Pesquisar no Blog

quarta-feira, 27 de março de 2019

Nutricionista desvenda os mitos e verdades sobre o pão industrializado


Com manteiga, requeijão, geleia e até mesmo puro. Quente ou frio, de manhã a tarde ou a noite, o pão é um dos alimentos mais versáteis e queridos por parte das famílias. Com tanta popularidade, a consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) Marcela Tardioli, lista algumas curiosidades e desvenda mitos e verdades sobre o alimento.

Ao contrário do que alguns pensam, por ser fonte de carboidrato o pão é nutritivo e essencial para fornecimento de energia para o corpo e a mente no dia-a-dia. "Nas versões industrializadas, que são ainda mais práticos e possuem maior prazo de validade, encontramos ainda mais opções com apelo de saudabilidade, como os integrais, enriquecidos com grãos, entre outros", explica Marcela.
Vamos, então, esclarecer as principais dúvidas sobre o alimento: 

  • Pão de forma é realmente o vilão das dietas.
Mito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os carboidratos devem contribuir com 60% do total de calorias ingeridas. Dentro dessa recomendação, o consumo de pão não faz mal à saúde e não contribui para o aumento do peso desde que seja consumido com moderação e em porções corretas, assim como qualquer outro alimento. Além disso, é importante se atentar ao que escolhemos para adicionar no pão como manteiga, requeijão ou queijos, que podem acabar deixando-o mais calórico.

  • Nem todo pão de forma dito como integral é, de fato, integral.
Verdade. Fique sempre atento ao rótulo. O primeiro ingrediente descrito é o que tem em maior quantidade no produto. Para o pão ser considerado integral deve vir descrito na lista dos ingredientes em primeiro lugar a farinha de trigo integral e não farinha de trigo enriquecida com ferro e ácido fólico, por exemplo.

  • A opção de pão de forma integral é mais saudável.
Verdade. O pão integral é rico em fibras, que favorecem o controle dos níveis de gordura no sangue e contribuem positivamente para melhores índices glicêmicos, principalmente após as refeições. Dessa forma, os alimentos integrais podem contribuir para redução do risco de doenças do coração e de diabetes, quando inseridos em uma dieta balanceada aliada a hábitos saudáveis de vida.
  • Para quem deseja perder peso, o pão não deve ser consumido nem antes e nem depois de atividades físicas.
Mito. Uma boa alimentação para academia prevê carboidratos associados a fontes de proteína, especialmente no período pós-treino. Portanto, ingestão do alimento ajuda a recarregar a energia do corpo, favorecendo a recuperação muscular e evitando a fadiga.

  • O pão promove a formação de serotonina
Verdade. Alimentos ricos em carboidratos contribuem para a formação deste neurotransmissor, responsável pelo humor e sensação de bem-estar. Sendo assim, consumir pão pode ajudar a manter a disposição e alto-astral no dia-a-dia.

  • Comer pão deixa inchado
Mito. Como já dito anteriormente, o pão em si não faz mal se consumido moderadamente. Mas, um fator que pode provocar a sensação de inchaço é se a pessoa for celíaca (intolerante ao glúten). Por isso, em caso de desconforto abdominal, é importante procurar um profissional para uma melhor avaliação e orientação.


Como escolher peixe fresco para a Páscoa


A Chef e ex-feirante Miriam Marcatti ensina alguns truques


A Semana Santa está chegando e com ela a preocupação dos consumidores para escolher um bom peixe também. Com a demanda em alta, aparecem muitas pessoas que não são do ramo e começam a comercializar o produto sem nenhuma responsabilidade de procedência, higiene e qualidade. No mercado há mais 20 anos, a chef e ex-feirante Miriam Marcatti, da Hermes Pescados é especialista na hora de indicar e identificar o peixe de boa procedência e qualidade e ensina alguns truques!

Abaixo algumas dicas para não se dar mal na compra de peixes frescos:

  • Vendido fresco, o peixe não pode apresentar areia, sujeira, plásticos, enfim, nada que demonstre falta de higiene na manipulação;
  • Não pode ter perfurações na superfície;
  • Escamas devem estar transparentes, firmes e resistentes;
  • Os olhos estarem perfeitos, brilhantes e grandes;
  • Guelras amareladas e com muco indicam que o peixe não é fresco. Elas devem ser brilhantes, bem vermelhas e sem muco;
  • Peixe cheira peixe e não tem outro odor que não seja esse;
  • Todo peixe fresco deve estar em ambiente refrigerado. Verifique a qualidade (cor e aroma) do gelo onde ele está depositado;
  • No bacalhau embalado, procure no rótulo as informações de prazo de validade, país de origem, importador e selo de inspeção federal.



Pescados Hermes
Rua das Figueiras, 2231 – Bairro Campestre – Santo André
Delivery no Grande ABC: De terça a sexta, das 10h às 15h
Telefone: (11) 2988-5031 / (11) 98292-0284 WhatsApp
Site: www.pescadoshermes.com.br


O PAPEL REVOLUCIONÁRIO DA BAIXARIA


        Eu entendo que pessoas fortemente influenciadas e manipuladas se deixem seduzir por uma mentalidade revolucionária incumbida de promover a derrubada geral da história, da civilização, da família, da religião. Assumem que, para o bem da revolução, seja qual for, tudo deve ser posto abaixo sem sutileza nem gentileza. De início, havia vigorosos arroubos intelectuais nesse labor. Com efeito, desde a primeira metade do século passado, autores consagrados, filósofos sociais, psicólogos, sociólogos, antropólogos, economistas e historiadores, entre outros, se dedicavam a um sofisticado trabalho de desconstrução cultural. Era a Teoria Crítica e eram outros os tempos.
        Agora, já em sua terceira geração, as deformações “genéticas” dessa teoria se expressam com maior evidência. Em crescente proporção, o pensar e o agir revolucionário estão sendo tomados por uma espécie de proletariado do intelecto. Sua indigência intelectual opera muito aquém das necessidades mínimas inerentes a essa ação humana.
        Frequentemente, por exemplo, a corroborar tais afirmações, me chegam imagens colhidas em universidades públicas. Por vezes, mostram paredes de sala de aula e ambientes acadêmicos ostentando pichações, pinturas e mensagens que lembrariam porta de banheiro de estação rodoviária não fosse aquele odor substituído por uma catinga revolucionária. Outra vezes, são performances, título sob o qual são reivindicados inviolabilidade e reconhecimento devidos a quem estivesse promovendo uma flamejante alvorada renascentista.
        O que relato sem exibir, por resistência estética, é clara comprovação de uma descoberta destes tempos culturalmente bicudos: em parcela do ambiente universitário brasileiro desenvolveu-se a teoria do papel revolucionário da baixaria. Revolução é palavra quase sempre presente nessas manifestações e na respectiva – digamos assim – produção cultural. Fica inequívoco nas mensagens e no grafismo que as acompanha, o intuito de virar o mundo de cabeça para baixo. Um mundo onde o homem, especialmente o infeliz agraciado com o rótulo “homem burguês”, será o grande derrotado. Daí a sexualidade “instrumental” e a sexualidade por outros meios, que cativa, por exemplo, o numeroso público nacional da peça Macaquinhos, cujos atores aguardam, de quatro, a revolução começar.
        Havia por aqui uma filósofa e política que avançou bastante nesse suposto progressismo. Quando seu conceito mais famoso viralizou na Internet, seu partido arrepiou (ela era candidata ao governo do Rio de Janeiro). Ou negava ou bancava. O partido preferiu afirmar que as frases destacadas haviam sido tomadas “fora de contexto”.
        Se eu fosse revolucionário, preferiria Trotsky. Preferiria Fidel. Preferiria até Lênin, desde que lhe servissem uma boa dose de Red Bull. Acho desrespeitoso que ideias sejam combatidas em linguagem de drogados, com argumentos de quem faz política porque não resolveu sua sexualidade. E o que é pior, como se seus problemas fossem um kantiano imperativo categórico universal.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

Posts mais acessados