O problema maior são as apneias do sono - cerca de 30% da população adulta sofre desse mal, que é considerado uma das principais causas de pressão alta, além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e AVC
Os dados são alarmantes sim.
Dessas 10 pessoas, quatro roncam ocasionalmente – o que eleva a
porcentagem. Existem algumas características importantes para serem
registradas. Por exemplo: os homens roncam mais, pessoas com sobrepeso ou
obesidade são mais propicias, e claro, com a idade piora o problema
piora.
Você sabe o que é o ronco?
“Trata-se de um som emitido pela vibração de partes moles nas vias aéreas
(língua, céu da boca ou palato, amígdalas e a úvula ou campainha) durante a
respiração. No entanto, o ronco em si, geralmente não causa problemas graves
para a saúde da pessoa. Se bem que, do ponto de vista social, pode haver o
problema de o ronco incomodar quem tenta dormir ao lado (isso pode prejudicar
seriamente a convivência de um casal, por exemplo) “, ressalta otorrino Dr.
Alexandre Colombini.
Segundo o especialista, o principal problema associado ao ronco são as apneias
do sono, que, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos
durante o sono. Quando muito intensas e frequentes causam a Síndrome da Apneia
Obstrutiva do Sono (SAOS) caracterizada por sintomas noturnos e diurnos
ocasionados pelas apneias do sono.
Entenda melhor os sintomas:
- Sintomas noturnos: ronco ressuscitativo, pausas
respiratórias testemunhadas, episódios de sufocação, despertares frequentes,
sudorese excessiva, pesadelos, insônia e engasgos.
- Sintomas diurnos: sonolência excessiva, sono
não reparador, fadiga, cefaleia matutina, alteração do humor, dificuldade de
concentração, alteração da memória e diminuição da libido.
Esta síndrome, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), vem
ganhando cada vez mais destaque na medicina e já é considerada a principal
causa “identificável” de pressão alta ou hipertensão arterial sistêmica na
população (a principal causa de hipertensão no geral não é conhecida.) Também é
um importante fator de risco para acidentes de transito e de trabalho.
Dentre os problemas que apresentam, está o fato dessas apneias diminuírem a
concentração de oxigênio no sangue. Com isso, é elevado o ritmo dos batimentos
cardíacos, estimulando a contração dos vasos sanguíneos, o que torna o problema
um fator de risco para arritmia cardíaca. Segundo dados do Ministério da
Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de sono ruim e
aproximadamente 30% da população adulta sofre de apneia do sono.
Infelizmente, a maior parte dos pacientes - entre 85% e 90% -, convive com a
doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.
ALERTA
O médico explica que SAOS não tratada pode aumentar muito a mortalidade das
pessoas e os seus riscos de apresentarem um problema cardiovascular grave como
um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do
miocárdio.
O tratamento do ronco e da SAOS varia de acordo com a gravidade de cada caso
podendo ser feito com medidas clínicas e/ou através de cirurgias, melhorando a
qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes.", finaliza
Colombini.
Dr. Alexandre Colombini -
Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial –
ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com
enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.
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