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quarta-feira, 20 de março de 2019

De zero a dez: quanto você, realmente, dedica ao autoconhecimento?


 Maioria dos jovens de 30 anos sente-se frustrada em relação à vida e ao trabalho. A falta de autoconhecimento e de reflexão dificulta o encontro com a real vocação. A prática de cada um, de descobrir a si mesmo, permite que sejamos autores de nossa própria vida. 


“Ah… 9, pois sei muito bem do que eu gosto e, mais ainda, do que eu não gosto; nesses trinta anos a vida muito me ensinou!!”

Esta foi, infelizmente, a resposta predominante para a questão colocada em pesquisa realizada pela Zhuo – Gestão, Inovação e Estratégia de Marca, com entrevistas que envolveram 1.200 jovens brasileiros em quatro praças do país, com exatos 30 anos.

Na sequência, indagamos a esses jovens de 30 anos como eles se sentiam em relação ao momento atual de suas vidas. E surge aí então a tragédia, o conflito: 62% alegam que estão frustrados em relação à vida e ao trabalho, que fizeram muitas escolhas erradas nestes trinta anos; 27% disseram que precisam se reinventar totalmente!

O estudo deixa muito claro que, nessa “longa” jornada, as pessoas estão, na maioria das vezes, perdidas no processo de tomada de decisão; suas escolhas foram em grande parte muito influenciadas por vários fatores sobre os quais não estão plenamente conscientes.

Nossos pais projetam seus sonhos; nossos “amigos” tentam nos desviar de rotas outras; as redes sociais e seus “heróis” tentam definir o caminho; e finalmente a “escola”, que em nenhum momento (com raríssimas exceções) provoca a reflexão sobre nós mesmos, nem mesmo no sentido de auxiliar a encontrar a nossa real vocação!

Então, será que, efetivamente, conhecemos a nós mesmos muito bem?!


O Universo do Autoconhecimento é extremamente rico, desafiador, transformador e prazeroso

Lao Tsé , Platão e dezenas de outros pensadores, passando pelos contemporâneos René Guénon e Zygmunt Bauman, entre outros, refletiram muito sobre esta importante prática. Ao estudá-los constatamos que o Universo do Autoconhecimento é extremamente rico, desafiador, transformador, prazeroso e, se levado a sério, deve nos acompanhar pelos vários ciclos de nossas vidas.

Assim como nosso corpo, sabemos que, mesmo inconscientemente, estamos em constantes transformações emocionais, psíquicas e espirituais! Sabemos ainda que o contexto histórico em que vivemos, o país, a cidade, a natureza, a família, os amigos, as redes sociais, a escola, o trabalho e a religião têm impacto considerável na nossa formação, na nossa identidade, caráter, ética e moral.

Carl G. Jung nos traz desafios ainda maiores para a reflexão, na medida em que afirma que estes “impactos” (estudados por ele com base em uma centena de casos reais) consolidam no tempo os arquétipos naturais e culturais que vão se sedimentando no universo do consciente e do inconsciente.

Portanto, a nossa psique é muito complexa, rica; assim, a prática de cada um, de descobrir a si mesmo é, com certeza desafiadora e muito prazerosa. Se não a adotamos, acabamos por não sermos autores de nossa própria vida. Nos tornamos vítimas do “destino”; e aí o rio acaba por fazer suas próprias margens, naquele ritmo, já bem conhecido, de que a vida é quem me leva… A consequência  é a frustração quase que permanente, o arrependimento em relação às “escolhas” feitas.


Corpo, mente e espírito 

Inconformado comigo mesmo e em permanente busca, aprendi que a caminhada do autoconhecimento passa pela tríade corpo, mente e espírito; são  interdependentes é óbvio, mas para efeito de estudo melhor iniciar pelas partes… com o tempo enxergamos o todo.

Assim temos que estar prontos para capturar tudo o que nos cerca sob o prisma desta tríade; e então transformar estas percepções, intuições, em conhecimento sobre nós mesmos. Ordená-las nas nossas  pastas mentais…

Um dia, como nos ensina o Tao, elas se coagularão e solverão no  Ser. É muito gratificante vivenciar as transformações que vão surgindo. Ficamos mais leves, livres! Passamos a tomar decisões com muito mais segurança; somos únicos, na nossa rede social! E é isso que a enriquece!

Nunca em sua história o mundo Ocidental e parte do Oriental ofereceram tanta liberdade para escolhermos; no entanto muitos preferem escolher o que mandam as redes, os pais e por último as escolas! Triste assim…

Somos guerreiros: com certeza podemos construir nossos próprios caminhos; e o autoconhecimento nos leva a descobrir as verdadeiras riquezas que estão no nosso interior. São elas que nos diferenciam e que desenham, quando descobertas, a nossa verdadeira identidade. Nossas verdadeiras limitações também são definidas nessa busca e é extremamente importante conhecê-las, uma vez que não existe o certo ou errado; é a sua natureza, ponto.


Por onde começar ?

Por seu corpo!

Particularmente, pelas questões que o deixam mais curioso sobre ele; aí sim vale a sua intuição, sua vivência, para selecionar a sua busca. Veja o que se sabe sobre o cérebro, seus processos de formação. Veja o que mais conhecer neste universo corpóreo; descubra as suas limitações físicas, suas potencialidades, veja os campos de formação da razão, da emoção…

Naturalmente você saberá o momento certo para escalar o próximo degrau, o da psique. Recomendo firmemente não esquecer de Carl G. Jung. Ele dedicou uma significativa parte de sua vida estudando os sonhos (com base em centenas de casos reais, pacientes de sua clínica). Você verá que a análise de seus próprios sonhos, ricos em símbolos e representações, contribui sobremaneira para o seu autoconhecimento.

Seguindo nesta trilha, lá na frente, não tenha pressa, surgirão questões mais específicas ao universo espiritual. Penetrá-las, ou não, dependerá de sua natureza, do grau de curiosidade sobre você mesmo e ainda da sua relação com o Princípio… o tempo dirá!

Por último, não nos esqueçamos dos conselhos da mestre Marilena Chaui sobre o Trabalho do Conhecimento:

1-   Lentidão e paciência: degustar bem as hipóteses sobre você mesmo.

2-   Desvendamento: perceber o que não se sabia e aprender a acrescentar!

3-   Desapontamento: suportar o instante da ignorância, o de não descobrir, por um período, uma solução!

Acredito que a ignorância momentânea não deve provocar ansiedade e sim vontade para seguir essa trilha; na verdade a ignorância provoca o desequilíbrio; e esse, o movimento.





Dennis Giacometti - Consultor associado na ZHUO | Gestão, Inovação e Estratégia de Marca


Como saber se estou pronto para o próximo passo do relacionamento?


Estar feliz e satisfeito com o relacionamento não quer dizer, necessariamente, que você esteja pronto para dar o próximo passo. Como lidar quando o parceiro quer algo a mais e você está confortável na situação atual? E se for o contrário?


Imagine a seguinte situação: vocês estão saindo há algum tempo e formam uma dupla muito legal. Os passeios são sempre leves, vocês se dão bem, estar junto é divertido e cada vez vocês se aproximam mais. Parece ótimo, não é mesmo? Mas, de repente, aparece um jantar para conhecer os pais dele ou dela. Ou mesmo a família inteira.
Nesse caso, você:
  1. Acha o máximo, afinal de contas isso significa que a pessoa quer algo sério com você;
  2. Acha precipitado, pois ainda estão se conhecendo, mas tudo bem, enfim, é só um jantar mesmo;
  3. Você se apavora, ainda não se acha pronto, acredita que está tudo indo rápido demais e se tornando “muito sério”.
Segundo a Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em relacionamentos, Camilla Couto, não saber como lidar com o envolvimento familiar pode ser um alerta: “a forma como você vê um próximo passo na relação é que permite entender se você está pronto ou não”, explica ela. Mas Camilla enfatiza: “nunca há certo ou errado quando falamos de relacionamentos. É sempre uma questão de timing, de ritmo, de momento. O que não pode é fazer uma coisa querendo fazer outra apenas por medo ou para agradar. Acredite, por mais que dizer um “não” pareça que vai estragar tudo o que vocês têm de bom, respeitar seu próprio ritmo fará toda a diferença lá na frente – se vocês permanecerem juntos e construírem uma vida em comum”, revela.


A vida não é uma novela

Camilla lembra que fomos levados a acreditar que toda história tem um enredo, que vai crescendo até chegar a um final feliz. Isso é inclusive estudado em escolas de cinema e teatro. “As pessoas precisam de uma linha do tempo, de um modo linear de ver histórias para entender o raciocínio. Mas, na vida real, nem sempre é assim. A vida não é um conto de fadas ou uma novela, não há um roteiro padrão e nem sempre a gente segue uma ordem lógica dos fatos”, enfatiza.

Não estar pronto para dar um próximo passo, seja ele conhecer os pais do parceiro ou ter um filho, é totalmente normal. Claro que, em muitas situações, isso pode significar um medo, um bloqueio, e, segundo Camilla, é bacana se entender e buscar ajuda, se necessário. Principalmente quando isso acontece de forma recorrente na sua vida. “Você vive fugindo de relacionamentos mais sérios? O ideal seria buscar uma terapia para poder compreender o que há por trás desse comportamento e, então, quebrar o padrão”, lembra ela.

Mas, conforme explica Camilla, “se esse não for o seu caso e você está vivendo uma situação isolada, respeitar-se e dar-se um tempo para refletir é o melhor remédio. Não se culpe e jamais se pressione. Procure se entender e confie nos seus instintos. Cada pessoa tem o seu timing e tudo acontece na hora certa. Não meta os pés pelas mãos, apenas respeite-se. E não tenha medo de se colocar e expressar. Lembre-se: a transparência e a honestidade são princípios básicos de um relacionamento saudável”.

Ah, e ela lembra que a situação também pode acontecer de maneira inversa: você está pronto e a outra pessoa, não. Nesse caso, ela sugere paciência e respeito: “ninguém gosta de ser colocado contra a parede. Dê tempo ao tempo, espere mais um pouco”. Deparar-se com a situação em que uma das partes não está pronta para o próximo passo do relacionamento é muito comum, afinal, cada um tem seu tempo, suas questões, seus receios. E, quando vale a pena, o outro saberá esperar. Se for amor de verdade, haverá respeito, paciência, compreensão e honestidade. Do contrário, não era mesmo para ser.

“Estar com alguém não significa, de antemão, aceitar tudo da forma como a outra pessoa quer”, comenta Camilla, “mas, sim, compartilhar sentimentos, pensamentos e decisões. Colocar os seus limites é fundamental para uma relação de parceria para a vida toda. Então, nada de pânico. Talvez só não seja a hora, ainda, de vocês marcarem o jantar em família. E, talvez, se vocês esperarem um pouco, essa hora simplesmente vai chegar”, finaliza.






Camilla Couto - Orientadora Emocional para Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8 anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez mais.





Terapeuta transpessoal explica como descomplicar o dia a dia



Segundo a especialista, é importante lembrar que o pensamento gera sentimento, o sentimento gera atitude e a atitude gera resultado

     (Foto: Getty Images)


Será que nós complicamos demais algo tão simples e tão mágico que é a nossa própria existência? Será que acabamos nos perdendo dentro dos nossos medos e anseios, nas nossas frustrações e muitas vezes esquecemos de nós mesmos, do nosso melhor? Infelizmente - a resposta pode ser - sim! “Talvez uma primeira pergunta para a gente fazer uma reflexão aqui é: o que você está esperando que aconteça na sua vida? Lembrando que no conceito de autorresponsabilidade, o único responsável por materializar uma mudança na sua vida é você”, explica a terapeuta transpessoal e orientadora pessoal Wanessa Moreira, ao relatar que nós temos a capacidade de ajustar a nossa vida na frequência que queremos viver.

Então como funciona? De acordo com a especialista, que também é Master Mentoring Coaching em Corpo e Mente, muitas vezes a gente quer viver uma frequência de abundância, felicidade, lealdade e de confiança, mas não sabemos em quem confiar e como agir. “Para eu viver uma frequência tão rica e positiva assim, é necessário que eu me sinta assim, para que eu possa materializar uma vida com felicidade. Mesmo que ainda não tenha acontecido algo que sustente essa minha felicidade, eu preciso estar na vibração daquilo que eu quero viver”, indica Wanessa.

Segundo a orientadora pessoal, se a pessoa está triste, ela irá manifestar na sua realidade situações tristes. “Qual é o primeiro pensamento quando eu acordo? Isso vai me dar um norte onde eu estou e o que eu vou colher na maior parte do meu dia. Lembrando que pensamento gera sentimento, sentimento gera atitude, e atitude gera resultado. Então, onde eu estou imprimindo a minha frequência quando eu durmo e quando eu acordo?”, indaga a profissional.
Wanessa explica que o inconsciente gerencia um fluxo de pensamentos a 40 mil bytes por segundo. No entanto, o pensamento que cada um escolhe focar a atenção tem uma velocidade bem menor, de apenas 40 bytes por segundo. “Então, começar a ter a consciência dos nossos pensamentos inconscientes é uma maneira fantástica de gerenciar os resultados que temos na nossa vida. Acredito que focar nisso de maneira simples, ajuda a descomplicar um pouco de como nós nos sentimos e onde nós estamos indo e vibrando”, garante.

A terapeuta transpessoal diz ainda que outro exercício muito legal é pensar em um valor positivo para si próprio. “Quais as qualidades que você tem? Olhar os valores positivos vai fazer com que você treine, porque muitas vezes a gente sabe, mas nós não manifestamos mais, porque estamos esperando uma boa oportunidade para isso”, diz.

Para a especialista, quando alguém traz os seus valores positivos, pode inspirar os demais a também a trazer os mesmos valores. “Um exemplo disso é quando você tem uma atitude de começar a organizar algo em algum lugar, e aí aparece alguém perguntando se você quer ajuda, pois geralmente estamos prontos para dar o nosso melhor”, conta.

Por outro lado, Wanessa diz que há muitos casos em que esperamos, esperamos, e esquecemos de trazer o nosso melhor. “Comece do simples, com pequenas ajudas. Comece abraçando a quem você gosta, expressando o seu sentimento, admirando ao invés de ter um pouquinho de inveja daquilo que vai bem com o outro... Admire e elogie”, sugere.

A orientadora pessoal garante que quando uma pessoa elogia a outra, ela acaba se conectando com essa pessoa no valor positivo dela. “Elogiando o valor positivo do outro, você vai trazer esse hábito de admirar. Quando a gente admira, a gente aprende com o melhor do outro. Já quando eu estou criticando e julgando o outro, estou fazendo isso comigo também, eu vou estar sempre em uma vibração de olhar o que falta em mim e não o que me preenche”, argumenta.

Para terminar, a especialista complementa que a vida nos traz sinais o tempo todo de onde nós estamos e de como estamos nos sentindo, sendo importante também observar uma outra maneira de descomplicar. “Como está a sua conexão com as pessoas ao seu redor? Como está a sua conexão por onde você passa, na sua família? Como estão as dificuldades dentro de você? Na hora em que você vai fazendo esses ajustes finos, você vai refletindo uma mudança do lado de fora. Eu acredito que o treino de alguns exercícios relatados aqui, vai trazer uma mudança significativa no seu cotidiano”, finaliza Wanessa Moreira.


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