Se falarmos a palavra "câmbio", automaticamente é o dólar que
virá em nossa cabeça. A moeda mais forte do mundo dita diversos aspectos da
economia global e sua variação afeta o preço do que consumimos, vendemos e serviços
que utilizamos. No entanto, o mundo tem aproximadamente 193 países registrados
e uma grande quantidade deles possui suas próprias moedas, com quantidades de
zeros diferentes e especificidades diferentes. Portanto, a dúvida é: como
podemos organizar uma operação de câmbio da melhor forma quando falamos de
moedas que vão além do dólar americano?
O primeiro passo é saber que elas trazem consigo
algumas especificidades. Infelizmente, não existe melhor dia da semana ou
períodos do ano em que a cotação fique mais baixa. A melhor dica que posso dar
é acompanhar a cotação desejada e aproveitar os momentos de baixa. Uma
recomendação é, sempre que possível, programar sua compra, ou seja, ver de
perto a flutuação da moeda de interesse e ir comprando aos poucos. Dessa forma,
você conseguirá garantir um bom valor médio.
Já é de conhecimento geral que o dólar americano
(USD) é a principal moeda do mercado de câmbio, sendo amplamente utilizada em
grandes movimentações da economia global e é a que possui a maior aceitação
mundial. Depois dele, outras moedas que merecem destaque são o euro (EUR), o
iene japonês (JPY) e a libra esterlina (GBP), seguidos do dólar canadense
(CAD), iuan chinês (CNY) e do dólar australiano (AUD).
Para se ter uma noção de como tudo está distribuído
globalmente, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), em termos de
reservas internacionais dos bancos centrais, 61,94% estão em dólares
americanos. Na sequência, 20,48% estão em euros, 4,98% em ienes japoneses,
4,49% em libras, 1,95% em dólares canadenses, 1,8% em iuans chineses e 1,69% em
dólares australianos.
Como profissional da área de câmbio, consigo
perceber nestes anos de atuação que alguns países foram aos poucos se tornando
destinos turísticos. Isso é visível, pois a procura pelas moedas destes
respectivos locais antes era baixa e hoje cresce constantemente.
Se o seu interesse for viajar para um destino
"da moda" fora do Brasil, tenha sempre a certeza de que está
realizando seu câmbio em um local seguro, onde você não será lesado de alguma
forma. No momento de compra de moedas estrangeiras, independente de qual for a
escolha ou urgência, a principal dica é sempre buscar por casas de câmbio ou
instituições financeiras que sejam devidamente cadastradas no BACEN (Banco Central
brasileiro).
Outra dica importante é que, em alguns países nos
quais a moeda local é fraca ou o país está localizado em alguma região próxima
de onde há moedas fortes, as duas podem acabar sendo aceitas. O mais indicado é
se informar sobre tais destinos e buscar por dicas sobre o que será mais
vantajoso.
Seja para viagens ou apenas por curiosidade, quem
procura saber mais sobre câmbio precisa levar estas dicas à risca. O objetivo
pode ser o lazer e descanso, mas atenção cirúrgica é fundamental para que não
ocorram dificuldades antes, ou pior, durante o caminho. Esteja sempre briefado
e siga seu destino, afinal são muitas moedas e lugares para se conhecer!
Enrico Vincioni - diretor e sócio da BeeTech,
fintech especializada em serviços digitais cross border como a Remessa Online e
a BeeCâmbio.