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sábado, 20 de junho de 2015

Conheça 10 mitos e verdades sobre parar de fumar





No Dia Mundial sem Tabaco, cardiologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica esclarece dúvidas para quem deseja deixar o vício do tabagismo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de cinco milhões de pessoas morrem todos os anos em decorrência de doenças ligadas ao tabagismo. O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, é a data ideal para lembrar a população que, caso o consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos não diminua, o número de mortes deverá aumentar para 10 milhões ano a ano até 2030. No Brasil, anualmente cerca de 200 mil mortes são decorrentes do consumo de cigarros.
O uso do tabaco, além de obstruir artérias e dificultar a circulação do sangue, pode causar câncer de laringe, pulmão e boca. O cigarro comum possui mais de 4 mil substâncias nocivas, sendo que pelo menos 60 delas são cancerígenas ou tóxicas ao pulmão. O fumante também corre o risco de desenvolver doenças vasculares e expor as pessoas ao redor às doenças alérgicas e respiratórias, como asma, pneumonia e sinusites, principalmente em crianças.
 “Todo fumante deve procurar um clínico geral, cardiologista e pneumologista para estabelecer uma estratégia para deixar de fumar. Pode também buscar grupos de apoio e terapia com psiquiatras e psicólogos, já que o tabagismo causa dependência tanto química quanto psíquica”, explica o Dr. Rafael Munerato, cardiologista e diretor médico do Lavoisier Medicina Diagnóstica. “Enquanto não consegue abandonar o uso do tabaco, o fumante não pode esquecer-se de monitorar sua saúde constantemente e realizar um check-up anual”, complementa.
Conheça alguns mitos e verdades sobre parar de fumar:

1 – Se você já está doente, tirar o prazer de fumar não vai te fazer bem.
MITO. Quando a pessoa deixa o vício, recupera alguns anos de vida e ganha muito em qualidade de vida. Quando a pessoa já está doente, parar de fumar auxilia na recuperação.

2 – Só não para de fumar quem não quer.
MITO. O tabagismo é considerado uma doença e causa uma dependência séria pelo uso da nicotina, que é uma droga altamente viciante.

3 – O pulmão volta ao normal quando o vício acaba.
MITO. O pulmão não se regenera. Porém, as defesas do órgão não ficam mais inibidas e começam a agir no organismo. Quem para de fumar tem mais tosse do que os que ainda fumam porque o corpo quer limpar a “sujeira”.

4 – Parar de fumar deixa a pessoa mais nervosa.
VERDADE. A nicotina aumenta o poder de concentração e, ao ser tragada, faz com que o cérebro libere serotonina. É isso que dá a sensação de prazer aos fumantes, porém ela é momentânea. Quem deseja parar de fumar precisa buscar outras formas de liberar a substância, como a prática de esportes, por exemplo.

5 – Parar de fumar é um caminho a ser percorrido sozinho.
EM TERMOS. A decisão de parar de fumar deve ser tomada pelo fumante, porém é muito mais difícil parar sozinho. Com ajuda profissional e técnicas já testadas, é mais fácil acabar com o vício.

6 – Cigarro é mais viciante que maconha.
VERDADE. Não existem comprovações, ambas são drogas que reagem de formas diferentes no organismo. No entanto, a venda do cigarro de tabaco é legalizada, portanto a droga é mais acessível.

7 – Os cigarros com filtro light, de sabor e de cravo são menos prejudiciais.
MITO. Todas as diferentes linhas de cigarro são prejudiciais. Alguns cigarros têm menor concentração de nicotina e as pessoas acabam fumando em maior quantidade para suprir o vício.

8 – Só se para de fumar quando o vício é substituído por outro.
MITO. A substituição é apenas uma das técnicas para parar de fumar. Os tabagistas podem trocar um vício ruim por um que faz bem como, por exemplo, a prática de exercícios.

9 – As pessoas engordam quando param de fumar.
EM TERMOS. Nem todas as pessoas engordam quando param de fumar. O que acontece é que, com o fim do vício, os cinco sentidos ficam mais aguçados e os ex-fumantes sentem mais cheiros e sabores, deixando-os com desejo de comer mais.

10 – Parar de fumar tem que ser de uma vez só.
EM TERMOS. É possível parar gradativamente. Adesivos, gomas de mascar e alguns princípios ativos agem como a nicotina e podem retirar a fissura por cigarro aos poucos.

Fumar durante a gravidez pode causar problemas físicos e psicológicos no bebê





O hábito prejudica o desenvolvimento do cérebro do feto, que perde massa por conta das substâncias tóxicas do cigarro
O tabagismo é prejudicial para todas as pessoas e isso já não é mais novidade. Porém, quando se trata de uma gestante, as consequências são ainda mais graves, podendo causar danos irreversíveis ao feto, que serão apresentados mesmo ao longo da vida da criança. Problemas como o aumento do risco de transtorno de déficit de atenção e até de doenças congênitas são alguns dos exemplos.
Pode até parecer estranho, mas cerca de 24% das mulheres não deixam de fumar após descobrirem a gravidez. De acordo com o obstetra Luiz Fernando Leite, do Hospital e Maternidade Santa Joana, o tabagismo durante a gestação pode prejudicar tanto mãe quanto bebê. "O risco fetal é consequência do tabaco sobre o sistema vascular materno fetal, ou seja, o tabagismo durante a gestação implica em um menor aporte de nutrientes e oxigênio para o bebê, causando assim maior risco de baixo peso ao nascer e ainda prematuridade".
A comunidade científica não para de investigar os impactos do cigarro na saúde e alguns estudos recentes ainda mostraram que as crianças afetadas pelo cigarro, em geral, apresentam um menor volume de massa cinzenta e branca no cérebro. A massa cinzenta é a parte do cérebro que possui o corpo das células nervosas e incluem regiões envolvidas no controle muscular, memória, emoções e fala. E na massa branca existem as fibras que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, decisões e na atenção. Com essas áreas prejudicadas, os filhos de mães fumantes também podem apresentar quadros de depressão e ansiedade.
A quantidade de cigarros fumados pela mãe também influencia no prejuízo ao bebê,  quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes. "Não existe uma quantidade segura de cigarros que uma mulher possa fumar durante a gestação. Quanto maior o número de cigarros consumidos por dia, maior o risco de alterações no organismo tanto da mãe quanto do feto", afirma o médico.
Entre as piores consequências deste hábito está a possibilidade de a criança nascer com tendência à dependência química do cigarro, como sugerem alguns estudos. E quando esse tipo de vício está associado a estresse por parte da mãe, isso também prejudica o novo membro da família, como alerta Dr. Leite. "Muitas vezes o cigarro está relacionado a alterações de comportamento materno e isso levará a um risco maior do bebê ter alterações de comportamento, já que os bebês são um reflexo do ambiente do lar".
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os filhos de fumantes têm capacidade pulmonar duas vezes menor do que de gestantes que não fumaram durante a gestação e há grandes chances de ocorrer morte repentina do bebê.
O ideal é que as mães parem de fumar e não apenas durante a gravidez e a amamentação, já que esse hábito também prejudica a produção de leite, mas para sempre. E, embora para muitas pessoas largar o vício seja difícil, não é impossível e com a ajuda médica pode ser até mais simples.


Hospital e Maternidade Santa Joana - www.hmsj.com.br

Malefícios causados pelo estresse




Especialista alerta para o mal que o estresse pode gerar no organismo
Pressão no trabalho, problemas com o chefe e preocupação em casa. Até certo ponto, o estresse faz bem para a saúde, nos deixa mais alertas e com energia para completar a rotina. O difícil é notar quando se passa do ponto e precisa desacelerar para não causar prejuízos à saúde. Embora o estresse não esteja categorizado na classificação internacional das doenças, observa-se, já há algumas décadas, que os pacientes têm sido diagnosticados de forma recorrente por esse mal nos consultórios médicos de diversos especialistas.
Considerado uma síndrome que acomete vários órgãos, o estresse é uma defesa natural que ajuda o ser humano a viver, no entanto, o aumento do estímulo estressante acarreta consequências graves ao organismo. “Embora a tendência do indivíduo seja elaborar estratégias para solucionar as causas do estresse, muitas vezes, ele vai se adaptando. E caso não consiga criar essas soluções, seu organismo não vai reagir convenientemente diante dos problemas e dará sinais de cansaço que podem afetar os sistemas imunológico, endócrino e nervoso e o comportamento do dia a dia”, afirma Rafael Munerato, clínico geral do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica.
O estresse age no paciente aos poucos e, quando é notado, já danificou vários órgãos, comprometeu o desempenho profissional e o relacionamento dentro e fora de casa. Não importa o que o tenha provocado, ele interfere em todas as áreas.
Para o médico a primeira reação do paciente deve ser tentar resolver o foco do estresse. Caso não consiga, o organismo opõe resistência ao estímulo, produz menos adrenalina e glicose para vencer o obstáculo, entra num processo de falência e surgem as doenças. Por isso, é importante as pessoas estarem alertas ao que compromete a qualidade de vida.
A seguir, o especialista lista sintomas que indicam se você é uma pessoa estressada: 
* não ter disposição para se levantar;
* não ter a mesma energia para desempenhar as atividades diárias;
* se irritar com os outros facilmente;
* ter dificuldade para dormir ou, mesmo dormindo a noite inteira, não acordar descansado, pois o sono não foi tranquilo e reparador;
* tremores leves nas mãos e nos lábios;
* dor de estômago;
* ataques súbitos de pânico;
* desejo sexual diminuído;
* insônia ou sono inquieto;
* suor frequente;
* gripes e resfriados;
* crises recorrentes de alergia.
Para Rafael Munerato, a prática de atividades físicas, sem cobrança de desempenho, e o aproveitamento de alguns hobbies, desde que não estejam relacionados com o trabalho do dia a dia, podem ser boa opção para quem precisa relaxar e desestressar um pouco.

CIGARRO, O PRAZER QUE ARRUÍNA E MATA



É proibido fumar em locais fechados e até nas calçadas em que há mesas de bar - agora é lei; aliás, debaixo de qualquer toldo a fumaça não se dilui e está vetada; fumódromos foram eliminados das empresas; não se pode fumar nos meios de transporte público nem nos táxis. Nos Estados Unidos e em alguns países europeus é proibido também fumar nos parques públicos e até em calçadas.
As restrições vão se alastrando, o cerco se fecha, transformando os fumantes em cidadãos de segunda classe ou portadores de doença contagiosa, pois passivos também podem sofrer as consequências. Sem falar daquelas ilustrações assustadoras estampadas nos maços de cigarro.
Cheiro de fumaça desagrada aos mais sensíveis, principalmente ex fumantes, temerosos de voltar ao vício; em casa, geralmente, nada é proibido. Mas a reação da família costuma ser tão severa, que o melhor é sair à rua para umas baforadas; essa reação costuma ser mais irada por parte dos mais jovens, que hoje em dia recebem as informações mais cedo.
E assim o mundo vai ficando cada vez menor e mais restrito para os fumantes, que não devem se queixar de perseguição ou de preconceito. Trata-se apenas de uma natural manifestação da Humanidade pela preservação da vida. E os próprios viciados sabem disso.
No último dia 31 de maio foi celebrado mais um Dia Mundial sem Tabaco, data criada em l987 pela OMS – Organização Mundial da Saúde, com foco também nos danos que a produção e o uso do tabaco provocam no meio ambiente, na exploração do trabalho infantil e nas consequências do fumo passivo. No Brasil, o tema foi “Fumar: faz mal pra você, faz mal pro Planeta”. 
Uma pesquisa feita pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde mostrou que aproximadamente 25 milhões de brasileiros com mais de 15 anos fumam derivados de tabaco. Pior: 93% dos fumantes declararam ter ciência dos males do fumo e 67% perceberam campanhas antitabaco nos meios de comunicação. Apesar disso, apenas 52% tinham planos de parar e só 7% queriam pôr a ideia em prática no mês seguinte à pesquisa.
Como se vê, a luta entre a vontade de parar e a dependência dos componentes químicos do cigarro é de vida ou morte. Alguns medicamentos e uma boa terapia hoje são mais eficientes no combate ao tabaco. Porém, o milagre da cura só depende mesmo da força de vontade do fumante.
Uma ajuda importante certamente está no livro do professor Paulo Frigério, “A insuperável alegria da vitória – Como nocautear o cigarro e evitar tragédias”, da Scortecci Editora. Pouco mais de cem páginas de uma emocionante vitória sobre o vício.
Pois, afinal, os números são alarmantes, segundo a OMS; a cada ano cerca de cinco milhões de pessoas morrem por fatores ligados ao tabaco; em duas décadas, podem ser oito milhões, a maioria em países com menor renda. Alerta da OMS: “O tabaco mata mais que tuberculose, Aids e malária juntas”. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, 11% das mortes são atribuídas ao cigarro. Entre as provocadas por câncer de pulmão, traqueia e brônquios, 72% devem-se ao tabagismo.
Números semelhantes podem ser relacionados às mortes provocadas por doenças do coração, como AVC`s, hipertensão, ataque cardíaco, aterosclerose e outras. A fumaça do cigarro é uma mistura de mais de 4.700 substâncias tóxicas, todas com alto poder de destruição, como monóxido de carbono, alcatrão ou nicotina.
Por mais que o fumante tenha prazer no seu vício, ele precisa saber que, aos poucos, está também a caminho de um enfarte. O Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Estados Unidos relacionou algumas causas de doenças cardíacas provocadas pelo fumo:
-- Espessamento do sangue, o que dificulta o transporte de oxigênio às extremidades do corpo por meio da circulação;
-- Aumenta a pressão e o ritmo cardíaco, o que força o coração a trabalhar mais;
-- Reduz as taxas de colesterol bom (HDL) e aumenta o colesterol ruim (LDL) na corrente sanguínea;
-- Provoca ritmo cardíaco anormal e aumenta a reação inflamatória do corpo, o que favorece o aparecimento de placas de gorduras nas artérias;
-- Endurece as paredes das artérias, deixando-as mais estreitas e dificultando assim o bombeamento de sangue pelo músculo cardíaco.
Esses são os perigos, embora os males comprovados nem sempre tenham sucesso na luta antitabaco. Esse dado também preocupa: um levantamento do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira mostrou que quase dois terços (65%) dos fumantes atendidos ali não conseguem largar o cigarro. Mesmo com o diagnóstico de tumor.
A verdade é que esse corredor é muito estreito e perigoso - não vale a pena entrar nele. Poucos conseguem atravessá-lo, muitos são abatidos antes por alguma doença; quem insiste sabe que terá terríveis desafios pela frente, com poucas chances de sucesso, pois nada neste caminho favorece – e o final é quase sempre de tristeza. Portanto, arme-se de força de vontade e fuja desse vício enquanto é tempo.
Afinal, viver bem e com boa saúde ainda é a melhor escolha.

Américo Tângari Jr. - médico cardiologista do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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