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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Festas Juninas: os perigos por trás da comemoração



Atividades simples que fazem parte do evento, como música alta e o estouro de um rojão, podem causar zumbido e até perda auditiva irreversível


As festas juninas movimentam o país inteiro, uma oportunidade para se deliciar com as comidas típicas, dançar, ouvir boa música, curtir a fogueira e a queima de fogos.

O que muitos não levam em consideração quando estão se divertindo, é que um ato comum como ficar a comemoração toda ao lado da caixa de som, pode trazer sérios riscos para a saúde auditiva.  Normalmente, somente depois da festa que as pessoas costumam perceber os sintomas, que aparecem em forma de uma sensação de ouvido cheio (plenitude auricular) e zumbido. Estes sintomas que a princípio parecem um incomodo banal, às vezes, são indícios de que as células auditivas foram lesionadas.

“A exposição prolongada a níveis elevados de pressão sonora em eventos pode ocasionar uma perda auditiva de instalação progressiva, que é capaz de causar danos irreversíveis a audição e zumbido. E, dependendo do grau, esse zumbido pode durar algumas horas, semanas ou se tornar crônico”, explica Katya Freire, fonoaudióloga especialista em audiologia.

A maioria das pessoas não dá muita importância para o zumbido, mas é um problema que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge mais de 278 milhões de pessoas no mundo todo. Caracteriza-se como um sinal de alerta para indicar que houve algum comprometimento do aparelho auditivo. Ele também está atrelado a outras complicações que afetam significativamente a qualidade de vida dos indivíduos, entre elas: estresse, fadiga, ansiedade, depressão, problemas para dormir e dificuldade de concentração.

Mas os riscos nas festas juninas para a saúde auditiva não se restringem a música alta, um dos fatores mais perigosos é a queima de fogos.  

“Deve-se evitar ficar próximo da queima de fogos. O estouro de um rojão, por exemplo, pode causar um trauma acústico, que é considerado uma perda auditiva aguda e súbita, decorrente de uma exposição única a um ruído intenso. Dependendo da magnitude do impacto sonoro é possível ocorrer a ruptura da membrana timpânica e, nos casos mais graves, ocasionar uma perda auditiva irreversível”, adverte Katya Freire.

O ruído de um rojão é tão alto que chega a ser compatível com o de um avião em decolagem. Existe uma unidade para medir a intensidade de um som, chamada de decibel (abreviatura dB) e, de acordo com a tabela da NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), o volume máximo aceitável para que não haja prejuízo ao ouvido humano é de 85dB. Levando-se em consideração que os fogos de artifício, entre eles o rojão, são capazes de alcançar uma intensidade de 140dB, é possível calcular o quanto torna-se prejudicial para a saúde auditiva ficar próximo de queima de fogos.

“Ninguém precisa se privar de ouvir música e apreciar a queima de fogos nas festas juninas, basta tomar alguns cuidados básicos. O ideal é utilizar protetores auditivos com filtro flat, que não comprometem a compreensão da fala e da música, manter-se pelo menos a 10 metros de distância da fonte sonora e fazer períodos de descanso de 15 minutos longe do barulho a cada meia hora”, esclarece a especialista em audiologia.





Katya Freire - pioneira no trabalho de preservação e conservação auditiva de músicos. Graduada em Fonoaudiologia pela PUC-Campinas com especialização em Audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, fez mestrado pela PUC-SP e doutorado em Ciências pela Unifesp. Aperfeiçoamento realizado nos Estados Unidos na San Diego State University com atuação no Children’s Hospital de San Diego, na Califórnia.

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Conheça os MITOS relacionados à urticária crônica



O Departamento Científico de Urticária da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) listou os principais mitos que envolvem a urticária crônica. Conheça-os abaixo: 


A pessoa que tem urticária crônica terá também choque anafilático?
MITO. O choque anafilático e edema na glote são mais comuns em pacientes que apresentam urticária aguda, sendo muito raros na urticária crônica. 


Urticária altera a imunidade.
MITO.  A imunidade do paciente com urticária crônica não é baixa. Pacientes com imunodeficiência podem apresentar urticária sem haver, entretanto, relação direta entre elas. 


Quem tem alergia a camarão terá também para o contraste com iodo?
MITO. Durante muitos anos se pensou que o camarão provocava alergia devido ao iodo. Como resultado, muitas pessoas alérgicas ao camarão se preocupam com reações graves ao realizarem exames que utilizam o contraste iodado. Trata-se de um mito: a alergia é causada por proteínas do crustáceo, não pelo iodo. É possível uma pessoa ter reação ao iodo e ter urticária quando come camarão, mas por causas independentes. 


Estou grávida e tenho urticária. Meu filho também terá?
MITO. O fato de a mãe ter urticária não significa que o filho também a terá. 


Pessoas com urticária crônica devem fazer dieta e evitar corantes, leite e glúten.
MITO. Nem toda pessoa que tem urticária terá, obrigatoriamente, alergia ao leite e ao glúten. Por isso, não há necessidade desta dieta, a não ser em casos específicos detectados pelo alergista.





ASBAI -  Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br



Cigarro é responsável por 25% das mortes por doenças do coração



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
o cigarro mata mais de seis milhões de pessoas por ano


Embora haja ampla informação sobre os males causados à saúde pelo tabagismo e que se trata de um fator de risco cardiovascular, o hábito é a maior causa de mortes evitáveis. No Brasil, estima-se que aproximadamente 22 milhões de pessoas façam uso do tabaco. No mundo, um bilhão.

Os fumantes têm risco de morte súbita até quatro vezes maior. O vício aumenta as chances de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, conhecido como derrame, angina e outras doenças, como o câncer.

A nicotina estreita veias e artérias. Outros componentes do cigarro lesam o endotélio, a camada de revestimento interno dos vasos, causando lesões nos tubos.

De acordo com Jennifer França, psicóloga e diretora científica do Departamento de Psicologia da Socesp, existem fatores psicológicos que estão ligados ao hábito de fumar, presentes de maneira muito intensa em alguns fumantes.  Ela destaca que, para combater a prática, é importante saber quais são os gatilhos, ou seja, em que situações o uso do tabaco é feito. “Os fumantes não são iguais. Eles têm uma relação diferente com o cigarro. Tanto que alguns fumam maios e outros, menos”. Fatores como prazer, hábito, redução da tensão, manipulação e estimulação são partes importantes nesse processo”.

O cardiologista e presidente da Socesp, Dr. Ibraim Masciarelli Pinto, salienta que, embora a sociedade e a indústria contribuam para a existência do tabagismo, a responsabilidade de abandonar o vício é do fumante. O problema, além ser prejudicial à saúde, principalmente do coração, prejudica também os cofres públicos. “É imensa a responsabilidade dos fumantes quanto ao esforço para abandonar um vício letal e muito prejudicial às suas famílias, à sociedade e ao nosso País, que gasta cerca de R$ 20 bilhões por ano para tratar doenças provocadas pelo tabagismo”, alerta o médico.


Gatilhos psicológicos

A psicóloga Jennifer França explica que, para largar o vício, é importante que o tabagista procure a ajuda de uma equipe multidisciplinar, formada por médicos, nutricionistas e psicológicos, que lhe auxiliarão com tratamentos específicos em sua mudança comportamental, além de ter força de vontade e querer parar. “Largar um vício nem sempre é fácil, mas os benefícios são muitos, principalmente se pensarmos nos relacionados à saúde física e mental” – ressalta.


Gatilhos psicológicos que devem ser evitados

Prazer: quando confortável ou relaxado, o indivíduo sente vontade de fumar. Por exemplo, após as refeições ou assistindo televisão.

Manipulação: quando segurar o cigarro é algo importante. A situação normalmente ocorre quando a pessoa não sabe o que fazer com as mãos. O ritual de acender o cigarro, abrir um novo maço e olhar a chama faz parte do processo. 

Hábito: quando a pessoa sempre fuma em determinadas situações. Nem pensa antes de acender o cigarro, o faz automaticamente, às vezes até sem perceber. Em alguns momentos, nem fuma o cigarro inteiro, porque não está de fato com vontade. O quadro é desencadeado por um comportamento automático.

Estimulação: fuma-se para ampliar a sensação de estímulo. Habitualmente, o indivíduo tem vontade de fumar quando vai iniciar uma tarefa. Muitas vezes, sente-se desanimado, desmotivado ou sobrecarregado e busca o cigarro como potencializador para driblar esses sentimentos e levar a vida adiante.

Redução de tensão: o indivíduo sente necessidade de fumar quando está nervoso, preocupado, tenso, ansioso ou triste. O cigarro torna-se o meio de escapar dessas experiências extremamentes desconfortáveis.


Dia Mundial Sem Tabaco

O Dia Mundial Sem Tabaco é lembrado anualmente em 31 de maio. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como marco na luta contra o grave problema, considerado uma epidemia global.

O fumo mata seis milhões de seres humanos por ano, — com projeção de crescimento para oito milhões em 2030.

Pensando em diminuir a incidência de doenças e mortes cardiovasculares, renomados médicos e profissionais de saúde nacionais e internacionais irão reunir-se no XXXVIII Congresso de Cardiologia da Socesp (http://www.socesp2017.com.br/), que acontecerá dos dias 15 a 17 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.


O objetivo do evento é a discussão e apresentação de estudos científicos e casos clínicos que auxiliem os profissionais ligados à cardiologia a melhorar a prática clínica, auxiliando a população no combate das doenças do coração.



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