Pesquisar no Blog

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

14 milhões de brasileiros sofrem com a próstata aumentada


Embolização das Artérias da próstata é um tratamento seguro para cuidar da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)



A próstata começa a aumentar naturalmente de tamanho por volta dos 45 anos. Esta condição, chamada Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), atinge cerca de 14 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. A HPB, doença muito comum nos homens, é capaz de prejudicar a qualidade de vida e afetar a vida sexual.

A Embolização das Artérias Prostáticas (EAP) é um método minimamente invasivo que alivia os sintomas da HPB. A técnica, realizada por via endovascular, reduz o fluxo de sangue para as artérias que irrigam a próstata. De acordo com o professor Dr. Francisco Cesar Carnevale, diretor clínico do CRIEP (Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa) e pioneiro no desenvolvimento da técnica de Embolização das Artérias Prostáticas (EAP), o procedimento é feito com anestesia local e o paciente recebe alta algumas horas após a intervenção. “O objetivo é reduzir o volume e alterar a consistência da próstata, tornando-a mais macia ”, explica o médico.

Os resultados são muito satisfatórios e gratificantes. Segundo Dr. Carnevale, em mais de 300 pacientes tratados, a taxa de sucesso ficou entre 90 a 95%. Nos casos mais graves, em pacientes que estavam com sonda vesical, a taxa de sucesso é de 90% na retirada da sonda.

Os casos de falha ou recidiva dos sintomas estão relacionados aos problemas na bexiga dos pacientes (hipocontratilidade) em decorrência de muitos anos de obstrução urinária, e em pacientes com aterosclerose muito avançada (obstrução das artérias que alimentam a próstata de sangue). “O procedimento é atualmente reconhecido nacional e internacionalmente como opção segura e eficaz”, finaliza o médico.





CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa



Cinco cuidados essenciais para o paciente com Alzheimer


  • Dia Mundial do Alzheimer (21/09) foi instituído para alertar sobre conscientização e apoio familiar;
  • Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DA é responsável por 60% a 70% dos casos de demência1
  • Tratamento adequado a cuidados especiais podem melhorar a qualidade de vida não apenas do paciente, mas também do cuidador 

Alzheimer é uma doença degenerativa do sistema nervoso que acarreta alterações progressivas da memória, do comportamento e da funcionalidade. É considerada uma enfermidade relacionada ao envelhecimento, embora também esteja associada a fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, aumento dos níveis sanguíneos de colesterol, estilo de vida sedentário, obesidade, baixa escolaridade e até mesmo isolamento social e sintomas depressivos.

No mundo, estima-se que 50 milhões de pessoas sofram de demência e, a cada ano, cerca de 10 milhões de novos casos são registrados. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença de Alzheimer (DA) é responsável por 60% a 70% dos casos de demência1. No Brasil, a doença impacta a vida de, aproximadamente, 1,2 milhão de pessoas. E a tendência é de que o cenário seja ainda mais desafiador. Isso porque, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa no país deve triplicar até 2050, acarretando o aumento de casos de Alzheimer. É uma condição associada ao envelhecimento, porém, ainda segundo a OMS, em cerca de 9% dos casos o aparecimento de sintomas ocorre antes dos 65 anos de idade. 

Apesar de não ter cura, ao associar o tratamento adequado a cuidados especiais é possível melhorar a qualidade de vida não apenas do paciente, mas também do cuidador. A manutenção das atividades mentais e físicas, associadas a um propósito de vida, são fundamentais 2,3.

Para ajudar a lidar com os desafios do paciente, o neurologista e presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, Rodrigo Schultz, relaciona cinco cuidados essenciais aos quais familiares e cuidadores precisam estar atentos.


1. Estímulo para o cérebro

Montar quebra-cabeças, ver um álbum de fotografias ou ler um livro podem ser mais que meros passatempos para um paciente com Alzheimer: são exercícios que estimulam as funções cerebrais e auxiliam a treinar a linguagem, a memória e a fazer pequenas tarefas. As atividades podem ser feitas individualmente (em sessões de terapia, por exemplo) ou em grupo.


2. Incentivar a atividade física

Devido à redução na mobilidade do paciente de Alzheimer, dificuldades para andar ou manter o equilíbrio programas individualizados de atividade física são benéficos para a funcionalidade de pessoas com DA leve a moderada. Além de prevenir dores e quedas, melhora a disposição e o humor.


3. Medicação, tratamento adequado e orientação

Como dito acima, a doença de Alzheimer não tem cura. No entanto, se diagnosticada no início, o tratamento adequado retarda o avanço e ameniza os sintomas. O SUS disponibiliza várias terapias, incluindo a medicamentosa, e o médico deve indicar a mais adequada de acordo com cada paciente. Atualmente, já existem opções de tratamento de fácil administração que causam menos efeitos colaterais.

Opções de tratamento disponíveis pelo SUS6:

- Adesivos transdérmicos;

- cápsulas;

- comprimidos;

- cápsulas de liberação prolongada.

É importante consultar o especialista para tirar todas as dúvidas sobre a doença e qual a melhor opção de tratamento para cada caso.


4. Mantendo o paciente seguro

As confusões mentais e lapsos de memória decorrentes do Alzheimer podem colocar a segurança do paciente em risco. Minimize os contratempos com medidas simples: informe vizinhos e amigos do estado do paciente para que, se necessário, eles o ajudem. Uma pulseira de identificação ou uma etiqueta na carteira podem resolver o problema caso o paciente venha a se perder.


5. Alimentação para o paciente com Alzheimer

A nutrição adequada a cada paciente deve ser orientada por um especialista. Os idosos podem necessitar de uma maior oferta de proteínas: carnes brancas, como peixe e aves; carnes vermelhas magras; leite desnatado; carboidratos e reguladores, fontes de vitaminas e minerais (vegetais, frutas e legumes).4,5








Referências:
2 - Alzheimer´s Disease International Demência nas Américas: custo atual e futuro e prevalência
da doença de Alzheimer e outras demências. Relatório ADI/Bupa. 2013;1:3-19.
3 - Whitehouse, P.J.; SAMI, A.S. Quality of life in dementias. In: Duyckaerts C, Litvan I.
Dementias. Ed. Elsevier, Amsterdam, 97-100, 2008.
4 - World Health Organization. 2004 Global strategy on diet, physical activity and health. WHO Library Cataloguing-in-Publication Data.
5 - Nettina SM. Manual of Nursing Practice 8ª edição, cap 9, pp 166-184.Lippincott Williams & Wilkins USA, 2006.

Seis dúvidas sobre as células-tronco do sangue do cordão umbilical


Material é utilizado para o tratamento de mais de 80 doenças graves


Embora ninguém possa prever o futuro, algumas atitudes simples, como preservar o sangue do cordão umbilical do seu filho, pode fazer uma grande diferença no futuro. “As células-tronco do sangue do cordão umbilical substituem o transplante de medula óssea no tratamento da leucemia, linfoma e algumas enfermidades imunológicas. Sua principal finalidade é recuperar o sistema hematopoiético (responsável pela fabricação das células sanguíneas) de pacientes submetidos à quimioterapia e/ou à radioterapia, uma vez que esses tratamentos também destroem o tecido que produz o sangue do paciente”, destaca Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista/Hemoterapêuta do HC-FMUSP.


Por tratar-se de um tema complexo, é comum surgirem diversas dúvidas. Abaixo, o especialista esclarece as principais questões que permeiam o assunto. Confira:


Quais as formas de aplicação de células-tronco? 

A terapia celular possibilita duas grandes formas de direcionar o tratamento. Uma delas é o transplante autólogo, no qual as células do próprio paciente, previamente armazenadas, são utilizadas em si mesmo. Já no transplante alogênico, as células são provenientes de outro indivíduo. A forma mais comum de aplicar as células-tronco é por meio da infusão endovenosa, como se o paciente estivesse recebendo uma transfusão de sangue. Entretanto, com o crescimento da terapia celular regenerativa, cada vez mais, as células–tronco estão sendo injetadas em diferentes tecidos para potencializar seu efeito local.  


Quais doenças já são tratadas com o sangue do cordão umbilical?

Segundo a Fundação “Parent's Guide to Cord Blood”, o sangue do cordão umbilical é tradicionalmente utilizado no tratamento de leucemias, talassemia e linfomas. “Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo avançado, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids. Hoje, o campo que objetiva tratar doenças não hematológicas é mais um motivo para o armazenamento preventivo do sangue de cordão umbilical”, aponta Dr. Nelson.  


Em que momento o sangue do cordão umbilical deve ser coletado?

A coleta é realizada logo após o nascimento da criança de forma rápida, durando em torno de cinco minutos. Após o clampeamento do cordão, a drenagem do sangue é feita por meio de uma punção com agulha na veia umbilical da placenta e seu acondicionamento é realizado em uma bolsa contendo anticoagulante. Todo o processo de coleta é realizado com técnica asséptica. O tempo de transporte entre a coleta e o processamento deve ser no máximo de 48 horas.


É possível coletar o material de bebês prematuros ou em partos de emergência?

Sim, é possível. O procedimento poderá ser realizado a partir de 32 semanas de gestação, conforme descrito na legislação que rege o funcionamento dos bancos de cordão umbilical e placentário. “No caso dos partos de emergência, em todas as cidades que possuem um escritório de coleta, há enfermeiros treinados que ficam de plantão 24h. O médico que fará o parto também pode ser treinado previamente para realizar a coleta das células-tronco. Por ser um procedimento simples, pode ser facilmente executado”, esclarece o especialista.


Qual a forma de armazenamento?

No Brasil quem opta por armazenar o material em um Banco Público está doando sangue do cordão umbilical. Este material poderá ser utilizado por qualquer pessoa que necessitar. A doação corre sob sigilo e a família não poderá reivindicar, a qualquer tempo, o próprio sangue de cordão doado. No caso do Banco Privado, somente a família terá acesso às células-tronco congeladas. “Armazenar no Banco Privado é um ato preventivo. Este procedimento é pago e custa, inicialmente, cerca de R$ 3 mil. Anualmente, também é cobrada uma taxa de manutenção da estocagem. Obviamente, estes valores podem variar entre os bancos privados e aumentar devido aos custos relacionados a transporte”, finaliza Tatsui.


O material pode ficar guardado por quanto tempo? 

Não há tempo máximo definido pela literatura. Há relatos que indicam unidades congeladas há mais de 25 anos e que ainda demonstram viabilidade celular adequada. Se o processamento e a estocagem forem realizados adequadamente (mantidos em temperatura inferior a -150 C), a expectativa é que as células-tronco continuem boas e viáveis por décadas.





Criogênesis

Posts mais acessados