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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Ortopedista do HCor alerta para o uso inadequado e o peso excessivo das mochilas




Saiba quais são os cuidados e como escolher a mochila ideal de acordo com tamanho e idade das crianças para evitar lesões na coluna; Ao primeiro sinal de dor, é imprescindível consultar o médico para uma avaliação mais detalhada


Chegou a hora de colocar aquela lista imensa de material escolar dentro da mochila e mandar as crianças para a escola. No entanto, é importante ficar atento ao tamanho e ao peso das mochilas. Seu mau uso pode ocasionar, além de problemas sérios na coluna, diversos tipos de lesões nos ombros. Se não tratados adequadamente, podem levar a prejuízos para a vida toda, como desvio de postura e dores crônicas nas articulações.

A recomendação para evitar problemas graves, é que a bolsa não ultrapasse 10% do peso da criança, ou seja, se ela pesa 30kg, sua mochila com os materiais deve ter, no máximo, 3kg. Preferencialmente, devem ter duas alças largas, pois isso ajuda a evitar a sobrecarga em apenas um dos ombros. Se optar pelos modelos com rodinhas, é importante observar se o puxador está na altura do punho da criança.

Embora muitos problemas de coluna tenham suas raízes na infância, os cuidados, segundo explica Dr. Raphael Marcon, ortopedista do HCor – Hospital do Coração, não devem se ater, apenas ao peso das mochilas. “É importante olhar a criança no contexto de seu dia a dia. A postura que ela permanece em sala de aula, sentado em frente ao computador ou mesmo em momentos de lazer, por exemplo, merecem a atenção dos pais”, orienta. “Ao primeiro sinal de dor, é imprescindível consultar um médico para uma avaliação mais detalhada”, indica o médico.

Mas, afinal, como saber qual o modelo ideal para cada criança? “Há três coisas fundamentais a serem observadas: o tamanho da mochila, se as alças são duplas e grossas, e a altura do puxador das bolsas de rodinhas”, indica Dr. Marcon.

Confira algumas dicas e fique atento a estes três principais pontos!

· Tamanho: a mochila deve cobrir as costas toda da criança. Se passar da cintura, é considerada grande demais;

· Alças: devem ser, preferencialmente, largas, pois ajudam a distribuir melhor o peso sobre os ombros;

· Rodinhas: os puxadores das mochilas de rodinha devem ficar na altura do punho da criança. Certifique-se de que os ombros estão alinhados adequadamente.






Estudo da Unifesp identifica alterações cerebrais associadas a casos de depressão em crianças e jovens



As alterações ocorrem na estrutura do sistema de recompensa do cérebro e podem ajudar a identificar jovens em risco para depressão antes mesmo do início dos sintomas


Um estudo feito a partir de exames de ressonância magnética do cérebro de crianças e jovens identificou que alterações da conectividade no circuito cerebral de recompensa foram associadas a casos de depressão após três anos de acompanhamento. As alterações foram encontradas em uma região no cérebro responsável por integrar e processar informações cotidianas sobre recompensas e motivação, chamado de estriado ventral, o qual teve um papel significativo nos quadros de depressão antes do início dos sintomas.

Os resultados estão na tese de doutorado de Pedro Mario Pan, defendida no Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), sob a supervisão do professor Rodrigo Bressan. O trabalho foi publicado no renomado periódico oficial da Associação Americana de Psiquiatria, o American Journal of Psychiatry.

Cerca de 750 crianças e jovens, com idade entre 9 e 16 anos, foram avaliados nas cidades de São Paulo e Porto Alegre. Além de avaliações psicológicas e psiquiátricas, eles realizaram exame de neuroimagem por meio de ressonância magnética, sendo que 90% (675) foram reavaliados três anos depois com a mesma metodologia. “Encontramos uma conectividade de característica diferente, aumentada ou mais ativada, no cérebro daqueles que desenvolveram depressão após três anos, o que representou 9% dos analisados”, esclarece Pedro Pan.

Os resultados integram o maior estudo epidemiológico longitudinal em Psiquiatria da Infância e Adolescência já conduzido no Brasil, chamado de Projeto Conexão, que teve início em 2009. Ele conta com verbas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para o Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento (INPD), e envolve diversas universidades brasileiras, destacando-se a parceria tripartite entre a Unifesp, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS).  

"Se confirmados em estudos futuros, esses resultados podem ajudar a identificar jovens em risco para depressão antes mesmo do início dos sintomas. Identificar precocemente indivíduos em risco para os transtornos mentais mais comuns é passo inicial para alcançarmos a prevenção no campo da psiquiatria", ele diz.


Tema relevante e atual

De acordo com o pesquisador, a depressão é uma das principais causas de perda de anos de vida pelo prejuízo funcional dentre todas as doenças médicas. Estimativas apontam que um em cada quatro pessoas apresentaram um episódio depressivo durante a vida. Na adolescência, principalmente, as consequências dos episódios depressivos podem ser devastadoras, como bullying, autoagressão e até suicídio.

"Contudo, ainda sabemos pouco sobre os mecanismos biológicos cerebrais que causam a depressão nessa faixa etária”, pontua. “Alguns estudos anteriores já apontavam para desregulações no circuito cerebral de recompensa como um mecanismo implicado na depressão. Nesse sentido, um adolescente com depressão pode perder a vontade de fazer suas atividades e a capacidade de sentir prazer, sintomas centrais desse transtorno mental”, conclui.








Os perigos de se automedicar



Especialista fala sobre os riscos da automedicação


A automedicação é vista por muitas pessoas como uma solução rápida para aquela dor ou qualquer outro sintoma que as estão incomodando. Pode ser uma dor de cabeça, muscular, abdominal, e diversas outras perturbações como alergias, ansiedade, cansaço, dentre outros. Como já estão acostumadas a sempre tomar o mesmo remédio, então, quando pressentem o sintoma indesejado, vão até a farmácia e compram os medicamentos sem prescrição recente.

“O remédio que achamos que é o certo para nosso alívio pode até resolver no momento, mas também pode trazer uma série de outras complicações no futuro. Isso porque, se você não é um profissional da saúde, não conhece as especificidades de cada medicamento e as necessidades do organismo quando está com alguma dor ou doença” explica Dra. Patrícia Filgueiras dos Reis, que atende pelo Docway.

Para o especialista, quando fazemos uso frequente do mesmo medicamento, o organismo pode criar resistência ou dependência daquele determinado remédio. Além disso, nem sempre conhecemos a causa do sintoma. “Às vezes uma dor comum pode ser algo mais sério e precisar de um tratamento específico. Por isso a importância de consultar um médico antes de comprar qualquer medicamento”, comenta. É claro que devemos, se o soubermos tomar algumas medicações sintomáticas numa situação repentina. Por exemplo, se tivermos um pico febril ou uma dor de cabeça isolada, devemos tomar o analgésico/antitérmico que estamos habituados a usar nestes casos e observar a evolução do quadro. Se os sintomas persistirem, aí devemos buscar atendimento e avaliação médica adequada.

Outro problema são aqueles remédios que camuflam os sintomas, mas não curam a doença, como por exemplo, alguns fármacos usados para rinite E anti-inflamatórios em geral. Segundo o médico, é comum que as pessoas façam uso desses medicamentos achando que estão resolvendo o problema, quando na verdade ele pode estar piorando e tendo os seus sintomas atenuados.
E a lista de problemas quanto à automedicação não para por aí. Às vezes, um remédio pode cortar o efeito de outro. “Isso acontece com alguns tipos de antibióticos e anticoncepcionais. varia de caso para caso, mas pode acontecer do primeiro medicamento inibir o efeito do segundo, que é de uso contínuo”, analisa.
Por isso, é imprescindível consultar um médico quando sentir qualquer dor ou perturbação recorrente ou persistente, e não fazer uso de remédios continuamente sem orientação. As consequências podem ser mais sérias do que imaginamos. 






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