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quinta-feira, 21 de junho de 2018

LIVRE-SE DO PRECONCEITO: TRANSTORNO MENTAL É DOENÇA, NÃO LOUCURA


 “Achava que psiquiatra era coisa de gente louca, mas aprendi que não”, declarou a apresentadora Ana Hickmann, recentemente, durante uma entrevista. Ana se referia ao stress que sofreu durante o episódio em Belo Horizonte, quando seu quarto de hotel foi invadido por um fã armado. Precisou buscar ajuda especializada com um psiquiatra para superar o trauma.

A declaração da apresentadora não é um caso isolado. Em pleno século XXI, numa era em que temos acesso facilitado a todo tipo de informação, ainda há pessoas que relacionam transtornos mentais à loucura.

Lembrando que o termo “loucura” era largamente usado para toda condição da mente humana caracterizada por pensamentos tidos como anormais pela sociedade. Com o passar dos anos e, enfim, a publicação da Lei de Reforma Psiquiátrica – Lei n. 10.216/2001, de 06 de abril, os portadores de transtornos mentais passaram a ter proteção e direitos em favor de diagnósticos específicos de doença mental ou psicopatologia.

No entanto, o preconceito com as doenças mentais e com as terapias ainda persiste. Isso acaba intimidando e impedindo pessoas portadoras de transtornos mentais a buscarem tratamentos adequados e bem estabelecidos para doenças como depressão, ansiedade, transtorno de pânico, estresse pós-traumático, entre outras.

A depressão, por exemplo, tida como “a doença do século XXI”, será, até 2020, a principal razão no mundo todo a incapacitar indivíduos, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Hoje em dia, mais de 120 milhões de pessoas sofrem com a depressão no mundo.

Só no Brasil, são cerca de 17 milhões, sendo que aproximadamente 850 mil pessoas morrem, ao ano, por causa da doença (normalmente, por suicídio, overdose de drogas ilícitas, consumo exagerado de álcool, entre outras razões).

Ela se caracteriza por vários sintomas: tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que gostava de fazer, pensamento negativo (ideias de fracasso, incapacidade, culpa, pensamentos de morte), alterações do sono, falta de libido, e falta de apetite.

E mesmo com tantos casos de depressão divulgados na mídia, as pessoas ainda associam a depressão à fraqueza de caráter, e acham que podem resolvê-la apenas com “força de vontade”. A verdade é que a depressão tem uma base neurobiológica, decorrente de um desequilíbrio do funcionamento de alguns neurotransmissores no cérebro.

Daí a importância de procurar ajuda médica quando os sintomas descritos estiverem se manifestando. O tratamento da depressão envolve o uso de antidepressivos, associados à psicoterapia. Vale frisar que a depressão é, sim, uma doença grave, que pode se tornar crônica e que deve ser tratada.

Assim como a depressão, os transtornos de ansiedade, de pânico, de bipolaridade, ou as inúmeras fobias que muitas pessoas têm; são doenças como qualquer outra, e exigem tratamento igualmente, com terapia e, possivelmente, medicações específicas.

Vencer os preconceitos sobre a Psiquiatria e buscar ajuda especializada são a melhor forma de tratar os transtornos mentais. O especialista fará uma avaliação detalhada para fazer o diagnóstico e irá indicar o melhor tratamento. É o caminho mais curto para superar a doença, recuperar o bem-estar e a qualidade de vida.

Portanto, antes de fazer um julgamento sem conhecimento de causa, busque informação e esclareça as dúvidas com um profissional médico. Só assim, a doença mental deixará de ser tão estigmatizada.






Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra e psicanalista. Doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. (CRMSP 34.330)


Bastante comum no fim do outono, conjuntivite pode ser evitada


Mudanças na temperatura, ambientes mais fechados e má higienização das mãos favorecem a transmissão da doença


Engana-se quem pensa que é apenas a pele que precisa de atenção especial durante o outono. Os olhos também pedem cuidados redobrados nesta época do ano. “É durante a estação de transição entre os meses quentes e frios, em que a umidade do ar é mais baixa, que há grande proliferação de microorganismos no ar que causam a conjuntivite”, explica o médico oftalmologista Dr. André Luís Alvim Malta, consultor das Óticas Diniz – maior rede do varejo óptico do Brasil.

Ainda de acordo com o especialista, outros fatores contribuem para a disseminação da doença. “Por causa das folhas das árvores, que caem com maior frequência no período, e os ambientes mais cheios e fechados, com grande aglomeração das pessoas por conta do tempo seco, os olhos ficam mais sucetíveis à afecção, inclusive porque há maior quantidade de poeira no ar. Tudo isso facilita a transmissão da conjuntivite”, afirma.

Existem três formas mais comuns da doença: bacteriana, viral e alérgica. Os principais sintomas são coceira, lacrimejamento, olhos vermelhos, secreção e sensibilidade à luz. Na conjuntivite viral os olhos ficam ainda mais inchados, podendo haver lesão nas córneas. 

“No caso da conjuntivite alérgica, pessoas que sofrem com rinite, asma, tosse alérgica ou dermatites estão mais propensos. Isso acontece porque há uma reação de hipersensibilidade a um agente específico ou substância estranha ao organismo. Normalmente poeira, ácaros e o pólen das plantas desencadeiam a doença. Porém, diferentemente dos dois primeiros casos, a conjuntivite alérgica não é transmissível”, explica Malta.

O tratamento deve ter sempre a orientação de um médico oftalmologista. “Esse é o único profissional capacitado para isso. Cada colírio tem uma indicação específica que pode ter como efeito colateral o aumento da pressão ocular e o desenvolvimento da catarata, por exemplo. Já o uso de compressas geladas, com o descarte da gaze ou do algodão no lixo logo após serem utilizados, aliviam o desconforto e a coceira, e evitam a contaminação”,  explica o especialista das Óticas Diniz.

A falta de hábitos saudáveis de higiene, como o compartilhamento de objetos pessoais, favorecem a doença nesta estação. “A prevenção deve ser feita o ano inteiro, e não apenas durante o outono, que constuma ter mais casos de conjuntivite. Por isso, evite usar fronhas e maquiagens de outras pessoas, mantenha as mãos limpas e longe do contato com o olhos, enxague o rosto apenas com toalha de papel e fique longe da exposição de agentes irritantes, como fumaça e alérgenos”, finaliza  Malta.


Óticas Diniz

Doenças respiratórias podem se agravar com a chegada do inverno


A asma é um dos problemas que “atacam” na estação e as crianças são os principais “alvos”


O inverno traz consigo, além da queda das temperaturas, fatores que merecem atenção em relação à saúde, principalmente à respiração. Doenças respiratórias, como a asma, podem se intensificar durante a estação mais fria. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, entre 2003 e 2013 – divulgado em 2016 – indica que a asma foi responsável por 38% das internações hospitalares por doenças respiratórias crônicas.

A doença é caracterizada por uma inflamação que afeta os bronquíolos pulmonares, prejudicando a passagem do ar para os pulmões. Por causa disso, o paciente apresenta, entre outros sintomas, falta de ar, tosse, cansaço, dor e sensação de aperto no peito. Se for tratada de maneira adequada, sua tendência é não evoluir, não se agravar. Por isso, é importante o paciente iniciar o tratamento assim que receber o diagnóstico, que tem conduta terapêutica específica para cada caso.

- A asma, geralmente, tem origem genética, sendo mais propensa em crianças que tenham dermatite atópica. Ela é agravada, também, pelos fatores do ambiente aos quais os pequenos são expostos logo na primeira infância, como exposição à fumaça de cigarro e às viroses respiratórias. Apesar de não ter cura, o tratamento é essencial para a não progressão da doença – orienta a Dra. Maria Fernanda Motta, coordenadora de pediatria do Hospital Rios D’Or.

Existem medidas que ajudam a evitar crises respiratórias. Dentre elas está o que os especialistas chamam de “controle de ambiente”, que são ações simples que podem trazer grandes benefícios ao paciente.

  • Aderir hábitos de higiene para não contrair viroses respiratórias;
  • Lavar roupas de inverno, roupas de cama e bichos de pelúcia e colocá-los ao sol;
  • Usar capa antialérgica no colchão e travesseiro;
  • Evitar o uso de ventiladores que podem levantar poeira;
  • Manter o filtro do ar-condicionado limpo;
  • Utilizar desumidificadores de ar em ambientes muito úmidos; umidificadores podem cooperar para a proliferação de mofo;
  • Cuidar bem da alimentação dando uma atenção especial aos alimentos ricos em vitamina C, que protege o sistema imunológico;
  • Beber muitos líquidos para manter-se bem hidratado.

- Evitar ambientes fechados, aglomerados e mofados; não ter contato com crianças gripadas; e não trocar brinquedos usados por outras crianças, principalmente aqueles que vão à boca, também ajudam bastante – destaca a especialista. 



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