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domingo, 24 de novembro de 2019

Fabiano de Abreu dá 5 dicas para ter uma boa velhice


O jornalista, filósofo, poeta e pesquisador luso-brasileiro Fabiano de Abreu afirma ter como prioridade em sua vida o que ele chama de ‘melhor idade’. Criador de diversas teorias que tentam explicar a existência humana, seu comportamento e nuances, o autor do livro ‘Viver Pode Não Ter Tão Ruim’ escreve para colunas em grandes sites de humanas no Brasil, Portugal e Angola. 

“O idoso não tem que ser respeitado por uma simples política cultural de educação ou de dever. O idoso tem que ser respeitado pelo simples fato de que um dia também seremos idosos. O idoso tem que ser respeitado pelo fato óbvio de que tem mais conhecimento devido a sua experiência, a sua cognição. Eu vivo a minha vida hoje, organizando-a para uma boa velhice, pois é nela que irei descansar e abandonar todo o fardo que carreguei em toda a minha vida. A conhecimento e a leveza do pensamento da história que carrega um idoso, é algo que não tem preço e nem dimensão. É sem dúvida a melhor idade.”

Disse o também escritor.

Confira então as 5 dicas de Fabiano de Abreu para se ter uma boa ‘melhor idade’. 


1-cuidar do corpo com exercícios físicos e boa alimentação

A nossa forma e bem estar físico são essenciais para que possamos viver em pleno esta nova fase. Uma boa movimentação é o primeiro passo para uma velhice mais feliz. Por esta razão devemos cuidar do corpo exercitando-o dentro da nossa resistência e capacidade. Exercícios de baixa intensidade como caminhadas ou natação são bons aliados. A atividade física deve ser acompanhada por uma alimentação equilibrada, adequada à idade e necessidades.


2- cuidar da mente estimulando a com uma nova atividade, um novo curso, novas aprendizagens.

Se o corpo é essencial a mente é uma peça chave. Como já diz o velho ditado: "mente sã em corpo são", a plenitude atingida pelo equilíbrio do corpo e da mente. As nossas capacidades cognitivas entram em decréscimo mas podemos travar o processo mantendo exercícios cognitivos constantes. Aliar a aprendizagem de uma nova atividade que sempre quisemos fazer mas nunca tivemos tempo oi disponibilidade torna todo o percurso mais prazeiroso. Aprender uma língua nova, capacitar-nos nas áreas das novas tecnologias, ler, ver filmes, pintar, escrever, um mundo inteiro de possibilidades.


3- viver uma vida social ativa fazendo atividades com amigos, viajando com eles e outro tipo de programas.

A vida social é muito importante para manter o idoso ativo e integrado num mundo social. A velhice não deve nunca significar isolamento ou solidão. Manter um grupo de amigos e partilhar atividades com eles é muito importante para manter uma vida mais completa, feliz e recheada de partilha. Fazer um jantar ou viajar são sempre excelentes opções. Aproveitar esta fase para conhecer novos países e culturas, sem pressa e adquirir conhecimento. Viver uma vida que o faça ter interesse em viver efetivamente! Uma vida em que se anseia o próximo dia, como uma dádiva, como uma nova oportunidade.


4- adaptar a sua vivência privada as novas realidades.enquanto casal redescobrir novas formas de união e prazer.

Se o envelhecimento for feito em casal tenha em atenção que a vossa vida íntima não acabou. Há novas realidades, reajustes a serem feitos, redescobertas, uma nova fase no amor. O casal terá agora mais tempo para compartilhar, descobrir novas formas de união e prazer e não se negar uma íntima culpando a idade. Esta fase pode ser vivida como uma nova adolescência, vivendo um para o outro, um com o outro, aproveitando o mundo juntos, criando memórias e tornando os dias leves e serenos. Velhice não significa resignação.


5- aceitação desta nova fase e das suas novas etapas.

 As mudanças que efetivamente acontecem devem ser aceites de mente e coração abertos  para que tudo se torne menos pesado. Não devemos encarar a velhice como um fim mas como uma nova oportunidade de viver, tempo para viver com qualidade. Cada dia não deve ser visto como um dia a menos mas sim como um dia a mais em que puderam ser, viver, experienciar, criar, estar presente na vida familiar. Estamos na fase em que não nos devemos ver como um fardo mas sim como um pilar, uma fundação, o consolidar do conhecimento e da experiência. Devemos reconhecer a nossa importância e posição. Como se costuma dizer: a idade é um posto! Vivemos o suficiente, sobrevivemos às provações e dificuldades, rimos e choramos, vimos nascer e morrer, superamos a perda e explodimos de alegria em muitas ocasiões. Somos agora, por si só, heróis por mérito de uma vida que ainda nos tem muito para oferecer!


Idosos: quando internar num lar especializado é melhor do que tratar em casa?


 
Especialista da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo destaca prós e contras


Tem gente que passa uma vida criticando quem interna pai ou mãe num lar especializado, principalmente porque pode parecer falta de gratidão para com os idosos que tanto já fizeram pela família. Mas será que em casa o paciente idoso vai contar com toda infraestrutura necessária para sua recuperação? Certamente, nem todo mundo tem opção. Na opinião da médica Graziela Moreto, diretora da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo, para tomar a melhor decisão possível é necessário levar em conta vários fatores – pensando sempre no bem do paciente e na conjuntura familiar que o cerca. “Nenhuma decisão deve ser tomada sem muita reflexão e conversa entre médico, paciente e familiares próximos. A bem da verdade, há pelo menos três opções: lares para idosos com supervisão médica integral, residenciais para idosos que necessitam de pouca assistência médica, e tratamento especializado em casa – com cuidadores dedicados 24 horas por dia. Quem depende de cadeira de rodas para se locomover ou quem tem sérios problemas cognitivos ou comportamentais certamente precisa de mais atenção e o melhor seria adaptar a casa e o núcleo familiar para prover esses cuidados”. 

Graziela explica que os residenciais permitem que o paciente tenha o máximo de autonomia possível, sem comprometer sua segurança. Eles são encorajados a socializar com a família, amigos externos e internos. “São pessoas que precisam de alguma ajuda para se organizar e tomar os medicamentos na hora certa, além de uma alimentação regrada e atividades físicas e sociais que ajudarão na sua recuperação. Apesar de estar aumentando bastante o número de serviços como esse, também a figura do cuidador vem ganhando mais destaque. São profissionais que facilitam a rotina do idoso, estando muitas vezes encarregados de dar os medicamentos, dar banho e ajudar a vestir, garantir que o idoso se alimente como recomendado por seu médico, além de fazer passeios curtos, acompanhar nas consultas ou fisioterapia. Neste caso, também, nenhum tratamento mais intenso é necessário. Já quando o paciente está tratando uma doença grave, que exige visita médica regular e cuidados permanentes, o ideal é contar com um ambiente equipado e profissionais preparados para todo tipo de emergência. Sendo assim, quando esse paciente deixa o hospital, muitas vezes o ideal é ser internado numa casa de saúde especializada, com cuidados intensivos. Apesar de muita gente não poder recorrer a esse tipo de serviço, ainda assim seria o ideal”.

Na opinião da médica, é sempre importante analisar prós e contras. A primeira coisa a fazer é avaliar que tipo de cuidado o paciente vai precisar. A partir desse ponto, os membros mais próximos da família, que normalmente ajudariam na sua recuperação, precisam avaliar se têm condições de prover o melhor ambiente para o paciente, se têm tempo de sobra para se dedicar aos cuidados que envolvem medicamentos, higiene e alimentação. Isso sem mencionar o principal: atenção. Esse tipo de análise deve ser feito com base no longo prazo, já que algumas doenças exigem cuidados permanentes, por longos períodos, às vezes anos.  “O lado bom de ser cuidado em casa, além de estar familiarizado com o ambiente e os entes queridos, é que o tratamento vai levar em conta todas as preferências e necessidades do paciente. Além disso, algumas pessoas sentem-se mais confiantes em receber atenção de um único cuidador. Em determinadas situações, essa é também a saída menos dispendiosa – já que o idoso poderá contar até mesmo com um parente próximo que esteja disponível no período. Por outro lado, um lar para idosos com assistência médica 24 horas por dia, sete dias por semana, poderá ser a melhor alternativa para idosos que dependem de muitos cuidados. Neste caso, enquanto os familiares podem se dedicar apenas ao relacionamento com o paciente, uma equipe multidisciplinar de saúde cuidará de todo o resto”.

Entre os aspectos negativos de receber cuidados na própria casa, além dos altos custos de adaptações e de contar com pelo menos dois cuidadores para que o paciente receba atendimento 24 horas por dia, o risco de isolamento chama muita atenção. De acordo com a especialista, é muito comum o idoso se isolar e, inclusive, enfrentar episódios de depressão ou ainda um declínio cognitivo. De outra parte, o lado ruim de se optar por uma casa de saúde especializada no atendimento ao paciente idoso é justamente a sensação de abandono que essa tomada de decisão pode suscitar. “Isso tem de ser bem trabalhado entre os membros da família, para que as reações individuais não acabem exacerbando esse sentimento por parte do paciente. Ele precisa saber que está ali para receber o melhor tratamento possível, durante um período determinado, e que será sempre bem acolhido junto à família assim que receber alta”, conclui a médica.






Fonte: Dra. Graziela Moreto - Doutora em Ciências Médicas, diretora da Sobramfa – Educação Médica & Humanismo - www.sobramfa.com.br.


Check-up residencial para minimizar acidentes domésticos com idosos


Realizar o check-up residencial é uma das melhores maneiras de reduzir os riscos de acidentes na terceira idade. Segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), 75% das lesões sofridas por pessoas com mais de 60 anos são causadas por acidentes domésticos. Outro dado que mostra a importância do check-up é a estimativa da população idosa no Brasil, já que, de acordo com dados do IBGE, a população acima dos 60 no superou a casa de 30 milhões de pessoas.

Segundo o doutor José Sallovitz, cardiologista e coordenador médico da Allianz Assistance, líder global em serviços de assistência 24 horas, “o acidente doméstico é um risco que pode ser evitado com pequenos cuidados no dia a dia, gerando uma melhor qualidade de vida para os idosos”.

Para o professor e mestre José Carlos Guerra, coordenador dos cursos de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Eniac, “a arquitetura define espaços/abrigos e, como tal, interfere e define a maneira como as pessoas vivem. No caso de idosos, assim como para as pessoas portadoras de necessidades especiais, várias medidas podem ser tomadas a fim de facilitar a mobilidade”.

Para tornar o ambiente residencial mais seguro e minimizar as chances de acidentes, o Dr. Sallovitz e o Prof. Guerra destacam 5 dicas importantes para os idosos.


Coloque barras de segurança

A queda é considerada o principal acidente doméstico e pode acontecer em diversos locais da residência, como corredores, escadas e banheiros. Segundo o professor, “colocar apoios é uma escolha que ajuda a tornar o ambiente mais seguro. Nesta idade, de maneira geral, temos alterações no equilíbrio, então as barras auxiliam no cotidiano, seja para tomar banho ou realizar tarefas simples, como troca de cômodo”.


Cuidado com os móveis

O espaço para circulação é extremamente importante para evitar acidentes. “Muitos móveis, mesas centrais, cômodas e plantas podem ser barreiras e provocar um acidente. O ideal é manter o caminho o mais livre possível, evitando esbarrões que podem resultar em contusões e quedas”, explica o Dr. José Sallovitz.


Ilumine o ambiente

Uma boa iluminação na casa é uma ótima maneira de evitar acidentes, principalmente quando existe algum problema de visão. “Quanto mais claro o ambiente, menores são as chances de esbarras em algo no caminho. Utilizar balizadores fixados nas paredes pode auxiliar, já que a luz de teto, algumas vezes, não é suficiente. Outra maneira é instalar mais interruptores, como em locais próximos à porta ou ao lado da cama”, sugere o doutor.


Retire os tapetes da casa

Por mais que os tapetes embelezem o ambiente, eles podem ser vilões para pessoas com passos mais lentos e arrastados. “O ideal, para evitar escorregões e tropeços, é a retirada deles. Mas outra solução é a utilização de tapetes antiderrapante ou fixadores de silicone em cada ponta”, sugere o Prof. Guerra.


Utilize poltronas e cadeiras com braços

Outro ponto de observação são as cadeiras e poltronas utilizadas na casa. “O ideal é que esses móveis tenham braços, gerando um apoio para a hora de se levantar ou sentar, auxiliando no equilíbrio e proporcionando maior segurança”, finaliza o Dr. José Sallovitz.


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