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domingo, 24 de novembro de 2019

Debate sem fim pela temperatura do ar condicionado

 Escolha da temperatura é sempre polêmica (Marcelo Matusiak)

Especialistas dão dicas para conciliar sensações distintas entre ocupantes de um ambiente climatizado


Basta ligar o equipamento de ar condicionado que inicia a polêmica. Enquanto um reclama do frio o outro se queixa que a temperatura está elevada demais. Quem já não viveu essa situação? Esse fenômeno é chamado de microclima e é um exemplo que mostra a importância de fazer um projeto adequado para o sistema de ar condicionado, antes de partir para instalação.
- Essa é uma característica que depende do metabolismo de cada um. Todas as pessoas têm uma zona que é considerada ideal de conforto térmico. Além do mal estar em si, estar em um ambiente com a temperatura que não é a desejada, pode causar desconforto, reduzir a produtividade, gerar falta de concentração e afetar o humor e bem-estar. Em casos mais extremos, pode até mesmo causar problemas de saúde.
Também é importante lembrar que o organismo de homens e mulheres é diferente.
- Vinte e dois graus, por exemplo, é uma temperatura que para homens é agradável, em média. Porém, para mulheres essa mesma temperatura pode afetar e até mesmo diminuir a produtividade, considerando um ambiente de trabalho – explica o 1o vice-presidente da ASBRAV - Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, Fernando Pozza.
O secretário da ASBRAV, Anderson Rodrigues, reforça cuidados importantes na manutenção dos equipamentos.
- A distribuição do ar no ambiente é muito importante. Esses microclimas afetam as pessoas diretamente e precisam ser corrigidos. Além dos cuidados conhecidos de troca de filtro, é bom observar posição do termostato, vazão do ar e o bom funcionamento do conjunto de equipamentos – completa.
As empresas trabalham nos projetos considerando uma temperatura média e, por isso, uma orientação importante é pensar na adequada distribuição de mesas ou cadeiras nos ambientes. Antes de fazer essa distribuição, uma dica é colocar os equipamentos de climatização para funcionar e observar como o ar se distribui, de modo que as pessoas possam escolher o espaço que mais lhe agrade.



Marcelo Matusiak

SAIBA A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES SOCIAIS NA TERCEIRA IDADE


Especialista dá dicas que favorecem a saúde mental e física dos idosos

 
De fato as relações sociais são importantes em qualquer época da vida. No entanto, na terceira idade, essa relação pode influenciar diretamente no estado mental e físico do idoso, podendo ser um fator negativo ou positivo para sua qualidade de vida. Muitas pessoas experimentam a depressão e a solidão na velhice. “Isso é consequência da falta de laços familiares e até de amizades, resultando no isolamento social por parte do próprio idoso”, explica Jullyanne Marques, gerontóloga e gestora da Onix Gestão  do Cuidado.

A saúde neurológica dos idosos necessita de uma atenção redobrada, porque além de tudo, o envelhecimento também está associado a algumas doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, e, sem dúvidas, ficar em casa sem convívio social e rede de apoio pode acabar estimulando o isolamento social do idosos. A gerontóloga Jullyanne Marques, alerta “é importante que os membros da família observem se o idoso está menos participativo, e não considerem isso um fator comum da velhice e do envelhecimento”.

Segundo a gerontóloga, atividades em conjunto que estimulem a atenção e a memória, podem ser ótimas opções para o entrosamento e convívio social do idoso, como por exemplo, jogos de baralho, xadrez, dominó, saídas para parques, teatros, restaurantes, tais atividades podem promover qualidade de vida e são espaços para fortalecer a intergeracionalidade.


FÉRIAS NA TERCEIRA IDADE

Aproveitando que estamos chegando em época de férias, a dica também é sobre viagens. Conhecer culturas diferentes e paisagens pelo mundo é uma ótima forma de aproveitar a aposentadoria e de reavivar lembranças. Porém, existem detalhes e cuidados específicos para esse público, que tornam a viagem mais segura e com maior qualidade.

“Dentre as dicas, podemos citar viagens em grupo, que cabem perfeitamente na questão da vida social, roteiros com ritmos mais tranquilos, escolha certa dos lugares (para idosos, a Europa entra como ótima opção, já que traz bastante história e arte antiga), contratar um guia turístico, não esquecer de fazer um check-list de medicamentos de rotina e também que podem ser necessários e a escolha de um meio de transporte adequado e seguro”, finaliza Jullyanne.

 

 
JULLYANE MARQUES - Graduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Extensão em Gerontologia Social pela PUC. Atualmente cursando MBA Executivo em Administração: Gestão de Clínicas, Hospitais e Indústrias da Saúde pela FGV. Tem sua linha de pesquisa voltada para área da Assistência domiciliar, Gerontologia e Cuidadores de idosos. Atua há 8 anos na gestão de cuidadores e na assistência domiciliar. CEO da empresa Onix Gestão do Cuidado ao Idoso.


Fabiano de Abreu dá 5 dicas para ter uma boa velhice


O jornalista, filósofo, poeta e pesquisador luso-brasileiro Fabiano de Abreu afirma ter como prioridade em sua vida o que ele chama de ‘melhor idade’. Criador de diversas teorias que tentam explicar a existência humana, seu comportamento e nuances, o autor do livro ‘Viver Pode Não Ter Tão Ruim’ escreve para colunas em grandes sites de humanas no Brasil, Portugal e Angola. 

“O idoso não tem que ser respeitado por uma simples política cultural de educação ou de dever. O idoso tem que ser respeitado pelo simples fato de que um dia também seremos idosos. O idoso tem que ser respeitado pelo fato óbvio de que tem mais conhecimento devido a sua experiência, a sua cognição. Eu vivo a minha vida hoje, organizando-a para uma boa velhice, pois é nela que irei descansar e abandonar todo o fardo que carreguei em toda a minha vida. A conhecimento e a leveza do pensamento da história que carrega um idoso, é algo que não tem preço e nem dimensão. É sem dúvida a melhor idade.”

Disse o também escritor.

Confira então as 5 dicas de Fabiano de Abreu para se ter uma boa ‘melhor idade’. 


1-cuidar do corpo com exercícios físicos e boa alimentação

A nossa forma e bem estar físico são essenciais para que possamos viver em pleno esta nova fase. Uma boa movimentação é o primeiro passo para uma velhice mais feliz. Por esta razão devemos cuidar do corpo exercitando-o dentro da nossa resistência e capacidade. Exercícios de baixa intensidade como caminhadas ou natação são bons aliados. A atividade física deve ser acompanhada por uma alimentação equilibrada, adequada à idade e necessidades.


2- cuidar da mente estimulando a com uma nova atividade, um novo curso, novas aprendizagens.

Se o corpo é essencial a mente é uma peça chave. Como já diz o velho ditado: "mente sã em corpo são", a plenitude atingida pelo equilíbrio do corpo e da mente. As nossas capacidades cognitivas entram em decréscimo mas podemos travar o processo mantendo exercícios cognitivos constantes. Aliar a aprendizagem de uma nova atividade que sempre quisemos fazer mas nunca tivemos tempo oi disponibilidade torna todo o percurso mais prazeiroso. Aprender uma língua nova, capacitar-nos nas áreas das novas tecnologias, ler, ver filmes, pintar, escrever, um mundo inteiro de possibilidades.


3- viver uma vida social ativa fazendo atividades com amigos, viajando com eles e outro tipo de programas.

A vida social é muito importante para manter o idoso ativo e integrado num mundo social. A velhice não deve nunca significar isolamento ou solidão. Manter um grupo de amigos e partilhar atividades com eles é muito importante para manter uma vida mais completa, feliz e recheada de partilha. Fazer um jantar ou viajar são sempre excelentes opções. Aproveitar esta fase para conhecer novos países e culturas, sem pressa e adquirir conhecimento. Viver uma vida que o faça ter interesse em viver efetivamente! Uma vida em que se anseia o próximo dia, como uma dádiva, como uma nova oportunidade.


4- adaptar a sua vivência privada as novas realidades.enquanto casal redescobrir novas formas de união e prazer.

Se o envelhecimento for feito em casal tenha em atenção que a vossa vida íntima não acabou. Há novas realidades, reajustes a serem feitos, redescobertas, uma nova fase no amor. O casal terá agora mais tempo para compartilhar, descobrir novas formas de união e prazer e não se negar uma íntima culpando a idade. Esta fase pode ser vivida como uma nova adolescência, vivendo um para o outro, um com o outro, aproveitando o mundo juntos, criando memórias e tornando os dias leves e serenos. Velhice não significa resignação.


5- aceitação desta nova fase e das suas novas etapas.

 As mudanças que efetivamente acontecem devem ser aceites de mente e coração abertos  para que tudo se torne menos pesado. Não devemos encarar a velhice como um fim mas como uma nova oportunidade de viver, tempo para viver com qualidade. Cada dia não deve ser visto como um dia a menos mas sim como um dia a mais em que puderam ser, viver, experienciar, criar, estar presente na vida familiar. Estamos na fase em que não nos devemos ver como um fardo mas sim como um pilar, uma fundação, o consolidar do conhecimento e da experiência. Devemos reconhecer a nossa importância e posição. Como se costuma dizer: a idade é um posto! Vivemos o suficiente, sobrevivemos às provações e dificuldades, rimos e choramos, vimos nascer e morrer, superamos a perda e explodimos de alegria em muitas ocasiões. Somos agora, por si só, heróis por mérito de uma vida que ainda nos tem muito para oferecer!


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