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segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Cobra-cega, anfíbio muito encontrado no Brasil, pode trazer respostas para a cura da cirrose, aponta pesquisa da Unifesp




Estudo encontra, nesse animal, função hepática promissora no combate a inflamação e fibrose no órgão

Uma pesquisa desenvolvida na Unifesp mostra que o anfíbio Siphonops annulatus – também conhecido por cobra-cega – possui uma função hepática natural nunca vista em outro animal e pode trazer avanços no tratamento ou mesmo a cura para a cirrose, doença que mata, por ano, cerca de 30 mil pessoas no país, segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia. O estudo, realizado em parceria com pesquisadores do Instituto Butantan e da Universidade de Surrey, no Reino Unido, foi publicado, recentemente, no periódico Journal of Anatomy.

A cirrose é o desfecho de lesões no fígado causadas pelo alcoolismo crônico, por hepatites e, em menor prevalência, por medicamentos. Em qualquer um dos casos citados, promovem uma resposta de autorreparação (fibrogênese) ao órgão, por meio da produção exagerada de colágeno e de cicatrização (fibrose), fazendo com que o fígado perca sua função e venha à falência completa.    

Os resultados do estudo conduzido na Unifesp, no qual utilizou-se a estereologia como método quantitativo, apontou que a cobra-cega possui células no fígado, chamadas melanomacrófagos, capazes de remover e degradar o colágeno. Elas também são capazes que fagocitar e digerir basófilos, células do sistema imune relacionadas aos processos inflamatórios e fibróticos.

A estereologia é um método que permite a análise quantitativa de imagens, contendo tecidos oriundos de diversos órgãos, não apenas em duas dimensões (2D) – compreendendo o comprimento e a largura –, mas também levando em conta sua profundidade (3D). Por meio de um software é possível estimar, por exemplo, o número total de células em relação ao volume do órgão. 

De acordo com o autor principal do trabalho, Robson Gutierre, que também é professor colaborador e pesquisador dos departamentos de Morfologia e Neurologia da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) – Campus São Paulo, várias estratégias de tratamento para conter ou eliminar a fibrose hepática já foram testadas, sem sucesso, em ratos.

Assim como em seres humanos, os ratos possuem células de Kupffer (também chamada de macrófago do fígado) que podem atuar na resposta pró ou anti-inflamatória em algumas doenças. No entanto, nos estudos com esses animais, nos quais foi injetado na corrente sanguínea, verificou-se que elas são capazes de fagocitar e degradar colágeno, porém não há evidências desta função in vivo sem a injeção de colágeno no sangue. “Uma vez que a cicatriz fibrótica seja instalada, não há como reverter a lesão”, afirma o pesquisador. "A habilidade que essa espécie tem de controlar suas defesas naturais também poderia fornecer uma visão da tolerância imune, um mecanismo pelo qual o fígado pode controlar inflamações indesejadas”.

Ainda, segundo ele, a tolerância imune pode ser estudada nessa espécie porque elas produzem células pro-inflamatórias nesse fígado hematopoiético durante toda a vida, sem desenvolver inflamações crônicas. Estes animais não possuem medula óssea e produzem células sanguíneas no fígado e baço.






Sobre a Unifesp
Criada em 1994, a Unifesp originou-se da Escola Paulista de Medicina (EPM), entidade privada fundada em 1933 e federalizada em 1956. Por meio do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), iniciou seu projeto de expansão em 2005. Atualmente, a Universidade conta com cursos nas áreas de Humanas, Exatas, Biológicas, Negócios e Saúde; distribuídos nos seguintes campi: São Paulo, Baixada Santista, Diadema, Guarulhos, São José dos Campos e Osasco, além de unidades avançadas de extensão – Embu das Artes e Santo Amaro.






Seis dicas para cuidar do seu pet no verão



 Durante a estação mais quente do ano muitos pets se sentem incomodados pelas altas temperaturas. Devemos estar atentos e tomar alguns cuidados especiais. Por isso, preparei seis dicas simples que irão garantir o bem estar do seu pet nesse verão:


Hidratação é essencial – por mais que pareça óbvio, sempre vale a pena lembrar. Nessa estação é comum os animais, principalmente os mais peludos, ficarem bem desidratados. Para garantir que isso não aconteça, uma ideia interessante é facilitar esse contato espalhando várias vasilhas de água pela casa, assim ele poderá se hidratar sem fazer muito esforço. O ideal é manter a água sempre fresca e limpa, mas se você ficar fora por muito tempo faça a troca ao menos duas vezes por dia e mantenha os potes na sombra. Se você ainda quiser dar um mimo ao seu animal, pode variar com uma água de coco bem geladinha! Para os tutores ansiosos por agradar recomendo um Snack liquido - A Dog Beer é uma cerveja canina inspirada na bebida humana. Porém, sem álcool e gás carbônico, ingredientes prejudiciais à saúde dos cães. Ela é feita à base de malte e está disponível nos sabores carne e frango, em garrafas de 355ml. Outro Snack liquido é o Dog’sWine, também inspirado no vinho humano é o primeiro vinho de fabricação nacional produzido especialmente para os cães. Sua formula não contém álcool, gás carbônico e nem uva, ingredientes que podem trazer riscos à saúde dos pets. A fórmula do Dog’sWine conta somente com ingredientes naturais, como suco de carne e corante natural de beterraba. Ambas as bebidas são excelentes formas de hidratar e repor vitaminas para o pet e ainda agradar. Outra opção bem interessante é congelar as bebidas em forminhas de gelo, frutinhas ou ração úmida em forma de sorvete, e colocar gelo na água também.


Evite passeios nos horários mais quentes – outro cuidado importante é evitar passear com seu animal entre 10h e 17h. Mesmo fora desse período, dê preferência aos locais com árvores, sombra, piso frio ou grama. Se não for possível, verifique se a temperatura do asfalto está suportável. Para saber, faça o teste colocando sua mão no chão por 20 segundos. As patas dos pets são muito sensíveis e poderão esquentar rapidamente caso a superfície esteja quente e, em casos mais graves, esse contato pode gerar queimaduras. Lembre-se também de levar uma garrafinha com água fresca e verificar se o animal está salivando muito, se isso acontecer procure resfria-lo com água nas patinhas e na boca. Faça o mesmo se ele se deitar no chão e não quiser prosseguir com a caminhada, também é recomendado aguardar pelo menos quinze minutos para retornar o passeio para casa. 


Use filtro solar – assim como nós, os animais também precisam se proteger contra o câncer de pele, por isso devem usar filtro solar. Existem diversas marcas específicas para uso animal no mercado ou você pode mandar manipular a fórmula. A recomendação é aplicar nas partes menos cobertas por pelos, como pontas da orelha, barriga e nariz, principalmente em animais de pelo curto, pelagem branca ou de mucosas claras. Também vale lembrar que, em hipótese nenhuma, você deve-se usar o filtro solar destinado a humanos, pois esse pode causar intoxicações se for lambido pelo pet. 


Se ele comer menos, não se desespere – durante o verão é normal os animais diminuírem seu ritmo de alimentação. Não se preocupe com isso, o máximo que você pode fazer é oferecer várias porções ao dia do alimento para ver se ele se anima um pouco mais em comer. Uma opção é oferecer frutas frescas, como melão e melância, que contém alto teor de água.


Banho e tosa pra ontem – assim como ninguém gosta de vestir casaco no verão, para os bichinhos também é um sofrimento passar pela estação coberto de pêlos. Então, providencie uma tosa, ao menos a higiênica, para seu pet agora mesmo. Além de contribuir para a higiene, o hábito irá refrescar os animais. Banhos também são indicados uma vez por semana. A recomendação é lavá-los com água em temperatura ambiente e xampu especial para pets, neutro e hipoalergênico. 


Fique atento aos sinais de doenças – micoses, piolhos, sarnas e parasitas de pele são mais comuns no verão. Para evitar que o animal contraia alguma dessas enfermidades, recomenda-se evitar levar o cão ou o gato a locais muito frequentados por outros animais e aplicar remédios antipulgas e anticarrapatos a cada 30 dias.


Enfim, todas essas dicas são bem simples de seguir e irão proporcionar um grande alívio ao seu animal. Então, não perca mais tempo, comece a coloca-las em prática agora mesmo!






Cibele Erreiras Ruiz - médica veterinária, clínica geral e nefrologia/urologia veterinária na clínica Bele Bichos e consultora do Grupo Ipet.








E-lixo: desafio e oportunidade para empresas da era eletrônica



Segundo a ONU, a indústria eletrônica gera a cada ano quase 50 milhões de toneladas de lixo provenientes de computadores e smartphones


Cada vez mais, os equipamentos eletrônicos estão tomando conta do nosso dia a dia. Computadores, notebooks, tablets, smartphones, televisores e vídeo games são apenas alguns exemplos dos dispositivos que ocupam nossa rotina diária pessoal ou profissionalmente. É fato que alguns deles se tornaram essenciais para nossa sobrevivência num mundo hiperconectado, e as empresas não poupam investimentos para criar mais necessidades, nos levando a comprar cada vez mais.

Mas o que fazemos com os equipamentos eletrônicos que não usamos mais? A constante demanda por inovação aliada a fatores econômicos e empresariais contribui para o descarte precoce dos equipamentos, tornando os chamados Resíduos de Equipamento Eletroeletrônicos (REEE) muito presentes na atualidade.

Entretanto, existe uma ausência de soluções para o descarte e destinação desses resíduos. Na cidade de São Paulo, por exemplo, não há nenhuma política especifica para o descarte de lixo eletrônico. A maior cidade da América Latina fica devendo em logística de reúso e educação ambiental relacionada à reciclagem do chamado e-lixo.

As soluções locais relacionadas ao processo de reciclagem de eletrônicos estão partindo de empresas e negócios emergentes que procuram incentivar o reúso dos equipamentos até a exaustão de sua vida útil. Seguindo as normas previstas na PNRS - Política Nacional dos Resíduos Sólidos, instituída na lei 12.305, de 2010, a Eixo - TI é uma dessas empresas emergentes. Especializada em reciclagem de eletrônicos e no desenvolvimento de equipamentos remanufaturados, a Eixo - TI está associada à Assespro - SP (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação - Regional São Paulo), um grupo de empresários que visa contribuir com a evolução e o amadurecimento do mercado brasileiro no que diz respeito às novas tecnologias para o crescimento das empresas.

A Eixo - TI revela que entre as bases para concretização da reciclagem dos eletrônicos estão etapas como logística reversa, triagem, manufatura reversa, descarte e destruição. Cada etapa requer recursos financeiros, tecnológicos, processuais, mão de obra especializada e são tratadas como elos independentes dentro do supply chain da reciclagem.

Algumas etapas já trazem receita para empresas dedicadas ao processo e oportunidades para novos negócios, com destaque para a triagem dos equipamentos coletados visando a melhora no rastreamento e no reúso para microempresários em processo de inclusão digital, fomentos produtivos em comunidades, projetos de inclusão e formação digital, auxiliando na diminuição dos custos de capacitação reinvestidos regularmente pelo setor empresarial.

O processo de extração de metais existentes nos eletrônicos não é realizado localmente por falta de tecnologia e incentivos para ampliar o mercado de reciclagem. Sendo assim, todo o material arrecadado e destinado corretamente é exportado para países detentores do maquinário necessário. Se houvesse uma maior preocupação nacional, novos postos de trabalho relacionados à reciclagem do e-lixo poderiam ser criados.

Por isso, a Eixo - TI e a Assespro - SP acreditam tanto na importância da educação ambiental para uma solução de longo prazo. Para mitigar a problemática dos REEE as pessoas em suas casas e locais de trabalho precisam investir na coleta seletiva, e as instituições públicas e privadas em aumento no número de postos de coletas, bem como na logística reversa eficiente e com custos plausíveis.





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