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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Cientista brasileiro descobre remédio que pode proteger fetos contra o Zika vírus



Medicamento usado para combater a malária no Brasil na década de 50 volta a ser testado em pesquisa inovadora na tentativa de proteger a população de uma nova epidemia do vírus


Identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015, o vírus da Zika vem assustando a população e, principalmente, as mulheres grávidas. A presença do vírus no corpo está ligada ao aparecimento de deformidades neurológicas nos bebês, como a microcefalia.

Em estudo coordenado pelo brasileiro Dr. Alysson R. Muotri, biólogo molecular, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia, e cofundador e chefe científico da startup de biotecnologia TISMOO, foi descoberto uma forma de proteção contra o Zika, com um medicamento eficiente em bloquear a entrada do vírus.

Com a ajuda de mini-cérebros humanos, uma tecnologia totalmente inovadora capaz de reproduzir o desenvolvimento humano através de células-tronco, os pesquisadores descobriram que uma droga, chamada Cloroquina, consegue também inibir a entrada do Zika nos cérebros de fetos. Na década de 50, a Cloroquina foi extremamente importante para combater a malária. Inclusive, o governo brasileiro autorizou, na época, o uso do medicamento misturado ao sal de cozinha para poder controlar/erradicar o surto da doença no país, trabalho que ficou conhecido como Método de Pinotti.

No caso do Zika, a droga, além de se mostrar eficaz nos mini-cérebros, também teve um resultado positivo nos testes com animais. "Testamos em modelos animais que tomaram a Cloroquina antes de serem expostos ao vírus. Aqueles que não tomaram o medicamento, foram infectados. Já os outros, passaram ilesos pelo Zika", conta o biólogo molecular. Outra descoberta foi que a droga também conseguiu reduzir o nível do vírus nos animais normais, inclusive diminuindo a frequência de filhos com defeitos neurais gerados por casais infectados. "Com essa conclusão, minha proposição é considerar o Método de Pinotti em áreas afetadas pelo Zika, em uma tentativa de bloquear uma eventual segunda onda da epidemia", completa o cientista. Nesse momento, a descoberta da droga Cloroquina já foi aceita e está sendo estudada para que possa ser testada em humanos.


Mais avanços

O mesmo estudo também revelou como o Zika consegue afetar o cérebro das crianças ainda no útero das mulheres, uma descoberta de extrema importância para o meio científico, já que ainda não se sabia como o vírus conseguia cruzar a barreira hematoencefalica e atingir o cérebro do feto.

Assim, os pesquisadores descobriram que após a picada do mosquito Aedes aegypti, o vírus instalado no corpo utiliza de uma estratégia que funciona como um "Cavalo de Tróia". As células do sistema imune das mães são infectadas pelo Zika e transmitidas ao feto. Estas células, que carregam o vírus, infectam também as células do sistema imune imaturo do embrião. Uma barreira hematoencefálica se forma durante a gestação, aprisionando as células infectadas no cérebro do feto e, consequentemente, levando o vírus para o sistema nervoso, afetando as células progenitoras neurais responsáveis pela formação do córtex. Desta forma, as células progenitoras acabam morrendo antes de migrarem e formarem o cérebro do embrião.

Este trabalho foi recentemente publicado em uma das mais importantes revistas científicas do mundo, a Nature, com repercussão internacional devido a descoberta do mecanismo inovador utilizado pelo Zika para chegar ao cérebro fetal.

Altamente relevantes, essas pesquisas podem gerar avanços significativos no combate a uma possível segunda epidemia do Zika vírus. Inclusive, na última semana, em um estudo publicado no jornal Clinical Infectious Diseases, pesquisadores norte-americanos revelaram a descoberta que a transmissão do vírus da Zika de mãe para filho também pode ocorrer através do leite materno.
Somente no Brasil, até dezembro de 2016 foram registrados 214.193 casos de pessoas infectadas com a doença, representando uma incidência de 104,8 casos por 100 mil habitantes, de acordo com boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Já de janeiro a novembro de 2017 esse índice diminuiu, passando para 8,2 casos por 100 mil habitantes. Apesar da redução dos números, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado no final do ano, mostra ainda que 1,1 mil municípios brasileiros estão em 'estado de alerta' e outras 357 cidades apresentam situação de risco de surto da doença.




TISMOO
www.tismoo.com.br





Nova tecnologia das próteses auditivas ajuda o cérebro a ouvir e compreender com clareza os sons da vida



Para quem não ouve bem, a tecnologia BrainHearing é transformadora, pois permite que o cérebro entenda melhor os sons que entram pelos ouvidos

Ao contrário do que imaginamos, não são apenas os ouvidos os responsáveis por nossa audição. O cérebro tem papel primordial. É ele quem dá sentido aos sons e a todas as informações que recebemos. As ondas sonoras captadas pelos ouvidos são enviadas para o cérebro, que separa, foca e reconhece os sons das vozes, instrumentos musicais, sirenes, permitindo ao indivíduo interagir com as pessoas e as situações do dia a dia.
“As vias que vão dos ouvidos até o cérebro têm a função de decodificar as mensagens. No caso de pessoas com deficiência auditiva, essas mensagens chegam cortadas ao cérebro, ou às vezes nem chegam. Daí a importância da função desempenhada pelos aparelhos auditivos modernos ou pelo implante coclear, por exemplo, junto ao cérebro”, explica Isabela Carvalho, fonoaudióloga da Teles Soluções Auditivas.
A tecnologia usada tradicionalmente em próteses auditivas é a EarHearing, que  permite apenas uma amplificação dos sons que entram pelos ouvidos. É uma abordagem mais antiga. A novidade no mercado audiológico é a tecnologia BrainHearing™, desenvolvida pela dinamarquesa Oticon e encontrada no Brasil nos aparelhos da Telex Soluções Auditivas. É graças à essa tecnologia que os usuários desses modernos auditivos entendem com mais clareza o que ouvem, já que o cérebro consegue dar sentido aos sons que chegam pelos ouvidos. É o que chamamos de “ouvir com o cérebro”.
“Para fornecer ao cérebro tudo o que ele necessita para dar sentido aos sons, a tecnologia BrainHearing™  dos modernos aparelhos auditivos proporciona maior facilidade aos usuários, por meio de uma audição binaural mais natural. Desse modo, o indivíduo pode ter uma noção exata de todos os sons do ambiente, reconhecer de onde esses sons estão vindo e com isso focar precisamente no som que quer ouvir, tendo melhor clareza da fala de seu interlocutor, por exemplo, e ignorando os outros sons ao redor”, explica a fonoaudióloga da Telex, que é especialista em audiologia.
Para obter essa percepção maior dos sons e maior segurança nas relações sociais é necessário que o deficiente auditivo use a prótese com tecnologia BrainHearing™ nos dois ouvidos, para que os dois aparelhos ‘se comuniquem’, mantendo assim os níveis sonoros bem naturais, o que é vital para que o cérebro se oriente e tenha suporte para separar os sons. Em situações em que há barulho no ambiente, com muita conversação – como em uma festa, por exemplo – os aparelhos auditivos com tecnologia BrainHearing™ oferecem ao usuário mais conforto e facilidades para ouvir.
A audição binaural usada na tecnologia BrainHearing™ atingiu 96% de satisfação entre os usuários de aparelhos auditivos, enquanto que entre os usuários da tecnologia EarHearing  o índice de satisfação é de 79%; um avanço significativo para a indústria audiológica.
Aparelhos auditivos com tecnologia BrainHearing™ podem ser encontrados nas lojas da Telex Soluções Auditivas espalhadas por todo o país. 


 

Saiba como evitar que a criança adoeça na volta às aulas



Especialista do Hospital CEMA explica por que é tão comum que os pequenos fiquem doentes nessa época e o que fazer para minimizar as infecções de repetição


Fim de férias costuma ser um período estressante para os pais. Não bastassem os gastos extras com material escolar, a readequação da rotina das crianças, há ainda a ameaça constante de que no momento em que o filho pisar na escola vai começar a ficar doente. Ninguém está livre de pegar alguma doença, mas crianças - graças ao seu sistema imunológico imaturo - tendem a ser ainda mais vulneráveis. Consequentemente, são dias, muitas vezes semanas ou meses, de ida a hospitais e consultórios. "Crianças até 3 anos têm ainda o risco de desenvolver a 'Síndrome da Creche', que acomete os pequenos a infecções repetidas, como faringites, otites, amigdalites, entre outras", explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Milton Orel.

Mas por que crianças adoecem tanto nos primeiros anos de vida escolar? "Um dos fatores mais importantes é que elas entram cada vez mais cedo na escola. Nessa fase alguns anticorpos ainda estão em processo de formação; o sistema imunológico pode ser um pouco mais deficitário", detalha o médico. Fora esse aspecto, existem outros que entram na conta: o verão e a maior frequência em praias, rios e piscinas aumentam os casos de otites (inflamações no ouvido), enquanto o uso intenso de ar-condicionado e ventiladores favorece as alergias respiratórias. 

E tem mais: viajar também faz com que as crianças se alimentem em lugares incomuns e diferentes, o que pode ser porta de entrada para verminoses. Muitas escolas tendem a fazer reformas no período de recesso, o que aumenta a exposição a poeira e produtos químicos, como a tinta, por exemplo. Por fim, o contato com crianças, que voltam das férias não somente com novidades, mas também com uma "flora bacteriana" nova, aumenta os episódios de viroses, conjuntivites e problemas respiratórios, graças à exposição a novos vírus e bactérias. "Tem ainda o fato de que os cuidados são menores, por parte dos pais, do que no período escolar. Os pais tiram férias também", diz o especialista.

Não é possível evitar completamente que as crianças adoeçam nessa fase. Faz parte do desenvolvimento do sistema imunológico essa exposição aos micro-organismos. No entanto, algumas medidas podem ajudar a minimizar os episódios de doença. "Manter a carteira de vacinação em dia, prolongar a amamentação o máximo possível, tendo em vista que o leite materno é um dos principais responsáveis pelo fortalecimento do sistema imunológico infantil; alimentação equilibrada e rica em nutrientes, hábitos de higiene pessoal e coletiva, banhos de sol diários e prática de atividades físicas são algumas ações bastante eficientes", garante Orel.

Entre as principais medidas de higiene que devem ser ensinadas e adotadas desde cedo está a de lavar as mãos regularmente, principalmente antes das refeições, antes e depois de ir ao banheiro, ao chegar da rua, especialmente se a criança ficou em lugares com aglomeração, como transportes coletivos. Essa importante atitude é essencial, tendo em vista que a maior parte das viroses entra pela via digestiva, começando pela boca. "Lavar as mãos é uma atitude que faz o ser humano viver mais a cada ano, por incrível que pareça", esclarece o médico. Quando não for possível fazer isso, pode-se utilizar álcool gel. Além de tudo, é preciso caprichar na higiene dos alimentos, objetos e brinquedos. Com essas medidas, os episódios de doença certamente serão menores, para alívio das crianças – e também dos pais.





CEMA
http://www.cemahospital.com.br




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