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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Cirurgia de mioma que preserva o útero aumenta chance de engravidar



Taxas de gestação podem variar de 40 a 50% após cirurgia que preserva o útero


Miomas ou leiomiomas uterinos são os tumores pélvicos sólidos benignos mais frequentes em mulheres em idade reprodutiva. O mioma surge quando há um desenvolvimento anormal das células do tecido muscular do útero que leva à formação de massa sólida e recebe esse nome porque se desenvolve no miométrio, a camada média da parede uterina.

A retirada do útero é o único tratamento definitivo para o mioma. Porém, este tipo de cirurgia é usado como último recurso terapêutico do mioma. Além disso, não é uma opção para as mulheres que desejam engravidar.



Cirurgia pode preservar o útero

“Há medicamentos que são usados para impedir o crescimento ou reduzir o tamanho do mioma, porém, como causam efeitos colaterais, há restrição do tempo que podem ser utilizados. Além disso, o mioma pode voltar a crescer quando a medicação é suspensa. O uso de anticoncepcionais, por exemplo, também não é uma escolha para as mulheres que desejam ter filhos”, explica o cirurgião ginecológico, Dr. Edvaldo Cavalcante.

Segundo o especialista, dependendo da sua localização no útero, os miomas podem ser responsáveis pela infertilidade. “Miomas na cavidade uterina (submucosos) podem dificultar a fixação do embrião (nidação), proporcionar abortamento, parto prematuro ou até mesmo obstrução das tubas uterinas. Mesmos os miomas na parede do útero (intramural), quando muito grandes ou muito numerosos podem distorcer a cavidade uterina e também dificultar o desenvolvimento da gestação”,

Para quem deseja ter filhos, a miomectomia é a cirurgia de escolha, pois preserva o útero e reestabelece a anatomia funcional uterina. “Temos que lembrar que o mioma é uma doença que nasce e cresce benigna e que é possível sim engravidar após a cirurgia. Cabe também ressaltar que nem todo mioma é cirúrgico. Em muitos dos casos orientamos a engravidar com os miomas e apenas acompanhamos a sua evolução durante a gestação”, finaliza Dr. Edvaldo.      

Atualmente, a miomectomia pode ser realizada por meio de técnicas minimamente invasivas. Este tipo de cirurgia representa menos riscos, menor custo e recuperação mais rápida. Entre as técnicas minimamente invasivas usadas estão a videolaparoscopia, videohisteroscopia ou ainda a cirurgia robótica, indicada para os casos mais complexos.


Gravidez pós-miomectomia

"É importante ressaltar que nem todas as mulheres conseguirão engravidar depois da retirada dos miomas. Em geral, as taxas de gestação pós-cirurgia variam de 40% a 50%. Alguns fatores podem interferir na probabilidade de engravidar, como idade, duração e causas da infertilidade", comenta o médico.

Segundo um estudo publicado no Journal  of Obstetrics and Gynaecology após uma miomectomia permite, 1 em cada 4 mulheres conseguem conceber, independente da técnica cirúrgica empregada.




Alvo de muito preconceito, a Psoríase acomete 1,3% da população brasileira



Especialista alerta sobre a importância da busca pela qualidade de vida

 

Dia 29 de Outubro é o Dia Mundial da Psoríase, estabelecida em 2004 pela Organização Mundial da Saúde, a data visa trazer a conscientização da doença para a sociedade, através da disseminação de informações e mobilização para o fim do preconceito, trazendo assim melhor qualidade de vida para as pessoas portadoras desta doença.

Você sabe o que é Psoríase? Com certeza você já conheceu alguém com esta doença, que é muito mais comum do que imaginamos. Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) a doença que atinge 1,3% da população brasileira, aproximadamente 3 milhões de pessoas.

A Psoríase é uma doença crônica, inflamatória, não contagiosa e sem cura, porém passível de tratamentos eficazes. É considerada uma doença sistêmica, pois além da pele, pode comprometer outros órgãos e sistemas, como unhas e articulações. As lesões cutâneas podem aparecer em qualquer região, sendo mais comuns o acometimento do couro cabeludo, joelhos e cotovelos.

"Pessoas que convivem com a Psoríase muitas vezes podem enfrentar dificuldades em suas relações pessoais, sociais e emocionais, pois ainda existe preconceito por parte da sociedade, muitas vezes derivado da falta de conhecimento sobre a doença" afirma a Dra. Samantha Talarico, membro e titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O medo de perder emprego, os términos de relacionamento, a repressão do contato íntimo e a presença do bullying no dia a dia, são situações vivenciadas dentro da realidade de quem convive com esta patologia. A Psoríase, se não tratada, pode desencadear outras doenças, como: depressão, ansiedade, obesidade e hipertensão.

As causas da doença ainda são desconhecidas, sendo a Psoríase considerada uma doença multifatorial. Estudos apontam que fatores imunológicos, genéticos e ambientais estejam implicados no surgimento da doença. Alguns fatores como: obesidade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e estresse emocional podem desencadear ou agravar o quadro da doença.

"Os sintomas dependem do quadro apresentado pelo paciente, mas o quadro clínico mais comum inclui placas avermelhadas recobertas por escamas brancas prateadas que se destacam com facilidade, podendo ou não estar associadas a coceira" relata a especialista.

O profissional recomendado para realizar o diagnóstico preciso da Psoríase, é o Dermatologista. Por ser uma doença que apresenta diferentes características e tipologias, o diagnóstico costuma ser clínico, a partir da análise do histórico familiar, sintomas e aspectos físicos das lesões dos pacientes. Em alguns casos, pode ser solicitada uma biópsia de pequenos fragmentos da pele.

Os tratamentos para a doença geralmente envolvem o uso de cremes, pomadas, comprimidos, injeção, exposição da pele à luz ultravioleta A e ultravioleta B (fototerapia) e em casos graves, é recomendado o auxílio psicológico. Hoje existem tratamentos que envolvem o uso de biológicos, medicamentos capazes de modular o sistema imunológico apresentando melhora em casos graves e refratários aos tratamentos habituais.

A conscientização sobre a doença é a melhor saída. Quanto mais pessoas souberem, melhor será a convivência com a doença, que é muito mais comum do que o imaginado. Busque sempre orientação médica.

 

 

 

Dra. Samantha Talarico - Graduada pela faculdade de medicina de Santo Amaro com formação no Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, na Santa Casa do Rio de Janeiro. Realizou estágios em Dermatologia no Instituto de Doenças Tropicais do Amazonas e no Hospital Saint Louis, em Paris. Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia.





Doenças sem tratamento adequado podem causar surdez



Otite, sarampo, pressão alta e até diabetes são algumas das enfermidades que podem levar à perda auditiva, quando mal cuidadas

Todo mundo sabe que cuidar da saúde é fundamental, mas nem todo mundo segue o tratamento adequado para debelar uma doença. Completar o ciclo para tomar os remédios receitados, voltar ao médico para uma segunda consulta de revisão, repousar quando é preciso, são exemplos de cuidados que muitas vezes não são seguidos à risca pelos enfermos. O que as pessoas que costumam deixar o tratamento de lado ao primeiro sinal de melhora precisam saber é que muitas doenças que aparentemente parecem simples podem deixar sequelas para a vida toda. E uma das sequelas é a perda de audição.
A otite, por exemplo, muito comum em crianças, a princípio não é grave, se for tratada corretamente. Causada por bactéria ou vírus que leva ao acúmulo de líquido atrás da membrana timpânica, a otite pode ser decorrente de resfriado, alergia ou infecção respiratória. Por causa do excesso de secreção, o tímpano deixa de receber as vibrações de forma correta, resultando em problemas auditivos temporários. Porém, se a pessoa tiver a doença com frequência e não tratá-la corretamente para por fim à secreção, a perda de audição pode se tornar definitiva.
Uma das sequelas do sarampo pode ser a otosclerose, que é o crescimento anormal do estribo – um dos ossos do ouvido médio – impedindo que estruturas dentro do ouvido trabalhem de forma correta. O estribo, geralmente de um dos ouvidos, deixa de vibrar e o som não consegue passar, prejudicando a audição. A doença também é comum em grávidas. A vítima mais famosa de perda auditiva causada por otosclerose foi o músico alemão Ludwig Van Beethoven, cuja enfermidade o impediu de ouvir suas últimas composições.
Outras doenças como esclerose múltipla, lúpus, doença de Peget, meningite, doença de Ménière, pressão alta ou diabetes também podem causar perda auditiva; bem como o Tinnitus – o famoso zumbido –, excesso de cera ou a presença de um corpo estranho dentro da orelha, que podem causar inflamação no ouvido médio.
“Cuidar da saúde auditiva é tão importante quanto cuidar do resto do corpo, pois uma boa audição facilita a comunicação e a interação com amigos e parentes, trazendo mais alegria de viver”, comenta a fonoaudióloga Isabela Carvalho, da Telex Soluções Auditivas.
Uma vez diagnosticada a perda auditiva, é preciso buscar ajuda de um médico otorrinolaringologista, já que a deficiência não impede que o indivíduo leve uma vida normal. A grande maioria dos casos de surdez pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos. Diversos artistas famosos têm perda auditiva e nós nem mesmo sabemos. O modelo Davi Bona, por exemplo, que estreou no São Paulo Fashion Week em agosto deste ano e fez o maior sucesso, é deficiente auditivo. Ele teve meningite bacteriana aos sete meses e ficou com a sequela.
Em Hollywood, muitos famosos fazem uso de aparelhos auditivos após terem a audição comprometida. A atriz Jodie Foster usa aparelhos nos dois ouvidos e já foi fotografada diversas vezes com eles. Halle Berry, Holly Hunter, Robert Redford, Rob Lowe e Jane Lynch são mais alguns exemplos. O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, também é usuário das próteses e as usa sem preconceito, afirmando inclusive que foram de extrema importância em sua vida de homem público.  
 
 “O uso de aparelhos auditivos tem proporcionado uma audição mais natural, resultando em melhorias significativas na qualidade de vida do indivíduo. Já existem modernos aparelhos, com design atrativo e som digital, que garantem uma audição perfeita e sem constrangimentos – pois são praticamente invisíveis no ouvido – mesmo para aqueles que têm perda de audição severa”, conclui a fonoaudióloga.

 

 

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