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terça-feira, 31 de julho de 2018

Atividade física é fundamental para o tratamento da endometriose


A endometriose é uma doença crônica que atinge cerca de 10% das mulheres em idade fértil. A infertilidade e a dor pélvica crônica são os principais sintomas da doença. A endometriose afeta de forma significativa a qualidade de vida de quem recebe este diagnóstico.

O principal objetivo do tratamento, que pode ser medicamentoso ou cirúrgico, é reduzir a dor e/ou resgatar a fertilidade. Entretanto, os medicamentos usados no combate à endometriose podem conter hormônios e, portanto, podem levar ao aumento do peso e à retenção de líquidos.

Uma recomendação fundamental para as mulheres diagnosticadas com endometriose é adotar hábitos de vida saudáveis, entre eles a prática regular de uma atividade física. Segundo pesquisa realizada pelo cirurgião ginecológico, Dr. Edvaldo Cavalcante, em parceria com o Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade (GAPENDI), das 3 mil brasileiras com endometriose que responderam ao questionário, apenas 31% praticam algum exercício regularmente.

“Infelizmente, o nível de sedentarismo na população brasileira é alto. A vida agitada das grandes capitais leva as pessoas a caminharem menos e a ficarem mais tempo sentadas. Porém, a prática de uma atividade física é essencial para todos, inclusive para quem tem uma doença crônica como a endometriose”, comenta Dr. Edvaldo.


Encontre um exercício para chamar de seu

Segundo um estudo publicado no Journal of Physical Therapy Science, um programa de oito semanas de exercícios foi eficaz na redução da dor e na melhora de anormalidades posturais relacionadas às dores pélvicas. “O que ocorre é que a dor pélvica pode levar a mulher a adotar uma postura mais curvada, levando a uma cifose (corcunda). Portanto, se ela pratica uma atividade física que trabalhe a postura, por exemplo, como o Pilates, é esperado que esse aspecto melhore”, comenta Marília Gabriela, portadora de endometriose e coordenadora do Gapendi.

Outro ponto é que atividades físicas ajudam o organismo a produzir dois neurotransmissores, a serotonina e a dopamina. A primeira traz sensação de bem-estar e ajuda a aliviar a ansiedade, presente em 50% das entrevistadas na pesquisa, por exemplo.

A serotonina também ajuda a regular as vias sensoriais ligadas à dor e, pode, portanto, contribuir no controle da dor. A dopamina também fica mais disponível por meio dos exercícios e ajuda na sensação de prazer e bem-estar, assim como atua na memória, humor e concentração.


Controle do peso

Para as mulheres que usam hormônios para tratar a endometriose, a prática regular de um exercício é um aliado importante para ajudar no controle do peso. “A alimentação deve ser balanceada, mas é ideal somar à dieta alguma atividade física. Lembrando que esses bons hábitos não servem apenas para o tratamento da endometriose, mas contribuem também para que a mulher previna condições futuras, como as doenças cardiovasculares, muito comuns na menopausa”, acrescenta Dr. Edvaldo.


Como escolher uma atividade física

Em primeiro lugar, é preciso optar por uma atividade ou exercício que esteja alinhado com o perfil individual. Caminhada, natação, Pilates, musculação, treinos funcionais, dança, ciclismo. O importante é a regularidade e o prazer envolvido na escolha. O ideal é procurar se exercitar pelo menos 30 minutos por dia ou 60 minutos de 3 a 4 vezes por semana.

“Tudo na vida é uma questão de hábitos. Quando a pessoa é sedentária, pode ser mais difícil no começo, mas depois, certamente o tempo irá mostrar os benefícios para a saúde como um todo, sendo ainda uma estratégia importante para lidar com a endometriose”, conclui Dr. Edvaldo.



 

Combate ao câncer de fígado está diretamente ligado à prevenção da hepatite C

Número de óbitos causados pela doença viral continua crescente e preocupante no País


Reduzir em 90% o número de novos casos e diminuir em 65% a mortalidade global causada pela hepatite, doença viral infecciosa que ataca o fígado e pode ser aguda ou crônica. Essa é a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2030.

E entre os cinco subtipos da doença, a que mais preocupa é a hepatite C, que, segundo dados do último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, é a maior causa de morte entre as hepatites virais no Brasil (75,8%). O número de óbitos por esse tipo da doença vem aumentando ao longo dos anos em todas as regiões brasileiras. Entre 2000 a 2016 foram identificados 50.179 óbitos associados à hepatite C. Destes, 54% (27.103) tiveram essa infecção como a causa básica, ou seja, a doença levou a outros eventos que ocasionaram a morte do indivíduo, como nos casos de câncer de fígado.


Rastreamento preventivo

Descoberto na década de 1980, o vírus da hepatite C (HCV) atinge cerca de 2,5 milhões de brasileiros. O mais grave é que, por ser uma doença silenciosa, que demora anos para manifestar sintomas, a maioria dessas pessoas nem desconfia que está doente. Além disso, ao contrário dos demais tipos da doença, não existe vacina para a hepatite C.

"O tratamento precoce leva a uma menor probabilidade de complicações potencialmente fatais, como cirrose e câncer de fígado. Essa medida, porém, só terá impacto na mortalidade daqui a alguns anos, pois a maior parte das pessoas que falece hoje devido à hepatite C contraiu a doença há muito tempo", esclarece André Machado Alvim, infectologista do Hospital BP, principal hospital da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Os resultados de um estudo conjunto entre pesquisadores do Riken Center for Genomic Medicine, do Hiroshima University Hospital e do Sapporo-Kosei General Hospital, ambos do Japão, revelaram que a presença da hepatite C pode aumentar em até 70% a incidência de carcinoma hepatocelular (HCC), tipo mais comum de câncer de fígado.

"Estudos apontam que em indivíduos com uma boa resposta ao tratamento da hepatite C há uma redução de até 78% da chance de surgimento do câncer de fígado. Isso reforça a necessidade de diagnosticar precocemente e tratar a hepatite C como uma das estratégias para a redução dos casos não só de câncer de fígado, mas também de cirrose hepática", ressalta Fernando Maluf, diretor médico associado do Centro Oncológico da BP.



Mulheres no mercado de TI: elas ainda são minoria, mas experiência é o escudo contra preconceito e assédio


Em pesquisa realizada em Maringá e região, mulheres mais velhas e com mais tempo de atuação relatam ter sofrido menos assédio, preconceito e são mais confiantes em sua capacidade


Com os objetivos de fazer uma análise do perfil das profissionais em Tecnologia da Informação e Comunicação em Maringá-PR e de fomentar a discussão sobre a participação das mulheres na área de TIC, uma pesquisa foi conduzida para identificar a idade, o grau de formação, os cargos mais ocupados, a percepção de preconceito de gênero e assédio, e a percepção de competência das mulheres neste mercado.

A pesquisa foi respondida por analistas e professoras da Universidade Estadual de Maringá e por colaboradoras da DB1 Global Software. A universidade e a empresa foram escolhidas para a realização deste estudo inicial por se tratarem, respectivamente, da maior instituição de ensino superior e da maior empresa de TIC da cidade de Maringá. Um total de 33 mulheres respondeu ao questionário, sendo 13 profissionais da UEM (10 professoras e três analistas do NPD) e 20 da empresa.

O trabalho revelou traços interessantes das mulheres, além dos já conhecidos fatos de que o número de profissionais do gênero feminino no mercado de trabalho de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é pequeno quando comparado ao número de profissionais do gênero masculino, mas que, no entanto, diversas mulheres tiveram e têm participação importante no desenvolvimento da área.

A maioria das profissionais, 81,8%, tem formação superior. Destas, 48,5% têm ensino superior, 27,3% têm doutorado e 6% mestrado. Considerando esta pesquisa, os números mostram que a participação feminina no mercado de TIC ainda é maior no mundo acadêmico que nas empresas.

Quanto ao número de colaboradores da DB1, dos 311 colaboradores da empresa, apenas 23% são mulheres, mas um longo caminho já foi percorrido: há sete anos, a DB1 tinha uma só mulher em cargo de liderança em meio a 20 líderes, representando apenas 5%. Em 2018, a representação feminina na empresa atingiu 25%, com 10 mulheres em cargos de liderança dentre 41 líderes.

A pesquisa abordou ainda temas que ajudaram a estabelecer uma relação dessas mulheres com o mercado, levando em consideração as idades. Há uma diferença na percepção de preconceito de gênero, de assédio e de competência quando se compara a faixa etária das entrevistadas. Mulheres mais velhas e com mais tempo de atuação relatam ter sofrido menos assédio e preconceito e são mais confiantes em sua capacidade.

"Aqui na DB1 acreditamos que competência não tem a ver com gênero ou idade e mais: um ajuda o outro em busca do resultado positivo, independentemente do sexo, especialidade ou posição e cargo na empresa. Diversidade sempre gera bons frutos", diz Natália Kawatoko, gerente da área de Gestão de Pessoas na DB1. "Precisamos trabalhar bastante o incentivo da presença feminina no mercado de TI, desde a formação e inclui-las cada vez mais para garantir que essa diversidade realmente ocorra", complementa.

* Os resultados completos da pesquisa estão disponíveis no artigo de Martimiano et al. (2018). Martimiano, L. A. F., Lima, N. V., Feltrim, V. D., Roder, L. B.; Um estrato do perfil das profissionais de TIC na cidade de Maringá-PR. Anais do XXXVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC), 12º Women in Information Technology (WIT). Julho. Natal-RN. 2018.





DB1 Global Software
 http://db1.com.br/ -  http://carreira.db1.com.br/


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