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terça-feira, 7 de abril de 2020

Cinco dicas para economizar durante a pandemia


Neste período é recomendado fazer
um planejamento  financeiro e estabelece
r metas a curto e longo prazo
Créditos: Pixabay
Organizar planilhas, renegociar dívidas, comprar online e cozinhar em casa, são algumas ações que ajudam a manter a saúde financeira das famílias


Atualmente, 45% dos brasileiros não fazem controle do orçamento familiar e metade deles aprenderam sozinhos sobre como administrar as finanças, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O estudo mostra ainda que oito em cada dez inadimplentes sofrem com impacto emocional negativo por conta das finanças. A ansiedade foi o sentimento negativo mais citado no levantamento, atingindo 63% dos entrevistados, enquanto 43% apresentaram alterações no sono.

E esses números podem ser ainda maiores em meio à crise do coronavírus. Garantir e organizar o orçamento familiar tem sido uma das grandes preocupações das famílias brasileiras durante esse período de isolamento. Empresas e indústrias (grandes e pequenas) e trabalhadores (autônomos ou assalariados), todos de alguma forma já estão sentindo o impacto da covid-19 também no bolso. Mas, como o momento é de cautela, seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde tem sido importante no combate ao vírus. Portanto, existe como seguir as recomendações e ao mesmo tempo economizar.

Para a gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ, Adriana Zandoná França, é importante ter na ponta do lápis todos os rendimentos e gastos, para fazer um planejamento financeiro e estabelecer metas a curto e longo prazo. “Esses dados podem ser analisados em um momento de crise como esse, para guiar as tomadas de decisão, o que é essencial para assumir o controle das finanças e não depender da sorte”, destaca.

Por isso, elencamos cinco dicas importantes que podem ajudar a organizar a vida financeira durante esse período:


Dica 1 - Anote seus gastos e faça planilhas para planejar sua vida financeira

É muito importante anotar todo o valor que entra e todo o valor que gastar por um serviço ou produto, diariamente. Neste momento de crise é preciso separar os gastos que são supérfluos daqueles que são essenciais. Este processo irá simplificar na hora de cortar o que é desnecessário, e isso pode ser feito em planilhas de papel ou por aplicativos. Anote então as despesas que não podem ser cortadas: aluguel, condomínio, mensalidades de serviços contratados, como colégio, por exemplo, financiamento do carro etc. Há, ainda, as despesas que não podem ficar de fora, mas que, se preciso, são passíveis de redução, como conta de luz, gás e telefone e compras no supermercado. Já as despesas que podem ser cortadas na crise: gastos relacionados ao estilo de vida, como lazer, restaurantes e compras.


Dica 2 – Renegocie dívidas e contratos

Esse é um momento muito complicado e é possível tentar renegociar dívidas ou rever contratos, como de aluguel ou financiamento da casa para reduzir o impacto no orçamento familiar neste primeiro momento. Se estiver sem dinheiro ou atrasado com pagamentos deste tipo, a sugestão é procurar a imobiliária ou o banco para buscar uma solução conjunta. Isso também serve para contas de luz, telefone e água e mensalidade escolar. Em situação de desemprego, é importante lembrar de pagar primeiramente as contas que incidem juros elevados, como cheque especial e cartão de crédito.

“Entendemos que a situação atual pode impactar as finanças pessoais e das empresas. Por isso, as instituições financeiras estão dispostas a analisar caso a caso, como o tempo de conta aberta, o histórico de adimplência, para ajudar as pessoas da melhor forma possível”, explica a gerente.


Dica 3 – Corte gastos desnecessários

Esse é o momento de fazer escolhas, portanto, evite compras por impulso que podem piorar ainda mais a situação. Essa é a hora de avaliar se existem coisas que você poderia abrir mão neste momento mais delicado. Por exemplo: reduzir compras por impulso na internet; renegociar contratos de telefone e TV; plataformas de streaming; entre outros.


Dica 4 – Cozinhe em casa

Como está todo mundo em quarentena, dentro de suas casas, essa opção é uma das melhores para reduzir gastos com alimentação. Aproveite o momento para cozinhar mais em casa. Ou tente escolher restaurantes que realizam promoções. Faça uma organização do que vai cozinhar na semana e procure nos supermercados itens com preços melhores, fazendo substituições inteligentes. Cozinhar em casa neste período pode reduzir em até 20% o valor gasto com alimentação.


Dica 5 – Venda e troca

Se neste período a grana estiver curta e você tem itens parados em casa que poderiam ser trocados ou vendidos, aproveite o momento. Você pode vender peças que não usa mais, como roupas, sapatos, eletrônicos etc.

O Sicredi desenvolveu um aplicativo, chamado Sicredi Conecta, que permite que associados da instituição financeira anunciem e vendam produtos e serviços entre si. Mais de 10 mil usuários já utilizam a plataforma. Desenvolvido pela startup Hallo, a ferramenta tem sido usada não apenas como uma maneira de manter a operação de empresas em andamento, mas também por pessoas que querem adquirir e comercializar produtos e serviços sem sair de casa, de forma segura e por meio das facilidades de pagamento oferecidas pelo Sicredi.

“Queremos beneficiar associados e a comunidade local que precisam continuar gerando renda neste período. Por meio do aplicativo, conectamos pequenos e médios negócios aos seus clientes potenciais, fazendo a economia girar, sem sair de casa”, explica Adriana.

Para a gerente de negócios, o momento pede também uma reorganização financeira, para controlar os gastos já previstos e cuidar para não fazer novas dívidas. “É importante rever o que de fato é importante para a família, para que situação financeira não impacte em despesas mais importantes como educação e saúde, por exemplo. A falta de gerenciamento, em casos mais graves, pode inclusive mudar o estilo de vida familiar”, finaliza Adriana.





Sicredi


A realidade do coronavírus na Economia - Prejuízos à vista


Devido a pandemia causada pelo covid-19, muitas companhias aéreas estão cancelando seus voos. Trump decidiu fechar as fronteiras para alguns países, principalmente Europa e China, o que causa uma série de preocupações. A revista Time publicou que se as empresas americanas se desvalorizaram em aproximadamente 12% e as bolsas de valores do mundo todo deixaram de movimentar trilhões de dólares nesses últimos dias.

Entretanto, há uma série de fatos que estão destorcidos e outros que são reais e nesse artigo, vou expor as duas situações. Muitos supermercados americanos, brasileiros, europeus, estão com prateleiras vazias. Isso é verdade? Parcialmente. Quando eu comecei a ouvir essas histórias de produtos em falta, eu fui conferir se era verdade. Fui há três recentemente e nenhum estava sofrendo por desabastecimento, havia alguns produtos em falta.

Então, certamente em alguns lugares esse cenário é verdadeiro, mas não são em todos. Outra notícia que eu recebi, é que em razão disso as pessoas estavam se precavendo e abastecendo seus carros e guardando gasolina em casa para uma eventual necessidade. Também não consigo enxergar isso no meu meio, não vi faltar combustível em nenhum posto. Estive em dois estados diferentes na semana passada, e não havia fila.

Grande parte das escolas, nos Estados Unidos foram fechadas, no Brasil e Europa também e ficarão assim por tempo indeterminado. A intenção é de contenção do vírus em algumas áreas específicas, dificultando que se alastre. As notícias dizem que esse é o pior impacto econômico depois da crise de 2008 no país norte americano. Eu, particularmente, acredito nisso até a página dois. Pois pode sim se tornar um grande problema, quando falamos em bolsa de valores, mas o consumo está muito alto, e de forma exorbitante. Vocês podem ver isso em locais em que os mercados ficaram sem produtos e com as pessoas abastecendo seus carros e ficando em áreas de pouca movimentação ou dentro de casa. É como se estivéssemos em épocas de furacão, quando a população compra e se resguarda. Não acho que o dono do Walmart está se preocupando com uma eventual falência nessa época, pelo contrário, tenho certeza de que o faturamento está alto.

No Brasil, já foram confirmados bastante casos, é um número alto, mas não tanto pensando em um país com 200 milhões de habitantes. É algo que impacta? Sim. Mas a ponto de você parar a sua vida? Eu acredito que não. É preciso sim ter cuidados com higiene e completamente desnecessário estar em locais cheios como shows, eventos e festas. Mas algumas informações podem ser pirotecnia e impactar negativamente no seu bolso. Vou colocar algumas razões a seguir.

Primeiro, as bolsas de valores do mundo inteiro caíram. Curiosamente, a China comprou muitas ações de empresas americanas, principalmente das que estão em território chinês. Muitas pessoas falaram em teorias da conspiração, por uma série de questões estratégicas que eles vêm trabalhando. Em todo o mundo, os chineses gostam de controlar determinados ramos de atuação, trata-se de uma estratégia comercial e talvez até mesmo política. É difícil acreditar que não houve uma situação, no mínimo, estranha sobre isso.

Um escritório de advogados na Flórida entrou com uma ação coletiva contra o governo chinês alegando que o país sabia da letalidade do vírus e tudo o que poderia ocorrer e mesmo assim não tomou todas as precauções possíveis. Essa ação está protocolada e correndo, esses advogados pedem indenizações para uma série de empresas e pessoas. Outros países podem fazer a mesma coisa e responsabilizar a China pelo vazamento do vírus.

A maiorias dos casos estão no eixo Rio - São Paulo, onde há maior concentração de empresas, de atividades econômicas então é óbvio que, frequentando esses lugares, o risco de contaminação é maior. Mas o número ainda não é algo absurdo e acredito que tem excessos em uma série de questões. Por exemplo, morreram 3 mil pessoas por conta do vírus em um curto espaço de tempo. Mas quantos morrem de fome todos os dias? Fala-se em 20 mil, eu estava levantando esses dados e de outras doenças. Quantas pessoas morrem no mundo por conta de outras questões que estão fora de controle? Isso não impacta bolsa de valores, tratamentos, não paralisa escolas, faculdades, comércios. Ninguém sai comprando gasolina e mantimentos porque uma pessoa está doente ou com fome na África. Precisa sim controlar, mas com consciência e menos dramatização, pois o desespero e o pânico acabam trazendo uma série de prejuízos.

Agora, sobre o impacto na saúde, o que realmente me preocupa é que os mais afetados são sempre os que possuem menos condições financeiras. Primeiro, porque são aqueles não se alimentam tão bem quanto os mais ricos, então terão déficits no sistema imunológico. O organismo já é mais fragilizado. Por outro lado, você começa a ver que as condições de onde essas pessoas moram não são apropriadas. Por exemplo, numa favela as casas são coladas umas nas outras, as ruas são estreitas e o convívio é mais próximo, facilitando a contaminação. Geralmente não tem plano de saúde ou acesso à medicação e estão tão preocupadas em trabalhar e conseguir dinheiro que podem confundir o COVID-19 com um resfriado simples.

Na China, embora os centros sejam lindos e espaçosos, a minutos de distância há uma pobreza enorme e chega a parecer que você mudou de planeta, de tão grande que é o choque social. A maioria das pessoas que morreram não eram diretores e gerentes de grandes empresas, mas pessoas mais velhas, com alguma deficiência no sistema imunológico e com menos capacidades financeiras.

Agora, vamos comprara com o sistema de saúde americano. EUA é um polo mundial de tecnologia e medicina, mas tudo é extremamente caro.  Eu fiz uma cirurgia no ano passado que custou aproximadamente $ 8.600. Um procedimento de duas horas, razoavelmente simples. Atualmente esse valor em real seria de quase R$ 35.000,00. Existe um número muito alto de pessoas pedindo falência nos EUA. Eu me perguntava o que levava a isso? Os dados mostram que 70% dos pedidos estão relacionados a uma doença anterior. O que é melhor, morrer ou pedir falência e pagar essa dívida em 30 anos?

Eu acredito que essa doença não vai deixar tantos mortos quanto as pessoas imaginam, mas talvez seja uma doença que vai deixar muitas pessoas falidas, seja por gastar demais com médicos e tratamento, ou porque a economia vai parar e estagnar. Mas com certeza a doença não é tão agressiva como as pessoas colocam na questão de saúde, mas será no seu bolso daqui a alguns dias.






Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais e palestrante. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 64 mil seguidores    https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.

Cinco dicas para nortear a nova rotina de investidores do mercado financeiro


Muitos investidores, mesmo aqueles acostumados com uma certa volatilidade do mercado diante fatores internacionais que impactam diretamente o Brasil, devem acordar todo dia tentando entender o impacto do COVID-19 e como tudo isso vai terminar. Mas é preciso ter calma. 

Antes de mais nada, vamos contextualizar: podemos fazer uma breve introdução de onde tudo começou, a China. Alguns especialistas estimam que a perda no PIB chinês deve ser em torno de $ 2,7 trilhões, menor em questão de valor comparada ao PIB anual do Reino Unido.

Em termos percentuais significa uma retração econômica de 30%, sendo 80% da indústria e 24% nos investimentos em ativos fixos. Seguindo com mais suposições analíticas, esperamos uma redução de 2 a 4% no trimestre chinês. Tudo isso tem uma relação direta com os investimentos feitos ao longo do ano.

A China representa 30% do crescimento mundial e nada melhor que ela, que após 58 dias de quarentena, vem retomando as atividades e com números que podem ajudar a entender o que será o futuro mundial. Há estimativas que o PIB Global não deve apresentar nenhum crescimento para este ano, com direito a retrações dos EUA e Brasil. Li recentemente em um artigo de um especialista em investimentos, e assim vamos começar: “Aperte o cinto e respire fundo”. 

Aqui coloco cinco dicas para você repensar a forma de investir e sair melhor dessa crise:


Reserva de emergência: agora você entende porque é necessário. Os 20% por mês que você deve guardar e ter pelo menos seis meses dos seus custos fixos alocados em investimentos de fácil resgate. Provavelmente, é momento de utilizar o valor, irão sobreviver aqueles que foram disciplinados. Em uma semana o governo editou uma MP dando poder às empresas de suspender salários por até quatro meses de seus funcionários. A justificativa foi: não teremos demissão em massa. Ainda bem que foi revogada um dia depois, mas como você sobreviveria com as contas que teria nesses meses? Justamente por ser um momento preocupante é importante ter uma reserva de emergências disponível. Se eu fosse você, depois que o furacão passar, colocaria esta primeira dica como nota de cabeceira.


Rebalanceie seus investimentos: agora está na hora de encontrar oportunidades, e não problemas com as perdas. Se você já é um investidor, pense em uma nova estratégia. Faça uma análise de onde foram suas maiores perdas e exposições. O padrão moderado é 25% de renda fixa, 25% de renda variável, 25% de fundos imobiliários e 25% em dólar. Verifique cada percentual de alocação e respectivamente a perda neste período. Faça um balanço inteligente do seu dinheiro.


Para quem aceita um pouco de risco, chegou a hora da “promoção”: para alocar em renda variável ou em dólar, vai exigir estômago. Mas pode ter certeza que os preços, até três meses atrás estratosféricos, estão bem mais atrativos. Em um momento de crise o mercado fica mais balanceado. O que estava totalmente fora de mercado cai mais, aquele que possui caixa e se adequou ou superou a crise, em poucos meses sairá dessa numa melhor. Analise criteriosamente as estratégias das empresas e não perca a oportunidade de poder ser sócio de uma empresa bem estruturada que possui expectativa de crescimento.


Rentabilidade passada não garante desempenho futuro: é sempre bom verificar o histórico, mas utilizar isso como especulação de ganhos futuros pode ser o maior mito já escutado no mercado financeiro. O histórico serve para analisarmos os picos de queda e ganhos, que alinhados às tomadas de decisões do fundo, ou ação, podem esclarecer o que esperar do futuro. Por exemplo, quais foram os picos de uma empresa como a Apple, em suas quedas o que ela fez para mudar, crescer novamente e, ainda mais, como ela está trabalhando para se manter e crescer no futuro? Pense que empresas que não se adaptam à realidade atual podem ficar para trás. Vimos grandes como a Oi, Gol e a Macy´s sofrendo com o mercado competitivo e ainda avessas à grandes mudanças e melhorias. Por mais que elas demonstraram em certas épocas que poderiam ser a melhor dentro dos seus mercados, não é isso que analisamos hoje.


Priorize 25% da sua carteira em uma moeda forte, mesmo na alta: invista em dólares. Ainda que o valor esteja alto hoje, é um bom investimento desde que estava na casa dos R$ 3.50. O investimento em dólar precisa ser analisado como uma forma de concentração do seus investimentos em uma moeda que não se desvaloriza tão facilmente mediante qualquer impacto político, econômico, social ou de saúde internacional. Mesmo com a queda do mercado americano, qual foi a única moeda que se valorizou cada dia mais diante das outras? Imagine se você tivesse uma previdência em dólar de 10 anos. Começou pagando R$ 2,50 de conversão na anualidade e agora a R$ 5,00. Ao longo de 10 anos, vamos dizer que a média foi de aproximadamente R$ 3,70.

Nunca deixe para depois o que você pode fazer hoje. As oportunidades estão aí, mas é preciso apertar o cinto e pensar cuidadosamente sobre as suas decisões.






Bruna Allemann - economista e especialista em investimentos internacionais. Com um currículo traçado nas áreas de finanças, crédito e investimentos de bancos nacionais e empresas de comércio exterior, são mais de 10 anos auxiliando seus clientes nas melhores formas de investir e consumir as linhas bancárias disponíveis no mercado internacional. Atualmente é diretora de uma das maiores empresas de real estate e investimentos do mercado americano, auxiliando os brasileiros a investir, imigrar e empreender em solo internacional.


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