Jovens se conectam por osmose! Estão descobrindo o
mundo, fazem parte de mil grupos. Têm paixão e desejo pela quantidade e
não ligam tanto para qualidade porque querem experimentar.
Conforme vamos amadurecendo, consolidamos os
grupos, as preferências e com isso adequamos também o número à forma de vida.
Temos uma rotina pesada, mais responsabilidades e menos tempo para estar em
grupos. Para quem tem filhos, o tempo livre é ainda mais escasso. Nos momentos
de lazer procuramos estar com quem temos mais intimidade e assim, vamos
diminuindo as redes, restringindo o network às pessoas que já conhecemos.
Entretanto, chega um momento em que por razões
profissionais cada vez mais desafiadoras, nos damos conta que é necessário sim
ampliar a rede de conexões, mas como estamos um pouco enferrujados, não sabemos
muito como retomar o processo.
No início, os obstáculos são muitos, pois além de
acharmos um pouco chato e cansativo, tememos ser invasivos e não sabemos como
iniciar a aproximação, ou seja, temos dificuldades em criar uma conexão
efetiva.
Porém, temos de nos lembrar que a evolução da
humanidade se deu pela criação das comunidades, que se uniram em torno de
interesses comuns, sendo isso algo natural e fundamental. Até o surgimento das
redes sociais (que muitos consideram antissociais), transitamos em comunidades
de interesses comuns. As novas plataformas apenas transformaram a forma de
encontro, dado que vivemos num mundo congestionado, de difícil deslocamento,
violência e tantos outros fatores que impossibilitam que os encontros físicos
sejam tão presentes como no passado.
Portanto, continuamos os mesmos! Só mudamos a
maneira de fazer as coisas. Os encontros que antes se davam em torno da fogueira,
hoje acontecem nas redes sociais também. E o bom é que há espaço para
todas as tribos, juntos e misturados. Podemos achar quase tudo na rede e isso é
maravilhoso, mas há de se ter cautela sempre, pois temos, também, inúmeros
problemas quando nos relacionamos mal com a ferramenta. Cabe somente a nós
mesmos evitar os riscos, as exposições desnecessárias e o tempo destinado ao
mundo virtual. Administrando bem, o desenvolvimento é positivo.
A vida evolui, muda o tempo todo. Por que não seria
assim com as possibilidades que a tecnologia nos traz? Deixemos os medos e as
resistências no passado, afinal não há retorno e a inteligência artificial veio
para ficar e mudar o que conhecemos em todos os aspectos. Mas não se esqueça,
você precisa também de vitamina D e o mundo lá fora, apesar de tudo, continua
lindo e as pessoas precisam e, muito, de contato físico. Ache seu equilíbrio e
transite por todas as comunidades, sejam elas físicas ou virtuais.
E não esqueça o mais importante: Faça network! Não
importa como: seja pelo resgate do jovem – cheio de energia - ou do homem
neolítico - que fazia conexões movidas a interesses de sobrevivência -,
acione o botão que te faz reagir e siga em frente. E lembre-se não adianta só
ter o perfil na rede. É necessário conhecer as pessoas, contribuir,
compartilhar conhecimento, interagir, comentar, aplaudir e criar conexões
verdadeiras, nas quais esteja no papel de ajudar e de ser ajudado.
Outra coisa importante é a imagem que você projeta.
Num mundo onde a informação está disponível para todos 24x7, não existe mais
lugar para pessoas alienadas, que não falem de assuntos diversos, que não se
interessem pelo outro e não sustentem uma conversa séria ou banal. Há de se
divertir também, pois o humor é um grande aliado!
Você precisa se destacar no meio da multidão! E a
melhor forma de fazê-lo é tendo inteligência e elegância emocionais para
transitar sobre as mais diversas situações e ambientes com humildade, empatia e
personalidade.
Hoje, as melhores vagas não estão nas mãos dos recrutadores.
A indicação é extremamente importante na busca por recolocação profissional e
seu amigo da pista de dança ou da rede social pode ser aquele que vai lhe
indicar para a vaga que você tanto sonha. Portanto, tome a iniciativa. Seja
agente da mudança que quer ver em sua vida.
O início pode ser duro, mas depois vira rotina e
incorporamos com alegria.