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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Dia da Saudade: Psicóloga esclarece quando o sentimento pode não ser saudável



Em 30 de janeiro, é comemorado no Brasil o Dia da Saudade. A data foi instituída para celebrar as memórias do passado, de pessoas que já se foram e de bons momentos vividos. De acordo com pesquisa realizada por uma empresa britânica com mil tradutores e publicada pela BBC, a palavra da língua portuguesa “saudade” é a sétima mais difícil de ser traduzida entre todos os idiomas. “Saudade é uma lembrança que volta à consciência frequentemente, estando atrelada a algum aspecto vivido ou alguém que tenha passado em nossas vidas e que, por algum motivo, não está mais presente. Os principais sintomas são a lembrança recorrente, melancolia, angústia no peito, falta de concentração, entre outras sensações”, tenta explicar o sentimento a psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline Melo.

De acordo com a especialista, a saudade não se direciona apenas às pessoas, mas também às coisas, aos lugares e até às fases da vida. “Pode ocorrer por um tempo determinado, devido a uma viagem, um afastamento temporário, ou, em outras situações, não tem data para terminar, como quando alguém falece”.

Viver este sentimento é de extrema importância para aprender a lidar com ele, porém alimentá-lo a todo tempo pode impedir que se viva momentos bons no presente. “Tente pensar na saudade não somente como um aspecto dolorido, mas se lembrando de que se você sente falta de algo ou de alguém é porque teve uma experiência positiva com essa memória. Estimule as lembranças, mas não a dor da ausência. Essa mudança de foco pode ajudar a lidar melhor com o sentimento”, aconselha a psicóloga.

Caso a saudade se torne obsessiva, fazendo com que a pessoa permaneça por muito tempo em estado melancólico e a impedindo de se conectar e vivenciar emoções e experiências atuais, é necessário procurar ajuda de um profissional especializado para identificar o quanto este sentimento pode ter se tornado patológico. “Ao lidar com a saudade de maneira mais saudável e apropriada, ela poderá adormecer por um tempo, surgindo ainda em alguns momentos, mas não prejudicando as vivências do presente”, finaliza Aline Melo.





segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Passeios com pets são recomendados também durante o verão, mas exigem cuidados especiais



Antes de levar seu pet para passear, tutores precisam tomar algumas precauções, especialmente nessa época do ano


Todo tutor sabe que cães adoram explorar novos ambientes, principalmente em dias mais quentes, e sempre se animam quando o assunto é passear. Sair de casa para se exercitar traz muitos benefícios para a saúde do animal, como controle de ansiedade, e também proporciona muita diversão.

A COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) recomenda que tutores definam uma rotina de passeios – bem cedo, nos primeiros horários do dia, ou à noite. Esses são os melhores momentos para caminhadas porque o sol está menos forte e a temperatura tende a ser menor.

Se precisarem ainda de outra boa razão para adquirir esse hábito, tutores devem ter em mente que passeios regulares ajudam no gasto de calorias – vale lembrar que a obesidade é um dos grandes males do século e atinge não apenas seres humanos, mas igualmente cães e gatos sofrem com este distúrbio. A COMAC também alerta para as corridas porque tal prática é indicada apenas para algumas raças de cães que possuem melhor preparo físico. Antes de sair correndo por aí, consulte um veterinário de confiança e converse sobre o tipo e a quantidade de exercícios indicados para seu pet.


MAIS CUIDADOS

Para um passeio seguro são recomendados cuidados como 1) checar a coleira e ter certeza de que está firme, com a guia bem colocada, 2) levar saquinhos para recolher as necessidades do pet e 3) levar um pote para água - hidratação é muito importante, principalmente se o dia estiver muito quente ou o passeio for demorado.





COMAC (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal)





Cobra-cega, anfíbio muito encontrado no Brasil, pode trazer respostas para a cura da cirrose, aponta pesquisa da Unifesp




Estudo encontra, nesse animal, função hepática promissora no combate a inflamação e fibrose no órgão

Uma pesquisa desenvolvida na Unifesp mostra que o anfíbio Siphonops annulatus – também conhecido por cobra-cega – possui uma função hepática natural nunca vista em outro animal e pode trazer avanços no tratamento ou mesmo a cura para a cirrose, doença que mata, por ano, cerca de 30 mil pessoas no país, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia. O estudo, realizado em parceria com pesquisadores do Instituto Butantan e da Universidade de Surrey, no Reino Unido, foi publicado, recentemente, no periódico Journal of Anatomy.

A cirrose é o desfecho de lesões no fígado causadas pelo alcoolismo crônico, por hepatites e, em menor prevalência, por medicamentos. Em qualquer um dos casos citados, promovem uma resposta de autorreparação (fibrogênese) ao órgão, por meio da produção exagerada de colágeno e de cicatrização (fibrose), fazendo com que o fígado perca sua função e venha à falência completa.    

Os resultados do estudo conduzido na Unifesp, no qual utilizou-se a estereologia como método quantitativo, apontou que a cobra-cega possui células no fígado, chamadas melanomacrófagos, capazes de remover e degradar o colágeno. Elas também são capazes que fagocitar e digerir basófilos, células do sistema imune relacionadas aos processos inflamatórios e fibróticos.

A estereologia é um método que permite a análise quantitativa de imagens, contendo tecidos oriundos de diversos órgãos, não apenas em duas dimensões (2D) – compreendendo o comprimento e a largura –, mas também levando em conta sua profundidade (3D). Por meio de um software é possível estimar, por exemplo, o número total de células em relação ao volume do órgão. 

De acordo com o autor principal do trabalho, Robson Gutierre, que também é professor colaborador e pesquisador dos departamentos de Morfologia e Neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, várias estratégias de tratamento para conter ou eliminar a fibrose hepática já foram testadas, sem sucesso, em ratos.

Assim como em seres humanos, os ratos possuem células de Kupffer (também chamada de macrófago do fígado) que podem atuar na resposta pró ou anti-inflamatória em algumas doenças. No entanto, nos estudos com esses animais, nos quais foi injetado na corrente sanguínea, verificou-se que elas são capazes de fagocitar e degradar colágeno, porém não há evidências desta função in vivo sem a injeção de colágeno no sangue. “Uma vez que a cicatriz fibrótica seja instalada, não há como reverter a lesão”, afirma o pesquisador. "A habilidade que essa espécie tem de controlar suas defesas naturais também poderia fornecer uma visão da tolerância imune, um mecanismo pelo qual o fígado pode controlar inflamações indesejadas”.

Ainda, segundo ele, a tolerância imune pode ser estudada nessa espécie porque elas produzem células pro-inflamatórias nesse fígado hematopoiético durante toda a vida, sem desenvolver inflamações crônicas. Estes animais não possuem medula óssea e produzem células sanguíneas no fígado e baço.






Sobre a Unifesp
Criada em 1994, a Unifesp originou-se da Escola Paulista de Medicina (EPM), entidade privada fundada em 1933 e federalizada em 1956. Por meio do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), iniciou seu projeto de expansão em 2005. Atualmente, a Universidade conta com cursos nas áreas de Humanas, Exatas, Biológicas, Negócios e Saúde; distribuídos nos seguintes campi: São Paulo, Baixada Santista, Diadema, Guarulhos, São José dos Campos e Osasco, além de unidades avançadas de extensão – Embu das Artes e Santo Amaro.






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