta de regulamentação e fiscalização desse setor representa sérios riscos aos consumidores e à higidez da ordem econômico-financeira, diante da possibilidade de uso de tais ativos virtuais para o financiamento de atividades ilegais diversas, tais como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e tráfico de entorpecentes, ou mesmo para a obtenção de ganhos ilícitos em detrimento da coletividade, como a criação de pirâmides financeiras e outros mecanismos fraudulentos”.

Questionado sobre a variedade de criptomoedas Carlos sinaliza para a perda de popularidade desses ativos. Sem a previsibilidade de qual moeda será usada no futuro (cogita-se a existência de mais de 5 mil criptomoedas), as com menor uso podem chegar ao valor zero: “no cenário em que venham a cair em desuso você pode perder uma quantidade significativa de dinheiro caso não faça um gerenciamento de risco”.

Por fim Carlos Magno sugere que os principiantes, entusiastas ou os que desejam buscar informações sólidas e seguras sobre investimentos, busquem por um Assessor de Investimentos para avaliações, sugestões de investimentos e outras dicas sobre o mercado. “é difícil acompanhar o mercado e tomar decisões 100% sozinho. Hoje, meu amigo Lucas Canavarro me auxilia na assessoria. Além dos conhecimentos que obtive, ao longo do tempo, conto com uma segunda visão sobre o mercado.”.





Carlos Magno - Advogado e Empreendedor. Na internet, mantém mais de 290 mil seguidores nas Redes Sociais (Facebook, Instagram e YouTube) @direitocomcarlos onde dá dicas para os colegas de profissão sobre Conhecimento Jurídico, Desenvolvimento Pessoal, Marketing Digital e Investimentos. 


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