Cirurgiã plástica ressalta que, em média,
brasileiras reduziram em 100ml as próteses no busto. No entanto, relata que
procura por procedimentos para aumentar os glúteos está maior
O
boom dos seios
fartos pode ter chegado definitivamente ao fim. A cada dia, aumenta a procura
nos consultórios dos cirurgiões para a troca das próteses grandes de silicone
por versões menores e mais compactas. A tendência, segundo a cirurgiã plástica
Ivanoska Filgueira, se confirma cada vez mais nos procedimentos realizados por
sua clínica.
“Percebemos
atualmente que as mulheres que procuram o implante do silicone e até mesmo as
que precisam trocar a prótese optam por tamanhos mais discretos, menos
avantajados”, confirma Filgueira, que é membro da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica. Segundo a especialista, a queda é considerável.
“Já chegamos
a usar modelos de até 400ml na época da moda dos seios fartos, mas agora
dificilmente uma prótese ultrapassa os 300ml”, compara a médica, que atende em
Brasília.
A
tendência por seios menores é um reflexo do gosto do brasileiro, mundialmente é
conhecido por valorizar o bumbum. “Se por um lado percebemos a redução do
tamanho dos seios, há ainda o aumento da procura por glúteos mais avantajados”,
conta Ivanoska. Ela relaciona pelo menos três procedimentos para ampliar a
silhueta da região: inclusão de prótese de silicone, lipoenxertia (retirada de
gordura do corpo para utilização bumbum) e a bioplastia do bumbum, com injeção
de produtos biocompatíveis.
Na
visão da cirurgiã, além do modismo, a procura por próteses menores também está
relacionada com o menor risco de algum tipo de sequela pós-cirúrgica. Ivanoska
lembra que as próteses muito grandes, além de já não proporcionarem mais um
efeito estético procurado, ferem os tecidos da região, provocando um
estiramento do revestimento cutâneo.
“A
implicação é o aparecimento de uma série de estrias irreversíveis e que
incomodam muitas mulheres. Sem dúvida, o implante de próteses menores implica
em menos risco”, explica.