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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Rebaixamento da nota brasileira justifica-se, mas não prejudicará investimento estrangeiro



Professor Reginaldo Gonçalves, coordenador do Curso de Contabilidade da Faculdade Santa Marcelina (FASM), salienta que rebaixamento da nota brasileira pela agência internacional de risco Standard&Poor's é justificado, mas pondera que o fato não prejudicará investimentos estrangeiros, pois é crescente o interesse de empresas pelo mercado nacional


Depois de uma breve euforia pela inflação anual de 2017 abaixo do centro na meta, ou seja 2,95%, e justificando a retomada da economia, em nada foi surpresa para o mercado, já que o comprometimento do BACEN é inflação entre 2,5% e 6,5% ao ano, observa o professor, explicando: “O que houve, na realidade, foi uma pressão por falta de consumo significativa que fez com que os preços fossem pressionados para baixo, somente não valendo para os administrados, que continuam em alta ascendente”.

Para Reginaldo Gonçalves, a retomada tímida do crescimento foi muito aquém da necessidade de recuperação, embora nos últimos meses houvesse pequena melhora, motivada, porém, pela demanda reprimida e o consumo do período natalino e de final de ano. Entretanto, pouca reação se viu com relação aos mais de 12 milhões de desempregados, muitos dos quais enfrentando o subemprego para sobreviver.

“Infelizmente, o governo continua gastando mal o dinheiro que arrecada. A máquina administrativa continua inchada e a pressão por aprovação de projetos como a Reforma da Previdência está exigindo uma manobra financeira envolvendo uma ciranda de recursos e mudanças jamais previstas, mesmo porque o endividamento não está congelado. Pelo contrário, o déficit primário está fazendo com que a dívida aumente cada vez mais”, ressalta o professor.

Para o docente da FASM, a redução da nota não vai fazer com que haja melhoria e não exige qualquer ação de desespero por parte do governo. “É de conhecimento de todos que a nota para cima ou para baixo não vai trazer mais ou menos emprego. O mundo tem dinheiro para investir e procura países emergentes para colocar seus recursos, e o Brasil não perdeu essa característica. Pelo contrário, cada vez mais empresas estrangeiras têm interesses em negócios no País e buscam alternativas para aproveitar esse cenário. A única coisa que a nota baixa trás é que o País deixa de ter o nível de investimento e passa a ter maior vulnerabilidade quanto ao risco de inadimplência”.

A possibilidade de calote por parte do Brasil, entretanto, é uma possibilidade muito distante, analisa Reginaldo Gonçalves, ressalvando: “Mas, se o governo continuar com essa jogada política de escambo para aprovação de projetos e o desemprego seguir alto, dificilmente teremos a retomada da confiança, embora a economia já esteja desmembrada do fator político, que é de conhecimento de todos. Cabe ao governo, no mínimo, ter prudência com os recursos e gastar somente o que arrecada”.







Reginaldo Gonçalves - professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina (FASM).


 

A semana política em Brasília: empossar ou não Cristiane Brasil? Eis a questão



Como é comum nos meses de janeiro, os dias na política seguem mornos em Brasília. Supremo e Congresso de recesso. E o Palácio do Planalto tentando articular a reforma da Previdência sem deputados na cidade. Diante desse marasmo, o que movimentou mesmo a semana do Executivo foi o imbróglio envolvendo Cristiane Brasil, a deputada federal indicada para ser ministra do Trabalho, mas que não consegue ser empossada por carregar nas costas ao menos dois processos trabalhistas. Cristiane começou a semana nomeada e a terminou embargada.

A Advocacia Geral da União, órgão que atua como uma espécie de departamento jurídico do governo, indica que vai tentar junto ao Supremo Tribunal Federal dar posse a parlamentar, já que uma decisão do juiz da 4ª Vara Federal de Niterói travou a nomeação com uma liminar. Enquanto isso, a pasta segue sem um titular, já que o ex-ministro Ronaldo Nogueira pediu demissão no final do ano para se dedicar às eleições de outubro.

Cristiane é filha de Roberto Jefferson, deputado pivô do mensalão cassado em 2005. Jefferson foi expulso da Câmara, mas não saiu da vida política. Colocou a filha para seguir o seu "legado", enfrentou um câncer, nunca deixou o comando do PTB nacional, partido do qual faz parte, e se manteve no Rio de Janeiro. 

Agora, 13 anos depois da cassação, se prepara para ser candidato a deputado federal por São Paulo. Quer fazer o partido crescer no maior colégio eleitoral do país.

Jefferson é um homem intenso, de emoções. Desafiou o então todo poderoso ministro José Dirceu, do PT, a deixar o governo durante a CPI do Mensalão. Já apareceu com o olho roxo, justificado como um armário que caíra em cima dele no apartamento funcional que ainda ocupava em Brasília. E na semana passada, chorou. De emoção. Ao anunciar a jornalistas, que sua filha seria uma ministra de Estado, ele não se conteve. E viu na indicação uma espécie de renascimento da fênix em cinzas. “(Suspiro/emoção)... É o resgate sabe, é um resgate (de imagem, da família e de tudo que aconteceu no mensalão). Já passou, já passou”, disse, sem conter as lágrimas. 

Lideranças do PTB comandado por Jefferson declararam durante a semana que a indicação do nome de Cristiane pelo partido se mantém. Alheia ao fato de uma ministra do trabalho ter sido ré e condenada a pagar R$ 60 mil a um empregado por dívidas trabalhistas. A legenda fechou questão na Câmara a favor da reforma da Previdência. Fechar questão é tipo o parlamentar ser obrigado a votar como indicado, senão sofre sanções que podem até chegar à expulsão do partido.

Com a decisão do PTB, o presidente Michel Temer garantiu votos em um placar que ainda parece apertado e incerto. Resta saber se bancará o possível desgaste dessa nomeação e manterá até o fim a tentativa de empossar a ministra que ainda não foi.





Hédio Júnior
Fonte: Agência do Rádio Mais 



PORTABILIDADE NUMÉRICA



Em 2017, trocas de operadoras chegaram a 13 milhões em São Paulo

No Brasil, desde 2009, quando a portabilidade numérica começou, 40,83 milhões de transferências foram realizadas.


Usuários de telefones fixos e móveis, no Brasil, realizaram 40,83 milhões de trocas de operadoras. A informação consta do balanço anual da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações( ABR Telecom), Entidade Administradora da Portabilidade Numérica, e refere-se ao período de início do serviço até o dia 31 de dezembro de 2017. 

A contar de setembro de 2008 - quando a portabilidade numérica começou a ser possível no País -, até o dia 31 de dezembro de 2017, foram realizadas 14,15 milhões (35%) de transferências entre operadoras de telefonia fixa, com manutenção do número do telefone por seus usuários. Os portadores de telefones móveis fizeram 26,67 milhões (65%) de transferências no mesmo período. 

Total em São Paulo- Em São Paulo, desde que a portabilidade numérica foi implementada, a partir de fevereiro de 2009, até o dia 31 de dezembro de 2017, foram realizadas 13,31 milhões transferências entre operadoras. Dessas, 4,47 milhões (34%) para usuários de telefones fixos e 8,83 milhões (66%) de telefones móveis

Em 2017 - Entre os meses de janeiro e dezembro do ano passado, foram efetivadas, no Brasil, um total de 5,82 milhões de migrações entre operadoras fixas e entre operadoras móveis, de acordo com a Entidade Administradora da Portabilidade Numérica. A ABR Telecom registra que daquelas, 1,42 milhão (25%) de trocas foram solicitadas por usuários de telefones fixos e 4,39 milhões (75%) de telefones móveis. 

São Paulo em 2017 - No período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017, em São Paulo, foram realizadas 2,07 milhões trocas, sendo 428,30 mil (21%) na telefonia fixa e 1,64 milhão (79%) na móvel.

Quarto trimestre - Durante o quarto trimestre do último ano - entre os meses de outubro e dezembro de 2017 -, em todo o território nacional, 1,63 milhão de portabilidades numéricas foram concluídas. As solicitações para transferências de operadoras de telefones fixos respondem por 396 mil (24%) e as trocas no serviço móvel por 1, 24 milhão (76%).

São Paulo no Trimestre - No estado de São Paulo, no quarto trimestre de 2017, foram registradas 565,55 mil migrações entre operadoras de serviços telefônicos. As solicitações de usuários de telefones fixos, nessas transferências, respondem por 100,34 mil (18%) migrações e as demandas realizadas no serviço móvel por 465,19 mil (82%).


Para fazer a portabilidade numérica

O usuário de serviço telefônico que deseja realizar a portabilidade numérica deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. O regulamento da portabilidade numérica determina que, entre os critérios a serem atendidos para efetivar a migração, o solicitante deve:

- Informar a operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo

- Comprovar a titularidade da linha telefônica

- Informar o número do documento de identidade

- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica

- Informar o endereço completo do assinante do serviço

- Informar o código de acesso

- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. No Brasil, o modelo de portabilidade numérica determina que migrações devem ser solicitadas dentro do mesmo serviço, de móvel para móvel ou fixo para fixo, e na área de abrangência do mesmo DDD.


Prazos - O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário desejar agendar. 

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após sua solicitação de transferência, para suspender o processo de migração. 


Consultas - Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site da ABR Telecom http://www.abrtelecom.com.br
 
O site também dispõe de uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones, consulte aqui: http://consultanumero.abrtelecom.com.br.


Lembrando - A portabilidade numérica é o serviço que permite ao usuário trocar de operadora de telefonia fixa ou móvel, em áreas de igual DDD e manter o número do telefone. Sua implantação seguiu um calendário gradativo, iniciado no dia 1º de setembro de 2008 e concluído em 2 de março de 2009, tornando-se acessível para todos os usuários de telefonia no Brasil com 9 dias de antecedência em relação ao prazo estabelecido pela Anatel.




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