Pesquisar no Blog

quinta-feira, 21 de março de 2019

Março Marinho: São Paulo representa um terço dos novos casos esperados de câncer colorretal no país


Com 4 mil novos casos por ano, apenas na capital, São Paulo é o Estado que registra a maior prevalência de câncer colorretal (intestino grosso e reto) e o consumo excessivo de carne vermelha pode colaborar para o alto índice do câncer no estado

O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. São Paulo está entre os estados do Brasil que registram maior incidência de câncer colorretal, com cerca de 4 mil novos casos por ano e representando um terço dos esperados no País. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), os índices dos cânceres de intestino predominam nas regiões Sul e Sudeste e, dentre os alertas, está o excesso de consumo de carne vermelha, diretamente relacionado a maior prevalência deste tipo da doença.

O INCA aponta que o Estado de São Paulo apresenta a maior prevalência de câncer no intestino dentre todos os Estados brasileiros, tanto entre homens quanto mulheres, estimada em cerca de 11.600 novos casos no ano. Em São Paulo, segundo o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e à Secretaria de Estado da Saúde, o câncer de colorretal é o segundo mais incidente nas mulheres (7,4%), atrás apenas do câncer de mama. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional de Saúde, que avaliou os hábitos de consumo alimentar dos brasileiros, o consumo de peixe ao menos uma vez por semana em São Paulo é hábito de apenas 50,5%. No geral, há baixa ingestão de carne branca, frutas, legumes e hortaliças e elevado o consumo de carne vermelha.

Em alusão ao Março Marinho, mês de conscientização sobre o câncer colorretal, o especialista em endoscopia digestiva e mestre em gastroenterologia Ricardo Anuar Dib, do Delboni Auriemo, laboratório da Dasa, ressalta que a doença possui diferentes causas envolvidas em seu desenvolvimento. Em razão disso, além da adoção de uma dieta equilibrada, ela recomenda estabelecer outras medidas preventivas como praticar regularmente exercícios físicos, controlar o peso, evitar fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso. O especialista alerta ainda que alguns casos, a minoria, podem ser resultado de síndromes genéticas e, por isso, os exames preventivos devem ser realizados com mais frequência.


Investigação da doença
 
O médico revela que o principal exame para investigação de câncer colorretal é a colonoscopia, indicado para homens e mulheres assintomáticos a partir dos 50 anos e com repetição a cada 5 ou 10 anos (de acordo com orientação médica). Recomenda-se também que, caso haja um ou mais episódios de câncer colorretal em parentes de 1º grau, a primeira colonoscopia seja feita a partir dos 40 anos e com repetição anual.

De acordo com o especialista, a investigação da doença também se dá por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes. "Utilizado em muitos casos como triagem prévia à colonoscopia, o exame não é invasivo, é mais barato e de repetição anual". Também existem exames de sangue que podem contribuir para o diagnóstico precoce, como o marcador tumoral denominado CEA (Antígeno Carcino Embrionário).


Câncer colorretal por síndrome genética
 
O câncer colorretal é uma doença em que o pico de incidência se dá a partir dos 60 anos. Isso porque o seu desenvolvimento está relacionado com a exposição cumulativa ao longo da vida aos fatores de risco como dieta não equilibrada, sedentarismo, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Porém, um a cada 10 casos ocorre devido a uma mutação genética e pode ser registrado em pessoas mais jovens.

Estima-se que 3 a 5% dos casos de câncer colorretal são associados com a síndrome de Lynch, por exemplo. A alteração genética aumenta a predisposição para câncer colorretal e também o surgimento de tumores em outros órgãos como intestino delgado, ovários, endométrios, vias urinárias e mama. Outra doença hereditária que afeta o intestino é a síndrome adenomatosa familiar, quando os pacientes são acometidos por múltiplos pólipos que precisam ser removidos por colonoscopia.

A GeneOne, laboratório de medicina genômica da Dasa, realiza o sequenciamento (leitura) das amostras de sangue dos pacientes com suspeita de serem portadores de uma destas síndromes, com a proposta de identificar mutações no DNA. Dentre seus kits de testes, a GeneOne disponibiliza painéis que investigam a existência das mutações nos genes mais relacionados com predisposição hereditária de câncer colorretal.


Sintomas

Este tipo de câncer atinge tanto homens quanto mulheres de forma muito semelhante. Em geral é silencioso e os sintomas começam a aparecer apenas em estágios mais avançados. Ricardo Anuar Dib alerta para as principais alterações que devem chamar a atenção do paciente como a presença de sangue nas evacuações, alteração do hábito intestinal que cause diarreia crônica e necessidade urgente de evacuar com pouco volume fecal, sensação de esvaziamento incompleto, constipação persistente de início recente, cólicas abdominais frequentes associadas a inchaço abdominal, anemia, fraqueza e emagrecimento.






Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica


10 milhões de pessoas sofrem de Incontinência Urinária no Brasil


A Incontinência Urinária atinge, principalmente, mulheres e idosos, causando incômodo, constrangimento e até afastamento do convívio social. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 35% das mulheres pós-menopausa apresentam incontinência urinária de esforço e 40% das gestantes apresentarão um ou mais episódios durante a gravidez, ou logo após o parto. Entre as pessoas acima de 65 anos, esse número pode chegar a mais de 60%.

Segundo o Dr. Eduardo Muracca Yoshinaga, urologista do Hospital Sepaco, cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com este problema. O especialista explica que todas as pessoas aprendem a segurar a micção e isso torna esse processo automático. Mas, a perda desse controle pode acarretar a incontinência urinária. 


Essa disfunção é caracterizada pela perda involuntária de urina, aliada à incapacidade de controlar o momento e o local de esvaziar a bexiga. Normalmente há uma maior incidência em mulheres na faixa dos 50 anos (12%) e na faixa dos 80 anos (25%), porém, o público masculino também sofre com o problema que pode ter uma relação mais direta com a idade ou cirurgias da próstata. 


“Em bebês e crianças até os 6 anos, essa incontinência é comum pois, como ainda não aprenderam a controlar a necessidade de ir ao banheiro, acidentes ocasionais podem ocorrer com certa frequência. Os pais precisam estar alerta e acompanhar seus filhos para que não se torne um problema crônico ou algo mais sério”, comenta o Dr. Muraca.

As causas são diversas. Podem estar relacionadas à gravidez, parto, tumores, doenças que comprimem a bexiga ou pulmonares que geram pressão abdominal, obesidade, tosse crônica no caso de fumantes, obstrução do canal da uretra, genética, entre outras.

O importante é estar sempre alerta e procurar auxílio médico quando algum sintoma surgir, pois apenas o profissional qualificado poderá identificar a causa e o tipo de perda urinária para tratá-la com eficácia. “A boa notícia é que na maioria das vezes o problema pode ser solucionado por meio de diferentes tratamentos que vão desde exercícios para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, medicamentos, até cirurgia”, reforça o médico.

Saiba mais sobre os três tipos distintos de incontinência urinária: 





Incontinência de urgência 


É caracterizada por um desejo incontrolável de urinar, acarretando a perda da urina antes da chegada ao banheiro. Embora, em algumas mulheres, esteja relacionada a uma infecção urinária, na maioria dos casos não é possível definir uma causa específica. 


Fístulas 

 
A perda de pequena quantidade de urina quando a bexiga está cheia representa as fístulas e, normalmente, é resultado da incapacidade de esvaziar completamente a bexiga. Desta maneira, a urina continua acumulando até que ocorre um transbordamento. 



Incontinência de esforço 


Ocorre quando um esforço – tosse, espirro, segurar muito peso, dar risada – provoca o aumento da pressão no interior do abdômen sobre a bexiga. Se os músculos e ligamentos que dão suporte para a uretra estiverem enfraquecidos, ela se abrirá e haverá perda de urina. 





Sistema Sepaco de Saúde
www.sepaco.org.br
Facebook: www.facebook.com/hospitalsepaco


Mioma: tumor quase sempre benigno que afeta o útero mais de 5 a cada 10 mulheres em idade fértil.


Embolização é uma técnica  moderna, segura e garante preservação do útero para futuras gestações

Imagem retirada da internet


Bastante comum, o mioma é um tumor quase sempre benigno que afeta o útero mais de 5 a cada 10 mulheres em idade fértil. Relacionado aos níveis do hormônios femininos, o mioma uterino pode provocar muitos problemas.

Segundo o radiologista intervencionista e angiorradiologista, Dr. André Moreira de Assis, do CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, a desinformação sobre a doença é muito prejudicial.  “Quando a mulher que convive com o problema não tem acesso aos tratamentos adequados, a consequência pode ser o agravamento dos sintomas e da própria doença.” explica o médico.

Desfazer mitos e conhecer as características dos miomas é fundamental para a boa qualidade de vida da paciente, ainda mais quando existe a facilidade para encontrar inverdades sobre o tema. Dr. André Assis desmitifica esses tumores:


Mito 1 – Miomas uterinos sempre causam sintomas 

“Não é bem assim. Estudos indicam que cerca de 30 a 50% das mulheres que têm o problema desenvolvem quadros mais complicados”, conta o médico. O sintoma mais frequente é o sangramento vaginal intenso (durante ou fora do período menstrual), seguido de outros, como dor ou pressão pélvica, aumento da frequência urinária, e dor durante à relação sexual. Em casos mais extremos, os miomas podem estar relacionados a dificuldades para engravidar. A medicina possui um amplo arsenal de recursos para amenizar ou eliminar completamente esses sintomas.”


Mito 2 – Miomas só acometem mulheres mais velhas 

“Aproximadamente 50 a 70% das mulheres desenvolverão a condição ao longo da vida, com maior incidência entre 35 e 50 anos. No entanto, mulheres mais jovens também podem ter miomas. Se tiverem alguns dos sinais descritos acima, é aconselhável consultar um ginecologista”, orienta Dr. André. Após a menopausa, os miomas costumam reduzir de tamanho e parar de causar sintomas.


Mito 3 – Miomas em crescimento podem se tornar tumores malignos 

“Miomas são tumores benignos. A ideia de que a presença de um mioma uterino aumenta as chances de ter câncer no útero ou em outros órgãos não tem suporte científico”, diz Dr. André Assis. Também é muito raro confundir miomas com tumores malignos do útero durante o diagnóstico. Exames de imagem como a Ultrassonografia e a Ressonância Magnética complementam a avaliação clínica e ajudam no diagnóstico adequado e na melhor caracterização dos miomas.


Mito 4 – Se os miomas causam sofrimento e a mulher não quer ter filhos, o melhor é retirar o útero

A retirada do útero (histerectomia) é uma das opções de tratamento para miomas sintomáticos em mulheres que não desejam mais ter filhos. Entretanto, atualmente existem outras técnicas que não necessitam da retirada do útero, sendo as principais a embolização e a miomectomia. Para definir a opção de tratamento, é muito importante o médico discutir com as mulheres aspectos como a intensidade dos sintomas e os desejos de futuras gestações e da manutenção do útero. O melhor caminho é que a escolha seja fruto de uma conversa profunda e aberta entre a equipe médica e a paciente, avaliando os riscos e as vantagens e desvantagens de cada modalidade de tratamento.


Mito 5 – Os miomas uterinos não diminuem sem tratamento

Os miomas são hormônio-dependentes. Eles crescem com o estímulo do estrogênio e também pela progesterona, dois hormônios femininos. Com a chegada da menopausa, quando a mulher não ovula e não menstrua mais, a produção hormonal fica reduzida a quantidades muito pequenas. Segundo o médico, a ausência dos hormônios leva à redução do tamanho dos miomas e ao desaparecimento dos sintomas relacionados. De todo modo, é necessário que os miomas sejam monitorados regularmente pelo médico especialista.

Dr. André pontua também, que a embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia minimamente invasiva guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres. “Além de evitar a retirada do útero, a embolização oferece um período de recuperação muito mais curto do que as opções cirúrgicas convencionais” conclui o especialista.





Dr. André Moreira de Assis - médico do CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - especializou-se em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). É radiologista intervencionista do HC-FMUSP e do Hospital Sírio-Libanês, e membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).



CRIEP - Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa


Posts mais acessados