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segunda-feira, 12 de julho de 2021

ANVISA amplia a indicação do antirretroviral Tivicay (dolutegravir 50mg) para crianças acima de 6 anos, com peso superior a 20kg 1 A ANVISA ampliou a recomendação do uso do Tivicay (dolutegravir 50mg) para pacientes acima de 6 anos, com peso superior a 20kg, trazendo ainda mais esperança e novas oportunidades para o tratamento do HIV pediátrico no Brasil. Anteriormente, o medicamento era indicado apenas para pessoas que vivem com HIV acima de 12 anos (com peso superior a 40kg).1 "Com essa ampliação da faixa etária, teremos mais um medicamento disponível que irá ajudar as crianças que vivem com HIV a terem uma melhor qualidade de vida, serem saudáveis, e viverem de forma plena", enfatiza Dr. Rafael Maciel, gerente médico da GSK/ViiV Healthcare. 

A introdução do tratamento antirretroviral diminuiu substancialmente a mortalidade e morbidade de crianças pelo HIV.2 Embora as taxas e as novas infecções por HIV tenham sido reduzidas significativamente desde o início da epidemia de AIDS, ainda assim, a população continua suscetível à doença, principalmente as crianças.3 Segundo estatísticas da UNAIDS divulgadas em 2020, cerca de 1,8 milhão de crianças entre 0 e 14 anos vivem com HIV.4 Já um relatório da UNICEF revelou que, em 2019, 320 mil crianças e adolescentes foram infectados com HIV e cerca de 110 mil crianças morreram de AIDS, em todo o mundo.3 No Brasil, milhares de crianças ainda vivem com HIV e os dados também preocupam.5 8 Segundo o mais recente Relatório de Monitoramento Clínico do HIV, do Ministério da Saúde, na faixa etária de crianças de 2 a 11 anos que vivem com HIV foi observado um aumento de 14% no início tardio ou não início do tratamento com antirretroviral, comparando 2009 com 2020.5 

Ainda segundo os dados do Relatório, a meta cascata 90-90-90, estipulada pela UNAIDS, que visa levar testagem e tratamento do HIV para a grande maioria das pessoas que vivem com HIV e reduzir a carga viral em seus organismos a níveis indetectáveis, ainda está longe de ser atingida. Em 2019, 83% das crianças de 5 a 8 anos que vivem com HIV foram diagnosticadas, destas 72% estão em tratamento, das quais apenas 58% estão com carga viral indetectável. Já na faixa etária de 9 a 12 anos os valores são de 86% estão diagnosticadas, destas 75% estão em tratamento, das quais 63% apresentam carga viral indetectável.5 9 Para o Dr. Rafael Maciel, o tratamento do HIV pediátrico apresenta desafios e requer muitos cuidados. "Um dos principais obstáculos que enfrentamos no tratamento de HIV em crianças é a restrição nas opções de medicamentos. Fornecer tratamento seguro, eficaz e bem tolerado para as crianças que vivem com HIV é fundamental para garantir o controle da infecção e prevenir sua evolução para a AIDS. A boa adesão à terapia antirretroviral traz grandes benefícios, entre outros fatores, a ampliação da expectativa de vida e o não desenvolvimento de doenças oportunistas", explica Dr. Rafael. 

O antirretroviral Dolutegravir 50 mg é considerado um dos mais modernos do mundo para o tratamento do vírus, apresentando taxas significativas de supressão viral, além de possuir menor risco de descontinuação de uso devido a eventos adversos.6 Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde medicamentos antirretrovirais e, desde 2013, o Ministério da Saúde garante tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independentemente da carga viral.7 

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 

GSK/ViiV Healthcare

 

 

 Referências:

 

1 TIVICAY (dolutegravir). Bula do produto

2 BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em crianças e adolescentes.Brasília-DF. 2018.

3 NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Relatório revela que HIV contamina uma criança ou jovem a cada 100 segundos. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/102862-relatorio-revela-que-hiv-contamina-uma-crianca-ou-jovem-cada-100-segundosAcesso em: 19 maio. 2021.

4 UNAIDS. Global HIV & AIDS statistics — 2020 fact sheet. Disponível em: https://www.unaids.org/en/resources/fact-sheet. Acesso em: 19 maio. 2021.

5 BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2020. Brasília-DF. 2020. 

6 BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério da Saúde simplifica tratamento de pacientes infectados por tuberculose e HIV. Disponível em: https://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/ministerio-da-saude-simplifica-tratamento-de-pacientes-infectados-por-tuberculose-e-hiv  Acesso em: 19 maio. 2021.

7 BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico do HIV. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e- hiv/diagnostico-do-hiv . Acesso em: 19 maio. 2021.

8 SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Imunizações em Crianças e Adolescentes que vivem com HIV/Aids. Disponível em:https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/imunizacoes-em-criancas-e-adolescentes-que-vivem-com-hivaids/. Acesso em: 27 maio. 2021.

9 UNAIDS. 90-90-90: Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir para o fim da epidemia de AIDS. Disponível em: https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2015/11/2015_11_20_UNAIDS_TRATAMENTO_META_PT_v4_GB.pdf


Com desafio digital “11 Manchetes pela Vida”, Sanofi Pasteur alerta para a importância da vacinação contra meningite

Faixa etária entre 11 e 12 anos faz parte do grupo que mais transmite a bactéria causadora da doença, por isso, a dose de reforço nessa idade é essencial e está disponível no calendário de vacinação do SUS


Com o objetivo de aumentar a conscientização sobre a importância da vacinação contra a meningite meningocócica, principalmente em crianças e adolescentes com idades entre 11 e 12 anos - por serem considerados transmissores da bactéria, mesmo de forma assintomática - a Sanofi Pasteur lança o desafio “11 Manchetes pela Vida”. A iniciativa traz como embaixador o atleta paralímpico Daniel Yoshizawa, integrante da seleção brasileira de vôlei sentado, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019 e símbolo de superação e luta contra a meningite. 

 

O desafio teve início no Instagram do levantador da seleção brasileira de vôlei sentado (@danyoshizawa), a partir da publicação de um vídeo do próprio jogador convidando outros atletas a fazerem 11 manchetes - recurso utilizado para receber um passe no voleibol - sem deixar a bola cair. A segunda participante engajada em prol da causa é Thaisa Daher (@daherthaisa), jogadora de vôlei e bicampeã olímpica pela seleção brasileira. As 11 manchetes têm relação direta com a vacinação de reforço contra a meningite meningocócica, uma vez que a vacina ACWY, que protege contra quatro sorogrupos da doença, está disponível no calendário de vacinação do SUS para crianças e adolescentes entre 11 e 12 anos de todo o país.2 

 

“A maioria dos pais vacina seus filhos quando são pequenos, mas esquecem das doses de reforço, o que representa um risco à saúde individual e de toda população, uma vez que a faixa etária entre 11 e 12 anos é transmissora da meningite, com casos assintomáticos que acabam aumentando a  transmissão da bactéria. Soma-se a isso a forte queda na cobertura vacinal para tantas doenças graves prevenidas pela vacinação, inclusive a meningite. Por isso, iniciativas que levem mensagens educativas de forma engajadora e próxima da população são muito importantes", explica Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur no Brasil.


 

Sobre a meningite  


A meningite meningocócica é caracterizada pela inflamação da membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal (meninge). Causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo)1, ela é considerada uma doença endêmica no Brasil, a enfermidade pode ser assintomática ou provocar sintomas graves, com rápida evolução. A vacinação é a forma mais recomendada e eficaz para evitar a doença1.

 

Desde 2020, a vacina meningocócica ACWY foi incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), para adolescentes entre 11 e 12 anos2. O objetivo do Ministério da Saúde é alcançar cobertura vacinal maior ou igual a 80% do público-alvo da vacinação3.

 

Prevenível por meio da vacinação, a doença meningocócica é considerada imprevisível, com sintomas iniciais inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Com potencial de desenvolvimento e evolução muito rápidos, a enfermidade pode levar à morte em até 24 horas após o início dos sintomas4

 

Para mais informações sobre a doença, acesse a Campanha Antes de Pegar, Melhor Vacinar, promovida pela Sanofi Pasteur, por meio do link: https://www.sanoficonecta.com.br/campanha/meningite-meningococica
 

 

 

Sanofi

 

 

Referências

1. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z - Meningite. Disponível em: https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/meningites  [acesso em junho/2021].

2. Calendário de vacinação SBP 2020 - Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22268g-DocCient-Calendario_Vacinacao_2020.pdf [acesso em junho/2021].  [acesso em junho/2021].

3. Informe Técnico - Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/14/Informe-T--cnico-HPV-MENINGITE.pdf  [acesso em maio/2021].

4.WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningococcal meningitis Factsheet: WHO; 2018. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningococcal-meningitis  [acesso em junho/2021].


Médico responde às principais dúvidas sobre os riscos de infecções fúngicas

As internações hospitalares sempre são motivo de atenção para pacientes, médicos e familiares. Com a chegada da Covid-19, o assunto está cada vez mais em evidência, e novas preocupações começaram a surgir, como é o caso das infecções hospitalares, geralmente causadas por vírus, bactérias e fungos. As infecções causadas por fungos podem acometer principalmente os pacientes internados por tempo prolongado e com sistema imunológico debilitado. Nessas situações um diagnóstico tardio ou até mesmo a falta dele, chegam a levar muitos pacientes ao óbito.

O médico especialista Marcello Mihailenko Chaves Magri, infectologista do Hospital das Clínicas da FMUSP, responde às principais dúvidas sobre o assunto, confira:



Quais as principais infecções que podem ser adquiridas durante uma internação hospitalar?

R: Vários microrganismos podem ser transmitidos dentro do ambiente hospitalar, entre os quais, destacam-se as bactérias e os fungos. As infecções bacterianas e as fúngicas podem apresentar altas taxas de morbidade e mortalidade. Outro aspecto que merece destaque é que, muitas vezes, esses microrganismos podem apresentar diferentes padrões de sensibilidade aos antimicrobianos.


O que são infecções fúngicas?

R: Os fungos são organismos eucarióticos, unicelulares ou multicelulares que pertencem ao Reino Fungi. Se apresentam nas formas de leveduras, bolores ou ainda podem ser dimórficos (bolores na temperatura ambiente ou leveduras dentro do ser humano). Podem causar vários tipos de infecções nos seres humanos, desde infecções superficiais (unhas, pele, cabelos e etc…) até infecções invasivas, disseminadas.


Quais são as principais infecções fúngicas invasivas hospitalares e aquelas que acometem pacientes imunodeprimidos?

R: O principal fungo que causa infecções fúngicas invasivas hospitalares é a levedura do gênero Candida. Nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes neutropênicos, com câncer hematológico e transplantados de células tronco hematopiéticas, além de Candida, os fungos filamentosos (bolores) como os do gênero Aspergillus e Fusarium são responsáveis por alta taxas de letalidade. Nos pacientes com aids, em determinadas fases após o transplante de órgãos sólidos, entre as infecções fúngicas oportunistas, destacam-se a candidíase, a pneumocistose, a criptococose e a histoplasmose.

A mucormicose é uma infecção fúngica invasiva, rara, causada por fungos filamentosos que, no Brasil, acometem mais frequentemente os pacientes diabéticos descompensados.


Quais são os principais sintomas das infecções fúngicas invasivas? Quais efeitos estas infecções causam no corpo?

R: Os sinais e sintomas das infecções fúngicas invasivas dependem de fatores do hospedeiro e do fungo. Por exemplo, a criptococose, mais frequentemente causa uma meningite/meningoencefalite subaguda ou crônica com ou sem acometimento pulmonar. Pode causar febre, cefaléia, vômitos e dor na nuca. A aspergilose pulmonar invasiva pode causar febre, queda do estado geral, tosse, falta de ar, escarro com sangue e nos exames radiológicos de pulmão lesões pulmonares importantes. A mucormicose pode causar mais frequentemente uma rinossinusite grave podendo, se não diagnosticada precocemente, acometer a órbita e o cérebro. Já a candidemia, que é a infecção por fungos do gênero Cândida, no sangue se manifesta por quadros febris em pacientes internados nos hospitais, especialmente após procedimentos cirúrgicos abdominais e internação prolongada em terapia intensiva.


Qual o tipo mais grave de infecção fúngica? E o mais comum?

R: Todas as infecções fúngicas invasivas se não diagnosticadas e tratadas podem levar o paciente ao óbito. Alguns exemplos importantes são:

Candidemia: pode se apresentar com febre e evoluir para sepse e choque séptico se não tratada.

Aspergilose: é causada pelo fungo Aspergillus, presente no ar. No caso de aspergilose invasiva, apresentação mais agressiva da infecção, o fungo se espalha rapidamente pelos pulmões e, por vezes, atinge até cérebro, coração, fígado ou rins pela corrente sanguínea.

Mucormicose: também podem causar infecções agressivas nos pulmões. Entretanto, outras manifestações possíveis são infecções na face pelos seios nasais, no cérebro, nos olhos e no aparelho gastrointestinal. Em casos avançados, a doença pode ainda atingir múltiplos órgãos. Por conta disso, a mortalidade pela doença pode evoluir de 30 a 80%, dependendo da infecção e do nível de imunocomprometimento do paciente.

Neurocriptococose: é uma infecção fúngica extremamente grave especialmente nos pacientes com aids, acometendo o Sistema Nervoso Central, sangue, pulmões, pele entre outros órgãos.

Histoplasmose disseminada: essa infecção ocorre mais frequentemente nos pacientes imunodeprimidos, especialmente nos pacientes com aids. É extremamente grave e fatal nesses pacientes. Pode causar quadros clínicos muito semelhantes à tuberculose disseminada. Pode causar doenças nos pulmões, fígado, baço, pele, cérebro, medula óssea e etc.


Estas infecções costumam ser confundidas com outro tipo de diagnóstico? Quais?

R: As infecções fúngicas invasivas, dependendo do fungo e do hospedeiro, podem apresentar quadros semelhantes às infecções por bactérias, micobactérias e outros fungos, tumores ou doenças reumatológicas.


Qual é o sinal de alerta para o risco de uma infecção fúngica invasiva?

R: Existem micoses que são endêmicas em determinadas regiões, ou seja, muitas pessoas daquela região poderão se infectar, embora uma minoria desenvolve a doença. Existem vários fatores de risco que aumentam a chance de um indivíduo adquirir uma infecção fúngica invasiva. Destacam-se os pacientes imunodeprimidos e os pacientes hospitalizados, especialmente em terapia intensiva.


Como podemos evitá-las?

R: Para as infecções fúngicas invasivas adquiridas no ambiente hospitalar existem várias estratégias propostas pelas comissões de controle de infecção hospitalar para reduzir as taxas de infecção de corrente sanguínea, campanha de lavagem das mãos, pneumonia relacionada à ventilação mecânica entre outras. Algumas situações específicas em pacientes imunodeprimidos está indicada profilaxia com antifúngicos para evitar essas infecções.


Existe tratamento?

R: Os protocolos de tratamento existentes hoje compreendem medicamentos antifúngicos e até mesmo a remoção cirúrgica dos fungos, quando necessário. No caso da aspergilose, por exemplo, a terapia de primeira linha recomendada é voriconazol ou isavuconazol, porém estudos comprovam que o isavuconazol apresenta algumas vantagens farmacológicas que permitem o uso também por pacientes criticamente enfermos no ambiente de UTI com insuficiência renal e diálise. Existem situações onde os fungos podem ser resistentes ou o uso de antifúngicos prévios podem selecionar cepas resistentes. Nessas situações, a anfotericina lipossomal pode salvar o paciente com uma candidemia persistente, por exemplo, em uso de equinocandina.


O paciente com COVID-19 está mais suscetível a pegar este tipo de infecção?

R: Os pacientes com as formas moderadas e graves da COVID-19 podem evoluir com quadros inflamatórios importantes, fenômenos tromboembólicos, alterações nas barreiras mucosas do trato digestório e lesões pulmonares que levam o paciente a necessitar de oxigênio ou até ventilação mecânica e corticoide. Esses fatores podem contribuir para um aumento do risco para desenvolver essas infecções. As infecções fúngicas possuem uma incidência relevante, sobretudo, em pacientes cujo sistema imunológico perdeu a efetividade no combate a doenças, em virtude de outras condições clínicas, como é o caso de pacientes graves da Covid-19. Figuram também nessa lista pacientes com aids, transplantados, pessoas que passaram por cirurgias complexas, pacientes oncológicos submetidos a longos períodos de tratamento com quimioterapia e aqueles submetidos a várias linhas de antibioticoterapia e corticóides em ambiente de UTI.


Houve aumento de casos de infecções fúngicas após o início da pandemia de Covid-19?

R: As infecções fúngicas invasivas mais relatadas desde o início da pandemia de COVID-19 são candidíase invasiva, aspergilose e mucormicose. Desde 2020 vários países têm dado destaque a essas infecções, como, por exemplo, Aspergilose na Europa e México e mucormicose na Índia.


Recentemente, vimos notícias sobre a Mucormicose na Índia. Ele está de alguma maneira atrelado à cepa indiana da Covid-19? Existe chances desse tipo de fungo se desenvolver no Brasil também?

R: A mucormicose ganhou interesse mundial com o crescimento de casos de Covid-19 na Índia, onde cerca de 15 mil casos de mucormicose foram documentados recentemente. É uma micose invasiva envolvendo fungos filamentosos hialinos da ordem Mucorales (Rhizopus sp, Mucor sp, Rhizomucor sp, Lichtheimia sp, entre outros), que a imprensa vem denominando erroneamente como micose por "fungos negros". A princípio não há nenhuma evidência que a cepa indiana esteja relacionada aos casos de mucormicose. É Importante pontuar que não é esperado que a mucormicose aqui no Brasil assuma a mesma proporc
̧ão que a observada na Índia. Antes do advento da Covid-19, a Índia já registrava altas taxas de incidência de mucormicose. O elevado número de casos de mucormicose em pacientes com Covid-19 na Índia pode estar relacionado, entre outros fatores, com a elevada incidência de diabetes na população desse país (muitos sem diagnóstico e tratamento), favorecendo o surto de mucormicose nos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e em uso de elevadas doses de corticóides para tratamento da Covid-19.




Sobre Cresemba® (isavuconazol):

O isavuconazol é um antifúngico da classe dos azólicos, disponível nas apresentações intravenosa e oral. É o antifúngico de primeira linha mais completo para o tratamento da aspergilose invasiva e mucormicose. Combinação única de eficácia, amplo espectro, formulações IV e orais intercambiáveis e perfil de segurança. Já está disponível no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa, na Argentina e no Peru.


Sobre AmBisome® (anfotericina B):

A anfotericina B é um antibiótico antifúngico usado para tratar infecções graves causadas por fungos. É usado para infecções fúngicas severas oportunistas e/ou endêmicas e infecções fúngicas oportunistas sistêmicas.


United Medical

 

Cardiologista esclarece mitos e verdades sobre insuficiência cardíaca

As formas de combater seus riscos foram tema de debate em evento online promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida



“O consumo de sal e gordura são caminhos para a sepultura”. Essa rima, em tom descontraído, marcou a live “Alerta Máximo para IC [insuficiência cardíaca]”, promovida pelo Instituo Lado a Lado pela Vida (LAL), no último dia 7 de julho. De um jeito descomplicado para esclarecer e conscientizar, o evento trouxe o cardiologista Fernando Costa e a jornalista Andressa Somonini para comentar hábitos como a importância da prática de exercícios diários para auxiliar na saúde do coração, a interferência do álcool no seu funcionamento, os perigos de não seguir com rigor o tratamento prescrito pelo médico aos que já possuem comorbidades e os problemas acarretados pelo mau hábito alimentar.

 

A presidente do LAL, Marlene Oliveira, falou sobre o objetivo do evento. “A nossa ideia foi promover uma conversa para alertar a população sobre a insuficiência cardíaca (IC), mas que fosse leve e engajadora. E, para isso, convidamos o cardiologista membro do Comitê Científico do LAL e diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Fernando Costa, que de forma simples e descontraída esclareceu os mitos e verdades sobre a doença e os meios práticos de prevenção e cuidado", disse.


Mediado pela editora da revista Pais e Filhos, a jornalista Andressa Simonini, o bate-papo esclareceu dúvidas e trouxe informações a respeito da IC como, por exemplo, que ela pode ser acarretada por problemas cardíacos já existentes ou por maus hábitos. Entre risos e brincadeiras, o cardiologista explicou os sintomas que as pessoas devem estar atentas no dia a dia e como é feito o diagnóstico. “A IC é diagnosticada a partir da observação do exame de eletrocardiograma e de sintomas como cansaço, falta de ar, palpitações e inchaço”, explicou o membro do comitê científico do LAL. De acordo com Costa, o ideal é que a internação seja evitada ao máximo. “A internação é um sinal do agravamento da doença e a diminuição da sobrevida”, disse. A IC é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear o sangue para o corpo, impossibilitando o transporte do oxigênio para órgãos e tecidos. “Por isso, é também conhecida como a doença do coração fraco”, explicou o cardiologista.

 

A prática de exercícios foi prescrita como o segredo para manter um coração saudável e longe das doenças cardiovasculares, além de proporcionar o bem-estar, já que ela libera endorfina, o hormônio da felicidade. “Seria ótimo se houvesse endorfina em pílulas, mas como isso não é possível, temos que realizar atividades físicas. Se pararmos para calcular, o dia tem 1.440 minutos. Reservando apenas 40 minutos diários para realizar qualquer tipo de exercício já é suficiente para se manter saudável e mais feliz”, aconselhou.


Aos hipertensos e diabéticos, o alerta foi mais sério, já que as doenças crônicas podem causar lesões ao coração e agravar o quadro.  “O uso correto da medicação prescrita é essencial. Interromper o tratamento ou não seguir à risca as orientações médicas descompensam o coração e interferem no seu funcionamento. Não adiante controlar a pressão arterial uma semana e depois descuidar”. O uso de sal também foi enfatizado como um grande vilão da longevidade e o ideal é reduzir ao máximo o consumo. De acordo com Costa, há atualmente no Brasil mais de 40 mil pessoas com 100 anos e essa é uma realidade que tende a crescer. Tudo vai depender dos hábitos adquiridos para manter-se saudável.

 

Outro apelo foi ao consumo de gordura e controle do colesterol. O índice elevado das taxas lipídicas pode gerar aterosclerose, que é a obstrução as artérias, fator de risco para o infarto. “A ingestão de gordura saturada é muito perigosa, porque ela gera gordura abdominal e consequentemente complicações para o coração. Sei que a fita métrica é o terror para muitas pessoas, mas é necessário encará-la. Mulheres até 80 cm e homens 90 cm, estão fora do grupo de risco”, explicou Costa que atua na área hás mais de 40 anos.

 

A desigualdade social e o acesso ao sistema de saúde foram apontados como obstáculos para a prevenção da IC. “A construção de um mundo melhor, mais consciente passa pela implantação de políticas públicas. Elas são essenciais para que as formas de prevenção alcancem a todos e com isso diminuir a porcentagem de acometidos pela doença e aumento da qualidade de vida”, finalizou.

 


Mitos e Verdades


Um quadro da live comandado por Simonini foi o “Mitos e Verdades sobre a IC”. Foram selecionadas algumas perguntas e afirmações sobre a doença e apresentadas ao Dr. Fernando para dar seu o parecer. Os internautas também interagiram opinando sobre os questionamentos. Eis alguns deles:

 

- É mito ou verdade que só reduzir o carboidrato, a carne vermelha e sal já previne o surgimento de doenças do coração?

“É o começo de uma jornada. É preciso ver por quais alimentos estão sendo substituídos. O ideal é dividir um prato, preenchendo a metade com frutas, legumes e verduras. À outra metade, bom senso. Diminuir carne vermelha é bom, diminuir o carboidrato é bom, mas é importante saber quais alimentos são ricos em carboidratos, por exemplo.

 

- É mito ou verdade que o uso de álcool é prejudicial para o coração?

Verdade. O uso de álcool deve ser moderado. É necessário o equilíbrio no consumo. O ideal é não consumir mais que 30g de álcool por dia, que equivale a duas latas de cervejas ou três copos de chopp.

 

 - Os homens têm mais propensão a problemas cardiovasculares e as mulheres menos, porque são mais calmas e cuidadosas.


- A verdade é que a produção de hormônios femininos aumenta a produção do HDL (bom colesterol) e até diminui o LDL (colesterol ruim). Mas, no término da vida fértil, por volta dos 50 anos, a produção cai drasticamente. A proteção que havia diminui e ela passa a ter os mesmos riscos que os homens.

 

 


Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)  


Dicas sobre como cuidar bem da visão na estação mais fria do ano

Os dias mais frios e secos demandam maior atenção, já que os olhos ficam mais vulneráveis nesta estação

 

O inverno chegou e, com as mudanças bruscas de temperatura, podem aumentar os riscos de problemas visuais, inclusive para os usuários de lentes de contato. Diante disso, os cuidados para a preservação da saúde ocular não podem ser deixados de lado. O clima seco e a baixa umidade do ar deixam nossos olhos mais vulneráveis ao aparecimento de conjuntivite alérgica – que pode evoluir para viral ou bacteriana, ressecamento ocular e também outras reações alérgicas, como vermelhidão dos olhos, lacrimejamento, ardência, coceira, fotofobia e irritação. 

A CooperVision, que é uma das líderes mundiais na fabricação de lentes de contato, sempre procura compartilhar informações importantes que ajudam a potencializar os benefícios do uso de lentes de contato, minimizando os eventuais riscos para que os usuários tenham uma experiência tranquila e segura também durante a época mais fria do ano. 

Presentes durante todo o ano, os raios ultravioleta podem causar diversos danos à visão. Mas como durante o inverno vários dias são nublados, algumas pessoas se enganam acreditando que os raios não estão ali. Outro ponto importante é evitar a exposição prolongada ao ar-condicionado. Mesmo em dias mais frios, muitas pessoas costumam ficar em ambientes fechados com o equipamento ligado por muito tempo, o que favorece o ressecamento ocular. 

Além disso, é fundamental seguir com os cuidados básicos: lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes, utilizar soluções multiuso adequadas para a limpeza (caso as lentes não sejam de descarte diário), não usar soro fisiológico para a higienização, trocar o estojo regularmente, nunca ultrapassar o período de descarte, evitar dormir com as lentes etc. 

“Para que os usuários possam ter um uso mais seguro e saudável, é importante que redobrem os cuidados nesta época do ano, e é muito importante que também façam consultas frequentes ao oftalmologista”, alerta Gerson Cespi, diretor geral da CooperVision no Brasil. 

O uso de lentes de contato pode ser bem mais confortável e saudável do que você imagina.


Artistas criam "floresta de postes" como alerta sobre a crise ambiental no Rio de Janeiro

Créditos: SWEAT Productions




















Unindo arte, sustentabilidade e tecnologia como forma de protesto, a iniciativa faz parte do projeto global Converse City Forests, que utiliza tinta ecológica para limpar o ar em grandes cidades ao redor do mundo

 

Vídeo da campanha




Depois de passar por 27 cidades ao redor do mundo, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e, mais recentemente, Salvador, o projeto global Converse City Forests, idealizado pela criadora dos icônicos tênis All Stars, voltou às terras cariocas no último dia 13 de junho com o objetivo de expandir ainda mais a discussão em torno dos temas sustentabilidade, arte urbana e moda. 

 

Mural pintado pelo artista André Kajaman, no Rio de Janeiro

Créditos: Tio Verde

 

Por meio de uma tinta fotocatalítica que absorve CO2 durante seu processo de secagem e ao longo de sua vida útil, a iniciativa consiste na pintura de murais ecológicos que filtram o ar em seu entorno, colocando também o trabalho de artistas independentes e pautas historicamente silenciadas, como o afrofuturismo e a cultura de povos originários, no centro do palco. 

 

Na abertura de sua nova fase, chamada Recrie o Amanhã, Converse City Forests traz o aquecimento global e a iminente elevação do nível dos oceanos como tema principal por meio de "inundações" projetadas no Museu do Amanhã e nos Arcos da Lapa, marcos culturais mundialmente conhecidos, com o objetivo de materializar, de forma virtual, o que pode acontecer no futuro caso o cenário atual da devastação ambiental não seja revertido. A inundação digital contou também com um movimento nas redes sociais: com publicações que trazem telas na cor Azul Oceano, a marca convidou a audiência a recriar o amanhã por meio das atitudes de hoje, simbolizando como, por meio de ações locais como pintar um mural, é possível contribuir para a amenização do problema.

 


"Inundações" projetadas nos Arcos da Lapa (esquerda) e no Museu do Amanhã (direita), no Rio de Janeiro

Créditos: SWEAT Productions

 

Desta vez, ao invés de muros, o projeto ganhou forma em uma "floresta" de 47 postes no bairro de Copacabana, representando figurativamente sua função de filtragem do ar. Conforme as atividades humanas evoluíram ao longo da história no Rio de Janeiro, sua vegetação nativa foi gradualmente substituída por concreto, dando lugar a postes presentes em toda a cidade, que foram ressignificados a partir de sua pintura sustentável.

 




 





























Créditos: SWEAT Productions



Inspirados pela temática da fauna e flora, ameaçadas pela mudança climática, os artistas convidados para a nova fase do Converse City Forests foram selecionados por meio da curadoria de André Kajaman, responsável pelo mural pintado no Morro do Santo Amaro, e Ademar Lucas, fundador da Ademáfia, um coletivo que valoriza a cultura do skate e da arte de rua como ferramentas de transformação sociocultural e ambiental. "Como o Converse City Forests é uma iniciativa que fala muito sobre ações locais e cultura jovem, nossa intenção era a de que artistas independentes locais pudessem ter espaço para mostrar sua arte e colocar ali suas próprias vivências e visões sobre o Rio de Janeiro", conta Ademar.

 

Artistas selecionados para o projeto, sob curadoria de Ademar Lucas e André Kajaman

Créditos: SWEAT Productions


 

Nove artistas ascendentes foram convidados para dar vida à floresta de postes, situada em Copacabana: Guilherme Memi, Lídia Viber, Ju Angelino, Lolly, Rodrigo Sini, OMEP, Fredy Nascimento, Priscila Rooxo e Mario Band's. 

 

Lídia Viber assimila sua vivência como mulher preta e periférica em seu trabalho, a partir da educação dada a ela na infância, com seus limites, crenças, imposições, afetos e a ausência deles. A mineira, que hoje reside na capital fluminense, dedicou-se por mais de 7 anos à formação social de jovens periféricos em Belo Horizonte e é reconhecida pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais como uma das 15 mulheres mais influentes do Estado na categoria. Para ela, "sustentabilidade é uma maneira eficaz de viver e desfrutar o planeta em harmonia, com respeito e igualdade, visando um futuro renovável", conta.

 



Postes pintados por Lídia Viber, no Rio de Janeiro

Créditos: SWEAT Productions

 

Assim como ela, o carioca Guilherme Memi também volta-se para dentro para encontrar sua inspiração, tendo como ponto de partida sua própria casa e em sua relação com sua singela e pacata família, manifestadas em sua obra em traços retos e cores pastel que incorporam uma atmosfera nostálgica a seu trabalho. Ao mesmo tempo, Memi propõe uma reflexão sobre a conexão com o divino e a resistência ao caos das cidades. "As sobreposições de fases da vida em diferentes tempos e espaços incorporam a incompletude do ser e as transformações no curso cíclico do existir", conta.



































Postes pintados por Guilherme Memi, no Rio de Janeiro

Créditos: SWEAT Productions

 

A tinta fotocatalítica, desenvolvida pela Graphenstone e utilizada como material fundamental das obras, usa cal natural como base, que tem um ciclo de produção sustentável em todas as etapas do processo, desde a madeira utilizada como matéria-prima até o produto final, e que é livre de VOCS (compostos orgânicos voláteis) e substâncias tóxicas. A tinta também é enriquecida com grafeno, que otimiza suas propriedades e aumenta sua durabilidade, sendo capaz de absorver até 120 gramas de dióxido de carbono por metro pintado. 

 

Por meio do portal global do projeto e das redes oficiais da marca, é possível ter acesso a todas as obras pintadas ao redor do mundo e mais informações sobre a iniciativa.

 

A nova fase do Converse City Forests marca também a chegada da linha Renew Knit no Brasil. Os tênis, que têm 85% de poliéster reciclado em sua composição, propõem uma reinvenção do icônico Chuck Taylor All Star em tricô respirável, garantindo acabamento premium e conforto extra durante o uso, complementados por suas palmilhas OrthoLite. Sua nova sola transparente também incorpora a proposta sustentável da linha Renew e é feita a partir de sobras de borracha que seriam descartadas no processo de manufatura.

 

Tênis Converse All Star Renew Chuck 70 Knit Hi

Créditos: Divulgação

 

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