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quarta-feira, 20 de junho de 2018

Eu inovo, tu inovas, ele fica sem solução... Quando a evolução tecnológica perde sua razão de ser


A situação é simples e, até certo ponto, corriqueira, infelizmente. Um dos maiores bancos do país resolve atualizar seus aplicativos para celulares, alterando as condições de acesso para certas operações. Descobre que um dos sistemas operacionais em vigência, que suporta mais de dez milhões de usuários, não comporta a mudança. Decisão tomada: Fazer a alteração, mesmo assim, deixando parte desses usuários (considerando que nem todos são clientes desse banco) sem opção para operações por meio de seus celulares.

Esses clientes são apenas e tão somente avisados da mudança, sem que lhes seja dada qualquer alternativa. Quando contatado, o banco alega que o problema é da empresa que fabrica o sistema operacional, e que a mudança na sistemática de utilização foi feita em razão do baixo nível de serviço das operadoras de celular. Eles não podem fazer nada a respeito. Simples, assim.

Como assim? Quer dizer, então, que o banco resolveu, simplesmente, livrar-se dos problemas que o envolviam, criando outro para os usuários? Isto não é pequeno, pois significa que os clientes afetados terão de mudar de celular, que funcionem com outro sistema operacional, que comporte as mudanças, não importa quanto tenham pago pelo que possuem no momento, apenas para terem a segurança de poder fazer suas movimentações financeiras quando em trânsito e em circunstâncias de mobilidade, que atualmente, não são raras. Em termos de valor de mercado, isto consiste em um grande valor para o cliente.

Não obstante, ao ser questionado, o banco alega que para a utilização de serviços que envolvam questões tecnológicas, o usuário (entenda-se, aqui, cliente) deve atender a requisitos mínimos. Está certo. Mas as regras foram mudadas no meio do jogo. Isto não foi pensado pelo banco em questão.  Afinal, quem é o cliente, nessa equação?

Sem dúvida o cliente é quem usa a tecnologia. Infelizmente, não dá para ter como certo que a percepção das propriedades de uma inovação por parte dos que a utilizam de fato será a mesma do que a daqueles que a criaram.

A maneira como o usuário percebe e adota uma inovação depende de qualidades percebidas. A nova tecnologia trará benefícios imediatos que a antiga não apresentava? Esta inovação exigirá aquisição de novos recursos para ser utilizada? É mais fácil de usar que a antiga? Seu uso é intuitivo e os resultados prometidos são fáceis de serem observados? Estes são questionamentos que talvez os gestores do banco em questão tenham se esquecido de fazer ao optarem pelas novas funcionalidades de seu aplicativo. E, justiça seja feita, a melhoria no aplicativo era relevante para o mercado.

Entretanto, assim como uma nova tecnologia demanda tempo para ser completamente adotada, os usuários necessitam de tempo para se sentirem adaptados e capacitados a utilizá-la, de forma que seu uso possa ser considerado consolidado.

Sob a égide de não se desatualizar e parar no tempo, muitas empresas se prendem às suas prospecções tecnológicas, que envolvem busca por novas tecnologias a serem incorporadas aos seus produtos e serviços, e se esquecem da experiência do usuário, que é aquele a quem tal inovação deve agregar valor de fato.

Assim, o uso da prospecção tecnológica, quando bem feito, funciona como importante ferramenta para o planejamento estratégico. É um elemento essencial dentro de uma gestão que promove a inovação como indutora de maior valor agregado aos clientes. Contudo, esta tentativa de predição de estados futuros não pode focar apenas o que será oferecido ao usuário, mas como e o quanto o seu uso trará de valor. E ter que comprar um novo celular, porque a plataforma do sistema operacional não comporta mudanças, certamente não é o caso.

A aceitação de uma nova tecnologia está diretamente relacionada à prontidão tecnológica que tem impacto na interação entre empresa e cliente. Pessoas que são otimistas em relação às novidades tecnológicas estão mais dispostas a adotarem uma nova tecnologia e possuem maior propensão a ficarem satisfeitas com seu uso.

Por outro lado, um desconforto em utilizar uma nova tecnologia está associado à insegurança, o que significa que uma pessoa desconfortável em usar uma inovação tecnológica tem maior tendência a se sentir insegura, assim como sua insegurança a leva a ser mais resistente a essa tecnologia.

Portanto, fica evidente que o valor percebido com o uso da nova solução será distinto entre os usuários, mesmo sendo todos clientes da mesma empresa, pois seus antecedentes para aceitação e uso de novas tecnologias também são distintos.

Levando-se em conta que o comportamento inovador de uma pessoa influenciará na aceitação e uso de uma nova tecnologia, torna-se inadmissível que uma empresa prospecte suas inovações tecnológicas apenas com estudos focados na própria tecnologia, deixando de lado o perfil e comportamento de seus clientes. Um erro que pode custar caro, tanto para a empresa que compromete seu relacionamento com os clientes, quanto para os usuários, que terão que arcar com a aquisição de novos recursos e adaptação para se manterem clientes da empresa.

Afinal, é mister, como empresa, ter-se sempre em mente quem é cliente de quem.



Lilian Aparecida Pasquini Miguel - doutora em Administração de Empresas, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, pesquisadora do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica e professora do mestrado profissional em Administração do Desenvolvimento de Negócios do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Coordena a equipe de orientadores de trabalhos de conclusão do curso de graduação em administração, ciências contábeis e ciência econômicas, nas unidades de São Paulo, Alphaville e Campinas.

ONG Visão Mundial promove ação para 100 crianças venezuelanas no Dia Mundial dos Refugiados em Roraima


Nesta quarta-feira (20), às 14h, crianças do abrigo indígena Pintolândia terão uma tarde diferente com sessão de cinema e brincadeiras

Refugiado é uma pessoa que sofre perseguição pela sua raça, naturalidade, religião, grupo social e que está fora do seu país, não podendo retornar por conta da repressão ou guerra. Na quarta-feira (20), é comemorado o Dia Mundial do Refugiado, que tem como objetivo oferecer apoio a esse grupo e conscientizar a sociedade sobre a importância desse tema. Nesse dia, a ONG Visão Mundial, organização não governamental humanitária especializada na proteção à infância, irá promover uma atividade cheia de descontração e brincadeiras, a partir das 14h, para 100 crianças venezuelanas na Igreja Metodista do Mecejana, em Boa Vista, em parceria com a Casa de Los Niños. As doações para o projeto da ONG com os refugiados podem ser feitas no site: www.visaomundial.org/refugiados.

Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (CANARE) do Ministério da Justiça, 33.866 pessoas solicitaram o reconhecimento da condição de refugiado no Brasil em 2017. Os venezuelanos representam mais da metade dos pedidos realizados, com 17.865 solicitações. Em seguida estão os cubanos (2.373), os haitianos (2.362) e os angolanos (2.036). Os estados com mais pedidos de refúgio são Roraima (15.955), São Paulo (9.591) e Amazonas (2.864).

Desde 2015, o Brasil recebe refugiados venezuelanos, indígenas e não indígenas, que entram pela fronteira do estado de Roraima. O país vizinho passa por uma grave crise econômica, política e social e faz com que milhares de venezuelanos deixam suas casas em busca de uma vida nova. Dessa forma, a Visão Mundial está oferendo auxílio para os venezuelanos que se abrigaram em Roraima, no município de Boa Vista, desde março deste ano em parceria com a Casa de Los Niños.

Para lembrar o Dia Mundial do Refugiado, a ONG vai realizar uma tarde especial em parceria com a Igreja Metodista do Mecejana e Casa de Lõs Niños para 100 crianças venezuelanas refugiadas no abrigo indígena Pintolândia, em Boa Vista, com sessão de cinema e brincadeiras. "Acreditamos que essa atividade vai minimizar os efeitos do confinamento das crianças, além de levar alegria e diversão, já que elas passam a maior parte dos seus dias no abrigo. Isso também vai promover a integração com a sociedade roraimense", conta Eugênio Rodrigues, coordenador de emergências da Visão Mundial.

Essa ação acontece simultaneamente com a operação da Visão Mundial que alcança famílias venezuelanas refugiadas no município de Boa Vista, em Roraima. Serão atendidas cerca de 100 crianças, de 06 a 12 anos, que vivem no abrigo indígena do Pintolândia durante quatro meses com atividades de educação, saúde, lazer e esporte, além de atividades de registro e solicitação de documentos de permanência no país. O objetivo é alcançar 1.360 pessoas e cerca 442 famílias com as ações até o fim do projeto.


Sobre a Visão Mundial
A Visão Mundial Brasil integra a parceria World Vision International, que está presente em cerca de 100 países. No País, a Visão Mundial atua desde 1975 em 10 estados, beneficiando 2,7 milhões de pessoas com projetos nas áreas de educação, saúde/proteção da infância, desenvolvimento econômico e promoção da cidadania. Seus projetos e programas têm como prioridade as crianças e adolescentes que vivem em comunidades empobrecidas e em situação de vulnerabilidade. Nesses 42 anos de atuação no Brasil, a Visão Mundial se consolida como uma organização comprometida com a superação da pobreza e da exclusão social



SERVIÇO
Ação – Dia Mundial do Refugiado
Data:
20 de junho
Horário: 14h
Local: Igreja Metodista do Mecejana
Endereço: Rua Severino Mineiro, 270 – Bairro do Mecejana
Boa Vista – Roraima – CEP: 69304-480


A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA NO DIA-A-DIA DO CIDADÃO

Muitas vezes, ouvimos diversos eleitores reclamando da política. Muitos chegam até a pensar em não mais votar, afirmando que: “não adianta nada mesmo”... que “o país, o Estado ou o município nunca melhora”..., que “os políticos são todos ladrões e safados”... e outras coisas mais. Todavia até que ponto esse tipo de pensamento faz sentido? Será que a política é assim mesmo tão ruim? No final das contas, qual é a importância da política no dia-a-dia do cidadão?

O conceito de política que conhecemos nasceu na cidade grega de Atenas e está intimamente ligado à idéia de liberdade que para o grego era a própria razão de viver. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade, e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir em público ambiente natural do político.

Segundo Aristóteles o homem é um “animal político”. Isso porque a fala é o instrumento da política e o homem é o único animal que possui essa habilidade suficientemente desenvolvida. De sorte, tudo o que fazemos desde que envolva nossos semelhantes, é um ato político. Não obstante, o homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação deste no poder.

A tarefa e o objetivo da política é a garantia da vida no sentido mais pleno, ou seja, sua missão está diretamente relacionada a grande aspiração do homem moderno: a busca da felicidade. A ação política está presente em todos os momentos da vida, seja no aspecto privado ou público. Vivemos com a família, relacionamos com as pessoas no bairro, na escola, somos parte integrante da cidade, pertencemos a um Estado, influímos em tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não, podemos participar da associação do nosso bairro ou fazer parte de uma pastoral ou trabalhar como voluntário em uma causa em que acreditamos.

Política todos nós fazemos, às vezes sem nos dar conta. Quando queima a lâmpada de um poste, ligamos para a concessionária de energia, isso já é um ato político, reclamamos de um buraco ou vazamento de água em determinada rua, protestamos contra as cobranças abusivas dos impostos, e outras coisas mais. Em todas essas ações estamos cuidando do bem comum de toda a sociedade. Político é todo cidadão que tem consciência de seus direitos, deveres e obrigações.

Caro(a) leitor(a) as eleições estão logo ai. Podemos votar em um político corrupto ou votar num bom político, precisamos sim é conhecer melhor as propostas, discursos e ações dos políticos que nos representam. Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor a política e acompanharmos com atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, Estado e país.



 

Jessé Maia Rios


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