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terça-feira, 7 de abril de 2020

Proteção individual ou coletiva? Especialista explica eficiência do uso da máscara



Equipamento é indicado para conter a propagação do novo coronavírus no Brasil


Depois do uso do álcool gel, agora as máscaras são foco de debate. O equipamento tem sido apontado como uma medida importante de proteção e contenção do novo coronavírus (Covid-19), além da higiene das mãos e distanciamento social.


De acordo com Bárbara Gionco Cano, especialista em microbiologia e professora do Colégio Marista de Londrina, o uso da máscara respiratória funciona como uma barreira física de proteção para que fluídos do usuário não contaminem quem está ao redor. O equipamento é eficaz tanto para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, como para outras doenças respiratórias. “A máscara respiratória é uma medida válida de proteção coletiva, já que nem todos os contaminados apresentam sintomas, sendo assim seu uso é importante para evitar a contaminação de outras pessoas e contribuir com a contenção da doença. Seu uso é fundamental para pessoas com sintomas e para os profissionais de saúde”, explica.


Caseira ou não?


Ao contrário do álcool gel, a versão caseira das máscaras é tão eficiente quanto a industrializada. Bárbara esclarece que o equipamento de proteção pode ser feito de algodão ou TNT, por exemplo, desde que tenha no mínimo três camadas e seja fixada bem rente ao rosto. “Três camadas são suficientes para que os fluidos corporais não respinguem do usuário para o ambiente. Seria ideal que as pessoas fizessem uso das máscaras caseiras para que não faltem equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e para os casos confirmados”, pondera.


Recomendações e limpeza

Segundo a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é importante que a máscara não seja usada por mais que duas horas ou depois que o tecido fique úmido. O ideal nesses casos é a substituição do produto.

Outro cuidado necessário é lembrar que a máscara é individual e não deve ser compartilhada. Vale ressaltar que deve ser colocada com cuidado, cobrindo boca e nariz e que durante o uso é importante evitar tocá-la e ficar ajustando. Para tirar a máscara, é preciso removê-la pelo laço ou nó da parte traseira, evitando tocar na parte da frente e lavar as mãos logo após. Além disso, a máscara deve ser descartada a qualquer sinal de desgaste.

Depois do uso, a máscara deve ser lavada com uma mistura de 50 partes de água para uma parte de hipoclorito de sódio (água sanitária). O equipamento de proteção deve ficar imerso nessa mistura por 30 minutos e depois deve ser lavado em água corrente e sabão. Quando o tecido estiver seco, é importante passar o material com ferro quente (caso seja de algodão) e acondicionar em saco plástico. “O usuário deve lembrar-se de higienizar bem as mãos após lavar a máscara”, afirma a especialista. 





Rede Marista de Colégios (RMC)
www.colegiosmaristas.com.br


Coronavírus: pacientes em hemodiálise e transplantados são os principais grupos de riscos no Brasil


Freepik

Fundação Pró-Renal reforça os cuidados com estes pacientes; Paraná tem mais de 1.300 pessoas na fila de espera por um transplante de rim


Ficar em casa não é opção para quem está em tratamento de hemodiálise. Para manter o corpo funcionando, é necessário se deslocar, pelo menos, três vezes por semana, até uma clínica para realizar o tratamento, que dura em torno de três a quatro horas. Considerados de alto risco em tempos da COVID-19, o Coronavírus, os cuidados básicos com a higiene são fundamentais para que estes pacientes não sejam infectados.

A Fundação Pró-Renal, que assiste mais de 800 pacientes renais crônicos das clínicas conveniadas, alerta que o risco de contaminação e piora no tratamento é extremamente preocupante para este grupo, que pode apresentar o quadro mais grave do contágio do vírus. São pacientes que perderam a função renal devido a outras doenças associadas à doença renal: diabetes, hipertensão, obesidade ou, ainda, histórico familiar de doença renal ou cardiovascular. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mais de 37 mil pessoas estão na lista de transplante no Brasil, sendo 25 mil por um rim. No Paraná, mais de 1.300 pessoas ainda estão na fila de espera aguardando um rim para o transplante. 

Outros grupos de riscos que também podem ser afetados gravemente incluem hipertensos, transplantados, doentes crônicos, obesos, fumantes, diabéticos e idosos.“Estamos recomendando que medidas de isolamento social sejam obedecidas pela população. Nossos pacientes em hemodiálise precisam vir até as clinicas três vezes para a manutenção da vida”, afirma Marcelo Mazza, médico nefrologista da Fundação Pró-Renal e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).  

De acordo com o médico, quem faz hemodiálise não tem a opção de ficar em casa para realizar o tratamento, apenas àqueles que já realizam a diálise peritoneal, que é uma terapia realizada diariamente na casa do paciente com insuficiência renal. “Quem está em diálise peritoneal tem a vantagem de estar em casa. Hoje, com a liberação da telemedicina pelo Conselho Federal de Medicina, muito das dúvidas que podem acontecer em relação ao tratamento, que não necessitem de deslocamento, estes pacientes tem mais vantagens”, afirma.

Mas o medo ronda quem está nos grupos de riscos e precisa sair de casa para realizar o tratamento. Com Doença Renal Crônica (DRC), Edna Aparecida Nunes, paciente da Pró-Renal, diz que está redobrando os cuidados diários e pede que a população colabore e fique em casa para evitar a proliferação da doença, que pode ser mortal para quem está em tratamento ou na fila de espera por um transplante de rim. “Saio da clínica, chego em casa e troco de roupa. Tomo banho e passo álcool em gel. Não deixo pessoas estranhas entrarem em minha casa e meus filhos, quando chegam da rua, vão direto para o chuveiro”, comenta.


Cuidados com a higiene x Coronavírus

A COVID-19 é transmitido por gotículas de saliva, espirro, tosse ou catarro que podem ser repassados por toque ou aperto de mão, objetos ou superfícies contaminadas pelo infectado.  

O Ministério da Saúde recomenda lavar as mãos frequentemente com água e sabão, por pelo menos 20 segundos, ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool 70%, quando a primeira opção não for possível. Outras formas de se proteger é evitar tocas nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, evitar contato com pessoas doentes, usar lenço de papel para cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar e descarta-lo no lixo. Não compartilhe copos, talheres e objetos de uso pessoal.


O que fazer em caso de contaminação?

"No caso do indivíduo adquirir a infecção e ter sinais como febre, tosse e falta de ar, ele deve procurar imediatamente assistência médica e lá busquem as orientações necessárias", afirma Mazza, médico da Pró-Renal, que complementa que pacientes idosos, obesos e diabéticos tem uma evolução pior da doença, "apesar dos jovens não estarem imunes à contaminação", alerta. Pacientes em tratamento de diálise deve informar imediatamente à sua equipe de saúde para orientações.





Pró-Renal
www.pro-renal.org.br. / Redes Sociais: @fundacaoprorenal


5 estratégias para criar uma rotina de educação à distância para crianças com TDAH


Muitas crianças estão precisando se adaptar à nova realidade de Ensino à distância, até mesmo aquelas em fase de alfabetização ou as que fazem acompanhamento para Transtorno Déficit Atenção e Hiperatividade (TDAH), um transtorno do neurodesenvolvimento que é caracterizado por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento da pessoa.

E aí fica a pergunta: Como as crianças que já têm dificuldades em se concentrar vão conseguir acompanhar os conteúdos com aulas à distância (EAD)?

A seguir, a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, diretora do Autonomia Instituto (www.autonomiainstituto.com.br) ensina cinco estratégias para ajudar nesse momento.

1- Estabeleça horário de estudo: manter uma certa rotina é muito importante para que a criança se organize no tempo. Com essa rotina, é preciso estabelecer um horário específico para o estudo. Observe o horário que seu filho está mais atento, disponível e tranquilo e delimite como horário de atividades escolares, seja as enviadas pela escola ou que você mesma passe para ele. O importante é não perder totalmente a rotina de estudo para que o prejuízo na aprendizagem não seja tão grande.


2- Escolha um local estratégico: acomode seu filho longe de distratores como janelas e portas e escolha um local iluminado, tranquilo e com poucos brinquedos. Organize a rotina de maneira que, no horário de estudo, a casa esteja a mais silenciosa possível e que a televisão esteja desligada. Lembre-se que uma mosca pode tirar a concentração do seu filho. Então, tente controlar os distratores que estão ao seu alcance.


3- Varie a rotina: Já sabemos que a concentração das pessoas com TDAH é menor. Então, procure dividir as atividades em blocos. Passe uma instrução por vez. Se possível, escreva ou desenhe para deixar mais visual. Divida o estudo por partes e essas partes podem ser divididas em horários específicos do dia: por exemplo, atividades escolares de 9h às 10h e depois de 16h às 17h. Faça as adaptações levando em conta a rotina geral e os horários de maior concentração do seu filho. Nos intervalos, faça atividades motoras e físicas, artísticas ou livres. Reveze estudo com outras atividades porque esse revezamento potencializa o aprendizado.


4- Torne o mais concreto possível: Muitas crianças com TDAH respondem melhor à aprendizagem “concreta” e precisam de experiências práticas para reter melhor o conteúdo ensinado. Abuse de recursos como gráficos, imagens, listas, cores diferentes (marca textos), vídeos educativos, atividades práticas etc. Com essas estratégias, a criança conseguirá associar o conteúdo teórico com a experiência prática vivenciada.


5- Coloque movimento nos conteúdos: De maneira geral, quanto mais criativo o conteúdo escolar é passado, mais as crianças assimilam. Como criança é movimento, uma ideia é incorporar o movimento nas atividades. Se você perceber que seu filho está desatento ou agitado, inclua uma corrida na sala contando até 10 e depois sente para finalizar. 


Dica Extra: Tenha paciência! As famílias também estão cansadas, estressadas e se reinventando. E é preciso ter paciência consigo e com as crianças que estão em casa. Se cobrem menos, porque a cobrança traz ansiedade, que, por sua vez, causa culpa e frustração. É um momento de reflexão e de se reinventar. Tudo vai passar e seremos pessoas melhores e com mais flexibilidade cognitiva. Portanto, essa deve ser a estratégia de ouro a ser levada como um mantra: tenha paciência, não se cobre tanto, tudo vai passar!



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