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sábado, 13 de janeiro de 2018

Problemas na decodificação dos sons prejudica desempenho escolar



Distúrbio do processamento auditivo central (DPAC) afeta o sistema nervoso central. Reabilitação possibilita vida normal aos pacientes
 
Um filho que tira boas notas na escola é motivo de orgulho para qualquer pai ou mãe. O bom desempenho depende de vários fatores, como a motivação e habilidade do aluno. Mas o que fazer quando a criança apresenta dificuldades de leitura, escrita, compreensão de textos, problemas de memória e não consegue acompanhar as aulas? Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista e otoneurologista, explica que estes são alguns sintomas do distúrbio do processamento auditivo central (DPAC). “O DPAC afeta a capacidade de entendimento dos indivíduos”, afirma.

Quem sofre com o DPAC ouve, mas não consegue interpretar os sons. Outros indícios do distúrbio no indivíduo são dificuldades para manter atenção aos sons, é preciso ser chamado várias vezes para responder, não entende ideias abstratas, piadas ou expressões de duplo sentido, pede para repetir as informações com frequência e tem problemas de fala. “A pessoa também não consegue acompanhar uma conversa com outras pessoas falando ao mesmo tempo e tem dificuldades para localizar a origem dos sons. É comum a troca de letras, como L, R, E, S e CH”, ressalta.

Os indivíduos com DPAC não possuem problemas no ouvido e sim no sistema nervoso central. O transtorno afeta o processamento dos estímulos sonoros, que além de não ser feito corretamente é mais lento do que o normal. Sem a decodificação perfeita, os sons tornam-se ruídos incompreensíveis. “O processamento auditivo pode ser definido como o processo de decodificação das ondas sonoras, que tem início na orelha externa e termina no córtex cerebral. É a capacidade de analisar, interpretar e associar as informações sonoras”, destaca.

O principal obstáculo é identificar o DPAC - muitas vezes o paciente é diagnosticado com outras patologias e é submetido a tratamentos ineficazes. A demora no diagnóstico correto e a concomitância de outros distúrbios, como a dislexia e o déficit de atenção (TDAH), contribuem para a baixa auto-estima da criança. “Não existe um consenso sobre as causas do DPAC. Permanência em UTI-Neonatal por tempo superior a 48 horas, fatores genéticos, otites nos três primeiros meses de vida, e experiências auditivas insuficientes durante a primeira infância podem ser associadas ao distúrbio”, esclarece.

Outras hipóteses afirmam que o DPAC é desencadeado por lesões nas vias de condução dos sons, doenças neurodegenerativas, dependência química e alcoolismo materna, rubéola, sífilis, toxoplasmose. Nenhuma destas suspeitas foram comprovadas cientificamente. “Para diagnosticar o DPAC é preciso fazer testes especiais, exames que avaliam a audição central, o cérebro, a mente e o processamento dos sons e uma entrevista detalhada com o paciente, que ajuda a determinar as melhores estratégias para a reabilitação”, observa.

A especialista enfatiza que ainda não há cura para o DPAC, mas é possível ‘ensinar’ o cérebro a responder a novos estímulos. Isto é possível graças à neuroplasticidade – capacidade para se moldar a uma nova realidade. “É fundamental que o tratamento seja interdisciplinar, com a atuação de otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, neuropediatras, psicopedagogos e neuropsicólogos. A reabilitação proporciona melhora na qualidade de vida e um cotidiano normal para os estudantes”, evidencia Rita, mestre em clínica cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Com o tratamento, o paciente aprende a desenvolver outros mecanismos e caminhos diferentes para superar o distúrbio. Não há um tempo exato de reabilitação, tudo depende da gravidade do DPAC. O suporte da família e da escola é imprescindível para a melhora do quadro. “O aluno que tem o problema deve sentar na primeira carteira e o professor deve ser orientado a falar devagar e olhando para o estudante, assim a criança não fica dispersa”, acrescenta a médica, responsável pelo Setor de Otoneurologia da Unidade Funcional de Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UFPR.






Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR
Rua João Manoel, 304 Térreo, Bairro São Francisco, Curitiba PR







sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

IPT desenvolve novo medicamento contra leishmaniose



Fármaco nanotecnológico visa tratamento mais eficiente e menos invasivo contra a doença


O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está desenvolvendo, em seu Laboratório de Processos Químicos e Tecnologia de Partículas, um novo medicamento contra a leishmaniose, doença endêmica no Brasil causada por protozoários e transmitida pela picada de certas espécies de mosquito. A alternativa, mais eficiente e menos dolorosa que o tratamento atual (injetável), já gerou uma patente para o Instituto e se baseia na tecnologia de nanocarreadores coloidais, cuja liberação controlada visa diminuir os efeitos colaterais do fármaco.

Thais Aragão Horoiwa, pesquisadora responsável pelo projeto, explica que a tecnologia funciona como uma espécie de "cavalo de Tróia". O antiomoniato de meglumina (comercialmente conhecido como Glucantime), droga utilizada no tratamento da leishmaniose, é encapsulada em nanoestruturas poliméricas compostas por maltodextrina, um gliconjugado de que o protozoário necessita em seu metabolismo. “Acreditamos que o uso da maltodextrina faz com que o medicamento atinja preferencialmente as células infectadas às saudáveis, porque, em tese, o açúcar iria preferencialmente para as células que o estão demandando mais”, explana.

Atualmente, no Brasil, o tratamento da doença é oferecido pelo SUS e feito de forma injetável. Em termos simples, o paciente recebe diariamente, por um período de 20 dias, injeções com doses de 10 a 20 mg de Glucantime, sendo a aplicação feita diretamente nas ferida. “O tratamento é extremamente doloroso, além de depender da internação do paciente para a aplicação do medicamento e controle dos efeitos colaterais, que são intensos e podem até levá-lo a óbito”, conta Thais. “A alternativa que propomos visa um tratamento tópico com pomada ou creme, evitando que o medicamento caia na corrente sanguínea, e com aplicação feita pelo próprio paciente. A simplicidade do tratamento diminuiria o gasto de recursos públicos e evitaria também a evasão do tratamento”.

Os testes de liberação e permeação realizados até o momento mostram evidências de que o medicamento, indicado para tratamento da leishmaniose cutânea, não tem penetração na corrente sanguínea – evitando efeitos colaterais em órgãos internos – e que sua liberação é sustentada na ferida, crescendo ao longo do tempo, o que possibilitaria uma aplicação única. Atualmente, o fármaco passa por testes pré-clínicos no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em que se verificará seu real efeito sobre o parasita e também as células saudáveis do organismo.

Segundo a Drugs for Neglacted Diseases initiative (DNDi), cerca de 1 milhão de novos casos de leishmaniose cutânea são computados por ano no mundo, enfermidade que está no rol de doenças negligenciadas definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – assim nomeadas por serem comuns em locais com maior dificuldade de acesso ao saneamento básico e em populações marginalizadas, de menor poder aquisitivo, condições menos propícias ao investimento da indústria farmacêutica.




IPT




Advogado lança ebook gratuito “Economize na Volta Às Aula$”



Com direitos dos pais e dicas que ajudam a economizar


A volta às aulas é um período de compras, contas e dúvidas para os pais, com lista de material escolar, matrícula, rematrícula, curso extracurricular, transporte e até algumas pendências do ano anterior.

Como resolver os problemas? Quais os direitos dos pais e das instituições de ensino?

Para tirar as dúvidas, o advogado Sérgio Tannuri elaborou o “Economize na Volta Às Aula$”, um ebook gratuito com as respostas para as principais dúvidas em relação aos direitos e deveres dos pais, como: Taxas, reembolsos e descontos, como economizar nas compras do material escolar, cobranças e imposições, além de precauções nos contratos com a escola.

“Recebo muitas perguntas dos consumidores sobre escola e o melhor é ter conhecimento. Por isso, elaboramos um material com muita informação, numa linguagem acessível e dicas que resguardam os direitos e mexem no bolso dos pais. Um bom contrato com a escola e negociar alguns serviços podem render boa economia”, explica Sérgio Tannuri, advogado especialista em Defesa do Consumidor.

O ebook “Economize na Volta às Aula$” pode ser baixado gratuitamente -http://www.pergunteprotannuri.com.br/pdfs/ebook_de_educacao_final_tannuri.pdf





EBOOK “Economize na Volta Às Aula$”
Sérgio Tannuri – advogado especializado em Defesa do Consumidor





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