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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

4 dicas para a tosa do seu cão nesse verão


Especialista em banho e tosa da ComportPet Rafael Oliveira dá dicas para os tutores deixarem seus pets fresquinhos na estação mais quente do ano, sem prejudicar a saúde e o bem-estar dos bichinhos

 Créditos: Envato Elements


Durante o verão, é comum as pessoas procurarem alguma maneira para se refrescarem e se protegerem do sol e das temperaturas intensas da estação. Da mesma forma, os cachorros também necessitam de  cuidados especiais e de maior atenção por parte de seus tutores durante esse período do ano, já que não conseguem se comunicar verbalmente com eles.

A forma mais eficiente que os cães encontram para se refrescar é através da respiração, uma vez que eles não têm muitas glândulas sudoríparas e não conseguem fazer isso através do suor. Assim como a respiração, a pelagem dos bichinhos ajuda a equilibrar a temperatura corporal deles. Por isso, é necessário que os tutores conheçam todos os cuidados na hora da tosa do seu “melhor amigo”, principalmente nessa estação, na qual as tosas costumam ser mais frequentes.

O especialista em banho e tosa da ComportPet Rafael Oliveira explica a importância de manter a pelagem mais curta nesse período: “Assim como intensificar os banhos, a tosa ajuda não só no controle do calor excessivo do animal, mas também no combate às pulgas e feridas causadas pelas altas temperaturas e pela umidade elevada”, comenta o especialista.

Porém, é necessário que os tutores tenham muito cuidado na hora da tosar seus cachorros, a fim de que não a façam de maneira inadequada, colocando a saúde deles em risco.

O especialista dá algumas recomendações para a hora de tosar o cãozinho:


Fique atento às particularidades de cada raça

A tosa facilita muito a manter a higiene do seu cão, especialmente no verão. Porém, é importante que os tutores saibam as peculiaridades de cada raça, para que não prejudiquem o seu bichinho na tentativa de refrescá-lo das altas temperaturas.

Já para os cães da raça Golden Retriever, a tosa recomendada é a conhecida como “trimming”, que se baseia na retirada de excessos de pelos no dorso, aparação dos pêlos das patas, parte traseira, orelhas e tosa higiênica, sendo um trabalho manual e minucioso, que pode levar horas para ser realizado. “Esse tipo de tosa é recomendada para os Goldens em qualquer época do ano, mas no verão vale deixar sempre a tosa em dia, devido ao calor”, recomenda o especialista.

Outras raças que se beneficiam com a tosa, principalmente no verão, são os das raças Poodle, Lhasa Apso, Shih Tzu, Schnauzer, Maltês, Cocker Spaniel e Yorkshire. “Eles têm pelagem longa, e durante o verão podem se molhar e se sujar com mais frequência, causando mau cheiro e dermatites”, explica Oliveira.

Em contrapartida, existem raças que não devem ser tosadas nesse período do ano, pois há riscos de o crescimento normal dos pêlos ser prejudicado. “É o caso de raças como Lulu da Pomerânia, Shiba, Akita e Chow Chow, que perdem naturalmente parte da pelagem nessa época do ano para sentirem menos calor”, comenta o especialista.


Somente a tosa não é eficiente para alívio do calor

Quando tosados no verão, os cães se sentem muito mais felizes, dispostos e animados. Mas, apesar de proporcionar conforto, somente a tosa não é eficiente para aliviar o calor de seu pet.

“Independente de estar tosado ou não, o cãozinho deve ter seus pelos sempre escovados, para eliminar pêlos mortos, e ser mantido em lugares com sombra para se protegerem da exposição ao sol, além de água em abundância, sempre fresca. Nesse período, inclusive, pedras de gelo na água são muito bem-vindas”, explica o tosador.

Outro cuidado importante é disponibilizar um tapete gelado ou superfície mais fresquinha na qual o cão possa se deitar e se refrescar.


Cão que tem medo da tosa

Alguns cães podem ficar assustados na hora da tosa, por diversos motivos: ser manipulado por alguém que não conhece, barulho da máquina de tosa, ou simplesmente por estar em um ambiente desconhecido.

Para esses casos, o profissional indica que o tutor tente acostumar o cão ao local e à tosa aos poucos. “Oferecer petiscos ou brinquedos antes e depois da tosa pode ajudar o cão a associar aquele momento a algo positivo. Outra dica é escolher um local e um profissional de confiança e levar o animal sempre ao mesmo local. Dessa forma, ele não ficará estressado a cada vez que chegar em um lugar novo para ser tosado”, indica Oliveira.


Na dúvida, consulte sempre um profissional

Conforme já citado, cada raça possui a sua individualidade em relação à tosa. Então, caso surja qualquer tipo de dúvida em relação ao assunto, a melhor opção é consultar um especialista.

“O veterinário pode fornecer dicas a respeito da pelagem de seu cãozinho. Além dele, o profissional de tosa e banho da clínica ou do pet shop também é preparado para saber quais raças devem manter a pelagem mais longa ou mais curta, se a tosa durante o período deve realmente ser feita ou não, e qual o melhor tipo de para determinada raça, se é a higiênica ou bebê, por exemplo”, finaliza.





Cleber Santos - Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok.

Cuidados com cães e gatos filhotes


Até o primeiro ano de vida os filhotes precisam de atenção especial para que possam se desenvolver perfeitamente. Para que eles continuem crescendo felizes e saudáveis, é indispensável respeitar alguns cuidados, seja com cães ou de gatos.
Os animais de estimação são considerados filhotes até completarem por volta de um ano de idade. Raças menores entram na maturidade um pouco antes, enquanto que as raças gigantes passam por essa mudança até um ano e meio de vida.
Durante todo esse período, os pets estão se desenvolvendo, mas também estão na fase mais vulnerável de suas vidas. Tudo isso demanda uma série de responsabilidades por parte dos tutores.

Ambiente
Logo após o nascimento e nos primeiros dias de vida o pet ainda está se acostumando com o ambiente fora da barriga da mãe. Esse processo é gradual e é por isso que no início deve-se providenciar um local aconchegante para o filhote.
Preparar uma área coberta com jornais, cobertores e toalhas macias à meia luz e deixar o ambiente aquecido entre 20 e 22°C, principalmente nos dias frios. Os pequenos nascem sem saber como regular a temperatura e podem morrer devido ao frio.

Alimentação
A primeira alimentação dos animais de estimação deve ser, preferencialmente, o leite materno. Cães devem mamar por pelo menos 30 dias, enquanto que os gatinhos por 45 dias.
Se a mãe não puder amamentar, é essencial providenciar uma fórmula com o veterinário, pois ela fornecerá todos os nutrientes que o pet precisa para os primeiros dias de vida. Em média, ele deve se alimentar a cada três horas.
Após esse período, comece a introduzir alimentos macios e só então os sólidos, como a ração, que deve ser especial para filhotes – para os gatos, opte pela ração úmida. Esse deve ser o único alimento que o seu pet vai comer, exceto em caso de o veterinário recomendar algum complemento.
Além disso, os animais devem ter sempre água fresca e limpa à disposição.

Necessidades fisiológicas
Adestrar um gato para fazer xixi e cocô no lugar certo é muito fácil. Naturalmente eles buscam um local com terra ou areia para isso. Portanto, basta deixar a caixa sanitária no melhor lugar para o tutor e para o pet.
O segredo para que a adaptação seja feita rapidamente é encontrar a caixa e a areia de preferência do gato. Procurar testar alguns modelos e marcas diferentes para isso.
No caso dos cães, o melhor é começar a educá-los desde o primeiro mês de vida. O ideal é que ele fique preso em local próximo ao lugar em que deve se aliviar – como em cima do jornal, do tapete higiênico ou perto da grama do jardim.
Sempre que o tutor o vir realizando as necessidades no local correto, deve-se elogiar e brincar com ele.
Após duas ou três semanas, o animal tende a aprender o local certo e a pessoa pode liberá-lo para explorar a casa. Se perceber que ele está rodando cheirando o chão, leve-o ao seu “banheiro”. Faça isso também a cada duas horas. Em pouco tempo ele aprenderá a lição, afirma Dra. Livia Romeiro, veterinária e especialista em comportamento canino do Vet Quality Centro Veterinário 24h.

Vacinação e vermifugação
O ideal é que os animais recém-nascidos recebam a visita de um veterinário logo na primeira semana de vida para verificar o seu estado de saúde. Se o profissional identificar algum problema, ele pode solicitar exames e consultas na clínica.
Além disso, o veterinário poderá auxiliar com o calendário de vermifugação e vacinação. 


Dentição
Entre os cuidados com filhotes, os dentes merecem atenção, pois, assim como os seres humanos, os pets não nascem com dentes definitivos. Ao longo dos primeiros meses, eles passam pela troca da dentição.
Os filhotes começam esse processo em torno dos quatro meses de idade. Os primeiros a cair são os dentes da frente. Durante esse período, o filhote pode ter sangramento na gengiva, desconforto e coceira, o que é normal.
Outro cuidado com os dentes dos animais de estimação é a escovação. Deve-se escovar os dentes do  pet por toda a vida e o ideal é começar a manusear sua boca e implementar esse hábito desde cedo.

Brincadeiras

Assim que abrem os olhos e aprendem a andar, os filhotes já estão prontos para brincar.
As atividades são muito importantes para estimular seu desenvolvimento, portanto, oferecer uma bolinha, uma corda ou pelúcia evitará que o bichinho destrua móveis e objetos ou comece a arranhar e morder as pessoas.
Além das brincadeiras, não esqueça que os filhotes precisam de muito amor e carinho.

Cães precisam de cuidados especiais no Verão


Veterinária alerta para problemas como insolação, vômitos, prostação, queimaduras nas patas e necessidade de tosa e banho


Durante o Verão, muitas pessoas optam por realizar atividades ao ar livre e aproveitar os dias ensolarados e quentes. As opções são diversas: desde um passeio no parque, uma caminhada pelas ruas ou até mesmo uma ida a praia ou campo. E claro, que a presença do melhor amigo do homem torna o momento mais especial e alegre. O que poucos sabem é que os animais, especificamente os cães, não transpiram e por isso precisam de atenção redobrada para amenizar os incômodos causados pelo calor excessivo. Além da boca aberta e da respiração ofegante, outras atitudes devem ser observadas.

Algumas raças são mais sensíveis às altas temperaturas e os animais podem apresentar insolação, vômito e prostração. Assim como os humanos devem optar por roupas confortáveis, ingerir muita água e se alimentar de comidas mais leves, os cães também precisam de uma oferta maior de água, preferencialmente gelada. Já a alimentação deve ser mantida, porém é comum que eles se alimentem em menor quantidade.

De acordo com a veterinária Natália Gouvêa, da Clínica Soft Dogs e Cats, uma forma de refrescar os cães e que é bem aceita é congelar pedaços de frutas ou sucos naturais é oferecer nos horários de maior calor. “Além de se refrescarem, os pets ingerem nutrientes importantes e ainda brincam com a novidade”, revela a doutora.

Outra dúvida que ronda os donos de animais é a necessidade da tosa. “Essa medida é algo muito particular, que deve ser avaliada juntamente com o veterinário ou profissional responsável. Cada raça possui um tipo de pelagem e suas especificidades que devem ser respeitadas. Uma tosa errada pode causar alopecia (perda de pelos) e outros danos. Além disso, é importante ressaltar, que o pelo dos cães funciona como um isolante térmico e ajuda a manter uma temperatura corporal adequada. Uma forma de refrescá-los é manter o intervalo de banhos entre 7 a 15 dias”, destaca Natália.


Queimaduras

Em função do calor excessivo e da umidade, o que mais preocupa os veterinários, são as queimaduras nos cochins, conhecidos popularmente como almofadinhas das patas. A região é sensível é pode queimar no asfalto durante um simples passeio. “Para evitar o problema, é recomendável adaptar a rotina. Os melhores horários para uma caminhada são entre às 6 e 9 horas e após às 19 horas. Outra dica, é testar com as mãos a temperatura do solo. Se estiver suportável para sua mão, estará seguro para o cachorro. Em casos específicos, pode-se usar um sapato apropriado para pets”, alerta a veterinária.


Cães Braquicéfalos

Apesar do nome difícil, se enquadram nessa categoria cachorros das raças Bulldog Inglês e Francês, Boston Terrier, Pug, Boxer, Shitzu e Lhasa Apso, entre outros e a principal característica é o focinho curto e achatado. Devido à anatomia, esses cães sofrem ainda mais com o calor. “Eles têm maior dificuldade para respirar e para diminuir a temperatura do corpo, o que pode levar a hipertermia. O ideal é evitar passeios, exposição ao sol e banhos fora de casa. Para amenizar a sensação, pode-se oferecer colchões gelados ou até jogar água nas costas”, finaliza Natália Gouvêa. 




Clínica Soft Dogs e Cats

Pele e pelagem dos pets precisam de cuidados especiais no verão



Deve-se evitar passear com os animais entre 10 e 17h para minimizar os riscos de hipertermia e queimaduras solares
Crédito: divulgação


Sol, calor e hábitos da estação podem causar sérios problemas à saúde de cães e gatos


Considerados como membros da família, cada vez mais cães e gatos participam da rotina, compromissos e viagens de seus tutores. No verão, isso inclui mais passeios ao ar livre, maior exposição ao sol e, até mesmo, banhos de piscina. Diversão a mais também exige cuidados extras com a saúde, principalmente com a pele e a pelagem.


Ectoparasitas

 O calor intenso aumenta a incidência de pulgas e carrapatos que podem atingir os animais durante os passeios nos parques ou mesmo dentro de casa 
Crédito: divulgação


Pulgas e carrapatos são alguns dos principais problemas que acometem cães e gatos mas, neste período, o calor intenso aumenta a incidência desses ectoparasitas que podem atingir os animais durante os passeios nos parques ou mesmo dentro de casa, pois podem ser trazidos das ruas em roupas e calçados. Carrapatos podem causar doenças graves como anemia, babesiose e erliquiose, sendo que as duas últimas podem ser fatais. Já as pulgas transmitem vermes e sua saliva pode causar dermatite alérgica por picada, provocando coceira intensa e até perda de pelo nos animais.

Existem no mercado diversos produtos para controle de pulgas e carrapatos, com apresentações e prazos de reaplicação variados. Segundo o médico veterinário e responsável técnico do HiperZoo, Adolfo Sasaki, o produto deve ser escolhido conforme facilidade de administração e rotina do animal. Para pets que tomam banhos com maior frequência, o uso de comprimidos ou coleiras são mais indicados. Já quem opta por produtos de uso tópico deve aplicar de dois a três dias antes ou após o banho, pois eles necessitam da oleosidade da pele para se espalhar. “Em geral, a durabilidade da ação dos produtos é de 30 dias, mas para animais infestados, alérgicos a picadas ou com maior exposição externa, é recomendado que a aplicação seja realizada a cada 21 dias”, alerta o veterinário. “Vale lembrar que quem possui mais de um animal em casa deve tratar todos ao mesmo tempo e, no caso de infestações, é necessário utilizar produtos para controle ambiental, respeitando as indicações das embalagens quanto à diluição e prazo para recolocar o animal no ambiente”, completa.


Otites e doenças de pele

Os banhos de piscina, chuva ou mangueira, que ajudam a refrescar os cães, também facilitam a entrada de água nos condutos auditivos e podem causar infecções. Além de tentar evitar o contato da água com os ouvidos, também é recomendado limpar o local com produtos adequados e, ao menor sinal de alteração, levar o animal ao veterinário.

Também é importante que a pelagem do animal seja seca adequadamente, uma vez que a umidade cria um ambiente favorável para a proliferação de enfermidades fúngicas como a malasseziose, uma dermatopatia que causa oleosidade, prurido e mau odor, e dermatofitose, uma zoonose que causa lesões generalizadas na pele.


Tosa

A tosa deve respeitar as particularidades das raças dos animais e os pelos devem ser mantidos a uma altura adequada que proteja da exposição solar e ajude a equilibrar a temperatura do animal 
Crédito: divulgação


Para reduzir problemas relacionados à umidade, uma dica do médico veterinário é manter a tosa mais baixa, já que ela facilita a penetração do shampoo durante o banho e agiliza a secagem dos pelos. Mas atenção: a tosa não deve ser feita com lâminas muito baixas pois os pelos também funcionam como protetores térmicos. Ao contrário do que se imagina, a pelagem não funciona como as roupas para os humanos. Cães e gatos transpiram somente pelas almofadas das patas e expulsam o calor do corpo pela língua. Ou seja, os pelos na altura adequada ajudam a proteger a pele da exposição solar e equilibram o calor.

É preciso estar atento às particularidades da raça e de cada animal, além de realizar o serviço com profissionais aptos a indicar a melhor solução. Pets que têm alergia à lâmina, por exemplo, devem ser tosados com tesoura. Cães de pelagem densa, como Chow Chow e Samoieda, quando submetidos à tosa total ou tosa com lâmina, podem ser acometidos de uma dermatopatia chamada de alopecia pós-tosa, que leva ao não crescimento ou ao retorno demorado da pelagem. Cachorros de pelos curtos não devem ter o corpo tosado. 

Já raças como Schnauzer e Westie podem se beneficiar de um tipo de tosa específica - a hand-stripping, feita com faca de stripping dupla. A conhecida “tosa baby”, que deixa os cães com aspecto de filhotes, fica bem em raças como Lhasa Apso, Shih Tzu e Yorkshire Terrier e, para o Spitz Alemão, recomenda-se a chamada “tosa ursinho”.

Segundo o groomer do HiperZoo, Fernando Arcanjo, gatos de pelos curtos não devem ser tosados e, para os de pelos longos, pode ser recomendada tosa na tesoura somente para retirada de pelos despontados. Uma dica para melhorar o bem-estar dos animais é realizar a remoção de pelos mortos, que ajuda a reduzir a quantidade de pelos ingeridos pelos gatos e evita que a pelagem dos pets embole. A tosa higiênica na região das patas e região íntima é fundamental para a saúde e bem-estar e, para ajudar o animal a se refrescar, o indicado é ampliar a região de tosa para o abdômen. “Tratamentos que promovem a nutrição e hidratação da pelagem e uso de shampoos e condicionadores cosméticos colaboram bastante com a saúde da pele e pelos”, ressalta o groomer.


Queimaduras

Os pelos ajudam a proteger os animais de queimaduras na pele, no entanto também é recomendado o uso de protetor solar, com fator de proteção solar acima de 50, em focinhos, pontas de orelhas e regiões da pele sem pelo, preferencialmente próprio para animais. Quando não houver disponibilidade, protetor solar de uso humano em aerossol minimizam os riscos de ingestão do produto.

Passeios não devem ser feitos entre 10 e 17 horas sob risco de causar hipertermia ou queimadura nas almofadas das patas.  Antes de passear, o tutor deve colocar as palmas das mãos no chão para verificar a temperatura e, ainda assim, deve dar preferência a locais com mais sombras e gramados. Animais com pelagem branca, focinho rosado, mucosas sem pigmentação, região ventral totalmente sem pigmentação ou com doenças de pele, como lúpus e pênfigo, por exemplo, devem evitar a exposição ao sol.

Queimaduras solares podem causar câncer de pele como o carcinoma de células escamosas, hemangioma e hemangiossarcoma. Segundo o veterinário, sinais como eritema (vermelhidão), descamação sanguinolenta, aumento de volume de determinada área, nódulos, presença de bolhas de sangue e lesão em região auricular em gatos podem ser indício da doença e o tutor deve procurar um médico imediatamente.


Picada de insetos

Vacinas, medicamentos e repelentes ajudam a proteger os cães de picadas de insetos e doenças como leishmaniose e dirofliariose 
Crédito: divulgação


Outro ponto negativo do verão são as picadas de insetos, que tendem a ocorrer nas regiões sem pelos e também na face, pois o odor do cerume dos ouvidos atrai os insetos. Os sinais clínicos de uma picada por inseto podem ser desde uma simples irritação local acompanhada de coceira, passando por edema palpebral ou facial, podendo causar, até mesmo, edema de glote (reação alérgica conhecida popularmente como “garganta fechada”) sob risco de levar o animal a óbito. Em gatos, as picadas de inseto podem formar quadros chamados de placa eosinofílica, caracterizada pela presença de placas extensas erosivas e avermelhadas na pele.

Além disso, os mosquitos também são transmissores de duas doenças graves: a dirofilariose e a leishmaniose. Também conhecida como verme do coração, a dirofilariose é uma doença causada por uma larva que se desenvolve no coração dos animais e causa obstrução nos vasos sanguíneos, sobrecarregando o órgão, debilitando o animal e podendo levar à morte. A leishmaniose visceral canina é uma zoonose infectocontagiosa transmitida exclusivamente pelo mosquito flebótomo, também conhecido como “mosquito palha” ou “birigui”. As medidas preventivas são repelentes, medicamentos e vacinas, que devem ser aplicados com antecedência no animal. “Vários casos de leishmaniose e dirofilariose foram diagnosticados no Paraná recentemente. Por isso, é fundamental que os tutores tomem medidas preventivas”, alerta o veterinário. Felizmente, cães e gatos não são hospedeiros do temido vírus da febre amarela e também não contraem dengue, zika ou chikungunya.






 HiperZoo
Rua Desembargador Westphalen, 3.448 – Curitiba/PR
Telefone: (41) 3051-7777

Vetnil dá dicas de como cuidar do seu PET no pico do Verão

 


A médica-veterinária da Vetnil, Fernanda Cioffetti Marques, orienta como proteger o seu cão ou gato no período mais quente do ano



Com temperaturas médias cada vez mais elevadas, próximas dos 38 graus, o Verão no Brasil exige cuidados redobrados para os humanos e também para os animais de estimação. Suplementos alimentares, probióticos e produtos de higiene, além de procedimentos simples como hidratação, tosa, água em abundância, contribuem para manter o bem-estar do PET. 

Tanto nos cães quanto nos gatos, as glândulas sudoríparas desempenham importante função na integridade da pele, mas não são tão relevantes na termorregulação do corpo como para nós, humanos.  Os cães controlam a temperatura a partir da boca e sua transpiração ocorre por meio do focinho e dos coxins, as almofadinhas das patas. Os gatos são mais resistentes ao calor, além do coxim plantar, também transpiram por outras glândulas distribuídas pelo corpo.

Fernanda Cioffetti Marques, médica veterinária da Vetnil, uma das maiores empresas do setor veterinário, ressalta a importância dos tutores e demais cuidadores dos animais ficarem atentos à saúde e ao bem-estar de seus PETs. Os ambientes onde esses animaizinhos comem, brincam e dormem devem estar sempre frescos e limpos para evitar mal-estar e doenças. “Se têm o hábito de ficarem no quintal, é preciso verificar se há locais cobertos e de sombra para se protegerem do sol”, afirma Fernanda. 

A médica veterinária alerta para a necessidade de se redobrar a atenção com os cães das raças braquicefálicas – de focinho curto, crânio compacto e sistema respiratório superior comprimido, como os Bulldogs, Pugs, Boxers, Shitsus e Lhasas Apso e, no caso dos gatos, os Persas. “Estas raças sofrem mais com as altas temperaturas pelas suas características anatômicas, que não permitem troca de ar eficiente com o ambiente”, afirma.

Segundo Fernanda algumas precauções simples podem evitar grandes problemas, como oferecer e manter água fresca para o consumo do animal e espalhar vasilhas pela casa. Nos dias mais quentes, a profissional recomenda colocar algumas pedras de gelo no recipiente para ajudar a manter a temperatura da água agradável. “Os gatos normalmente bebem menos água e são mais propensos a problemas nos rins, por isso, no verão, é preciso incentivar o maior consumo de líquidos. Use fontes próprias para gatos, que adoram água corrente e ração úmida para forçá-lo a se hidratar melhor”, declara.

Os passeios de carro também merecem atenção. O ideal é manter o ar condicionado ligado ou os vidros abertos para circular o ar e nunca deixe o animal sozinho dentro do veículo. “Manter seu Pet preso dentro do carro, mesmo que por poucos minutos, é um enorme risco. Além do mal-estar, ele pode ter hipertermia - aumento da temperatura corporal -, devido à dificuldade da troca de calor, podendo causar desmaios e até uma parada cardíaca”, alerta a veterinária.

O melhor horário para os passeios com os cães é antes das 10h ou depois das 16h, quando o sol está menos intenso. “Esse cuidado evita risco de queimaduras nas patas, pois o asfalto quente pode lesionar os coxins dos cães, que são muito sensíveis. Fique atento aos sinais que seu PET emite. Se ele demonstrar muito cansaço e sua língua estiver constantemente à mostra, procure uma sombra e deixe-o descansar por alguns minutos. Leve uma garrafa de água para o passeio, para manter a hidratação do seu corpo”, complementa a médica veterinária.  

Para complementar os cuidados, Fernanda Cioffetti Marques informa que tanto para os cães acostumados a fazer exercícios físicos como para os que não estão acostumados, a água pode não ser suficiente para a hidratação. “Nesse caso, é aconselhável fornecer um composto contendo sais eletrolíticos - potássio, cloro, sódio e magnésio – para reequilibrar o organismo do animal. Para auxiliar nos momentos de estresse, que podem ocorrer nos dias mais quentes, recomendamos o uso de um produto probiótico, que melhora a performance da microbiota intestinal do animal”, acrescenta.

A veterinária aconselha que os tutores mantenham durante todo o verão o pelo do PET sempre curto, principalmente, na região da barriga. Banhos nos cães, pelo menos uma vez por semana, são aliados importantes para refrescar e diminuir a temperatura corporal. Usar produtos próprios para a pele do animal e se lembrar de secá-la bem para evitar dermatites também é importante. Outra recomendação é o uso de protetor solar específico para pets para protegê-los de risco de insolação e problemas de pele. “O produto é indicado, sobretudo, para cães e gatos de pelos claros, que sofrem mais com a incidência dos raios solares. O filtro deve ser aplicado em regiões sem pelos, como focinho e orelhas, em média a cada duas horas ou menos, em caso de contato com água”, complementa Fernanda.

Siga o VetDicas no site da empresa, uma série de vídeos que a Vetnil preparou para você, tutor ou cuidado, para cuidar melhor do seu cão ou gato: http://www.vetnil.com.br/videos/


Dicas Vetnil

§  Eletrolítico Pet
Suplementação reidratante equilibrada para reposição oral de eletrólitos perdidos, indicada durante e após os exercícios físicos ou para manutenção da hidratação em caninos, felinos, mustelídeos, aves, répteis e roedores. Via oral. Caixas display contendo 10 sachês de 10g.

§  Probiótico Vetnil Cães e Gatos
Composto por bactérias benéficas, naturalmente presentes no trato intestinal dos animais. O uso de Probiótico tem a função de auxiliar a colonização de bactérias benéficas, melhorar a absorção de nutrientes e auxiliar na síntese de vitaminas e proteínas. Contribui para o equilíbrio da microbiota intestinal. Uso exclusivo na alimentação animal. Seringas de 14 g.

§  Shampoo Pelo & Derme
Um shampoo desenvolvido especialmente para cães e gatos. O produto reúne em sua formulação elementos naturais, como a Melaleuca, agente hipoalergênico natural que garante refrescância à pele; Aloe Vera, que hidrata e suaviza por suas características umectantes; e a Arginina, que age diretamente no bulbo capilar, favorecendo a saúde, resistência e brilho. Disponível em frascos de 320ml.





quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Pais e Filhos: Como se preparar para a volta às aulas?


Desde aspectos práticos a comportamentais, ideal é encontrar tempo e manter diálogo para fazer a volta à rotina


Assim como tudo na vida, o que é bom parece que passa numa velocidade de tempo mais rápida. E acaba! É o caso das férias. As crianças e jovens esperam por elas ansiosamente, mas elas chegam e parecem voar. Não é verdade?

No entanto, a volta às aulas e às atividades não precisam ser encaradas como uma tarefa árdua. Se o retorno for feito de forma planejada e gradativa, todos saem ganhando: alunos com materiais em dia - e psicologicamente adaptados -, pais tranquilos de que tudo está em ordem e escola satisfeita, pronta para recebê-los de volta!

"Nas férias os horários são mais soltos, todos estão relaxados. Mas na última semana já é importante começar a voltar à rotina. Isso em relação ao sono, à alimentação e à arrumação da escrivaninha para receber materiais novos. Isso ajuda o estudante inclusive na parte emocional, a entender que é necessário abrir espaço para o novo que vai chegar", afirma a diretora do Colégio Notre Dame, Lenice Micheletti.

Mas, mais importante do que o aspecto prático, é que os pais sintam o momento de desacelerar e encontrar um tempo para conversar com os filhos. Principalmente, quando a mudança de ano escolar representar, além da mudança habitual, um rito de passagem, ou seja, o fim da primeira infância e ingresso no Ensino Fundamental ou a entrada no 6º ano (Ensino Fundamental II) ou a passagem para a fase pré vestibular, iniciada no começo do Ensino Médio.


"Essas são fases de rito de passagem, que marcam muito os estudantes. Na primeira, eles saem de um ambiente mais lúdico e começam a precisar se concentrar mais nas atividades, passam a ter lições de casa com frequência, e isso assusta um pouco no começo. Por isso os pais devem sentar para conversar, ouvir o que eles têm a dizer, prestar atenção e compreender as mudanças que estão acontecendo. Já na ida do 5º para o 6º ano, eles passam da referência de um professor único - além dos que ministram atividades extracurriculares - para vários professores, um para cada disciplina. E aí vem o desafio de descentralizar a figura acolhedora e de também fazer a gestão da agenda dos pedidos de cada professor. Isso demanda deles uma responsabilidade maior", explica Lenice.

Por fim, o último rito, para o Ensino Médio, agrega também aspectos biológicos. "Aos 14, 15 anos, eles entram na fase em que são muito novos ainda, mas já começam a precisar se concentrar para se apropriar do conhecimento que adquiriram e pensar na escolha da profissão, da preparação para o vestibular. 

Somado a isso tem a mudança hormonal, que mexe muito com eles. Portanto, mesmo mais "maduros", todo cuidado e atenção a essa fase é pouco.

Somada a essas dicas, a diretora pedagógica Sharon Anne Micheletti, acrescenta que, em todas as idades e em todas as situações de mudança, os pais devem fazer os filhos participarem, além de ouvir o que eles têm a dizer.

"Tudo flui melhor quando eles participam do processo. Então, o retorno às aulas, bem como a compra dos materiais etc., podem ser conversados antes. Até mesmo para os pais saberem se estão no caminho certo. Isso porque as vezes nós percebemos que, na ânsia de acertar, os pais inscrevem as crianças em várias atividades extracurriculares, por exemplo. E quando eles são ouvidos, demonstram que preferiam menos atividades, se sentem cansados. Ouvir os filhos é o ideal para saber o que traçar pro ano que se inicia, em todos os aspectos", pontua.

Outro ponto que, se trabalhado com carinho, facilita muito os momentos de mudança para os alunos é a relação de confiança entre a escola e a família. Quando os pais sabem que podem confiar nas decisões da escola e que as suas preocupações são sempre encaradas com a seriedade que necessitam, essa harmonia também atinge os jovens e adolescentes.

"Aquelas pequenas frustrações do dia a dia, como a mudança de sala ou uma troca de professor, se tornam mais leves quando há um bom entendimento entre todos os envolvidos na educação das crianças. Claro que ainda vão existir, é natural da idade nem sempre lidar bem com situações inesperadas, mas aí entra o momento de sintonia entre pais e colégio para que a explicação do que motivou essas mudanças seja bem entendida. Todos os processos são pensados visando o melhor para os alunos - seja porque ele aprenderá com mais facilidade em uma turma diferente, ou como uma forma de incentivo para que ele faça novos amigos - e com o apoio dos responsáveis é sempre possível fazer uma transição tranquila", finaliza Lenice.

Aspectos práticos - Passadas as observações comportamentais para o retorno no final de janeiro/início de fevereiro, vale observar alguns detalhes práticos enumerados pelas especialistas:


1.   Veja que materiais escolares estão em bom estado do ano anterior e quais precisa comprar. Converse e leve seu filho junto na compra, mas estabeleça antes que nem tudo que ele irá pedir ele vai ter. É bom ele saber dar valor às coisas e se apropriar do que é dele, para aprender a zelar.

2.   Limpe armários e experimente - pelo menos com duas semanas de antecedência - os uniformes escolares. Se nada servir, corra às lojas para comprar novos. É ruim para a escola, mas principalmente para o aluno ir diferente dos colegas. Sentir-se integrado é fundamental para a boa adaptação;

3.   Confira também os sapatos de acordo com as atividades da escola. Se não servirem mais, programe a compra de novos;

4.   Em época de calor excessivo, programe o cardápio da lancheira da semana com antecedência. Assim é possível também agendar as compras, feira etc. para elaborar uma lancheira de acordo com a estação;

5.   Por último, para pré adolescentes que querem ganhar independência, caso os pais deixem ir à escola sozinhos, vale tirar duas semanas antes para ensinar o trajeto, que meio de transporte pegar, como se portar na rua, entre outros aspectos, para ganhar confiança. Somente assim ficarão tranquilos em dar autonomia. E os estudantes se sentirão capazes e seguros para esta nova etapa.




Colégio Notre Dame
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Tecnologia e escola: o futuro de nossos alunos


Muito se fala sobre os perigos de se permitir que crianças comecem a utilizar smartphones, tablets e outros gadgets cada vez mais cedo. É inegável que essa introdução ao mundo digital deve ser feita com bom senso, moderação e acompanhamento rigoroso dos pais. Mas é igualmente importante que a tecnologia não seja colocada como antagonista no processo de criação dos filhos, principalmente porque o uso da tecnologia como ferramenta pedagógica é uma realidade cada vez mais presente na educação moderna. O mundo de hoje não é mais o mesmo de quando éramos alunos. Quem tem uma criança em casa sabe que ela parece já ter nascido sabendo como usar um dispositivo móvel conectado à internet.  Para eles, usar a tecnologia é quase uma evolução darwiniana. E é exatamente por isso, por terem consciência desde cedo que podem carregar um mundo de conhecimento na palma da mão, que esse novo aluno não vai encontrar sentido nenhum em decorar as razões trigonométricas ou os teoremas da vida.

Portanto, quando o assunto é educação, já não devemos mais perder tempo discutindo se crianças e jovens devem ou não usar celulares, tablets, softwares, games ou apps nos processos de aprendizagem. A questão principal é observar quais são as estratégias de ensino das escolas para que todos esses recursos sejam inseridos e potencializados com o objetivo de se adquirir conteúdo e conhecimento. Muitas escolas já evoluíram e aprimoraram sua maneira de ensinar para se adaptar ao novos tempos, atendendo à demanda da sociedade e da nova geração de alunos e professores. Mas é importante avaliar de que forma a tecnologia está de fato integrada à proposta pedagógica e a qualidade que a instituição de ensino busca para garantir o aprendizado e os benefícios efetivos. Há muito a se explorar para oferecer o melhor a esses nativos digitais.

E para aqueles pais que ainda estranham ouvir os filhos falarem em uso de celular, tablet e games enquanto estão aprendendo, saibam que são essas ferramentas que permitem a eles compartilharem, comentarem, questionarem, criarem e não mais decorarem, fazendo com que estabeleçam uma nova relação com o conhecimento.

Tantos recursos acabaram empoderando essa geração, que possui uma nova modelagem cerebral. A escola que não oferece aos seus alunos a chance de aprender segundo essa nova realidade, certamente terá cada vez mais dificuldade de engajar e motivar o estudante. Antigamente, bastava o aluno saber o suficiente para tirar uma boa nota e passar para o próximo ano. Hoje, o estudante da era digital quer mais - e não é mais possível, e nem correto, frear esse ímpeto. Privá-lo de ter acesso às novas tecnologias enquanto aprende é inimaginável. As escolas têm o desafio urgente de romper com os modelos tradicionais de ensino e guiar os estudantes nesse caminho. As novas ferramentas devem permitir que o conhecimento esteja nas mãos do aluno onde quer que ele esteja. E que a interação entre estudante, conhecimento e o restante do mundo seja total. Daqui para frente, o mercado de trabalho será, cada vez mais, dominado pela inteligência artificial. Quando analisamos, com uma visão mais ampliada, o que a sociedade e o mercado esperam dos futuros profissionais, vemos que estamos apenas no começo de uma revolução que vai transformar a maneira como nossos filhos e netos vão aprender daqui para a frente. Temos a responsabilidade de ajudar nossas crianças e jovens a se prepararem para esse futuro. E precisamos estabelecer desde já que, para dar conta dessa missão, precisamos de uma nova escola.





Celso Hartmann - diretor-geral do Colégio Positivo

Diretora pedagógica dá dicas para potencializar aprendizado de línguas estrangeiras pelas crianças


Silvia Adrião, da Escola Italiana Eugenio Montale, comenta que a melhor hora para investir na língua estrangeira é na educação infantil


Alguns dos principais equívocos dos pais ao colocarem um filho em uma escola internacional são depreciar a língua materna e/ou não imergir com os pequenos na nova cultura, alerta Silvia Adrião, diretora pedagógica para o Brasil da Escola Italiana Eugenio Montale – instituição de ensino internacional trilíngue em São Paulo e a única no Estado reconhecida como escola paritária pelo Governo Italiano. Para a diretora, sempre é tempo de aprender outro idioma, mas o melhor momento é na primeira infância: "as adaptações cognitivas para formular respostas e interpretar as mensagens são muito rápidas. É o que chamamos de plasticidade cerebral", pontua.

Silvia listou quatro pontos essenciais de reflexão para ajudar pais que avaliam colocar um filho em uma escola internacional. Confira:


Aproximação com a cultura: "Quanto mais próxima for a vivência da criança na cultura da língua que está sendo apresentada, maior poderá ser o ganho em aprendizado. Ter amigos da mesma idade conversando neste novo idioma e reconhecer hábitos dos familiares traz um senso de pertencimento."


Jornada educacional deve ir além da escola, mas exige cautela e empenho dos pais: "Estudar em uma escola internacional é um dos meios mais assertivos de aprender uma língua estrangeira, mas é muito mais que aprender outro idioma, é aprender através de outro idioma e despertar um amplo e enriquecedor universo de novos conhecimentos. Com o corpo pedagógico qualificado e uma organização social, onde alunos viram amigos e trocam experiências na nova língua, são grandes os ganhos que poderão ser observados ao longo do tempo. Mesmo assim, o que se aprende na escola deve ser mantido e potencializado em casa. Porém, um erro comum entre os pais é tentar forçar uma situação e a criança pode não se sentir confortável. Vale sempre interpretar os anseios dos pequenos."


Contexto lúdico: "O ideal é criar um contexto e um argumento estimulante para evitar ser repetitivo e forçar uma situação. Deve haver o momento de conversação, mas, se conseguir ampliar o repertório lúdico com jogos, livros e boas histórias, por exemplo, sempre será uma melhor escolha. A beleza do argumento, da conversa, fará com que a criança esqueça da língua que está falando, transformando a fala e o idioma escolhido apenas como um veículo para transmitir uma mensagem".


Língua materna é essencial: "Um erro comum dos pais é depreciar ou diminuir a importância da língua materna da criança. É imprescindível que haja também o enriquecimento da língua materna, seja o português, o italiano ou o inglês".

Confira oito dicas de nutrição para montar uma lancheira saudável e saborosa


No período de VOLTA ÀS AULAS, É IMPORTANTE MANTER A ALIMENTAÇÃO DAS CRIANÇAS EQUILIBRADA PARA O BOM CRESCIMENTO

O início do ano é marcado pela retomada da rotina, o que inclui a volta às aulas, período de preocupação para os pais que precisam organizar a lancheira dos filhos. Para a nutricionista Patrícia Ruffo, Gerente Científico da Divisão Nutricional da Abbott, variar o cardápio pode não parecer uma tarefa fácil, mas é fundamental para garantir uma alimentação equilibrada, com mais opções in natura e menos produtos industrializados, que geralmente contém alto teor de açúcar. “O ideal é acrescentar na lancheira um alimento de cada grupo, como proteína, fruta e carboidrato, para garantir uma alimentação mais saudável e, consequentemente, auxiliar no crescimento e o desenvolvimento da criança, afirma".

De acordo com estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de crianças e adolescentes obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas1. No Brasil, mais de um terço das crianças entre 5 e 9 anos está acima do peso2. O consumo de produtos com alto teor de açúcar e gordura começa cedo no Brasil. Uma pesquisa revela que 60,8% das crianças com menos de dois anos de idade comem biscoitos, bolachas e bolos e que 32,3% tomam refrigerantes ou sucos artificiais3. “Uma alimentação inadequada pode não somente levar ao desenvolvimento de doenças crônicas, como a obesidade, mas também dificultar o processo de aprendizado”, alerta Patrícia.

Mas a realidade é que o alimento industrializado ainda compõe boa parte das lancheiras escolares, pela sua praticidade e baixo custo. Além disso, há a visão de que quantidade é sinônimo de qualidade, mas neste caso o excesso pode ser prejudicial.

A nutricionista traz oito dicas para ajudar os pais na hora de elaborar a lancheira das crianças:

  1. Pense no cardápio antecipadamente: fazer uma lista para cada dia da semana deixará a rotina mais prática, e evitará cometer excessos.
  2. No lanche da escola não pode faltar: um líquido, uma fruta, um tipo de carboidrato e um de proteína4,5.
  3. Para beber, opte pelos chás, água de coco ou sucos naturais (que podem ser colocados em recipientes térmicos para não perder os nutrientes com o passar das horas). As lancheiras térmicas também são ótimas opções para o melhor acondicionamento da comida.
  4. Deixe as frutas cortadas e descascadas. A aparência é um fator determinante para a criança ingerir determinado alimento.
  5. Faça a lancheira com a ajuda dos seus filhos e com alimentos de conhecimento deles. A lancheira da escola deve ser uma extensão da alimentação feita em casa.
  6. Os pães podem e devem entrar na lancheira escolar, mas o ideal é variar o tipo para a criança não enjoar: pão francês, de forma ou de milho são algumas opções. É preciso estar atento ao recheio de cada pãozinho. Neste sentido, os patês caseiros são opções saudáveis e nutritivas.
  7. Invista nos petiscos saudáveis: frutas desidratadas, mix de castanhas e cereais sem açúcar são opções nutritivas e saborosas. O ideal é colocar em um pote fechado ou até mesmo em um saquinho.
  8. Tenha a suplementação como uma aliada: ela é uma ótima alternativa para suprir as necessidades de nutrientes fundamentais para as crianças: ferro, cálcio, zinco, fibras e vitaminas A e D.

“É importante ter em mente que os hábitos adotados na infância têm grande influência na vida adulta. Uma alimentação equilibrada e saudável permite o crescimento e o desenvolvimento adequado das crianças, que se estende a médio e longo prazo”, lembra Patrícia.





Referências

1.OMS Brasil. Obesidade entre crianças e adolescentes aumentou dez vezes em quatro décadas, revela novo estudo do Imperial College London e da OMS. 2017. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5527:obesidade-entre-criancas-e-adolescentes-aumentou-dez-vezes-em-quatro-decadas-revela-novo-estudo-do-imperial-college-london-e-da-oms&Itemid=820

2.    IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv45419.pdf
  1. Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Ciclos de Vida Brasil e Grandes Regiões. 2013. Pg.49
  1. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola / Departamento de Nutrologia, 3ª ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP, 2012. 148p.
5.    Weffort VRS et al. Manual do lanche saudável. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia, 2011.

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