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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Setembro vermelho: cardiologista alerta para doenças cardiovasculares em tempos de pandemia

 Thiago Siqueira fala sobre cuidados e prevenção

 

No próximo dia 29 é celebrado o Dia Mundial do Coração. A data serve de alerta para as doenças cardiovasculares (DCV), que são hoje, a principal causa de morte no mundo. E, para ampliar a conscientização para os cuidados com o órgão surgiu o Setembro Vermelho.

Thiago Siqueira, médico cardiologista e Coordenador da Cardiologia do Hospital Anchieta de Brasília ressalta cuidados indispensáveis, ainda mais em tempos de pandemia, já que portadores de doenças fazem parte do grupo de risco para a doença, com maior probabilidade de desfecho clínico. "É importante permitir que as pessoas tenham acesso a programas de prevenção primária a fim de evitar o primeiro evento cardiovascular, e após este, que todos tenham o acesso a prevenção secundária, para que se possa tratar adequadamente", acrescenta.

Ele destaca que há uma correlação entre fatores de risco (hipertensão, dislipidemia, obesidade, sedentarismo, tabagismo e diabetes) com hábitos de vida e hereditariedade. "Conhecer esses três pilares é a peça chave no combate a essas patologias. Assim, após a estratificação de risco com base neles, traçamos a meta do tratamento individualizado, com foco naqueles fatores que são modificáveis, principalmente, no controle dos fatores de risco e a mudança de hábitos de vida", destaca o médico.

A Organização mundial de saúde, OMS, diz que uma dieta não balanceada é o principal fator de risco para mortalidade precoce. E isso, conforme o médico, é um fator que agrava - se em diversos países pela perda do hábito, antes saudável, de preparar alimentos em domicílio. "O fato de deixarmos de cozinhar em casa nos expõe a maior consumo de produtos industrializados com maior carga de sódio, conservantes e estabilizantes, ingredientes estes nocivos aos sistema cardiovascular", explica Siqueira.

O médico aponta que é preciso implementar medidas saudáveis, como praticar atividade física aeróbica pelo menos 150 minutos por semana, o que já implica em redução de eventos cardiovasculares. Para ele, o sistema público integrado a assistência suplementar privada de saúde não deve medir esforços para o controle destas enfermidades. "Estratégias eficazes, como o exemplo do combate e o tratamento do tabagismo realizados no SUS, surtem efeito e salvam milhares de vidas. Portanto, o esforço deve ser coletivo", relata.

Dr Thiago Siqueira conclui: "é imprescindível a conscientização de que a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são as ferramentas essenciais para o manejo destas patologias, que consomem vultosos recursos públicos e ceifam milhares de vida anualmente em todo o mundo".


As dores que a quarentena provoca

A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus e a mudança de hábitos decorrentes do isolamento prolongado têm provocado efeitos nocivos não só na saúde mental das pessoas. Para além das já graves ansiedade, estresse e depressão, muitas pessoas estão manifestando no corpo as dores da pandemia. E não estamos falando de pacientes da Covid-19, mas de gente que tem respeitado a quarentena, trabalhando em casa e só saindo para as atividades essenciais.

Enxaquecas, dores na coluna, formigamento nos braços e dores cervicais são alguns dos males que têm atingido as pessoas que estão trabalhando em sistema de home office. “Afastadas do convívio social, as pessoas passaram a olhar mais para as telas dos smartphones, têm permanecido mais tempo sentadas e se exercitando menos. Tudo isso tem um efeito devastador sobre o corpo humano”, alerta o fisioterapeuta e PhD em Neuroanatomia, Mario Sabha.

Sabha explica que, ao se movimentarem menos, passarem mais tempo na mesma posição durante o teletrabalho, as pessoas acabam sofrendo encurtamento muscular, dores na lombar e quem tinha problemas anteriores passou a sentir as dores de forma mais intensa e contínua. “Muitos sofrem dores cervicais, no pescoço, estendidas para os braços e as mãos, com formigamento”, completa.

O uso de celulares, tablets e computadores por tempo prolongado também tem seus efeitos no organismo. “Muitas pessoas chegam no meu consultório relatando dores de cabeças fortes que resultaram em enxaquecas. Além de procurar a ajuda de um especialista, é preciso colocar limite ao uso dos equipamentos”, observa Sabha.

Outro fator que ocasiona dores no corpo é o ganho de peso e a má alimentação. “O acesso ilimitado à geladeira fez com que as pessoas consumissem alimentos mais calóricos, com menor valor nutricional, provocando o aumento do peso, que por sua vez ocasiona um desequilíbrio no centro de gravidade, entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral. Nessa região do sacro que fica o nosso ponto de equilíbrio. Então, muitas pessoas sentem dores também na lombar, irradiada para as pernas”, explica.

O terapeuta Sabha recomenda a retomada das atividades físicas e pausas no trabalho para mudar de posição e alongar os músculos. “Em primeiro lugar, é preciso identificar o que está acontecendo, porque muitas pessoas se acostumam tanto com a dor e não se dão conta de que algo está errado e, por isso, não cuidam. É indispensável que as pessoas se exercitem e procurem tratamento, como osteopatia e quiropraxia, com um profissional confiável, para alinhar a coluna, reposicionar músculos e articulações”, finaliza.

 



Mario Sabha - PhD em Neuroanatomia e mestre em Anatomia Humana pela Unicamp, com formação em Terapias Manipulativas, Osteopatia, Acupuntura, Terapias Metafísicas e criador do "Método Sabha" para fisioterapeutas.


Setembro Amarelo: Omint reforça a importância de cuidar da saúde mental durante e após o período de pandemia

Mais atenção, acolhimento e encaminhamento de questões devem ser dados às populações vulneráveis a esses distúrbios, evitando possíveis agravantes

 

Setembro é o mês da conscientização no combate ao suicídio, estimulando a prevenção e promoção da saúde mental. No momento atual, sensações como o medo do vírus desconhecido, a facilidade do contágio, o longo período de isolamento e dificuldades diversas podem gerar dúvidas e inseguranças tornando fatores desencadeantes para situações adversas da saúde mental.

Atenta aos diversos fatores externos que influenciam na saúde mental, a Omint desenvolveu e aplica desde 2015 o Programa de Saúde Emocional nas companhias parceiras, apoiando os RHs a propagarem a prevenção da saúde mental aos seus colaboradores, por meio do processo de fortalecimento da saúde emocional e que busque a conscientização dos fatores e níveis de estresse na vida dos participantes e, principalmente, como combate-los. Por meio da ótica de que saúde é um conjunto de atributos físicos, mentais e sociais, a companhia identifica casos que necessitam de acompanhamento específico e busca desmistificar a saúde mental para as pessoas nos ambientes de trabalho, mostrando o quanto ela gera um impacto direto na produtividade e bem-estar de todos.  

Cerca de 11 profissionais da Omint garantem toda a estrutura e acolhimento necessários. Atualmente, há 389 pessoas participando do Programa Saúde Emocional da Omint, e os impactos têm sido positivos: no primeiro semestre deste ano, o programa teve 90% de frequência, com redução de 47% do nível de estresse. Além disso, o Núcleo de Saúde e Prevenção da Omint (NUSP) disponibiliza às empresas clientes da companhia encontros virtuais com dicas e ações preventivas às empresas e seus colaboradores, por meio de uma rede de acolhimento e reconhecimento, com o objetivo de contribuir com a saúde mental durante o isolamento social e até mesmo na identificação precoce de questões intensificadas pelo período. Ao todo, mais de 60 empresas participaram e 4000 pessoas foram impactadas. 


Quarta onda da pandemia

Segundo Dra. Yara Azevedo Prandi, psiquiatra credenciada Omint, uma possível nova onda está se formando dentro da pandemia do coronavírus: a emergência de saúde mental é mais uma das consequências da atual crise. “A primeira onda foi a pandemia em si e suas mortes imediatas. A segunda, a superlotação e o colapso dos serviços de saúde. Já a terceira etapa diz respeito ao agravamento de quadros de pacientes com doenças crônicas e a superlotação dos hospitais. Agora, a quarta onda é uma epidemia de doença mental. Pessoas que nunca tinham adoecido começam a ter sintomas, principalmente de ansiedade e depressão, muitas vezes, motivadas pelo cenário atual”, explica Dra. Yara. 


Sintomas, encaminhamento médico e tratamento

De acordo com a especialista, é importante observar cada mudança no corpo ou sintoma como tristeza profunda, distúrbios do sono, pensamentos negativos, desinteresse e apatia, baixa autoestima, desleixo com a aparência, dores físicas, irritabilidade, choro frequente, falta de vontade de fazer atividades simples, mudanças comportamentais bruscas e rejeição a determinados assuntos. "Tudo isso leva a estados de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e abuso de álcool ou outras substâncias. Nessas situações, é indicado o encaminhamento a um psiquiatra que, por ser um médico, pode traçar um diagnóstico e protocolo de tratamento para as questões detectadas”, afirma. 

Por fim, a psiquiatra orienta que a educação e o acolhimento sejam parte do primeiro passo preventivo. “Ao receber ajuda ou oferta de socorro diante de uma crise, podemos reverter a situação. A Omint, por exemplo, disponibiliza a Central de Atendimento e o Dr. Omint Digital, plataforma de orientação médica por videoconferência, que colocam à disposição do cliente um médico da rede credenciada apto a prestar orientações médicas de forma simples e conveniente”, conclui. 


Saiba mais sobre a Gastrite: Doença que atinge 2 milhões de brasileiros


A gastroenterologista do São Cristóvão Saúde explica sobre as mudanças de hábito necessárias para pessoas com gastrite
 


A Gastrite, inflamação da mucosa do estômago, pode ser aguda ou crônica e estar presente em todo estômago ou algum segmento dele. Nem sempre o que chamamos de gastrite é a presença dessa inflamação, pode ser apenas uma dor de estômago por algum alimento ingerido, por exemplo. “Um estudo recente estima que hoje existem aproximadamente 2 milhões de pessoas convivendo com gastrite no Brasil, sendo de maior prevalência em grandes cidades como São Paulo (76,3%) e Rio de Janeiro (59,5%). O melhor método para diagnostico é através de um histórico clínico, exame físico e exames complementares, como por exemplo a endoscopia.”, disse a gastroenterologista do São Cristóvão Saúde, Dra. Tabata Cristina Alterats Antoniaci. 

Segundo a especialista, quem sofre com a gastrite precisa redobrar alguns cuidados, principalmente com a ingestão de certas bebidas e alimentos, como por exemplo: frutas ácidas em jejum; abuso de café e bebidas com cafeína, como o chá preto e mate; condimentos como pimenta, mostarda, ketchup e molhos prontos; frituras; creme de leite; manteiga; enlatados e embutidos (salame/salsicha/presunto). Além de chocolate, carnes e queijos gordurosos. 

Em caso de exageros ou ingestão dos alimentos mencionados, a médica orienta a fazer uma alimentação leve. “Em qualquer crise de dor, pedimos que o paciente faça uma alimentação leve, baseada em frutas e legumes, evitando condimentos, frituras, gorduras e alimentos industrializados. É importante se alimentar, pois o jejum prolongado também é um fator de piora nas crises.”, explicou a Dra.

Muitas pessoas que têm gastrite também têm refluxo, mas a gastrite não causa o refluxo, como explica a Dra. Tabata. “O refluxo e a gastrite podem ocorrer juntos, porém a causa do refluxo não é a gastrite. Ele ocorre quando existe um relaxamento do esfíncter que separa o estômago do esôfago, e com isso, o ácido gástrico ‘sobe’ e causa lesões no esôfago. Nota-se uma piora no refluxo em pessoas que fumam, consumem álcool, comem em excesso, obesos, consomem excessivamente cafeína, chocolate e alimentos condimentados. Em geral, o paciente se queixa de azia, queimação e do próprio refluxo. Existem casos ainda de desconforto na garganta, como pigarro. 

A gastrite é uma doença orgânica, ou seja, existe a alteração da mucosa gástrica. “O que vemos muito hoje em dia é o fator emocional relacionado aos sintomas gástricos e até a presença de alteração na mucosa. A esse conjunto de sintomas chamamos de Dispepsia Funcional. Caracterizados por dor ou desconforto estomacal, que pioram com estresse e ansiedade. Por isso, é importante uma abordagem global pelo médico do paciente, avaliando se as duas patologias estão somadas. E, nesse caso, o tratamento da ansiedade é fundamental para a melhora dos sintomas gástricos”, esclarece a profissional. 

A boa notícia em meio a isso tudo é que a gastrite tem cura! “A inflamação da mucosa pode ser revertida com tratamento correto e individualizado, utilizando medicação, dieta e mudança no estilo de vida, associado ao controle de comorbidades, como ansiedade”, finaliza a médica do São Cristóvão Saúde.


Medicamento para tratamento de mieloma múltiplo, Bortezomibe entra para o rol oferecido pelo SUS

 ABHH submeteu medicamento à CONITEC e acompanhou de perto processo de incorporação que durou um ano

 

O Bortezomibe, usado para tratamento de mieloma múltiplo, acaba de ser incorporado ao rol dos medicamentos do Sistema Único de Saúde. Tal ação encerra um processo de quase um ano em que os Comitês Científico de Mieloma Múltiplo e o de Acesso da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) batalharam junto à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para a incorporação do medicamento no sistema público de Saúde.

“Este é um medicamento consagrado há mais de quinze anos e é imprescindível que esteja disponível no SUS. Cumprindo seu papel científico e político, a ABHH acompanhou de perto todas as etapas, inicialmente, realizando três submissões do medicamento à CONITEC, depois apoiando e divulgando a consulta pública e, agora, estamos felizes com a resolução da incorporação”, afirma o Coordenador do Comitê de Acesso a Medicamentos da ABHH, Dr. Angelo Maiolino..

A disponibilização do medicamento vai beneficiar muitas pessoas que necessitam do tratamento, uma vez que é essencial para tratamento em primeira linha, pacientes elegíveis e não elegíveis ao transplante e para os que sofreram recidiva, ou seja, em torno de 10 mil pacientes.

 “Esta é mais uma conquista, baseada em profissionalismo e seriedade da ABHH, que tem elaborado sólidas diretrizes, incluindo estudos farmacoeconômicos, expondo evidências científicas, atuando junto a instâncias públicas para aprovação e incorporação ao acesso à medicamentos”, finaliza Maiolino.


Sinusite: técnica terapêutica pode solucionar o problema



O Cone em Vidro além de tratar a sinusite e outros sintomas de ouvido, nariz e garganta de maneira segura, promove bem estar, tranquilidade e clareza mental.

 

Você com certeza já ouviu falar sobre os Cones Chineses e a Limpeza Energética terapêutica que estes promovem. Essa prática deve ser realizada apenas por profissionais habilitados e traz inúmeros benefícios para a vida, um deles é o poder de se livrar de uma vez da famosa sinusite.

A sinusite é caracterizada pela inflamação das mucosas dos seios da face, região que abrange as cavidades ósseas envolta do nariz, maçãs do rosto e olhos. Ela pode ser desencadeada por resfriados, gripes e alergias, e quando crônica pode gerar muito incômodo e fortes dores de cabeça.

Bianca Drabovski, terapeuta habilitada explica, “O Cone em Vidro é a forma mais eficiente e segura de aplicação do Cone Chinês. Ele estimula de maneira intensa o organismo, reorganiza os desequilíbrios que podem estar no campo mental, físico e energético, limpa o campo áurico e promovem bem estar e tranquilidade”.

Além de promover alívio da sinusite, podendo tratar o problema de vez, o cone inserido na orelha do paciente, quando queimado, estimula o corpo a movimentar e expulsar de maneira natural o excesso de cera do ouvido e o muco acumulado nas demais estruturas.

“Após o atendimento que dura aproximadamente 1 hora, os pacientes demonstram ouvir com mais clareza e respiram melhor. Percebem também diferenças no rosto, isso por que os nervos da região foram também estimulados proporcionando relaxamento”, comenta Bianca.

Eduarda que passou pela terapia junto à seus filhos conta, "As minhas crianças sofriam muito com a sinusite, eu tinha que dar antibióticos para eles praticamente todas as semanas. Imediatamente após o tratamento com a Bianca, tanto as crianças quanto eu já sentíamos que respiravamos melhor e a dor no rosto já não estava mais presente, foi um alívio. Hoje eu não preciso mais dar remédios aos pequenos e eles não sentem mais as dores da sinusite, para a nossa família foi o tratamento dos Cones de Vidro que nos ajudou a retomar a nossa qualidade de vida".

A terapia também ajuda nas dores de ouvido, rinite e no alívio da tontura que pode ser causado pela labirintite, assim como, promove clareza mental e resolução de raivas, bloqueios, tristezas e outros.

Lembrando que esse tipo de limpeza pode ser realizada apenas por profissionais que estudaram e são habilitados. A utilização dos cones de parafina, cera de abelha ou artesanais é perigosa pois resíduos podem cair no tubo auditivo. “Eu utilizo apenas os Cones em Vidro, que não se desfazem como os outros, não tem risco de queimadura do tímpano, além de serem potencializados pelo óleo terapêutico específico e possuírem uma abertura para a saída correta da fumaça” apresenta a terapeuta.

 




Bianca Drabovski Chemin - Facilitadora de Consciência, Terapeuta, Saúde integrativa.

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A importância da Ficha de Anamnese e do Prontuário

O anestesista é um profissional que se apresenta em diversos procedimentos médicos, desde exames mais complexos até cirurgias de alta complexidade, portanto, como toda a atividade relativa à medicina existem riscos a ser computados, que são minorados através de atos anteriores ao próprio tratamento.

Antes do procedimento propriamente dito, o anestesista conhece o paciente, conversa sobre o como será realizada a anestesia, informa os riscos e preenche com o paciente a ficha de anamnese para registrar as informações. Em determinados casos, pode solicitar exames e até a suspensão do uso de medicamentos que possam influir na eficácia da anestesia. Dependendo dos casos, o paciente pode ser solicitado a assinar um termo de consentimento acerca dos riscos que envolvem determinada anestesia.

Documento irmão da ficha de anamnese é o prontuário, cujo preenchimento deve refletir todos os pedidos e conclusões da consulta pré-anestésica. Pode se anotar, inclusive, a participação de profissional de enfermagem que tenha participado das explicações, para que além do documento escrito o profissional tenha uma testemunha, esta, importante assinar o documento.

O profissional deve ter anotado todas as vezes que atendeu o paciente antes e após a anestesia. Relatar o que foi analisado e as respostas do paciente, para demonstrar que sempre esteve presente e se responsabilizou pelo atendimento. Em determinados casos, o médico deve relatar que deixou seus contatos para qualquer emergência, anotando o nome do familiar que recebeu o contato. São pequenos pontos que demonstram o interesse e o cuidado do profissional

Como a medicina é uma ciência não exata, no qual muitos fatores influem no resultado de um procedimento, o preenchimento e a análise dos documentos, como a ficha de anamnese são fundamentais para se verificar a responsabilização de um profissional perante o Conselho de Medicina.

Na hipótese de um processo ético, com uma documentação robusta, pode-se defender o arquivamento sem a instauração do processo ético profissional. A principal forma dos membros da comissão entenderem o fato ocorrido é via documentos, por isso do seu preenchimento detalhado para amparar um arquivamento.

 




Dr. Marcelo Campelo - Advogado especialista em direito empresarial

www.marcelocampelo.adv.br

Rau Francisco Rocha, 62, Cj 1903, Batel, Curitiba.


Otorrinolaringologista explica como a Covid-19 altera o olfato

Mudanças podem ser temporárias ou permanentes, dependendo da extensão da lesão causada pelo novo coronavírus


Um dos sintomas mais comuns relatados pelos pacientes que se contaminaram com Covid-19 é a perda do olfato e do paladar. Muitos afirmam que aos poucos os sentidos têm retornado, mas também há pacientes que perdem essa capacidade ou passam a sentir os cheiros completamente alterados.

"A mudança do cheiro se chama parosmia e pode acontecer quando os nervos começam a crescer novamente e o cérebro se torna incapaz de identificar os cheiros reais", explica a Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF.

A perda do olfato com a doença ocorre justamente porque o vírus danifica o tecido e as terminações nervosas do nariz, segundo Dra. Maura. "É muito ruim porque afasta a pessoa de prazeres cotidianos, como comer, beber e socializar", diz.

No caso da parosmia, pode ser ainda pior, uma vez que beber um copo d’água ou tomar banho podem ser experiências extremamente ruins porque tudo passa a ter um odor fétido e esquisito. "Alguns cheiros são percebidos na parosmia, como fumaça, coisas queimadas e carne podre - sinais que nos ajudaram a evoluir e preservar a vida e a saúde. Mas, há casos graves em que a pessoa sequer consegue se alimentar e tem enjoo e vômitos", conta a otorrino.

E não há uma perspectiva de quando o olfato possa retornar à normalidade nos pacientes pós-Covid-19. "Cada caso deve ser avaliado individualmente e, dependendo do grau da lesão, podemos tentar amenizar o incômodo com medicamentos", destaca a médica.

 



Dra. Maura Neves - otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus

http://www.medprimus.com.br


Uso excessivo do celular pode causar dores e inflamação dos dedos polegares

Doença ficou conhecida como "WhatsAppinite", depois de um artigo publicado no The Lancet



Punhos, mãos e dedos das mãos, especialmente os polegares, são as principais vítimas do uso excessivo de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos. Com a pandemia, muitas pessoas aumentaram o tempo gasto com essas tecnologias, resultando em problemas nos tendões e articulações dos punhos e das mãos.

De acordo com a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, muitos pacientes, especialmente as mulheres, chegam à clínica com queixas de dores e inflamação no punho.

“Temos visto muitos casos da Síndrome de De Quervain, também chamada de tenossinovite estenosante ou tenossinovite de De Quervain. A condição se desenvolve quase sempre devido aos movimentos repetitivos do punho e polegar, comuns em quem usa computadores ou celulares de forma excessiva”, cita Walkíria.  

Entretanto, a fisioterapeuta ressalta que essa patologia é mais usual em pessoas que usam celulares, por conta do peso do aparelho de celular


Movimentos repetitivos

A tenossinovite é o termo usado para designar uma inflamação em um tendão. “Temos vários tendões no corpo. A principal função dessas estruturas é conectar os músculos aos ossos, permitindo movimentos como dobrar o dedão, abrir e fechar as mãos etc. Temos tendões em praticamente todas as articulações”, explica Walkíria.

Ao digitarmos uma mensagem no celular, por exemplo, usamos muito os tendões dos polegares. “E a repetição desses movimentos sobrecarrega esses tendões, levando à inflamação. Os principais sintomas são dor, inchaço e dificuldade de realizar movimentos da vida diária, como escovar o cabelo, abrir uma porta, entre outros”, comenta a especialista.  


Postura também conta

“As posturas incorretas adotadas pelas pessoas ao usar um celular também aumentam o risco de desenvolver quadros de tenossinovite. Lembrando que nesses casos, outras partes do corpo podem ser afetadas, como ombros, pescoço e cotovelos”, reforça Walkíria.  


Risco calculado


Como estamos nesse período de distanciamento social sem data para acabar, precisamos ser realistas. Ou seja, a tecnologia vai continuar a ter um papel importante para a população por um bom tempo.

“Aulas online, compras, reuniões familiares, atividades profissionais. Tudo pode ser feito por meio do celular ou do computador. Portanto, o mais importante agora é adotar medidas que possam prevenir a tenossinovite”, ressalta Walkíria.

Veja abaixo algumas dicas para proteger os seus tendões

1.   Use sua voz: Quase todos os aplicativos possuem os recursos de voz. Sempre que possível, mande mensagens de áudio. Até mesmo as buscas no Google podem ser feitas por meio da voz.
 

2.   Alongue-se: Faça alongamentos das mãos, punhos, pescoço, ombros, braços e antebraços a cada 20 ou 30 minutos quando estiver no celular ou no computador.
 

3.   Detox digital: Com algumas medidas de relaxamento da quarentena, é possível fazer atividades que não envolvam a tecnologia e, claro, que não sobrecarreguem as mãos. Caminhar, ler um livro, organizar um armário etc.
 

4.   Exercícios de fortalecimento: O ideal é procurar um fisioterapeuta que possa passar exercícios para fortalecer os punhos e mãos. Mas, há dois movimentos que podem ser feitos em casa. Um deles é usar aquelas bolinhas próprias para apertar e soltar, chamadas de “toning ball”. Outro exercício é pegar um elástico de cabelo, colocar no polegar, dedo anelar e dedo médio, abrindo e fechando. Depois, repita o movimento com todos os dedos.

5.Capa para o celular: Algumas capinhas para o celular possuem apoios que podem reduzir o esforço na hora de digitar. Sem esse recurso, os polegares são sobrecarregados na hora de digitar e segurar o dispositivo. 


Tratamento

Quando a tenossinovite já está instalada, a fisioterapia será recomendada. O primeiro passo é tratar a dor.

“Podemos usar diversos recursos, como a crioterapia, eletroterapia, ultrassom, acupuntura. Em alguns casos, podem ser usadas talas. Quando o quadro doloroso melhora, podemos partir para exercícios de fortalecimento das mãos e punhos, assim como fazer uma reeducação do paciente sobre as posturas mais assertivas ao usar dispositivos eletrônicos”, diz Walkíria.

Entretanto, se o paciente retornar aos velhos hábitos, a chance de ter um novo quadro de tenossinovite é grande.


8 tópicos sobre epilepsia que ainda são pouco conhecidos

Em comemoração ao Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização sobre a Epilepsia, Associação compartilha informações que podem salvar vidas e acabar com

 

Apesar de a epilepsia, só na América Latina, atingir quase 8 milhões de pessoas, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a falta de informações sobre a doença ainda é um problema na sociedade, principalmente pelo fato de que muitos não sabem o que fazer quando se deparam com uma pessoa tendo uma crise. Tendo o conhecimento como ferramenta de combate ao preconceito, a Associação Brasileira de Epilepsia aproveita o Dia Nacional e Latino-americano de Conscientização sobre a Epilepsia, comemorado no próximo dia 9, e apresenta mitos, verdades e explica aspectos que ainda geram confusão.

Para Maria Alice Susemihl, Presidente da ABE, a informação é o melhor caminho para a mudança, portanto, é essencial leva-la ao público para que a doença seja encarada de uma maneira diferente. “O preconceito surge, principalmente, por conta da falta de informação e esse é um dos maiores problemas que temos hoje, o que torna tão importante a conscientização social sobre a doença. Saber o que é de fato a epilepsia e como ajudar alguém durante uma crise é algo básico para a vida dos seres humanos”, diz.

 

Você sabia?

1 – A epilepsia não é uma doença mental

Diferente do que muitas pessoas acreditam, a epilepsia é uma doença neurológica, ou seja, acontece quando um grupo de neurônios não apresenta um funcionamento normal, gerando assim, descargas excessivas. É como se ocorresse um “curto-circuito” no cérebro.


2 –  A maioria dos pacientes com epilepsia têm inteligência absolutamente normal

Apenas uma pequena parcela das pessoas pode apresentar alguma dificuldade mental, porém, a epilepsia não é a causa.


3 – A doença não é contagiosa

É impossível adquirir epilepsia apenas tendo contato com uma pessoa que tenha a doença, e dessa forma, o contato com a saliva não vai resultar em transmissão. Qualquer ser humano, independentemente da idade, pode ter uma crise epiléptica e o estresse elevado pode ser um dos motivos.


4 – Nem toda convulsão é epilepsia

A crise convulsiva tem abalo motor, ocorrendo tremores no corpo, e nem toda crise epiléptica apresenta isto. Para que uma pessoa seja diagnosticada com epilepsia, vários episódios precisam acontecer. Alteração de comportamento, olhar parado, movimentos automáticos e até mesmo crises de ausência, podem ser sinais de epilepsia.


5 – Medicamentos podem controlar as crises epilépticas

Na maioria dos casos (70%), é fácil a epilepsia ser totalmente controlada com o uso de medicamentos e acompanhamento médico, o que permite uma vida com poucas ou nenhuma restrição. É importante ressaltar que, quando ocorrem crises, as medicações devem ser mantidas nos horários e nas dosagens receitadas pelo médico; não pode haver super dosagem.


6 – A cura da epilepsia é possível, mas depende do caso

Existem cirurgias que retiram a causa das crises, porém, o acompanhamento médico é fundamental, pois cada caso é um caso.


7 – Existem maneiram corretas de falar e escrever alguns termos

O certo é crise epiléptica e não epilética. Além disso, não é correto dizer que uma pessoa é epiléptica ou que é portadora de epilepsia, e sim, que é uma pessoa com epilepsia. Dizer pacientes epiléticos, além de pejorativo, é errado. O correto é: pacientes com epilepsia ou pessoas com epilepsia.


8 – Dicas de primeiros socorros em caso de crise epiléptica

O primeiro passo é manter a calma, pois as crises tendem a passar em poucos minutos e não é possível ajudar alguém quando se age com desespero ou ansiedade. O ideal é que a pessoa seja deitada de lado, para facilitar a saída de possíveis secreções, e que a cabeça seja apoiada em algo confortável. Além disso, é preciso tirar de perto todos os objetos perigosos que podem ocasionar ferimentos.

É importante ressaltar que não é preciso colocar nada dentro da boca da pessoa que está tendo uma crise, pois há o risco de asfixia e, na tentativa de segurar a língua, ambos podem se machucar. Também não se pode dar nada para a pessoa beber e nem jogar água em seu rosto naquele momento. Apenas aguarde a respiração voltar ao normal e ela querer se levantar.  

É necessário chamar uma ambulância caso a crise dure muito tempo, se for seguida de outras, ou se a pessoa não recuperar a consciência.


Pandemia diminui transplante de córnea no país


Pesquisa aponta como se livrar da fila de espera que pode durar anos dependendo da região.

 

 

A pandemia de coronavírus estabeleceu um caos na saúde pública. Dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostram que no primeiro semestre deste ano o transplante de córnea diminuiu 55% em relação ao mesmo período de 2019.

Caiu de 7,1 mil cirurgias no ano passado para 3,2 mil este ano. Resultado: Em junho a lista de espera já somava 12,2 mil brasileiros aguardando pelo transplante. O problema é que a espera pode durar anos.  Isso porque, a captação está em queda livre por causas das medidas de prevenção contra a COVID-19 e as poucas córneas disponíveis são reservadas para casos de emergência

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier significa que nunca foi tão importante para os 100 mil brasileiros que têm ceratocone fazer acompanhamento médico periódico. “Isso porque, a doença deforma e afina a córnea, lente externa do olho, respondendo no Brasil por 70% dos transplantes.

 

Diagnóstico tardio

O especialista afirma que o ceratocone tem esta participação na fila do transplante porque metade dos portadores não desconfiam que têm a doença. “Isso acontece porque se no exame de rotina não for realizada a tomografia da córnea, acaba sendo confundido com astigmatismo por ter sintomas semelhantes. Os sinais elencados pelo oftalmologista que indicam a doença são: dificuldade de permanecer em locais bastante iluminados, troca frequente dos óculos, coceira nos olhos visão distorcida e dificuldade repentina de usar o celular ou computador. Assim como acontece com outras doenças oculares, comenta, muitos descobrem o ceratocone em estágio avançado

 

Youtuber

Foi o caso de Raphael Ferreira, que criou um canal no Youtube para dar dicas a outras pessoas com a doença. Ele conta que a córnea dele estava muito fina. Tinha 9 graus de astigmatismo no olho esquerdo por causa do ceratocone. Escapou do transplante fazendo implante de anel intraestromal, terapia que aplana a córnea e melhora a adaptação de lente de contato.” Meu grau baixou para 3. Agora posso usar óculos para corrigir reste grau residual e passo por consulta oftalmológica a cada seis meses. Minha vida mudou com este procedimento. Por isso criei um canal para ajudar outras pessoas com a doença”, conta.

 

Pesquisa

Uma pesquisa realizada por Queiroz Neto com 920 portadores de ceratocone mostra que 294 (32%) implantaram o anel intraestromal para escapar do transplante e 82% tiveram melhora da visão como aconteceu com Ferreira.

O oftalmologista afirma que quando a doença já está em estágio avançado a córnea fica fina e por isso não é possível aplicar o crosslinking, terapia que interrompe a progressão através da associação de riboflavina, vitamina B2, com radiação ultravioleta para aumentar a resistência da córnea. “Neste estudo 405 (44%) dos participantes tinham ceratocone progressivo, e passaram pelo crosslinking. A doença foi interrompida em 84% e quase metade deles também teve melhora da acuidade visual.  A associação do crosslinking e implante de anel  intraestromal leva a uma melhora da visão 25% superior,  conclui.


Diagnósticos de emergências cirúrgicas caem mais de 40% durante pandemia

Quadros de câncer também diminuíram no período, e busca por exames nessa retomada pode sobrecarregar o sistema de saúde


Um levantamento do Instituto de Anatomia Patológica da Rede D’Or São Luiz aponta que os diagnósticos de doenças agudas caíram mais de 40% nos meses mais críticos da pandemia do novo coronavírus. Chama a atenção os diagnósticos de emergências cirúrgicas, como a apendicectomia, uma doença de abdome agudo, cuja queda registrada foi também de 40%, passando de 779 procedimentos em abril e maio de 2019 para 462, no mesmo período, em 2020.

Um segundo exemplo é a obstrução urinária em pacientes idosos, devido à hiperplasia de próstata, que tem como opção o tratamento cirúrgico. Estas caíram 75%: de 106 em abril/maio 2019 para 26 no mesmo período em 2020. “O ponto é que essas doenças e complicações não sumiram. Com a pandemia, as pessoas deixaram de ir ao pronto atendimento e de realizar exames importantes para a saúde. No caso de uma doença aguda, isso pode significar a morte", afirma o diretor-médico do Instituto, Fernando Augusto Soares.

O câncer é outra doença que passou a ser menos diagnosticada no período. O tipo pele não-melanoma registrou a maior queda, mais de 80% nesses meses, quando comparado ao mesmo período de 2019. Tireoide, próstata, rim e endométrio tiveram impacto entre 60% e 70% nos diagnósticos. “Esses dados nos quadros de câncer são alarmantes, pois o retardo no diagnóstico pode levar a postergação do tratamento e impacto no prognóstico”, completa o médico que é o único brasileiro membro do Standing Committee da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a classificação dos tumores.

Os números levam em conta os diagnósticos realizados pelas unidades do Instituto de Anatomia Patológica da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O conglomerado, do qual o instituto faz parte, é hoje a maior rede de hospitais privados do país, chegando a realizar mais de 4 milhões de atendimentos emergenciais por ano.

Além disso, é importante analisar: o atraso nos diagnósticos pode ainda significar que os serviços serão subitamente desafiados com muitos pacientes buscando por exames na retomada das atividades cotidianas e, consequentemente, o tratamento das doenças. Ou seja, representando uma grande sobrecarga para o sistema de saúde do país. À exemplo disso, embora a demanda por exames ainda esteja no patamar de 75% comparada à média usual, já é possível observar o aumento no número de pacientes voltando a ser atendidos pelo Instituto de Anatomia Patológica. As unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro registraram o dobro de pacientes em junho, quando se iniciou o processo de reabertura desses mercados, em relação ao mês de maio.


Amamentação estendida na quarentena trará impactos positivos na primeira infância, afirmam especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE)

Foto: Freepik

 Na quarentena, o aleitamento materno em livre demanda devido à licença-maternidade estendida, além de trazer benefícios imediatos para mãe e bebê, possibilitará novas perspectivas na formação de adultos mais resilientes, com melhora da capacidade intelectual e saúde mental equilibrada

 

 

A despeito das consequências trazidas pelo novo coronavírus, especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) acreditam que com a amamentação e a licença-maternidade estendida, o futuro dos bebês nascidos durante a quarentena serão decisivos para o bom desenvolvimento cognitivo da criança. Entre os meses de março e meados de agosto, cerca de 400 crianças nasceram no HSPE.

Os primeiros 100 dias de vida, conhecidos como primeiríssima infância determinam a autoestima, as habilidades sociais, entre outras capacidades que o ser humano desenvolve ao longo da vida.

De acordo com Luciana Gutierres, psicóloga do HSPE, com a nova rotina, considerando a proximidade, o afeto e o cuidado, quanto mais favorável e acolhedor o ambiente da criança for, mais chances ela terá de se tornar um adulto mais equilibrado e produtivo. "O isolamento social, imposto pela pandemia da Covid-19, trouxe desafios e mudou a rotina da sociedade, mas também possibilitou que mães e pais tivessem mais tempo para cuidar dos filhos recém-nascidos", reforça.

A primeira infância de uma criança vai de zero até os seis anos de idade e é neste período em que ocorre o desenvolvimento do cérebro com a maioria das ligações entre os neurônios. Por essa ótica, percebe-se que, ao mesmo tempo em que mães e pais tiveram que se adaptar à quarentena, também foi possível construir laços mais fortes por meio da amamentação. "O ato de amamentar possibilita que a mãe aumente o vínculo com o seu filho, com os sons de sua fala, de seu canto, de seu cheiro e toque", explica Luciana.

Para a Dra. Kátia Antunes, médica neonatologista e diretora técnica do HSPE, a permanência da mulher em casa para além dos quatro meses potencializou o aleitamento materno em livre demanda. "Mesmo que esteja em home office, não é mais necessário armazenar o leite materno para ser oferecido ao bebê por outra pessoa. Isso também evita o risco de contaminação pela manipulação do leite ordenhado", destaca.

O aleitamento na primeira infância é extremamente importante, pois os primeiros meses de vida são caracterizados por um crescimento acelerado com amplo desenvolvimento do organismo. O leite materno é a principal e mais completa fonte de alimento para o bebê e os benefícios para a saúde da criança são inúmeros, destaca o Dr. Walter Nelson Cardo Jr., médico do Serviço de Neonatologia do HSPE. "A amamentação é essencial para a saúde do recém-nascido, principalmente nos primeiros seis meses de vida e complementado até os dois anos, pois por meio do leite o bebê recebe nutrientes e os anticorpos da mãe que o protegem contra doenças respiratórias, diarreia, infecções e alergias", destaca.

A amamentação também é benéfica para a formação da microbiota - grupo de micro-organismos que também vive no intestino. O leite materno age de maneira positiva tanto no funcionamento intestinal e favorece melhora no metabolismo, na imunidade e no sistema nervoso da criança. Dentre os muitos nutrientes, o leite materno é composto por oligossacarídeos, açúcares que nutrem as bifidobactérias e os lactobacilos, predominantes nas microbiotas benéficas. Um estudo realizado em 2018 por pesquisadores da Universidade de Helsinki (Finlândia) com mais de 200 crianças, indicou que crianças amamentadas por pouco tempo apresentavam baixos níveis de bifidobactérias na microbiota. Esse desequilíbrio pode agravar o desenvolvimento de doenças sistêmicas e infecções causadas por bactérias resistentes a antibióticos, podendo levar até a morte.

Muitas dúvidas surgiram desde o início da pandemia da Covid-19 como se é seguro amamentar apresentando sintomas de doença respiratória ou com diagnóstico positivo da Covid-19.

De acordo com Dr. Walter, que também é supervisor do Banco de Leite Humano do HSPE, as mães que estiverem em condições clínicas adequadas podem amamentar desde que usem máscara e façam higienização constante das mãos. O neonatologista ressalta que em caso de dúvidas a mãe deve procurar especialistas habilitados em amamentação. 



A legislação e a importância do pai na amamentação

A licença-paternidade prevista em lei é de cinco dias, em alguns casos pode ser estendida por até 20 dias, quando a empresa estiver cadastrada no programa Empresa Cidadã. Assim como as mulheres, os homens também estão cumprindo a quarentena e passaram a trabalhar em casa. Logo o papel do pai e a sua participação ativa na dinâmica familiar também foram ampliadas.

Quando o pai divide as tarefas com o bebê como trocar a fralda e dar colo quando estiver chorando, a criança não associa este momento ao aleitamento e, assim, faz um intervalo mais adequado entre as mamadas.

Segundo Luciana, o pai tem papel fundamental na primeira infância, proporcionando as melhores condições para o momento do ato de amamentar, dividindo tarefas domésticas, participando dos cuidados com o bebê, pois seu lugar na dinâmica familiar é tão importante quanto o da mãe, não como auxílio, mas como lugar de quem tem papel ativo nesta dinâmica. "O fato de o pai poder estar junto à família em licença-paternidade estendida pode trazer benefícios e melhorar a qualidade nas relações da dinâmica familiar. O pai deve ser um modelo de referências diferente da mãe para a criança, contribuindo para um desenvolvimento mais rico de possibilidades. É muito importante que a mãe permita a participação do marido nos cuidados com o bebê", destaca a psicóloga. 



Benefícios da amamentação para a mãe

De acordo com Flávia Nakamoto, enfermeira especializada do Setor de Obstetrícia do HSPE, a amamentação acelera a recuperação da mulher no pós-parto por ação da ocitocina, hormônio responsável pela contração uterina. Com isso, o risco de hemorragia diminui, acelera a perda de peso pela produção de calorias e em longo prazo promove redução na incidência de câncer de mama, ovários e endométrio, além de doenças cardiovasculares.

"Durante a amamentação é comum a mulher sentir cólicas, pois a sucção do bebê estimula a liberação de ocitocina, hormônio responsável pela contração uterina e ejeção do leite, fazendo o útero voltar ao tamanho normal. A mãe poderá sentir desconforto mais intenso durante os primeiros dias, mas a tendência é ir amenizando espontaneamente", explica Flávia.




Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)

  

DUAS ENTRE 10 PESSOAS RONCAM SISTEMATICAMENTE, SABIA?

 O problema maior são as apneias do sono - cerca de 30% da população adulta sofre desse mal, que é considerado uma das principais causas de pressão alta, além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e AVC

 


Os dados são alarmantes sim.  Dessas 10 pessoas, quatro roncam ocasionalmente – o que eleva a porcentagem. Existem algumas características importantes para serem registradas. Por exemplo: os homens roncam mais, pessoas com sobrepeso ou obesidade são mais propicias, e claro, com a idade piora o problema piora. 



Você sabe o que é o ronco? 


“Trata-se de um som emitido pela vibração de partes moles nas vias aéreas (língua, céu da boca ou palato, amígdalas e a úvula ou campainha) durante a respiração. No entanto, o ronco em si, geralmente não causa problemas graves para a saúde da pessoa. Se bem que, do ponto de vista social, pode haver o problema de o ronco incomodar quem tenta dormir ao lado (isso pode prejudicar seriamente a convivência de um casal, por exemplo) “, ressalta otorrino Dr. Alexandre Colombini.
Segundo o especialista, o principal problema associado ao ronco são as apneias do sono, que, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos durante o sono. Quando muito intensas e frequentes causam a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) caracterizada por sintomas noturnos e diurnos ocasionados pelas apneias do sono.

Entenda melhor os sintomas:


      - Sintomas noturnos: ronco ressuscitativo, pausas respiratórias testemunhadas, episódios de sufocação, despertares frequentes, sudorese excessiva, pesadelos, insônia e engasgos. 


      - Sintomas diurnos: sonolência excessiva, sono não reparador, fadiga, cefaleia matutina, alteração do humor, dificuldade de concentração, alteração da memória e diminuição da libido.   
     


Esta síndrome, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS),   vem ganhando cada vez mais destaque na medicina e já é considerada a principal causa “identificável” de pressão alta ou hipertensão arterial sistêmica na população (a principal causa de hipertensão no geral não é conhecida.) Também é um importante fator de risco para acidentes de transito e de trabalho.
Dentre os problemas que apresentam, está o fato dessas apneias diminuírem a concentração de oxigênio no sangue. Com isso, é elevado o ritmo dos batimentos cardíacos, estimulando a contração dos vasos sanguíneos, o que torna o problema um fator de risco para  arritmia cardíaca. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de sono ruim e aproximadamente 30% da população adulta sofre de apneia do sono. 

Infelizmente, a maior parte dos pacientes - entre 85% e 90% -, convive com a doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.



  ALERTA


O médico explica que SAOS não tratada pode aumentar muito a mortalidade das pessoas e os seus riscos de apresentarem um problema cardiovascular grave como um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio.


O tratamento do ronco e da SAOS varia de acordo com a gravidade de cada caso podendo ser feito com medidas clínicas e/ou através de cirurgias, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes.", finaliza Colombini.






Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

 

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