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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Plantas nativas que podem ser usadas em ambientes internos


Arquiteta e paisagista Tatiane Matsuo lembra que o Brasil tem um diversidade de plantas lindíssimas e que podem embelezar tanto escritórios quanto dentro de casa


Quem já não tentou ter uma planta nova dentro de casa? Em geral, o que mais se vê são as mesmas plantas, sem tanta diversidade e a maioria estrangeiras, quando no Brasil há a maior biodiversidade vegetal do mundo à disposição. As plantas brasileiras são desejadas no mundo todo e muitas podem se dar muito bem em ambientes de escritório e dentro de casa.

“Atualmente, se fala muito do conceito “Urban Jungle” como um estilo de decoração”, comenta Tatiane Matsuo, arquiteta, paisagista e sócia-fundadora da Niwarq Projetando Harmonia. “Há diversos influencers no mundo mostrando suas casas repletas de plantas diversas e demais elementos, criando um ambiente bem orgânico, com elementos naturais como pedras, madeira, muita claridade e vasos ou cestos”, complementa a paisagista.

No entanto, a arquiteta ressalta que, para cada tipo de planta que se escolhe, é importante estudar os seguintes aspectos: insolação, irrigação, drenagem, adubação, ventilação e o recipiente em que se pretende colocá-la. “É como nós ou qualquer outro ser vivo: precisa de sol, água sem excessos pra não mofar, comida, uma moradia e troca de ar para respirar com qualidade”, afirma.

No caso de plantas em ambientes internos, o ideal é escolher espécies de “meia sombra” ou “sombra”, ou seja, que exigem apenas boa claridade ou sol parcial de preferência matinal. Além disso, em local onde há ar condicionado também exige plantas mais resistentes.

A paisagista e arquiteta Tatiane Matsuo lista algumas plantas brasileiras que podem ser bem interessantes para quem quer se aventurar a ter uma companheira dessas no seu dia a dia:

Philodendrons

                               crédito: Philodendron undulatum - ondulado (foto autoral)

Há uma diversidade enorme de filodendros nativos. São pertencentes à família das Araceaes. Os mais queridinhos dos nossos jardins são a costela-de-adão (Monstera deliciosa), o guaimbê (Philodendron bipinnatifidum), o pacová (Philodendron martianum) e o ondulado (Philodendron undulatum). Em geral, essas plantas necessitam de um bom vaso e espaço ao redor, pois abrem bem suas folhagens exuberantes. É interessante um vaso de, no mínimo, 50x50x50cm (altura x largura x profundidade). Todas essas vão bem em ambientes fechados, mesmo com ar condicionado, mas, como todas as plantas, preferem uma troca natural de ar.


                              crédito: pacová (Philodendron martianum)  (foto autoral)

                            crédito: costela-de-adão (Monstera deliciosa) - (foto autoral)


Avenca (adiantum spp)

São herbáceas ornamentais do tipo pendente de folhas bem delicadas, não apreciam ficar em ambientes sem corrente de ar, gostam de permanecer úmidas, meia sombra e não crescem tanto. São ótimas para usar penduradas em “Hangers” ou vasos de parede. Elas exigem um pouco mais de atenção para acompanhar sua adaptação ao novo local em que ficarão, o bom é que rebrotam com facilidade.


Marantaceaes


                                                 crédito: maranta (foto autoral)

As marantas ou calatheas são também herbáceas, a maioria de meia sombra que possuem diversidade enorme de cores, tamanhos de folhagens e texturas. Também gostam de solo levemente úmido e solo fértil. A maranta zebrina (Calathea zebrina) é apreciada por suas listras, a maranta pena-de-pavão (Maranta leuconeura) também é muito conhecida, a maranta tricolor apresenta tons de vermelho com branco e verde rajados, que compõem muito bem com outros tons de verdes.

Além dessas há diversas bromélias, orquídeas e samambaias brasileiras que podem contribuir com o nosso ambiente. “Sempre que comprar uma planta peça para saber se ela é nativa”, recomenda a paisagista Tatiane Matsuo. Por que fazer isso? “As plantas estrangeiras hoje ocupam mais de 80% das vendas de atacado. Se nós, consumidores conscientes, começarmos a consumir mais as plantas nativas faremos o resgate da nossa flora nativa pouco a pouco. Priorizar as nativas é deixar nosso legado de gratidão pela nossa terra, é ter menos gastos, já que são espécies já adaptadas ao nosso clima, é alimentar bem a nossa fauna e consumir menos produtos industrializados para adubação e água. Ser fã de nativas é ser um consumidor consciente”, finaliza.





Tatiane Matsuo - formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, pós-graduada em Gestão de Empreendimentos e especialista em desenvolvimento e execução de projetos condominiais e residenciais.  Colaborou com alguns dos maiores escritórios no Brasil, como Gil Fialho, o arquiteto Benedito Abbud, Ricardo Vasconcellos e em projetos de grandes incorporadoras. É autora de projetos de vários empreendimentos para as construtoras Econ, Cyrela e Pillaster.



Subway tiles: inspiração nos azulejos de metrôs americanos e europeus garantem uma decoração retrô e charmosa


A arquiteta Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura, preparou um guia completo para quem quer apostar no revestimento queridinho do momento

Subway tiles dão cara do estilo moderno industrial |Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


O estilo industrial conquistou seu espaço na decoração e veio para ficar! Parede de tijolinhos, concreto, conduletes e vigas aparentes, ambientes integrados, janelas largas são alguns elementos que marcam presença. Entre todos esses itens, os subway tiles, azulejos característicos das antigas estações de metrô de Nova Iorque, Paris e Londres, agregam ainda mais charme para os apaixonados pelo estilo!

Por aqui, o revestimento ganhou os corações dos brasileiros pela versatilidade que proporciona na composição dos ambientes. Além da estética e o ar retrô, quem olha para o acabamento sabe que carrega mais de 115 anos de história, quando os famosos retângulos, criados pelos designers George C. Heins e Christopher Grant La Farge, apareceram pela primeira vez na inauguração do metrô de NYC.

“Desde então, novas cores, acabamentos e formas de aplicação somaram-se à alta resistência, durabilidade, facilidade de manutenção e, sobretudo, ao charme genuíno e personalidade que o subway tile entrega aos projetos”, destaca Júlia Guadix, à frente do escritório Liv’n Arquitetura. Apreciadora das características do material nos projetos que assina, a arquiteta preparou um roteiro com informações e inspirações.

Acompanhe:


1) Vantagens e mais vantagens: 

Na cozinha, Júlia escolheu o revestimento (Portinari), na cor cinza, para compor o backsplash da cozinha. Limpeza descomplicada, principalmente na área do fogão. Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


É isso mesmo que você leu: os subway tiles, além de belíssimos, só trazem vantagens aos projetos. “Revestimento de fácil aplicação e manutenção, versátil e com um ótimo custo benefício, já que o metro quadrado pode ser encontrado a partir de R$ 40, dependendo do modelo e da cor”, explica a profissional. Queridinho dos projetos de interiores, os azulejos de metrô contribuem para decoração de estilos industrial e moderno.


2) Onde usar os subway tiles? 

O subway tile é aquele coringa que pode ser aplicado em qualquer ambiente, a depender da proposta do projeto. Com um uso mais frequente em banheiros, cozinhas, garagens e áreas externas em geral, Júlia afirma que nada impede que o revestimento também seja eleito para constituir salas de jantar, estar e até mesmo um dormitório. “Nesses casos, o importante é ter em mente que, por ser um material mais ‘frio’, precisamos apostar na mistura com elementos mais quentes, como tecidos e madeira”, discorre.

Em cozinhas, a arquiteta destaca dois pontos principais para aplicação: o espaço que abrange a pia e os armários superiores, além da opção de meia parede com subway tile (aproximadamente 1,10m de altura do piso para cima) finalizada com pintura.

No frontão, Júlia especificou o revestimento preto (Eliane), em uma fusão interessante com a marcenaria de tons claros presente na cozinha Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


A parede que compreende a pia e o balcão do almoço conta com uma prateleira que arremata a altura da parede com subway tiles. Acima, a arquiteta finalizou com a pintura até o teto. Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


Nos banheiros, o subway tile pode ser o material escolhido por todo ambiente, inclusive na área do box.


 Na área da bancada, uma pequena faixa do azulejo retrô off white (Eliane) foi empregada no espaço que engloba a bancada e o espelho. Na área do box, instalação na altura completa, entre piso e o forro de gesso. Projeto: Liv’n Arquitetura/Foto: Guilherme Pucci


Valorização da área de serviço e proteção à parede que pode, eventualmente, receber respingos de água e produtos de limpeza durante a utilização do tanque.

No ambiente, a arquiteta aplicou o subway tile (Decora SGR LUX Portinari). Projeto: Liv’n Arquitetura/Foto: Guilherme Pucci


3) Subway tiles em cores, acabamentos e formatos: 

Hoje em dia, é possível encontrar esses azulejos em diversas cores, ampliando significativamente as possibilidades de ambientação, permitindo criar diferentes composições. “Posso especificar desde o branco original, até os tons mais vibrantes, como azul, vermelho e amarelo, passando por uma paleta mais neutra, como o nude e o preto”, releva a arquiteta.

E o incremento não está marcado apenas no portfólio de cores: a indústria cerâmica trouxe novas sugestões de acabamentos para combinar com o brilhante: o polido, fosco e até com relevo. No tocante às medidas, os formatos também podem variar, podendo ser mais ou menos compridos, mas sempre retangulares.

Outros modelos trazem um componente a mais de charme: as bordas bisotadas. Isso quer dizer que as extremidades do azulejo possuem um acabamento levemente chanfrado, permitindo um dinamismo no arranjo. “Super eclético, o subway tile é muito fácil de combinar com outros elementos do projeto! Nesse processo, considero fundamental que estejam dentro da paleta de cores proposta para o ambiente”, elucida a profissional.

Na cozinha, Júlia produziu a mescla entre o preto e branco (Metrô Black e White da Eliane) propiciando uma atmosfera contemporânea e jovial. Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


4) Como aplicar esse sonho de consumo?

Além das cores, formatos e modelos, outro aspecto que o profissional pode inovar é na paginação. Seu formato retangular permite muitas possibilidades – desde a maneira mais tradicional encontrada nos metrôs –, seguindo para diagramações na vertical, diagonal, simétrica ou alinhada. “Tenho observado que as mais atuais são as disposições conhecidas como escama e a espinha de peixe”, pontua Júlia.

A decisão promove resultados diferentes ao olhar. “Podemos assentá-los com ou sem amarração, na horizontal ou vertical, escama de peixe, mesclar cores e rejuntes”, completa.

A paginação mais tradicional é a horizontal com amarração, usada nos metrôs. Projeto: Liv’n Arquitetura | Foto: Guilherme Pucci


Existem diversas maneiras de paginação quando o assunto são os subway tiles | Foto: Divulgação


5) A importância dos rejuntes: 

Os subway tiles são tão polivalentes que não param de aparecer formas para reverenciar o seu emprego na decoração. Os rejuntes, com maior ou menor contraste em relação a cor dos azulejos, podem produzir uma grande diferença no resultado.

Rejuntes no mesmo tom do azulejo ajudam a criar um plano mais clean e liso. Já a proposta de diferenciar a cor do rejunte valoriza e destaca o formato e a paginação dos azulejos. Atualmente, o mercado conta com quatro principais versões: branco, preto, cinza e o colorido.

O rejunte branco com o subway tile no mesmo tom é o mais clássico de todos, combinando com as propostas mais retrôs. Se a ideia for o contraponto, basta apostar nos azulejos brancos ou pretos com rejuntes opostos à sua tonalidade. Os mais ousados podem investir em outras cores, todavia é preciso observar para não deixar o espaço sobrecarregado.





Liv’n Arquitetura
Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
Instagram: @livn.arq


Iluminação Zenital: Arquiteta Isabella Nalon explica sobre o elemento arquitetônico e aborda os tipos e os materiais existentes para apostar nos projetos


Ideal para ambientes de menor permanência, a luz natural vinda de cima valoriza os ambientes, além de trazer aconchego e bem-estar


A iluminação zenital valoriza o ambiente e o torna mais aconchegante | Foto: Julia Herman

Você já ouviu falar em iluminação zenital? Caso não, certamente você já viu! Artifício da arquitetura, o termo se refere à luz natural que vem do céu (zênite) e é garantida por meio de pequenas ou grandes aberturas criadas na cobertura das construções. Indicada para residências e ambientes comerciais, evidencia um apelo estético bastante interessante e benefícios aos projetos. “Além de prover uma elegante entrada de luz, arquitetonicamente falando deixa o projeto muito mais charmoso”, defende a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva seu nome.

Adepta do uso da iluminação zenital sempre que as características do projeto permitem, ela destaca que a luz natural promove bem-estar às pessoas, como também valoriza a edificação. Junto com a abundante claridade, a oportunidade de uma obra mais sustentável e com economia no consumo de energia elétrica, haja vista a iluminação zenital diminui a necessidade de luz artificial nos ambientes.

Em linhas gerais, a iluminação zenital é mais indicada para ambientes de menor permanência. Em projetos residenciais, é recomendada para cômodos como hall de entrada, banheiros, corredores e pátios internos. Em prédios comerciais, indústrias e edifícios, sua implementação pode ser explorada em virtude da falta de aberturas laterais ou para expandir a luminosidade interna.

Cuidados para apostar no tipo de iluminação:

Para iluminar o corredor e eliminar a sensação de espaço estreito provocada pela sua extensão, a arquiteta apostou na iluminação zenital | Foto: Julia Herman


É preciso analisar com atenção alguns detalhes antes de começar um projeto com o elemento construtivo. O tipo de iluminação, a posição da obra em relação ao sol e o material a ser aplicado influenciam diretamente no resultado esperado. Deve-se igualmente observar o tamanho da abertura, uma vez que a maioria dos modelos de iluminação zenital pode impactar diretamente na elevação da temperatura do ambiente. “A equação deve ser muito bem resolvida”, alerta Isabella. Nesse contexto, o projeto também deve viabilizar o acesso à cobertura, já que periodicamente devem ser realizadas manutenções e limpezas, pois a sujeira acumulada prejudica a entrada de luz.

Para o piso, a arquiteta recomenda optar por revestimentos que não esquentam, como os porcelanatos, pois contribuem para propagar a luminosidade que chega ao ambiente.


Tipos de iluminação zenital:

Existem diversos tipos de iluminação zenital, cada uma com suas vantagens e formas de utilização. Veja as diferenças entre os modelos:
  • Claraboia: O termo é empregado para exemplificar as aberturas horizontais posicionadas em diversos tipo de cobertura. Este tipo de iluminação zenital libera a entrada direta de luz natural no interior dos ambientes.  Geralmente traz como vedação o vidro, variando entre modelos translúcido ou leitoso. Outro material empregado é a chapa de policarbonato. Todavia, a escolha requer parcimônia no seu emprego, pois favorece o aumento da temperatura interna dos cômodos. “Antes de decidir, precisamos considerar a posição na planta e o ambiente onde será aplicado”, detalha Isabella.
  • Claraboia Tubular: Pode ser instalada tanto com cobertura horizontal como inclinada. A diferença com a claraboia tradicional está na possibilidade de instalação em telhados e forros por meio de um sistema de reflexão, em que a luz é transmitida em meio aos tubos e chega ao interior do ambiente, variando a intensidade da luz dependendo do material e dimensões adotadas.  É uma ótima solução para comércios e indústrias.
  • Telhas translúcidas: A mais simples dentre as opções, não pede por grandes reformas e adaptações. Comumente são feitas sob medida com materiais como policarbonato, vidro ou acrílico. Seu uso deve ser dosado de acordo com a necessidade de luminosidade do ambiente, uma vez que ela apresenta maior incidência de aquecimento.
  • Cúpula: Sendo a iluminação zenital com maior alcance de iluminação, é indicada para ambientes maiores e comerciais com grandes pés direto ou de pouca permanência, como corredores, halls ou pátios centrais, uma vez que, com a dimensão exigida, os raios solares invadem o ambiente, aumentando a temperatura interna. 
  • Lanternim: São aberturas que se sobressaem à cobertura com duas faces opostas envidraçadas, fornecendo iluminação e ventilação cruzadas. Seu uso é indicado para residências e comércios e, sempre que possível, deve ser disposto com aberturas no sentido norte-sul, a fim de receber menos raios solares diretamente sobre o ambiente.
  • Shed: Utilizado em edifícios industriais e galpões com coberturas metálicas, tem o formato de dentes de serra com uma inclinação que possibilita uma maior entrada de luz. Para obtenção de melhor resultado, a dica é posicionar as aberturas para o sul ou para as fachadas com menor incidência de sol. Desta forma, a luz entrará no ambiente de forma indireta, apenas iluminando e sem aumentar a temperatura.
  • Átrio: Por seu poder de iluminação, é indicado para fábricas e indústrias. Posicionado no centro da edificação em formato geométrico e piramidal, é construído em perfis metálicos e vedação de vidro. Por ter uma grande incidência de luminosidade e retenção de calor, é indicado para ambientes altos ou com mais de um pavimento.


Processo de instalação:

Para a instalação de iluminação zenital em edificações já existentes, é necessário consultar um profissional de arquitetura ou engenharia para avaliar a possibilidade de alteração, viabilidade e se as aberturas devem levar em consideração a estrutura e o tipo de laje utilizada no projeto. “Caso o telhado da edificação seja composto por telhas, é possível realizar a troca pelo material translúcido. Retira-se algumas das telhas originais para dar lugar a colocação da estrutura e o material de vedação, que fica aproximadamente 50 cm mais alto que a superfície do telhado”, relata a profissional.
Para edificações novas, a iluminação zenital é prevista ainda na planta, permitindo diversas variações e dimensões.  Os vãos de abertura da iluminação zenital são moldados na construção do telhado ou da laje. Após a concretagem, é instalado o material de vedação – fundamental para evitar vazamentos.

Materiais indicados:
Na maioria das vezes, é utilizados vidro translúcido ou leitoso, mas também é possível a utilização de policarbonato e acrílico. O vidro, apesar do custo mais elevado, é o mais indicado devido à sua alta resistência, melhor desempenho térmico e, em algumas situações, até para segurar a entrada dos raios solares diretamente sobre o ambiente.
Policarbonato e acrílico são materiais mais acessíveis, porém com uma resistência mediana as reações climáticas como chuvas e ventos. “Eventualmente, a depender do fenômeno natural, é necessário realizar alguma manutenção”, finaliza Isabella.






Isabella Nalon - percorreu uma trajetória de muitos estudos e pesquisas na área de Decoração e Arquitetura. Sua experiência atuando como arquiteta na Prefeitura da cidade de Münster, na Alemanha (1997), ajudou a criar uma visão plural e ampla de diferentes culturas e públicos, o que se tornou um diferencial em seu percurso profissional. Em 1998, inaugurou seu escritório em São Paulo e se especializou em projetos arquitetônicos residenciais, comerciais e de decoração de interiores. Frequentemente, tem projetos reconhecidos e publicados por renomados portais e revistas de arquitetura e decoração, consolidando o escritório na lista dos mais importantes da capital paulista.
Instagram: @isabellanalon
www.isabellanalon.com.br

Linkedin: Isabella Nalon

Na vibe de redecorar? Especialista dá dicas de como pintar as paredes da casa sem precisar de ajuda profissional


Limpeza, proteção dos objetos e movimentos em "N" na hora de pintar são dicas pra quem quer dar mais cor para a casa nesse momento

Durante a quarentena muita gente decidiu dar uma cara nova no ambiente, mudar os móveis de lugar ou fazer pequenas reformas. Mas, pintar as paredes de casa é uma excelente maneira de renovar e trazer vida aos cômodos sem precisar trocar os móveis ou objetos de decoração.

Colorir as paredes é uma tarefa que pode ser realizada pela família toda, sem a necessidade de contratar um especialista, e ainda pode ser um momento divertido e de descontração.

É fácil, mas com algumas dicas fica ainda mais e o resultado do trabalho é mais satisfatório. Por isso, a Isabela Caserta, designer de produto da MadeiraMadeira, separou algumas dicas para quem quer deixar casa cheia de cor. 

Não existe certo ou errado! 

A casa precisa ser um espaço de acolhimento para aproveitar cada momento de um descanso merecido. Ela também reflete a personalidade e gostos de cada um. Por isso, ao pensar nas cores que quer dar a cada ambiente, pense sobre os próprios gostos. Alguns passos que podem ajudar no momento da escolha como refletir sobre as cores preferidas, as que associa à memórias boas e felizes. Depois de escolher algumas opções de cores, analise os móveis e objetos que já tem no ambiente, pensando com qual delas mais combinaria para criar o match perfeito. 

Outra dica importante são as referências. Seja nas redes sociais em buscadores de imagem, procure por cômodos que tenham a cor que imaginou e se inspire!


Atenção aos tipos de tinta 

Existem diferentes tipos de tinta disponíveis no mercado, cada um é mais adequado para um tipo de ambiente, ou possui características específicas para dar um efeito diferente na pintura. Saiba quais são, e principalmente, qual se adequa melhor à realidade do ambiente que deseja pintar: 

• Tinta látex: possui acabamento fosco e é indicada para áreas internas e secas. Não possui muita resistência ao sol, à água ou ao grande fluxo de pessoas. A limpeza da área pintada com a tinta látex deve ser realizada com um pano úmido; 

• Tinta acrílica: possui acabamento fosco, semibrilho ou acetinado e é indicada para externas ou internas que necessitam de uma tinta mais resistente. Ela é impermeável, o que possibilita seu uso em cozinhas ou lavabos. A área pintada com a tinta acrílica pode ser lavada sem comprometer sua aparência. 

• Esmalte sintético: possui acabamento fosco, mas é mais utilizado na versão acetinada. Sua aplicação forma uma película sobre a área e é recomendada para a pintura de madeira ou ferro. Se for usada em paredes, pode formar bolhas indesejadas; 

• Tinta a óleo: possui acabamento fosco ou brilhante e sua base oleosa contribui para impermeabilizar a superfície onde é aplicada. É extremamente durável e aplicável em paredes, madeira ou ferro. 


Hora de pintar! 

Com a tinta escolhida é hora de colocar a mão na massa, ou melhor, na tinta e pra isso alguns materiais como pincel para acertar até nos pequenos detalhes; rolo para pintar uma área maior, dedicando menos tempo; bandeja para pegar a quantidade certa de tinta e evitar desperdícios; fita para proteger os rodapés e o teto, são essenciais. Separe tudo antes de começar a pintura.
Pra não errar nada! 

Antes de começar a pintura é necessário checar algumas condições. Essas dicas são valiosas para obter o melhor resultado. 


1. O estado da parede: Verifique se a parede está uniforme e sem buraquinhos. Caso não esteja, a massa corrida é indispensável para deixá-la uniforme antes de aplicar a tinta escolhida. 


2. Temperatura e umidade do ar: Fique atento à previsão do tempo e evite pintar em dias muito úmidos, pois a secagem vai demorar muito mais. Dias quentes demais também podem dificultar a pintura e causar manchas na parede. Use a umidade do ar como parâmetro: se ela estiver entre 10% e 14%, o dia está perfeito para a pintura! 


3. Limpeza: Para garantir o melhor resultado, a parede precisa estar limpa para receber a tinta. Por isso, use um pano seco para tirar o pó, água e sabão caso estejam sujas e, em caso de mofo, aplique a água sanitária. 


4. Proteção do piso e móveis: Lembre-se que a pintura é apenas na parede. Por isso proteger o piso com papelão ou jornal, retirar a proteção das tomadas e interruptores, e usar um lençol que para cobrir os móveis que estejam por perto, é uma boa dica para que a pintura não danifique outros objetos. 


5. Dicas de movimentos para pintura: Essa é a dica de ouro, segundo a especialista. Comece pintando os cantos com o pincel e depois use o rolo em movimentos de "N" para pintar todo o resto da parede. Geralmente duas camadas de tinta são o suficiente para garantir uma parede linda.

MadeiraMadeira



Organização: um verdadeiro guia para o seu dia a dia



Todo dia ela faz tudo sempre igual! Deste cotidiano queremos só a melodia de Chico, obrigada! Manter a casa arrumada e limpa o tempo todo não é fácil, ainda mais quando a família é grande, crianças, pets e falta de colaboração tendem a deixar a rotina bastante cansativa.

Mas tudo bem, porque a especialista em organização, Rafaela Oliveira, criadora do canal Organize sem Frescuras, ressalta que tarefas diárias de organização podem tirar você daquele eterno dia da faxina que trazem uma sensação de desgaste e tarefa não cumprida.

É preciso acrescentar à sua rotina um plano de faxina para executar com regularidade as tarefas que exigem mais esforço e tempo, como passar aspirador, limpar pisos, geladeiras, janelas, etc). Além claro, da faxina semanal, agora se você morar sozinho passa a ser quinzenal, desde que mantenha uma boa rotina de limpeza.

Segundo Rafaela, é muito importante que todos na casa entendam suas responsabilidades com a organização e limpeza do ambiente, desta forma as atividades devem ser sempre equilibradas a todos, de acordo com idade, esforço, etc. Isso inclui as crianças que devem manter o quarto, brinquedos e cantinho de estudos sempre arrumadinho.

Para ajudar nessa árdua construção de rotina, a Rafa listou uma semana de atividades que podem ser elaboradas de forma leve e tranquila. Primeira regra do clube da faxina é: casa desorganizada não é limpa. Ponto! Se está tudo uma zona, arrume e depois faça seu plano de limpeza!

Para facilitar, segundo a especialista em organização é separar os cômodos por semana.


Na segunda-feira, pode ser o dia do quarto: arrume suas bijuterias, passe um paninho nas superfícies, uma vassoura no chão e limpe os espelhos, caso os tenha no quarto. Arrume qualquer item que esteja desorganizado no armário e troque as roupas de cama. Por mais limpo que o quarto esteja, a bagunça sempre dá um ar de sujeira.


Na terça-feira é dia de cozinha: troque a esponja da pia, passe um pano nas superfícies e arrume e limpe dentro dos armários e geladeira. Louça e lixo da pia é todos os dias, nunca deixe nenhum dois de um dia para o outro. Passe uma vassoura e pano no chão, afinal, na cozinha tem itens que caem e vazão e pode deixar sujeiras.


Na quarta-feira vamos para sala: Limpe as superfícies e passe uma vassoura no chão e organize os itens de decoração. Passe pano com produtos nos móveis quando o material permitir, caso não passe um pano seco. Já os sofás, alguns tecidos permitem que sejam aspirados ou até limpos com panos. Para quem tem pets esse tipo de limpeza é essencial para que a casa esteja sempre cheirosa e higienizada.


Quinta é um bom dia para limpar sua área de home office: não deixe papeis acumulados, organize seus documentos ao final do seu dia. Mas no dia da limpeza, varra o chão, limpe as superfícies e higienize sempre seus eletrônicos com os produtos específicos para isso, nossos computadores, mouses e telefones precisam estar limpos.

Pronto! Você tem um dia inteirinho de folga. Afinal, sexta-feira já é o esquenta para o final de semana. Lembre-se que o que você for vendo fora do lugar durante o dia coloque no lugar na hora, desta forma, sempre ficará mais fácil a limpeza.


E não se esqueça, todo o dia é dia banheiro: limpe a pia, quando lavar o cabelo tire o que pode ter ficado no chão do box. Para as roupas sujas compre um cesto e de preferência fechado. Sempre jogue o lixo fora. Tenha um desinfetante no vaso sanitário, mas semanalmente faça uma limpeza completa.





Rafaela Oliveira - personal Organizer, formada em Design de Produto e pós-graduada em Design de Interiores. Apaixonada pela profissão, criou o blog (2012) e o canal Organize Sem Frescuras para contar um pouco de suas experiências com a organização e ajudar a todos que queiram deixar a casa linda, organizada e o principal: a vida mais prática! Para compartilhar mais dicas sobre o assunto, escreveu o Livro Organize sem Frescuras - Com menos tempo e menos dinheiro (Editora Astral Cultural, 2017), a venda em todas as livrarias do Brasil.


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