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terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Pesquisa mundial revela que millennials acreditam ter apenas 35% de influência na estratégia das empresas onde trabalham



 Levantamento mostrou também que a geração se sente capaz de fazer a diferença na sociedade a partir do seu ambiente de trabalho, está mais cautelosa, disposta a assumir responsabilidades e busca estabilidade no emprego
  • Geração representa 41% da força de trabalho brasileira e estima-se que até 2020 atinja 50%.
  • Considerada desafiadora, geração tem mudado o mercado de trabalho e demandado um novo tipo de gestão e liderança.
  • 25% dos millennials brasileiros estão desempregados.
  • 80% dos líderes são da geração X e 20% millennials.


Realizada com cerca de 8 mil millennials de 30 países, incluindo o Brasil, a pesquisa "The 2017 Deloitte Millennial" abordou questões que preocupam jovens nascidos a partir de 1982, ou seja que têm entre 19 e 36 anos. O estudo, feito somente com jovens atuantes no mercado de trabalho, constata que os millennials têm um perfil inovador, buscam estabilidade e estão dispostos a assumir responsabilidades. Também contraria estereótipos e preconceitos que permeiam o cotidiano corporativo, de que são uma geração de jovens utópicos imediatistas, que não aceitam hierarquia e processos estabelecidos.

Diante de um mundo tão incerto e, no caso dos países emergentes, de condições político-econômicas desfavoráveis, 31% dos entrevistados afirmaram que pretendem ficar cinco anos ou mais na empresa em que trabalham e apenas 7% disseram ter intenção de deixar o emprego em breve. Com relação ao tipo de trabalho, 65% disseram preferir um emprego permanente de período integral e 31% afirmaram optar por consultorias ou empregos freelance.

"A pesquisa mostra que precisamos investir no desenvolvimento do ambiente corporativo. O mundo e a sociedade mudaram e temos a geração X e Y convivendo neste mesmo espaço, com percepções diferentes. É preciso uma adaptação mútua, porém, no caso da esfera corporativa, essa adaptação, na maioria dos casos, tem início nos líderes", diz Villela da Matta, presidente da SBCoaching e business coach. "Os millennials buscam autonomia e influência nos projetos, estão dispostos a assumir responsabilidades para poderem desenvolver soluções e produtos e os líderes contemporâneos devem conseguir equacionar isso com questões corporativas e limites que têm de ser respeitados", explica.

Mais uma vez contrariando os estereótipos, os millennials entrevistados disseram que sentem que são 70% responsáveis diretamente pela satisfação dos clientes das empresas onde trabalham, o que revela seu alto comprometimento. O contraste com o baixo percentual, 35%, de influência sobre a estratégia da empresa, é que leva ao desengajamento. "Estes jovens têm boa formação e anseiam para que seus líderes acreditem em seu potencial. É possível delegar sem largar, ou seja, o líder pode acompanhar e orientar, o que é uma motivação para o funcionário e uma forma de aumentar sua performance como gestor", orienta o business coach.


Preguiçosos ou sem oportunidades?

Contudo é necessário desmistificar também a ideia de que os millennials sejam preguiçosos. Este estereótipo pode estar impactando, inclusive, nas ofertas de trabalho oferecidas. Segundo a pesquisa "Millennials e a Geração Nem Nem", realizada pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), em parceria com a empresa MindMiners, em setembro do ano passado, 25% dos brasileiros nesta faixa etária estão desempregados, fato que tem origem na crise econômica atual, claro, mas também nas poucas oportunidades dadas pelas empresas, que dão preferência a quem tem experiência.

A pesquisa revelou que a maioria destes jovens (68%) concorda em aceitar ganhar menos ou trabalhar em áreas fora da sua área de formação, quase metade (45%) também está disposta a trabalhar mais de 40 horas semanais. A diferença está no compromisso com a igualdade e a inclusão (44% consideram esse fator importante) e o incentivo à geração de novas ideias e melhorias (54% dizem querer participar deste processo).

Há quem diga que é a geração mais preparada em nível acadêmico, a que mais cria, a que mais inova. "Sem dúvida, estes jovens são as pessoas que hoje melhor captam as novidades e as reproduzem em diversos meios", diz Vilella da Matta. "Tamanha efervescência de ideias pode por em risco a execução de atividades maçantes, mas, necessárias para o funcionamento da empresa", pontua.

"Novos tempos e novas formas de trabalho não são mais futuro, são presente, já se estabeleceram, portanto, o bom líder não só pode como deve adotar novas formas de lidar com seus funcionários para atingir um bom resultado", aconselha.


10 dicas de técnicas de engajamento para profissionais millennials
Por Villela da Matta, precursor do coaching no Brasil e business coach

  1. Tenha o ato de delegar como um comportamento e uma prioridade. Para isso mantenha a rotina de analisar suas tarefas e avaliar o que pode ser realizado por sua equipe, inclusive tarefas que você tem o hábito de realizar.
  2. Pense no resultado que deseja e foque em como irá transmitir esse objetivo com clareza a quem irá delegar.
  3. Escolha o profissional que tem mais habilidades para executar essa tarefa, mas também leve em consideração critérios como "ele lida bem com prazos?", "alguém da equipe gostaria dessa oportunidade?".
  4. Dê total autonomia a quem você delegou a tarefa. Isso não significa largar a tarefa. Você pode dar autonomia e ficar disponível para colaborar no que for necessário para que o resultado seja alcançado.
  5. Se você precisa de status periódicos de andamento do projeto procure deixar isso claro, bem como o formato, no ato da delegação, se possível com datas determinadas. Ex. Semanal, ao final do dia.
  6. Dê feedback. Mesmo que não seja convocado a colaborar, demonstre que está acompanhando o processo, elogie progressos, conquistas, dê sugestões.
  7. Não coloque a responsabilidade sobre os resultados somente em quem delegou a tarefa. O líder é responsável pelo sucesso e fracasso de projetos e como tal deve ter envolvimento com este olhar de sinergia e atenção para rever alguma rota ou propor uma ação para retomar o caminho.
  8. Ouça sua equipe. Considere sugestões e propostas para mudanças de processos, ideias. Apoie decisões bem justificadas. Estimule sua equipe a ter um comportamento analítico, flexível e capaz de aumentar a performance de todo o setor.
  9. Avalie os resultados. Proponha apresentações com participação de todos para compartilhamento de ideias e soluções. Valorize os envolvidos. Deixe que apresentem seus projetos e cases.
  10. Fuja da delegação reversa. Não perca a oportunidade de desenvolver seu time quando alguém voltar com uma tarefa que você delegou. Hoje, você pode ganhar tempo fazendo e não ensinando, mas a longo prazo isso não vai ajudar na sua performance como líder e nem na performance do aprendiz, muito pelo contrário.




SBCoaching (Sociedade Brasileira de Coaching)
www.sbcoaching.com.br





segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Cinco tendências tecnológicas para ficar de olho em 2018


Ninguém duvida que as tecnologias estão evoluindo e sendo adotadas com uma velocidade cada vez maior. Várias delas surgiram nos últimos anos e já ganharam diferentes aplicações e representatividade em inúmeros segmentos da indústria. Por isso, não podemos deixar de olhar para a evolução e os impactos que cada uma delas causará nos nossos negócios e setores. Para facilitar essa análise, trago abaixo cinco tendências que se difundirão mais fortemente em 2018 e que todas as empresas devem estar atentas.

Inteligência Artificial
A tecnologia vai continuar sendo um dos principais tópicos do próximo ano. Ela está evoluindo a passos largos para diversas aplicações e estará em praticamente todos os tipos de sistemas e soluções. Mais do que isso, a IA também deixará as coisas mais inteligentes. Robôs, drones, máquinas agrícolas. Todos eles responderão perguntas e oferecerão insights para tomada de decisões em diferentes indústrias.  
  
A evolução dessa tendência também passa muito pelas experiências conversacionais, como Alexa, da Amazon, e Siri, da Apple. Esses exemplos da vida pessoal ingressarão fortemente no universo corporativo, como no atendimento ao cliente, por exemplo, que poderá pedir orientações ou fazer perguntas por comando de voz ou texto e ser direcionado a um manual ou à localização específica da resposta na página de FAQ (perguntas e respostas frequentes, da sigla FAQ em inglês).

Além disso, há estudos sobre a operação de máquinas e sistemas com o uso de comandos de voz. Desta forma, por meio de uma interação com linguagem natural, será possível interagir com um software e pedir para que ele emita uma nota fiscal para empresa X, por exemplo, e ele o fará sozinho.

Realidade virtual e aumentada
Outras tecnologias que vão crescer muito no próximo ano são as realidades virtual e aumentada. Até então bastante usadas na indústria de games, em 2018 se tornarão mainstream impulsionadas pelos setores de lazer, como museus e estádios, hotelaria e turismo. Mas também serão bastante usadas nos segmentos de varejo, saúde e educação - incluindo treinamentos.

Esses conceitos ganharam popularidade no mercado de games, como Pokémon, mas, assim como a inteligência artificial, estão sendo inseridas em aplicações de negócios. Em uma loja física, com uma aplicação assim, será possível obter informações adicionais de um produto ou verificar se uma carteira que você está comprando combina com um sapato que já está em casa. No segmento de saúde, será possível ”escanear” o tornozelo após uma contusão e obter indicações do que aconteceu e recomendações do que fazer. Tudo isso com a câmera do celular.

Os benefícios não param por aí. Essas tecnologias permitirão uma experiência imersiva, como, por exemplo, no aeroporto de Singapura que já treina seus novos engenheiros mecânicos 100% com óculos de realidade virtual. Na educação à distância, estudar o corpo humano como se ele estivesse na sua frente será um grande avanço para estudantes e professores. E imagine se, antes de comprar uma passagem para o Japão, você pudesse vivenciar uma caminhada pelas ruas da cidade ou saber como será a visão do assento do ingresso que deseja comprar para um show ou um jogo no estádio, antes mesmo de adquiri-lo. Até mesmo um passeio no museu ou em uma exposição torna-se mais rico e interessante com informações adicionais sobre uma obra usando apenas o celular.

Blockchain
Até o momento tivemos muitos casos teóricos de blockchain, mas em 2018 o veremos, de fato, em produção. Haverá um crescimento forte não só da tecnologia em si, mas, principalmente, de soluções desenvolvidas em cima dela. Será possível, por exemplo, fazer tracking e auditoria do transporte de medicamentos utilizando um sensor de internet das coisas (IoT) que rastreia o trajeto e a temperatura dos medicamentos durante todo o processo, salvando essas informações no blockchain. A medida garante a proteção dos dados, a imutabilidade deles e, até mesmo, a segurança e a qualidade dos produtos, que não sofreram alterações durante o trajeto. O mesmo princípio, pode ser usado no supply chain e na agricultura.

A tecnologia também deve crescer muito no segmento financeiro, onde surgiu juntamente com os bitcoins. Hoje, não existe uma instituição financeira que não use ou não esteja discutindo a adoção de blockchain. Outro aspecto que deve crescer bastante no próximo ano é a identidade digital e o blockchain será usado para garantir a segurança da informação e também que você é você mesmo.

Fog computing
Em 2018, vamos começar a usar o poder computacional das pontas. Isso agilizará a rotina de empresas e profissionais, pois não será mais necessário enviar todos os dados para uma nuvem, esperar ela processá-los e enviar a informação de volta para tomar decisões.

Imagine a diferença dessa mudança de paradigma em um carro autônomo, em que a velocidade de decisão é fundamental para a segurança das pessoas. Ao usar o poder computacional das pontas, realiza-se o processo localmente e apenas o armazenamento do resultado na nuvem tradicional, combinando várias nuvens ao invés de centralizar tudo em uma só. E isso só acontecerá porque o poder computacional que temos hoje no nosso smartphone ou em um carro autônomo, por exemplo, são incríveis.

Combinação de todas essas tecnologias
Além dos benefícios oferecidos por cada uma dessas tecnologias individualmente aos negócios, a combinação de várias delas também impactará fortemente o dia a dia nas empresas e a nossa interação com elas. O carro autônomo, por exemplo, usará não só a fog computing, mas também a inteligência artificial para tomar decisões. Na saúde, veremos o uso de IA e de realidade aumentada para dar uma prévia de diagnósticos. Além disso, com os óculos HoloLens, da Microsoft, será possível escanear um paciente e depois interagir com ele por meio de realidade aumentada e inteligência artificial.

Essas são algumas tendências que impactarão as empresas e os negócios em 2018 e precisamos estar atentos aos impactos que elas podem causar, não só no ambiente corporativo, para não perdermos competitividade, como também na interação com os clientes e nas experiências que oferecemos a eles.



Vicente Goetten - diretor do TOTVS Labs

www.totvs.com


CNH Digital deve estar disponível em todo o Brasil até fevereiro



A partir do próximo mês, todos os estados brasileiros devem estar obrigatoriamente aptos a disponibilizar a Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e). A resolução, que foi publicada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em agosto do ano passado, afirma que o documento digital terá o mesmo valor jurídico da versão impressa, que continuará sendo emitida.

O novo formato do documento funcionará como um aplicativo de celular e estará disponível nas lojas oficiais da Apple e do Google (para aparelhos Android).

De acordo com Rodrigo Mourad, sócio da Cobli - startup especializada em controle de frotas, telemetria e roteirização - o novo modelo trará diversas vantagens. "Além da economia de papel, os condutores mais esquecidos também terão uma boa economia no bolso, já que a multa para quem dirige sem o documento é de R$ 88,38. Donos de empresas que possuem frotas também terão mais tranquilidade na operação, sem a preocupação de ter o veículo da empresa retido até a apresentação do certificado", diz Rodrigo.

Como obter a CNH-e?


A CNH-e só poderá ser solicitada por quem já possui o documento com o QR-Code, um código que possibilita a leitura das informações por aparelhos eletrônicos que já está fixado no verso de carteiras impressas desde maio do ano passado.

Os demais condutores terão acesso à CNH-e quando renovarem o documento.

Após baixar o aplicativo, o motorista terá que escolher entre usar um certificado digital (pago), que permitirá fazer todo o processo pela internet, ou procurar um posto do Detran para se cadastrar.
Também será necessário fazer um cadastro no Portal de Serviços do Denatran. Depois disso, o condutor deve realizar o "login" no aparelho em que desejar utilizar a CNH digital. No primeiro acesso, será necessário criar um PIN de segurança. Somente esse código possibilitará acesso às informações. Todos os dados serão criptografados, para garantir a segurança.

Ainda não há definição com relação ao custo do documento digital, já que esta determinação fica a cargo Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).




Roberta Caprile




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