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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Dia Nacional e Latino Americano de Conscientização a Epilepsia




Evento em Recife marca a data para desmitificar a doença e quebrar o preconceito

É comemorado no dia 9/9 o dia nacional e Latino Americano de conscientização a epilepsia, distúrbio neurológico crônico, que provoca uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos.

No dia 9/9, das 9h às 12h, Dra. Adélia Henriques Souza, médica neurologista e presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) estará presente na Praça Derby, juntamente com outros médicos,  a fim de esclarecer dúvidas do público e mostrar aos pacientes que é possível ter uma vida normal mesmo convivendo com a doença.

Além das atividades na Praça Derby, no dia 9/9 haverá também palestras sobre a epilepsia na Escola Pública Municipal, no Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Restauração e Hospital das Clínicas.

Campanha Nacional

Em prol da conscientização da epilepsia, além de Recife, terão também palestras e eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. O objetivo das atividades é esclarecer a doença e solucionar as dúvidas da população. A campanha terá como madrinha a ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira e campeã olímpica Fofão, que abraçou a causa na luta contra o preconceito.

Segundo Dra. Adélia Henriques Souza, presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE), o mês de setembro oferece à sociedade ações que tragam informações importantes a respeito da epilepsia e ressalta a importância de desmitificar a doença e de mostrar a população e aos pacientes que é possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença.


Cenário da Epilepsia

ü  A OMS estima que 50 milhões de pessoas são afetadas por esta doença mundialmente, o que representa cerca de 1% da população mundial.
ü  Sua prevalência pode variar conforme as regiões do mundo. Ocorre com maior frequência nos países em desenvolvimento, devido à desnutrição, à insuficiente atenção médica e outras enfermidades, a incidência é de aproximadamente 2%. Nos países mais desenvolvidos, a incidência é 1%.
ü  A epilepsia é a doença mais comum no mundo e afeta todas as idades e classes sociais.
ü  No Brasil é estimado que existam três milhões de pessoas com epilepsia, sendo que a este número somam-se  300 novos casos por dia.
ü  A OMS diz que a doença pode ser tratada em 75% dos casos, mas três quartos das pessoas acometidas, que vivem em países em desenvolvimento, não recebem o tratamento de que necessitam.
ü  Aproximadamente 50% dos casos de epilepsia têm inicio antes dos cinco anos e 75%, antes dos vinte.
ü  Em crianças, uma causa comum de epilepsia é a febre.
ü  Na grande maioria dos casos bem conduzidos, a epilepsia não leva a problemas escolares. Com diagnóstico e tratamento adequados, aproximadamente 80-90% de crianças têm suas crises controladas com um mínimo de efeitos indesejados.
ü  Estima-se que 85% dos portadores de epilepsia não recebem o tratamento adequado. A medicação é o tratamento mais comum, quando ela não é suficiente, opta-se pelo tratamento cirúrgico, disponível pelo SUS em alguns centros sul e sudeste.
ü  Pouco mais da metade dos casos de epilepsia em adultos são do tipo focal complexa. Nesse tipo, 80% dos pacientes têm algum problema no lobo temporal do cérebro, e 20% no lobo frontal.
ü  O status epilepticus (grave manifestação da epilepsia definida como diversas crises com curtos intervalos) é a primeira forma de manifestação em 1/3 dos pacientes e pode resultar em morte.
ü  No Brasil, estima-se que haja entre 1,8 e 3,6 milhões de pessoas com epilepsia. Segundo um estudo publicado na Revista Ciência Saúde Coletiva no ano de 2009, foram registradas 32.655 mortes por epilepsia no Brasil durante esse período. Esse número pode ser maior, uma vez que muitos casos podem não terem sido registrados devido a falhas nas coletas de dados e identificação dos óbitos. O mesmo artigo registrou uma alta de 80% do coeficiente de mortalidade por epilepsia na região Nordeste do país, provavelmente devido a baixa disponibilidade de medicamentos para as crises convulsivas e aos serviços deficientes de saúde nessa região.
ü  É importante se ter um mapa dos casos de epilepsia no país, pois, dessa forma, as regiões mais carentes de cuidado médico poderão ter suas políticas de saúde melhoradas em função da redução da mortalidade por epilepsia.

ü  Recentemente a justiça brasileira autorizou, pela primeira vez, a importação de um medicamento derivado da maconha para tratar uma criança que apresentava um quadro grave de epilepsia, o canabidiol.


Liga Brasileira de Epilepsia
A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) é uma associação civil, sem fins lucrativos que foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1949. A LBE congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com epilepsia, tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisa destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia. É associada à Internacional League Against Epilepsy (ILAE) e ao Internacional Bureau For Epilepsy (IBE), dos quais recebeu o título de Capítulo Brasileiro e o poder para representá-las no Brasil. Atualmente compõem a diretoria, Dra. Adélia Henriques Souza (presidente), Dr. Ricardo  Amorim Leite (secretário), Dra. Valentina Nicole de Carvalho (tesoureira) e Dra. Maria Luiza Manreza (Secretária Permanente).

Feridas no pé podem ser consequência de diabetes




Pessoas com diabetes não controlado, ou seja, com taxas altas de glicose no sangue, estão sujeitas a diversas complicações para a saúde. Umas das mais comuns é o chamado pé diabético, nome dado ao aparecimento de feridas complexas, deformidades e alterações de sensibilidade de pessoas com diabetes. “O diabetes pode causar problemas de circulação e também a neuropatia diabética, que é a perda da sensibilidade e alterações motoras e biomecânicas nos pés e tornozelos”, explica o enfermeiro estomaterapeuta – especialista em feridas – da Membracel, Antonio Rangel.
A neuropatia diabética pode levar a alterações ósseas e nas articulações dos pés, o que causa deformidades e aumenta a pressão sobre proeminências ósseas. “Esse aumento de pressão faz com que ocorra uma diminuição do fluxo sanguíneo e ocorra a morte celular, formando as feridas”, explica o especialista.
Já a neuropatia sensitiva, que provoca a diminuição ou perda da sensibilidade nos pés e pernas, tem como consequência o aumento da gravidade dos traumas. “O problema é que, em razão da perda da sensibilidade, muitas vezes a pessoa demora muito para perceber os traumas e ferimentos. Então, pequenos machucados, rachados e calosidades podem evoluir rapidamente para uma infecção”, alerta Rangel. Em muitos casos, as infecções e complicações podem agravar e resultar em amputações. “O pé diabético é, inclusive, a maior causa de amputações de membros inferiores no Brasil”, ressalta.

Prevenção e tratamento
A prevenção de lesões nos pés e tornozelos pode ser feita de forma simples e é a melhor maneira de evitar complicações do pé diabético. “É preciso ficar atento a sintomas como formigamentos, dormência, queimação, dores, perda da sensibilidade e fraqueza nos pés e pernas”, adverte. O cuidado diário deve incluir avaliações constantes e minuciosas em todo o pé, incluindo entre os dedos e a planta dos pés. As feridas nas plantas dos pés são chamadas de mal perfurante plantar.
Entre as recomendações estão usar calçados fechados e confortáveis, que ajudam a proteger os pés contra traumas e lesões; evitar meias de nylon e preferir as meias de algodão, que absorvem melhor o suor, evitam a umidade e as micoses; e hidratar bem os pés, para evitar rachaduras. Periodicamente, é recomendado procurar um profissional, que irá fazer um exame mais detalhado a procurar de bolhas, frieiras e ferimentos.
“Caso apareça alguma ferida, é preciso tratá-la o quanto antes, com medicamento e curativo adequados, evitando, assim, a complicação do quadro”, aconselha Rangel. Um desses curativos é a Membracel, uma membrana de celulose bacteriana porosa que é capaz de substituir temporariamente a pele, promovendo a rápida regeneração. O uso da membrana irá acelerar a cicatrização e melhor a qualidade de vida para as pessoas que sofrem as consequências do pé diabético.  “Lembramos que o pé diabético é uma doença secundária. O controle do diabetes é essencial para evitar essa e outras complicações.”

Mais de 212 mil brasileiros admitem usar narguilé




Embora pareça inofensivo, uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de 100 cigarros. Ministério da Saúde alerta sobre perigo do consumo

Apesar da liderança do Brasil no combate ao tabagismo ter resultado em conquistas importantes como a redução de 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos, o consumo do narguilé tem aumentado no país, principalmente entre os jovens. Mais de 212 mil brasileiros admitem usar o cachimbo, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Segundo dados da PNS e da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab), entre os jovens homens fumantes (entre 18 e 24 anos), o número de usuários do produto mais que dobrou nos últimos cinco anos, passando de 2,3% em 2008 para 5,5% em 2013. Para alertar sobre os malefícios do consumo do produto, o Ministério da de Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) apresentaram campanha em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no último sábado (29/8).

“Com essa campanha, nós estamos desmistificando a ideia de que o narguilé é inofensivo. O uso do tabaco continua sendo responsável por 90% dos casos de câncer no país. Queremos consolidar essa informação entre os jovens, que é o público mais seduzido por essa falsa impressão que o narguilé não faz mal a saúde”, enfatizou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Por utilizar um filtro de água antes de a fumaça ser aspirada pelo fumante, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. No entanto, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram justamente o contrário. Uma sessão de narguilé, que dura em média 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de aproximadamente 100 cigarros. No Brasil, segundo o recorte da PNS, dos cerca de 212 mil usuários de narguilé no país, 112 mil (53%) fumam esporadicamente, enquanto 27,5 mil (13%) fazem uso uma vez por mês, 57,2 mil (27%) semanalmente e 14,8 mil (7%) afirmam realizar o consumo diariamente.

Entre aqueles que informaram fumar o narguilé diariamente, 63% possuem entre 18 e 29 anos e 37% estão na faixa estaria entre 30 e 39 anos. O que demonstra que os jovens são os maiores usuários do narguilé. A pesquisa também identificou que 97% dos consumidores estão localizados nas regiões Sul (46%), Sudeste (31%) e Centro-Oeste (20%). As regiões Norte e Nordeste registraram apenas 3%, com 1% e 2% respectivamente.

O coordenador de ensino do INCA, Luiz Felipe Ribeiro Neto, explica que a água não ameniza os efeitos do tabaco. “A ideia de que a água filtra a fumaça produzida é equivocada. O narguilé possui os mesmos componentes nocivos do cigarro, seja da nicotina ou cancerígenos. Há concentrações diferentes no mesmo produto. É importante entender que no narguilé ou no cigarro, os níveis dos compostos não são seguros de nenhuma forma”, ressalta.

Como um único cachimbo do narguilé pode ser usado por várias pessoas simultaneamente, a socialização do consumo se torna muito atraente, especialmente para os jovens. Por isso, a iniciação ao cigarro e a outros produtos do tabaco, por meio do narguilé, preocupa o Ministério da Saúde. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE/2012) revelou que 7,6% dos adolescentes entre 13 a 15 anos entrevistados afirmaram ter fumado cigarro e/ou produto de tabaco nos últimos 30 dias, sendo que 5,1% admitiram ter fumado apenas cigarro.

O consumo de narguilé pode contribuir para o surgimento de doenças respiratórias, coronarianas e tipos de câncer como de pulmão, boca, bexiga e leucemia. Além disso, o narguilé pode gerar dependência devido às altas doses de nicotina. Estudos também apontam que 45 minutos de sessão acarreta a elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Outro alerta importante relacionado ao uso diz respeito aos riscos de saúde relacionados não apenas ao consumo do tabaco, como também ao surgimento de doenças infectocontagiosas em razão do hábito de compartilhamento do bucal entre os usuários.

CAMPANHA – Esses e outros alertas fazem parte da campanha “Parece Inofensivo, mas fumar narguilé é como fumar 100 cigarros”, lançada pelo Ministério da Saúde e o INCA. A ação faz parte da campanha nacional “Da Saúde se Cuida Todos os Dias”, que tem como objetivo incentivar as mudanças individuais e de comportamento, reconhecendo que a saúde não é fruto apenas da vontade própria, mas também dos contextos social, econômico, político e cultural em que estão inseridos. A campanha será veiculada até o dia 30 de setembro e contará com cartazes e folders, spots de rádio em emissoras voltadas para o público jovem, ações nas redes sociais e na internet.

AMBIENTES LIVRES DO TABACO – O Ministério da Saúde reforça que os narguilés estão incluídos nos produtos proibidos, em 2014, com a regulamentação da Lei Antifumo.  O consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos e outros produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados, mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo não é permitido.

Ainda dentro das ações que vem sendo desenvolvidas pelo Governo Federal desde 2011 está a política de preço mínimo para cigarro e a proibição da propaganda comercial de cigarros em todo o território nacional, sendo permitida apenas a exposição dos produtos nos locais de vendas. Esse conjunto de iniciativas permitiu que, até 2015, segundo o balanço do Plano de DCNT, a redução da prevalência de tabagismo seja o indicador de fator de risco com maior avanço no Brasil.

O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade), assim como contribuiu para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool. Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco.


Gabrielle Kopko
 Agência Saúde

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