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quarta-feira, 27 de março de 2019

Chocolate: uma boa fonte de vitaminas e minerais


Muito popular na Páscoa, o seu consumo não deve ultrapassar 30 gramas ao dia e a versão meio amarga deve ser priorizada


Com a Páscoa chegando, muita gente aproveita para reabastecer seu estoque de chocolate. De acordo com o endocrinologista do Lavoisier Medicina Diagnóstica, Mauro Scharf, o consumo moderado desta iguaria pode trazer vários benefícios nutricionais, já que o alimento, principalmente nas versões amargas, é fonte de nutrientes como cálcio, fósforo, proteínas e outros minerais necessários ao organismo.

Entretanto, o especialista também alerta para os excessos, já que segundo ele o consumo não deve ultrapassar as 30 gramas diárias. “Embora seja rico em nutrientes, o consumo do chocolate deve ser moderado porque pode provocar ganho de peso e distúrbios gastrointestinais como diarreia, náuseas e vômitos”, afirma o médico.

Outro benefício do chocolate é que ele é fonte de antioxidantes, que combatem os radicais livres e ajudam a diminuir o colesterol. Dr. Mauro também acrescenta que seu consumo leva ao estímulo da produção de serotonina, o que promove bem-estar e alivia a tensão. Porém, a ingestão em excesso atrapalha o emagrecimento e pode levar à dependência psicológica.

Embora os pequenos também gostem o doce, ele deve ser evitado por crianças com menos de um ano. O abuso do consumo pode causar diarreia e mal estar, levando à necessidade de suspensão imediata do chocolate e hidratação com líquidos. “Sintomas como coriza, urticária, tosse seca e mal estar devem ser monitorados para alertar sobre o limite da ingestão. Se houver desidratação, deve-se procurar um hospital", comenta o especialista.

Os pais também devem se atentar às possíveis alergias que os filhos possam ter a ingredientes do chocolate. Aqueles que têm intolerância à lactose, por exemplo, podem procurar ovos de chocolate amargo e meio amargo.

Os diabéticos podem recorrer aos chocolates diet.  "Mas o consumo deve ser bem moderado porque ele tem uma quantidade de gordura maior do que o ovo de chocolate tradicional", alerta. Crianças com diabetes tipo 1 devem ter uma atenção redobrada. A terapia de contagem de carboidratos permite a ingestão de açúcar, mas a pessoa tem que ser treinada pelo médico ou de preferência por uma nutricionista especializada no assunto. “O excesso de açúcar do chocolate em diabéticos tipo 1 pode induzir a um quadro conhecido como cetoacidose diabética, com altíssimas taxas de glicemia, desidratação e até eventual necessidade de internação”, diz.

O especialista lembra que o diagnóstico do diabetes é feito através da medida da glicose do sangue. Os valores diagnósticos estabelecidos pela American Diabetes Association (ADA) são:

Normal: glicemia de jejum entre 70 mg/dl e 99mg/dl e <140mg/dl, 2 horas após sobrecarga de glicose (teste de tolerância à glicose).

Glicemia de jejum alterada: glicemia de jejum entre 100 a 125mg/dl.

Intolerância à glicose: glicemia entre 140 mg/dl e 200mg/dl, 2 horas após sobrecarga de glicose (teste de tolerância à glicose).

Diabetes: 2 amostras colhidas em dias diferentes com resultado igual ou acima de 126mg/dl ou quando a glicemia feita a qualquer hora, estiver igual ou acima de 200mg/dl na presença de sintomas.




 Lavoisier



Páscoa: como escolher o chocolate mais saudável?


Nutricionista explica os benefícios do cacau e orienta como comer sem culpa na data comemorativa


Impossível não relacionar a chegada da Páscoa com a alta temporada de chocolates. A nutricionista Gabriella Alves, da Corpometria, indica as opções mais saudáveis para data e já ressalta que os chocolates mais saudáveis são os que têm maior teor de cacau. Normalmente estes chocolates têm menos açúcar na composição e, assim, é possível ter mais benefícios relacionados à fruta.

Gabriella explica que todos os benefícios associados normalmente ao chocolate, como a maior produção de serotonina - hormônio responsável pela sensação de bem estar - e o efeito antioxidante, por exemplo, são na verdade benefícios proporcionados pelo cacau, ingrediente do chocolate. "São vantagens vindas da fruta e não do doce em si. Então por isso, a melhor escolha sempre será aquela que priorizar o cacau e tiver maior concentração dele, como um chocolate meio amargo ou um amargo, preferencialmente", ressalta a nutricionista.

Para não exagerar durante a Páscoa, a nutricionista também tem algumas dicas. Segundo Gabriela, o ideal é dividir os doces em porções e comer um pouco por dia. "Caso a pessoa queira comer um ovo de chocolate ou metade dele em um dia, tudo bem desde que ele seja rico em cacau. Isso só não pode se tornar uma rotina, e o certo é que nos próximos dias a ingestão de açúcar seja menor", frisa.

Para quem está fugindo dos açúcares, os chocolates brancos devem ser descartados não apenas da Páscoa, mas do cotidiano também. Isso pelo fato de o doce ser rico em açúcar e leite, e não levar nada de cacau na receita, apenas a gordura da fruta. O chocolate ao leite também é considerado um vilão no quesito teor de açúcares. Doces com corantes e aromatizantes artificiais também devem ser evitados.

Depois de todas essas orientações, não precisa ficar neurótico e se isolar da data, como considera Gabriela. "Datas comemorativas como Páscoa e Natal acontecem apenas uma vez por ano e as pessoas esperam por elas. Não tem problema se permitir um pouco mais nesses momentos, desde que você se cuide durante todos os outros meses", lembra.

Para comer sem culpa na Páscoa, valorize os bons hábitos no restante do ano. Não vale achar que todos os dias são sem regras e consumir chocolate desenfreadamente diariamente. "Praticar atividade física, evitar alimentos com muita açúcar e gordura, e se cuidar sempre" são as orientações da nutricionista para manter uma boa rotina nos outros dias.

Alimentação saudável é aliada na luta contra doenças cardiovasculares


 Por ocasião do Dia da Saúde e Nutrição, 31 de março, data oficial do Ministério da Saúde, cujo objetivo é conscientizar sobre os benefícios da alimentação saudável, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) reforça importância dos bons hábitos alimentares na prevenção contra doenças do coração


Comer muito e/ou de modo errado é a principal causa de alguns dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, como a obesidade, diabetes, hipertensão, colesterol e triglicérides elevados. "Por isso, é fundamental alimentar-se bem, de maneira equilibrada e sem excessos", salienta a Profa. Dra. Nagila Raquel Teixeira Damasceno , diretora executiva do Departamento de Nutrição da Socesp. 

Com exceção de pacientes com diagnóstico de doenças e restrições alimentares (alergias e intolerâncias alimentares), cujas escolhas alimentares têm ser mais específicas, a população deve optar por uma alimentação natural, variada e adequada a sua faixa etária. Abaixo, a nutricionista relaciona os alimentos que podem ser mais benéficos ou nocivos à saúdo do coração. Também faz sugestões de como podemos compor cardápios diários pensando na saúde cardiovascular atual e futura: 


Alimentos benéficos para o coração
 
Peixes de água frias - fontes de ômega 3. O consumo regular favorece a ingestão de gorduras mais saudáveis e redução de produtos cárneos ricos em gorduras saturadas e colesterol. Atualmente, os benefícios de alimentos ricos em ômega-3 vão além da redução do LDL-c (colesterol ruim) e aumentar do HDL-c (colesterol bom). O ideal é se alimentar de peixes pelo menos 2 vezes por semana. 

Alho – rico em substâncias antioxidantes, esse alimento contém substâncias com efeito dilatador dos vasos sanguíneos, que auxiliam no controle da pressão arterial. 

Aveia – Rica em Fibras solúveis, são consideradas essenciais à redução da absorção de gorduras, devendo fazer parte das escolhas alimentares diárias.
Oleaginosas (castanhas, nozes etc.) – Têm em sua composição grande parte de gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, as quais promovem manutenção e até elevação do bom colesterol (HDL), além do magnésio que ajuda a reduzir pressão arterial. 

Canela – Estudos sugerem que a canela auxilia no metabolismo dos açúcares, contribuindo para a redução da glicemia pós-prandial - aumento do nível de glicose na corrente sanguínea cerca de dez minutos após uma refeição. Isso auxilia na prevenção de doenças associada à resistência à insulina.

Laticínios desnatados - estudos comprovam que o Cálcio e Magnésio presentes neste alimento, aliados aos produtos de sua fermentação natural, auxiliam no controle da pressão arterial e na redução da adiposidade abdominal. A escolha pelos produtos desnatados mantém esses nutrientes e reduz o consumo de gorduras saturadas e colesterol.


Alimentos nocivos quando consumidos inadequadamente

Açúcar – Promove elevação de glicemia, insulina, peso corporal, e está relacionado diretamente com a obesidade e Diabetes, que representam importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Recomenda-se que o consumo de açúcar não ultrapasse 10% das calorias diárias de um indivíduos saudável e se limite a 5% naqueles que necessitam controlar fatores de risco cardiovasculares.

Sal - Principal fonte de sódio da dieta. Quando em excesso, pode-se elevar a pressão arterial. Atualmente há diversos tipos de sal no mercado, entretanto, todos, devem ser consumidos com moderação, sendo recomendado eliminar o uso de substitutos industrializados do sal de cozinha.


Alimentos nocivos

Carnes processadas - Ricas em gorduras saturadas, sal e outros conservantes químicos ricos em sódio. Podem ser consumidos somente em situações de exceção e não devem fazer parte do hábito alimentar da população.

Gordura Trans (ou óleos hidrogenados parcialmente) – São as gorduras mais nocivas ao coração e chegam a ser proibidas em países ricos e desenvolvidos. Apesar do Brasil possuir limites para a presença desse tipo de gordura nos produtos industrializados, a maioria não atende essas restrições, deixando a população vulnerável ao consumo de alimentos falsamente isentos de gorduras trans. Fazem parte da elaboração de diversos alimentos industrializados (biscoitos, sorvetes, chocolate, pizzas, massas congeladas, etc), devendo seu consumo ser reduzido ao máximo possível. Impactam negativamente no colesterol ruim (LDL) e reduzem o bom (HDL), favorecem à resistência à insulina e tem propriedades pro-inflamatórias.


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