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quinta-feira, 21 de março de 2019

Mais diversidade nos cargos de liderança melhora a performance financeira das empresas


No mês em que celebramos a força, o profissionalismo e o poder das mulheres, é importante falar sobre os desafios que elas ainda enfrentam por mais direitos e igualdade nas empresas e sociedade. 

Um desses desafios está na presença feminina em cargos de liderança. Porém, se as empresas quiserem aumentar sua rentabilidade, este quadro precisa mudar.

Pesquisas comprovam que empresas com mais diversidade em seus quadros funcionais têm melhor performance financeira. Entre elas, a da renomada consultoria McKinsey (A diversidade como alavanca de performance), divulgada em janeiro de 2018, mostra que, apesar dos movimentos por mais igualdade de gênero, as empresas ainda estão longe de adotar ou compreender a importância da diversidade, não só para a lucratividade, mas principalmente para a criação de valor.

Realizada com mais de 1.000 empresas em 12 países do mundo, a pesquisa demonstra que ter mulheres em cargos de liderança aumenta em mais de 20% as chances de obter desempenho financeiro acima da média. Cálculos da McKinsey provam que uma maior participação da mulher no mercado de trabalho em cargos de liderança pode injetar até US$ 12 trilhões no PIB global até 2025.

Para o Brasil, por exemplo, o incremento seria da ordem de US$ 410 bilhões.

Com base nisso, ainda é difícil entender o porquê das mulheres continuarem sub-representadas nos quadros funcionais das empresas. Levantamento do Instituto Ethos mostra que no quadro funcional das 500 maiores empresas brasileiras apenas 33% são mulheres, e só 14% estão em cargos de liderança.

Buscando tentar entender a causa desse gap, a Thomas International desenvolveu o estudo “Mulheres nos Negócios”. Realizado com 137 mulheres líderes e 137 executivos no Reino Unido, Holanda e Austrália, ele mostra que quando comparamos traços de personalidade e de inteligência emocional – ligados ao sucesso nos negócios –  não existe diferença estatística entre homens e mulheres em postos de liderança.

Para chegar a esse resultado, a empresa utilizou duas das suas avaliações psicométricas: HPTI (Indicador de Traços de Alto Potencial) e TEIQue (Questionário de Traços de Inteligência Emocional).
Além da personalidade, as avaliações mediram o nível de inteligência emocional e os tipos de comportamentos que geralmente são associados a homens e mulheres no ambiente de trabalho.

Ao combinar os resultados das duas avaliações, a conclusão é que homens e mulheres em posições de liderança possuem as mesmas competências comportamentais. E se começarmos a avaliar os profissionais de forma objetiva, sem os viéses inconscientes, certamente poderemos ter empresas com mais diversidade.

Entre os traços de personalidade analisados pelo estudo estão conscienciosidade, resiliência, curiosidade, audácia, tolerância às diferenças e competitividade. Já na avaliação que mede a inteligência emocional considerou-se assertividade, gestão da emoção, adaptabilidade, automotivação, autoestima e empatia, entre outros aspectos.

Dados que subsidiaram a pesquisa mostram que apesar de o número de mulheres nos postos de liderança ter aumentado nos últimos anos, elas continuam sendo minoria, ocupando apenas 29% dos altos cargos no Reino Unido. Esse índice é ainda menor em outras partes do mundo: apenas 20% nas empresas holandesas e 11% nas 200 maiores empresas da Austrália.

Outra conclusão interessante trazida pelo estudo foi a confirmação de que os viéses inconscientes impedem as mulheres de assumir cargos de liderança. Ou seja, os pontos de vista e pensamentos que as pessoas têm sobre as outras, e que afetam a tomada de decisões diárias e o comportamento, atrapalham a igualdade de gênero nas empresas.

O estudo fornece evidências claras de que líderes masculinos e femininos não são diferentes e apresentam níveis muito semelhantes de personalidade e traços emocionais, que no caso do homem predizem o sucesso na carreira. Mas a forma como esses traços são interpretados, reconhecidos e recompensados mostra que, quando as mulheres exibem os mesmos comportamentos e traços dos homens, elas são percebidas de forma negativa.

Por exemplo, ser assertivo pode ser considerado positivo no homem, mas para as mulheres esse mesmo traço de personalidade é visto como pejorativo, ou seja, ela passa a ser considerada como “mandona” pelos demais profissionais da equipe..

Mas a principal questão que devemos entender é de que forma os profissionais de Recursos Humanos podem apoiar a inclusão e a valorização da diversidade nas empresas. E a resposta é a adoção da psicometria nos processos de avaliação e recrutamento.

A psicometria é capaz de fornecer um método objetivo e fundamentado para avaliar um candidato, livre de possíveis estereótipos e preconceitos, e só assim as empresas vão começar a ter equipes mais diversas. E por consequência, terão melhores resultados, afinal a diversidade cria um ambiente de trabalho mais cooperativo, estimulante e acolhedor, com colaboradores mais motivados e engajados. 






Marcelo Souza – Country Manager da Thomas International Brasil

Chegou o IR: Então, como declarar o investimento CDB?


Foi dada a largada para a declaração do Imposto de Renda. E é nessa hora que percebemos que precisaremos correr atrás de muitas informações para entregar ao contador ou então, para nós mesmo fazermos.

Para aqueles que já são investidores aqui vamos explicar como fazer a declaração dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), afinal, ninguém quer ter a dor de cabeça de ir ao fisco durante a malha fina justificar um possível e evitável erro.

Sendo objetivo, existem dois momentos que precisarão declarar: o primeiro quando o dinheiro está lá emprestado ao banco e rendendo. Já o segundo é quando o CDB foi liquidado, ou seja, voltou o dinheiro já rentabilizado a você. Abaixo segue o detalhado de cada um desses momentos: 



1 - Quando o CDB ainda está ativo e rendendo:

Através do software ou aplicativo do IRPF você precisará encontrar a aba "Bens e Diretos". É lá que entrarão os detalhes exigido pelo Leão sobre os seus investimentos em CDBs, inclusive dos demais produtos de Renda Fixa.

Com o informe de rendimentos em mão, documento no qual os bancos e corretoras disponibilizam agora no início de março/18, você encontrará todos os detalhes, como valores, datas, CNPJs que entrarão ness aba. Você precisará classificar como "Aplicação de renda fixa (CDB, RDB e outros)", que também pode ser encontrada mais rápido por meio do código 45.

Note que na verdade você só está informando ou confirmando ao Fisco que tem esse investimento, afinal, o pagamento do imposto só ocorrerá quando esse investimento voltar a você, inclusive de modo automático a corretora ou banco fará isso. Assim que o valor bate em sua conta corrente eles fazem a remessa da fração já definida. Ao final desse artigo descreverei essa tabela que é regressiva. 



2 - Quando o CDB foi resgatado no exercício a ser declarado.

Sabe aquele investimento de CDB que retornou a você no ano passado? o qual espero que tenha feito um bom uso, inclusive reinvestindo. Então, este entrará na aba "Rendimentos Sujeitos à tributação Exclusiva/Definitiva".

Agora, novamente com o informe de rendimentos que você pegou você irá preencher os dados detalhados desse investimento que resgatou.

Os CDBs de modo geral são bons investimentos de Renda Fixa e apesar terem imposto de renda, ao contrário da Poupança, ainda assim são mais rentáveis, especialmente aqueles fora dos grandes bancos.

Mas como aqui o assunto é a fatia do Leão, devo destacar que a tabela é regressiva da seguinte forma:

Se o investimento durar até 180 dias, 22,5% da rentabilidade é IR; Se de 181 a 360 é 20%; Se de 361 a 720 é 17,% e acima de 720 dias temos a menor alíquota, 15%.

Bom, agora que já sabe declarar corre lá e faz! Afinal, se tiver algo a restituir é sempre interessante que isso venha nos primeiros lotes, assim tem mais uma graninha antecipada para usar de modo inteligente.






Ricardo Hiraki Maila - administrador, pós-graduado em gestão financeira pela FGV e pós-graduado em gestão de negócios pelo Mackenzie. Trabalhou por mais de cinco anos como diretor de planejamento e financeiro de um grande grupo do Brasil. Fundou a Plano Consultoria há dois anos, empresa de consultoria de finanças pessoais, que hoje conta com 15 colaboradores. Para saber mais, acesse http://planofp.com.br/ ou pelas redes sociais @planofp 


Baixo investimento e falta de regulação geram maioria de ações judiciais na Saúde



O número de processos judiciais relacionados à saúde pública e privada no Brasil, em primeira instância, cresceu de 41,4 mil para 95,7 mil anuais, um aumento que representa 130%, segundo pesquisa divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre 2008 e 2017, em segunda instância, a diferença é ainda maior em proporção, pulando de 2,9 mil para 40,6 mil processos por ano.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM), Raul Canal, uma das razões para este cenário é o baixo investimento, além da má distribuição, que ocorre no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Este cenário se reflete em dois fenômenos. Na saúde pública, há pouco investimento e investimentos mal direcionados e geridos, o que afeta diretamente o cidadão contribuinte que, muitas vezes, acaba não sendo atendido. No âmbito da saúde suplementar, o grande problema é a regulação, a qual as agências regularizadoras no Brasil têm deixado de atuar de forma eficaz”, completou o presidente da ANADEM.

No Pará, por exemplo, 73,8% das ações judiciais são referentes a pedidos de medicamentos, sendo que naquele Estado mais da metade dos processos são de solicitações de remédios que constam na lista de fornecimento do SUS, porém, não chegam à região.

Ainda de acordo com Canal, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem dificuldades de atuar como órgão regulamentador e fiscalizador. “Os sinais da ineficácia da agência aparecem na quantidade de processos contra planos de saúde. As empresas e os consumidores não se entendem”.

O levantamento aponta que 82% dos processos em São Paulo, local de maior ocorrência no país, são oriundos deste conflito.

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