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sábado, 18 de abril de 2020

Impacto neurológico do COVID-19 é tema de estudos entre especialistas



O COVID-19 afeta principalmente o sistema respiratório, ao qual se dedica maior importância e cuidado. Porém, alguns meses depois do início da pandemia, tem sido descrito um número considerável de casos em que há também o comprometimento das funções neurológicas do paciente.

Sintomas inespecíficos como dor de cabeça e tontura, além de implicações mais grave como alterações de consciência, crises convulsivas, acidentes vasculares cerebrais (AVC), incoordenação motora e fraqueza muscular, fazem parte do panorama clínico da doença. De acordo com o dr. Ronaldo Abraham, Diretor Científico da Associação Paulista de Neurologia (APAN), é possível dizer que o novo coronavírus tem afinidade e atração pelo sistema nervoso.

“O vírus age no aumento da expressão de um receptor de invasão celular, o ACE2 (enzima conversora da angiotensina), responsável por facilitar o processo de infecção das células pulmonares. O ACE2 existe em todo o organismo, sendo abundante no sistema nervoso”, explica o neurologista.

Um dos sinais mais marcantes é a perda do olfato, que provavelmente indica o caminho traçado pelo agente invasor até as funções neurológicas. Complicações mais graves nesse sentido poderão contribuir para a ampliação das taxas de mortalidade, assim como o desenvolvimento de algumas deficiências (sequelas).


Novas descobertas

“Os estudos a respeito da interseção entre o COVID-19 e a Neurologia começam a se avolumar na literatura, e isso trará um conhecimento cada vez maior”, aposta dr. Abraham.  No Brasil, os médicos começam a se organizar na tentativa de unificar protocolos e agrupar as manifestações neurológicas que aqui ocorrerem. “Felizmente, como não temos tantos casos quanto outros países, ainda não há material suficiente para publicação de novas pesquisas. O que nós, neurologistas, estamos fazendo é auxiliar na divulgação de informações e orientações”, afirma o especialista.


Maiores preocupações

Como já se sabe, portadores de hipertensão arterial e diabetes são alvos preferenciais do COVID-19. Além deles, pacientes de doenças autoimunes como esclerose múltipla e miastenia gravis, os quais fazem uso de medicação que interfere na capacidade de reação do organismo a infecções, também estão no grupo de risco e merecem atenção especial.


Saúde mental dos idosos deve receber atenção durante a pandemia


Reprodução

Guia elaborado por pesquisadores da UFSCar traz orientações para o bem estar emocional dessa população


Os idosos estão no grupo de pessoas que correm maior risco com a contaminação pelo novo Coronavírus. O distanciamento social, cuidados redobrados com higienização e uso de máscaras são recomendados por todas as autoridades sanitárias. Mas, além disso, também é preciso cuidar do bem estar mental dessa população, garantindo qualidade de vida emocional para enfrentar a pandemia.

De acordo com Claudia Valente, docente do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que desenvolve estudos na área do envelhecimento, a pandemia de Covid-19 instaurou um novo cotidiano, exigindo adaptações no dia a dia de todas as pessoas. As reações diante dessas mudanças podem ser variadas e, segundo ela, precisam ser acolhidas e entendidas sem muitas cobranças. "Algumas pessoas se sentem irritadas, outras tristes, raivosas, outras negam a situação, outras fazem piada, têm pouco interesse em tarefas diárias, e outras podem adotar uma postura mas ativa como forma de controlar o meio ao seu redor", enumera a docente. 

Valente explica que várias ações podem ajudar os idosos a vivenciarem o distanciamento social momentâneo. Uma das estratégias é estimular o sujeito a lembrar o que já fez em situações problemáticas vivenciadas no passado e sugerir que repita o comportamento. "Ouvia música alta? Cantava? Cozinhava? Rezava? Então faça isso. No momento que estamos vivendo, é bom relembrar que já superamos outros obstáculos na vida e que estratégias anteriores podem ser úteis agora", indica a professora. Outra dica é entender que o distanciamento tem o sentido de proteção a si mesmo, da família, da comunidade em geral. "Dar sentido à essa situação permite que seja mais fácil lidar com ela", defende.

O apoio da família também é importante. Valente recomenda ouvir os idosos e não adotar uma postura impositiva, com ordens e regras para pais e avós. Além de explicar a necessidade do distanciamento social, é fundamental que a família esteja disponível para ajudar, se organizando para fazer compras, pagar contas e higienizar alimentos, por exemplo. Além disso, os familiares devem acompanhar seus idosos por meio de ligações e chamadas de vídeo. "Nas primeiras semanas pode ser que a pessoa negue a necessidade de ajuda, mas com o passar dos dias, ter com quem conversar é importante. Mesmo que não haja problema aparente, saber que se tem com quem contar é extramente reconfortante e tira o indivíduo do sentimento de solidão", enfatiza a docente da UFSCar.

Para preencher o tempo, dicas de atividades são plantar mudas, cozinhar, escrever cartas, mudar a decoração dos cômodos, organizar gavetas, jogar e praticar exercícios físicos dentro de casa e também descansar. "Creio que as famílias estão tendo o desafio e a oportunidade de resgatarem hábitos e relações que estavam adormecidos", avalia Valente.

No entanto, a professora aponta que os familiares devem ficar atentos a alguns sinais que podem indicar problemas mais graves nos idosos, como a depressão. Esses sinais podem ser observados quando a pessoa não consegue realizar atividades que fazia normalmente, não tem interesse em conversar ainda que pelo telefone, dorme muito ou fica muito tempo dentro do quarto, faz queixa de dores difusas, esquece informações com frequência, não sente prazer em se alimentar, fala muito sobre morte etc. "Esses são sinais de que um quadro mais grave está se instalando e é preciso ajuda profissional", destaca a docente. 

O guia "O que vou fazer hoje?" com atividades para o bem estar mental dos idosos foi elaborado com a coordenação da professora Claudia Valente e está disponível gratuitamente em www.informasus.ufscar.br. Outros materiais com orientações e dicas para o enfrentamento à pandemia estão disponíveis no mesmo site.

 

VOCÊ E EU NO DAY AFTER !


A frase do momento: depois da crise o mundo será diferente!

Mas diferente como? Quão diferente?

Inúmeros profetas de plantão estão divulgando suas previsões, cada qual sob uma perspectiva. Me permita usar minha experiência de 5 décadas lidando com talento e talentosos para lhe expor a minha visão de alguns ganhos e ganhos! É isto mesmo, porque perdas significam ganhos para quem souber aprender.
  • a freada brusca do nosso cotidiano, sem proteção de air bag, evidenciou a nossa fragilidade como indivíduos, como profissionais, como cidadãos
  • no âmbito pessoal, o isolamento está trazendo à tona o que há de melhor (e de pior) em cada um de nós e nos mostrando quão pouco podemos realizar sozinhos
  • descobrimos que é possível ser criativo (e muito) para encontrar formas de lidar com o antes impensável
  • percebemos que embora a ciência tenha evoluído muito, a tecnologia evoluiu ainda mais como ferramenta do cotidiano
  • home office, vídeo conferencias, webinars e outras formas de comunicação evidenciaram que é possível trabalhar e ser produtivo de novas formas. Esta constatação poderá revolucionar o conceito de produtividade, de mobilidade urbana e logística, de congestionamento (até de elevadores), de arquitetura interna, de fashion, de viagens de negócios, de entretenimento, de saúde, de ensino à distância, de alimentação, de convivência, de confiança mútua, de custos de toda ordem, .....
Evidentemente que as mudanças vão muito além disto. Observando a história de humanidade vemos que sobreviveram e venceram os que foram mais capazes de se adaptar (Darwin). Para começar, sugiro tentar praticar:

* coragem para exercer autocrítica

* inteligência para criar novos parâmetros

* determinação para coloca-los em prática

 Para este exercício posso lhe ajudar por vídeo conferência, como cortesia.




Simon M. Franco


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