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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Dia Mundial sem Tabaco (31): Tabagismo vai matar até 8 milhões de pessoas por ano até 2030



Atualmente, cerca de 6 milhões de pessoas morrem todo ano em virtude do cigarro e, segundo a OMS esse número pode subir. O tabagismo já é considerado a principal causa de morte evitável no mundo

Para alertar sobre as mortes evitáveis causadas pelo tabagismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra todo dia 31 de maio do Dia Mundial sem Tabaco. De acordo com especialistas, o tabaco é a principal causa de morte evitável no mundo, já que pode ser responsável por casos de câncer e doenças do coração.

A epidemia global do tabagismo mata quase 6 milhões de pessoas por ano. Nesta conta, mais de 600 mil são fumantes passivos (pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes). Estão previstas mais de 8 milhões de mortes por ano a partir de 2030, segundo estudo da OMS e do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos. 

As mais de 4 mil substâncias presentes no cigarro provocam alterações no sangue, bioquímicas e hormonais que alteram a fisiologia normal do organismo. O tabagismo está relacionado, principalmente, a doenças respiratórias e do sistema cardiovascular, além dos cânceres de pulmão e de garganta. Com relação às doenças respiratórias, as mais recorrentes são enfisemas pulmonares, bronquite, infecções respiratórias, e até embolia pulmonar.

Infartos, derrames e acidentes vasculares cerebrais (AVC) são doenças cardiovasculares frequentemente associadas ao tabaco. O cigarro envolve não apenas a dependência química, mas a psicológica também, como afirma o médico pneumologista Sérgio Pontes, da Aliança Instituto de Oncologia. “Além destes sistemas, o tabagismo pode ser o motivador de depressão, ansiedade e outras dependências químicas, como o alcoolismo”, enumera.

Os malefícios do tabaco não são notados apenas a longo prazo, algumas alterações no organismo podem ser percebidas no cotidiano de quem fuma. “As decorrências podem aparecer imediatamente com o aumento da pressão arterial, alterações de glicemia, mudanças no olfato e no paladar, na textura da pele, queda de cabelos”, explica.

O paciente que está iniciando o tabagismo se queixa muito da tosse, causada pela fumaça e pelas substancias toxicas, segundo o médico. “Além da tosse surge também a falta de ar, a sensação de aperto no peito e o chiado”, descreve.


Primeiros passos para largar de vez o cigarro

- Estar motivado a sair do vício. Não adianta a família mobilizar médicos e/ou investir se o paciente não estiver realmente determinado a parar de fumar;

- Diminuir gradativamente o número de cigarros;

- Evitar carregar o maço ou a carteira de cigarro;

- Evitar deixar cinzeiros em casa;

- Evitar qualquer substância que possa estimular o fumo, tais como café e bebida alcoólica;

- Durante a motivação, falar para as pessoas próximas que está tentando parar de fumar, afim de ajudar no policiamento e no controle.



 

FUMO É A CAUSA DE 95% DOS CASOS DE CÂNCER DE BOCA





31 de maio é o Dia Mundial de Combate ao Fumo e Dia de Combate ao Câncer Bucal, problema mais comum em pessoas fumantes e que poderia ser evitado com a eliminação deste péssimo habito


O fumo causa muitos problemas de saúde e ataca diretamente o pulmão, mas os problemas que ele causa vão além. Ele é um dos principais inimigos da saúde bucal, sendo responsável por 95% dos casos de câncer de boca segundo o Departamento de Estomatologia do Hospital do Câncer.

O câncer de boca é composto por tumores malignos que atingem a boca e parte da garganta, sendo mais comum na região da língua. O cigarro pode causar esses tumores, pois em sua composição contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo que 60 delas são cancerígenas. “Os dentes e as gengivas são extremamente prejudicados pela nicotina. Além disso, o cigarro afeta diretamente a parte óssea da boca, prejudicando a sustentação da gengiva e causando espaços escuros entre os dentes”, explica o dr. Mauricio Querido.

O cigarro também atinge diretamente os esmaltes do dente, deixando os dentes mais sensíveis e amarelados. “Muitos fumantes acreditam que a escovação com maior frequência pode amenizar o amarelamento, mas o estrago causado pela nicotina deixa os dentes mais sensíveis, favorecendo um desgaste maior”, reforça dr. Mauricio.


Diagnostico

É muito importante que o diagnostico do câncer bucal seja descoberto na fase inicial, com isso, as chances de cura são muito maiores. É preciso ficar atento e realizar o autoexame da boca, observando anormalidades e mudança nas partes interna e externa. Alguns sintomas podem indicar problemas, como o endurecimento de algumas áreas, aparecimento de caroços, feridas e inchaços. 

Ao notar qualquer diferença na região, é importante que a pessoa consulte um dentista para realização de um exame mais detalhado. “A visita regular ao dentista também é de extrema importância, pois é possível acompanhar a saúde da boca e detectar problemas com mais facilidade”, completa dr. Mauricio.


Prevenção

Para prevenir o câncer bucal, alguns hábitos devem ser evitados, sendo que o fumo é o principal deles, mas recomenda-se também evitar a ingestão de bebidas alcoólicas, manter uma alimentação saudável e visitar regularmente um dentista.





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