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terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Governança corporativa como resposta efetiva em tempos de transição



Em um cenário de incertezas uma gestão moderna e efetiva faz a diferença. Uma gestão que prima pela excelência não espera a crise bater em sua porta para começar a agir, ou reagir, muitas vezes reagindo de maneira pueril, destruindo valores corporativos importantes para a sua continuidade e perenidade.

A existência de uma empresa está centrada em sua capacidade de criar valor para as partes relacionadas e sua estrutura organizacional deve ser moldada para atender esta sua missão.

O ambiente de negócios a cada dia fica mais complexo, sejam pela entrada de novas tecnologias, novos players no mercado, uma maior convergência ao mundo virtual, operações remotas, mobilidade, novas leis e regulamentos, etc.
Adicione a isto uma crise econômica e política sem proporções históricas. Inclua também a este cenário uma grande cadeia de corrupção nos processos de negócio, sejam com entidades governamentais e também privadas. Processos onde os valores éticos ficam de lado.

Este é o cenário onde as empresas que operam no Brasil estão inseridas, tornando o processo de gerenciamento muito mais desafiador. 

Além de tudo isto, outro grande problema que as empresas, como também nós os seres humanos, enfrentam é a capacidade de entrar na zona de conforto, região extremamente perigosa, pois anula o nosso senso critico e cria, na organização, o que chamo de miopia gerencial. 

Neste ambiente as organizações devem, além de contar com um forte senso crítico baseado nos valores éticos, estar em constante movimento se adaptando às novas condições de mercado. Isto requer a existência de estruturas mais enxutas e flexíveis, menos capital aplicado em ativos de baixa liquidez, uma estrutura de custos otimizada, forte investimento em pessoas para fomentar a inovação, além de produtos e/ou serviços de reconhecida qualidade.

O trinômio dos três Ps ( Produto – Processos – Pessoas) nunca foi tão importante para o sucesso e direcionamento de uma organização.

É importante mencionar que neste “novo” mundo dos negócios não existe mais espaço para a inércia, para a mediocridade, improvisação e nem para uma gestão reativa.

As empresas que quiserem ter sucesso em longo prazo devem estar sempre um passo a frente do mercado, oferecendo produtos e/ou serviços com reconhecida qualidade e custos competitivos oriundos de processos operacionais otimizados. Além disto, necessita de pessoas preparadas e capacitadas, com atitude proativa, foco na inovação e visão de longo prazo.

O líder deve ser visionário. Deve estar comprometido com os valores éticos, com as boas práticas, promover e primar pela competência. Deve entender que não é possível relaxar durante períodos sem turbulência e deve buscar permanentemente a excelência em suas atividades.

Uma boa e sólida governança corporativa é o caminho para que a organização conte com os atributos necessários para o sucesso de seus negócios, promovendo uma operação sustentável e perene.

Não estou falando da estrutura de governança, mas sim da filosofia de gestão baseada nas melhores práticas de governança. Como vemos nos noticiários, de nada adianta ter uma estrutura para governança se não existe um efetivo comprometimento. Observem as empresas arroladas nos processos de corrupção, elas apenas fingiam que tinham governança.

Como sugestão, indico as seguintes ações e atitudes, que se conduzidas de forma contínua promovem a condição necessária para o sucesso e para a sustentabilidade da organização, inclusive nos momentos de turbulência, são elas:
  1. Um efetivo processo de governança inicia-se com alinhamento dos processos operacionais com as metas estratégicas e estas, por sua vez, com a missão da organização;
  2. A promoção dos valores éticos deve ser parte integrante das atividades do líder, que deve comunicar, de forma clara e transparente, o comportamento esperado de todas as pessoas que compõem o quadro da organização, internos e externos. O líder deve ser o exemplo do comportamento esperado. O exemplo é mais efetivo do que somente as palavras;
  3. Preparar a empresa estabelecendo a visão de processos e não de departamentos, tornando a estrutura mais matricial e enxuta, eliminado níveis hierárquicos que são desnecessários em um ambiente de negócio no mundo digital;
  4. Criar sinergia entre os agentes de governança (jurídico, controles internos, gestores e auditoria interna) de uma forma que mantenha um efetivo processo de integridade, inserido na cultura, com o menor custo possível. Cuidado com o que estão “pregando” sobre compliance no mercado; 
  5. Promover a cultura do risco proporcionando um efetivo gerenciamento dos riscos. Deve estar inserida na cultura organizacional, onde as ações sejam orientadas para a mitigação dos eventos que possam impactar de forma negativa a capacidade da empresa de atingir suas metas estratégicas;
  6. A capacitação e o desenvolvimento de seus talentos devem ser contínuos e precisa contar com um programa para cuidar deste quesito. A empresa que não der a atenção merecida a este atributo está decretando sua sentença de morte; Promover e disseminar a consciência para a busca de ideias e ações inovadoras. O processo de inovação permite o fracasso, não pune e nem despreza o esforço despendido;
  7. Estabelecer um programa contínuo de revisão dos processos operacionais e de seu sistema de controles internos de forma a torná-los mais efetivos e econômicos;
  8. Redução de custos continuamente deve ser um esforço e uma atitude de todos aqueles que têm a responsabilidade de tomada de decisão. Deve ser um programa e pode fazer parte das metas individuais;
  9. Manter um processo de monitoramento e avaliação independente da governança, da gestão de riscos e do sistema de controles internos através de uma auditoria interna proativa e alinhada ao negócio.
            Como sempre digo o sucesso não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha!






Eduardo Person Pardini – Sócio principal, responsável pelos projetos de governança, gestão de riscos, controles internos e auditoria interna da Crossover Consulting & Auditing. É diretor executivo e instrutor certificado do Internal Control institute - chapter Brasil, palestrante e instrutor do IIA Brasil.



O TRABALHO INTERMITENTE: MAIOR LIBERDADE PARA EMPREGADO E PARA EMPREGADOR



 Algumas inovações da Reforma Trabalhista ainda têm causado desconforto tanto para o trabalhador quanto para as empresas, embora, no final das contas, possa trazer até mais equilíbrio entre as partes. Um exemplo disso é o trabalho intermitente, uma nova modalidade de contratação que acaba de ser regulamentada e tem sido alvo de várias críticas. 

“É uma oportunidade para quem deseja tentar o trabalho em empresas diferentes, pois o trabalhador é livre para firmar diversos contratos ao mesmo tempo”, opina o advogado Daniel Chen, mestre e especialista em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP).

O contrato intermitente, por outro lado, garante ao empregador uma nova opção para contratar trabalhadores por eventos, antes limitado ao trabalho parcial, por prazo determinado, temporário, terceirizado e autônomo. Em relação aos três últimos, tem a vantagem de não ensejar potenciais discussões e riscos quanto ao reconhecimento de vínculo empregatício, já que é uma modalidade dele, explica o fundador do escritório Daniel Chen Advogados. 

“O mercado de trabalho está mudando e não se pode fechar os olhos para esta nova realidade. As novas gerações de trabalhadores têm buscado mais independência e flexibilidade, e a alternância de períodos de atividade e inatividade proposta no trabalho intermitente atende este perfil de trabalhador”, ressalta o advogado. 

Outra aplicação prática importante para as empresas é quando há necessidade urgente de horas extras, quando os empregados disponíveis não puderem atender tal demanda sem violar a legislação trabalhista, explica Chen. “Muitas vezes a empresa não tinha saída e acabava violando mesmo os limites legais de jornada, ensejando multas aplicadas pelo Ministério do Trabalho, entre outras consequências”.

O trabalho intermitente funciona assim: a empresa convoca com três dias de antecedência o trabalhador intermitente, informando a jornada necessária. Se no prazo de vinte e quatro horas não responder ao chamado, presume-se a recusa. Segundo o advogado, um aspecto especial deste contrato é que o empregado passa a ter mais protagonismo na relação, pois quando não lhe interessar, basta recusar o serviço, sem qualquer justificativa. 

“No contrato tradicional, por tempo indeterminado, o empregador é obrigado a dar serviço e o empregado obrigado a trabalhar, muitas vezes pelo horário que se comprometeu na contratação anos antes. É muito rígido. A realidade da sua rotina diária pode mudar, exigindo outras atividades incompatíveis com a jornada contratada e o empregador pode não ter condições de mudar o seu contrato. O empregado acaba tendo que pedir demissão e procurar outro emprego. O contrato intermitente fornece outra realidade e a dinâmica de convite e aceite do trabalho é sua marca essencial. Porém, engana-se quem acha que ele permite atitudes irresponsáveis, pois se aceita a oferta de trabalho, quem descumprir o combinado sem justo motivo deve pagar multa de 50% do valor da remuneração que seria paga”, adverte o advogado. 

Além da remuneração, dentro de um mês após iniciados os serviços, devem ser pagas férias com um terço e 13º salário, ambos proporcionais, descanso semanal remunerado, adicionais legais, contribuição previdenciária e FGTS. O valor é relevante para o empregado, e para o empregador também pode interessar este tipo de contratação para se desonerar imediatamente de obrigações futuras, restando somente as verbas rescisórias, menores que as devidas na contratação por prazo indeterminado.

Ele explica que o empregador precisa se atentar a forma correta de contratação, pois tudo tem que estar acordado em contrato escrito, com remuneração por hora trabalhada proporcional ao salário pago a demais empregados com a mesma função na empresa ou, não havendo, ao salário mínimo. “Para que tanto o contratante quanto o contratado possam se beneficiar é preciso que tudo seja feito fielmente como prevê a lei e, se tratar do tema, a norma coletiva”.

A contribuição à Previdência também merece atenção. Deve ser paga de forma proporcional ao que é pago, mas nos meses em que o empregado não receber um salário mínimo ele mesmo pode contribuir sobre o que faltar para completar o valor. “Por isso, o empregado deve entender bem a nova modalidade. Se a remuneração no mês não atingir um salário mínimo e o empregado não efetuar contribuição complementar, este período não contará para a aposentadoria e outros benefícios previdenciários.”, destaca Chen.

Veja abaixo o exemplo de como garantir a contagem no tempo:


A criação da nova modalidade reflete o intuito do governo em incentivar a criação de novos postos de trabalho, pois a Reforma, alterada por Medida Provisória, impede que as empresas até 2020 demitam empregados por prazo indeterminado substituindo-os por trabalhadores intermitentes, sem respeitar um prazo mínimo de dezoito meses desde a demissão. 

“Só o tempo dirá, contudo, quantas vagas serão abertas pelas empresas nesta nova modalidade”, diz Chen. “É o momento de estudar com cuidado esta e as demais opções de contratação. A adoção do trabalho intermitente pode ajudar a estabelecer (ou restabelecer) o equilíbrio nas contas da empresa, e também do empregado, que poderá em breve ter várias fontes de renda decorrentes de diferentes contratos de trabalho intermitente ao mesmo tempo”.







Coach explica porque a educação financeira é chata



Coach explica porque a educação financeira é chata 


As pessoas criam uma crença muito negativa em relação ao dinheiro. Essa afirmação é consenso entre os especialistas e também para o coach neurofinanceiro Rodrigo Miranda. A educação financeira, diz ele, reforça a imagem pesada do dinheiro. “Muitos termos técnicos e poucos exemplos práticos desmotivam para os benefícios da mentalidade de investidor, propagando o mindset do devedor”, conta.

Rodrigo afirma que profissionais do mercado financeiro têm responsabilidades por ensinarem de forma técnica e pouco lúdica o verdadeiro significado do investir. “O que não sabemos e que é complexo torna-se chato. Cria-se uma crença”, diz.

Na visão do coach neurofinanceiro, o ideal é focar na educação financeira lúdica, com exemplos do dia a dia, práticas, vivências nos treinamentos, dinâmicas aonde as pessoas podem se conhecer melhor e desenvolver naturalmente a sua inteligência financeira, incluindo o olhar sobre os investimentos.

“Quando você consegue reprogramar a sua mente entre o verdadeiro significado do dinheiro, a mágica acontece  porque você passa a usar o dinheiro de forma diferente. Você passa a fazer bom proveito do dinheiro. E mais, fazer ele trabalhar ao seu favor”, completa.

Miranda atende na Extreme Coaching, promovendo palestras, workshops, cursos presenciais e online, além dos processos de coaching individuais. Também desenvolve trabalhos em grupo que já resultaram em uma metodologia própria conhecida como PNF – Programação NeuroFinanceira.

“Percebo hoje, pelos meus atendimento, que conhecimento técnico é fácil de achar no mercado. Agora, o que faz realmente a diferença é a parte comportamental, que realmente distingue as pessoas que têm sucesso financeiro”, completa.





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