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sábado, 18 de abril de 2020

Como passar pela quarentena sem destruir o relacionamento


Casais convivem 24 horas juntos no máximo nas férias, mas quando precisam manter esse longo período dentro de casa e por tempo indeterminado, o relacionamento pode ficar por fio. Neste momento de quarentena, equilibrar trabalho e a relação familiar pode ser uma tarefa complicada.

Nas últimas semanas em Xi'am, na China, houve um recorde no número de pedidos de divórcio, segundo o jornal "The Global Times". As consequências da pandemia de coronavírus não se limitaram apenas à economia e saúde, infelizmente, alguns casamentos parecem chegar ao fim de forma acelerada.

A psicóloga Célia Siqueira, percebeu um aumento nas queixas de seus pacientes em relação aos parceiros. “Muitos casais estão se conhecendo melhor agora, passando o dia inteiro juntos, mas para que isso não se torne um obstáculo entre eles, o ideal é que haja muita comunicação, atividades em conjunto, organização, divisão das tarefas, respeitar a privacidade do outro e principalmente, valorizar o carinho e os momentos juntos que não tinham antes”, diz Célia.

Além do estresse do confinamento, existe as emoções à flor da pele, ansiedade e manias, que na maioria das vezes, podem tornar o lar em um ambiente conflitante. Segundo Célia, na maioria dos casos neste momento, a terapia é uma ótima opção para ajudar na reconciliação e conhecimento próprio.





Exercícios para o cérebro durante a quarentena


Como manter a saúde cerebral durante a pandemia, especialmente no caso de idosos e pacientes com doenças neurológicas


Mudar um hábito não é fácil. É preciso muito esforço, determinação e, acima de tudo, uma motivação forte. É o caso da população brasileira: para evitar a proliferação do novo coronavírus, as pessoas se viram obrigadas a reorganizarem suas vidas em prol do isolamento social. Nesse processo, uma das principais dificuldades é adaptar-se e manter o cérebro ativo durante todo o confinamento.

“A quarentena é muito importante. A orientação é a de ficar em casa, recluso, evitando o contato social direto e reduzindo o risco de transmissão”, ressalta o dr. Rubens Gagliardi, presidente da Associação Paulista de Neurologia (APAN). Para manter as funções cerebrais em pleno funcionamento, a indicação do neurologista é realizar atividades físicas e intelectuais.

Andar pela casa, fazer alongamentos, realizar levantamentos de peso (com pacotes de arroz ou feijão, por exemplo), além de ler, estudar e se atualizar são as principais recomendações. “É muito importante não parar. Temos que manter o cérebro ativo, senão ‘enferruja’”, explica o especialista.

Estudar um assunto do interesse do indivíduo ajuda a exercitar a memória, a concentração e o foco. Se a pessoa gosta de números, estudar matemática pode ser estimulante. Já se ela se interessa por literatura ou artes, o interessante é ler sobre esse tema. Aprender uma nova língua, seja ela qual for, também tem impactos muito positivos para o intelecto humano. “Nesses casos, a internet é uma aliada. Uma ferramenta que, quando bem utilizada, propicia uma boa maneira de manter o cérebro ativo”, pontua dr. Rubens.


Pacientes com doenças neurológicas: o que fazer?

Alzheimer, Parkinson, AVC e outras complicações neurológicas podem causar limitações motoras, sequelas, a necessidade de cuidadores e até mesmo, deixar o paciente de cama. Nessas situações, os riscos durante a quarentena são maiores, mas os cuidados são os mesmos. “A atenção deve ser redobrada, mas a base é exatamente a mesma”, diz o neurologista.

A preocupação maior é com a imunidade: manter uma alimentação saudável e correta, dormir bem e estar descansado, manter atividades físicas, intelectuais e sociais (mesmo que a distância) ajudam no fortalecimento da defesa do organismo e no combate à doença.


Convívio com os idosos durante o isolamento

Já os idosos, aqueles acima de 60 anos, estão no grupo de risco do contágio. Eles são mais propensos a contrair a doença e desenvolver sintomas mais graves, portanto, necessitam seguir a quarentena à risca. “É um grupo que deve fazer zoneamento restrito, bem como evitar contato com pessoas com suspeita de infecção”, destaca dr. Rubens.

Porém, mesmo isolados, devem motivar-se a não parar e manter uma rotina diária de atividades físicas e intelectuais, assim como o resto da população. Os familiares, ainda que a distância, devem apoiar, incentivar e prestigiar essas atividades. Consultar médicos sobre os exercícios mais indicados para os idosos além de motivar o estudo e a leitura são fundamentais no cuidado com a terceira idade.

Para aqueles que moram sozinhos, há ainda a preocupação psíquica, já que o isolamento poderá afetá-los de diferentes maneiras. A sensibilidade dos netos, filhos e sobrinhos em manter a comunicação social por telefone ou até mesmo pela internet é imprescindível para o convívio e a demonstração de afeto para com essa geração. 


O que precisamos aprender com essa pandemia




Nesse momento de crise, é preciso parar de pensar no lucro e ter solidariedade

As medidas de quarentena recomendadas pela Organização Mundial da Saúde e que estão sendo adotadas pela maioria dos países, por conta da pandemia da Covid-19, fez com que a muitas pessoas tivessem que mudar sua rotina de vida e de trabalho. Algumas pessoas, inclusive, têm que administrar uma nova demanda: o home office ou home work: como continuar trabalhando, mas, agora, dentro de casa? Com as tarefas domésticas, os filhos, às vezes mãe e pai ou mesmo avós?

Diante disso, precisamos fazer uma análise sobre o que esses acontecimentos geraram na vida das pessoas, tanto a nível pessoal, quanto profissional. “O que estamos aprendendo com tudo isso? Quais são as descobertas que estamos fazendo quando a gente tem que voltar até por obrigação, por imposição ao universo de família? O que temos que aprender sobre relações humanas dentro das nossas casas e dentro das nossas famílias? Nós reclamamos tanto de falta de tempo para com os nossos filhos, para com a nossa casa, os nossos afazeres e agora nós temos todo tempo do mundo e estamos sofrendo porque não sabemos o que fazer com ele”, conta Sirley Maciel – palestrante, analista comportamental, terapeuta, Master Coach e especialista em oratória.
“Outro dilema, para muitos, é acreditar que precisam (e podem) voltar ao que era antes, até para fugir das reformas que elas precisam fazer delas mesmo”, pondera Sirley. Essa reforma, precisamos começar dentro de cada um de nós, para nos transformarmos. O que vamos fazer com tudo isso que estamos vivendo? “Essas são questões fundamentais que eu tenho que responder quando voltar para mim, para a minha primeira, verdadeira e única casa, que sou eu, meu corpo, minha mente, meu espírito”, afirma a professora Sirley. “E depois, tenho que voltar-me para minha segunda casa, que é a casa onde eu moro, com meus familiares, com as pessoas que eu amo, mas que eu não estou agora sabendo lidar”, complementa Sirley. É tanto tempo junto que até criamos confusão, porque nós não aprendemos relações interpessoais para praticarmos com a família, com o filho ou marido, e não aprendemos também a lidar com a ausência, por que, agora, nós não podemos entrar em contato com as pessoas que amamos e ficar com elas, estar com elas, abraçar elas. Então, nós aprendemos a lidar com as relações interpessoais de uma forma profissional, mas, nunca tivemos a coragem, a necessidade e até a visão de que as relações humanas e as relações interpessoais também estão presente nas famílias, dentro desse universo micro que nós vivemos. E a terceira casa é a sociedade, o planeta: como as pessoas desse planeta estão se relacionando umas com as outras. “Quanta bobagem está sendo dita, de falta de solidariedade, de falta de compreensão, de falta de ética com outro! Quer dizer: eu prefiro que o outro volte a trabalhar, se coloque em risco de contaminação, em vez de deixar ele em casa, cuidando da sua vida e da vida das pessoas que o amam”, destaca Sirley.

A referência que está aparecendo cada dia mais forte é no ter em detrimento do ser; quando eu estou preocupado com a minha empresa, com o meu lucro, com o dinheiro que não está entrando, eu estou fazendo a opção pelo lucro, pelo dinheiro. 

Agora é o momento perfeito para prestar atenção aos que antes estavam invisíveis: as pessoas, que acordam cedo e pegam ônibus, trem ou metrô lotados para cumprir com suas responsabilidades; os vizinhos de rua ou apartamento; os profissionais de saúde, da limpeza e coleta de lixo; aos professores, etc. Hoje é possível dizer quem realmente faz a diferença na sociedade.

“Não existe economia forte sem pessoas saudáveis. Podemos ver empresas e grandes lojas fechadas, assim como pequenas e médias, mas, sem funcionários e consumidores para fazê-las funcionar”, afirma Sirley. E arremata: “É hora de nos preocuparmos com o que realmente importa nesse momento – como vamos nos cuidar e cuidar de quem nós amamos, nos é próximo, ou mais vulnerável – e nos prepararmos para o retorno. Porque, tudo isso vai passar. Porém, não tem como voltarmos ao que éramos antes”.




INTREPEDS – Instituto de Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento do Ser
Sirley Machado Maciel - Analista comportamental, terapeuta e escritora
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