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terça-feira, 19 de junho de 2018

Pais precisam ter mais controle sobre o acesso das crianças às novas tecnologias


Especialista comenta sobre os cuidados em relação ao tema e como ele pode afetar a educação dos pequenos


Com o avanço tecnológico e o fácil acesso à informação - que vem por meio dos canais de televisão, tablets, computadores e celulares - fica cada vez mais difícil para os pais e responsáveis filtrarem a grande quantidade de conteúdo transmitido à crianças e adolescentes. Mas o que fazer e como lidar com tanta informação sem privar os pequenos dessas tecnologias?

Para Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar, o problema não está na tecnologia em si, mas, sim, nos pais, que muitas vezes usam desses meios como mera distração, sem dar a devida importância ao que a criança está fazendo. “As crianças chegam ao mundo e são apresentadas a uma enxurrada de inversão de valores. Muitos pais e responsáveis acabam deixando os filhos em frente à televisão, tablet, celular, sem se preocupar com o que está sendo transmitido e acabam usando aquele meio apenas como uma distração”, comenta. 

O que os pais lutam para construir dentro de casa e na escola, muitas vezes, é destruído em minutos. É importante que as crianças tenham acesso à tecnologia, desde que sejam orientadas para isso. Pais/responsáveis devem esclarecer suas dúvidas e acompanhar esse processo. “O nosso papel em casa e na escola é orientar. Caso os pais/responsáveis não esteja em casa para acompanhar a criança, é importante que haja uma pessoa que possa instruí-la ou dizer, pelo menos, o que é permitido ou não”, complementa a especialista. 

A psicopedagoga explica ainda que ao assistir a determinado programa, ou ter acesso a determinado conteúdo, a criança/adolescente reflete sobre o que vê, faz conexões com a sua realidade e extrai os pontos positivos e negativos daquilo que acabou de visualizar. Nesses casos, é importante que haja uma conversa com a criança, explicando o que significa aquele programa ou informação, trazendo-a para a realidade de maneira adequada. Para finalizar, Ana Regina alerta que devemos evitar ao máximo o acesso aos conteúdos inadequados e controlar o que está sendo visto, deixando esse tempo para que a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades que ajudem significativamente seu aprendizado e evolução.  



O jeito de consumir mudou. O que o marketing e as vendas têm a ver com isso?


Logo depois da crise asiática e da implementação do Plano Real, em 1998, o consumidor precisava percorrer várias concessionárias e fazer dezenas de test drives para encontrar o veículo mais adequado. Mesmo com as matérias das revistas de automóveis, era preciso ver de perto para escolher o carro que "vestia" melhor.

Muitas vezes, o modelo escolhido não era o que aparecia no topo dos rankings e nas principais avaliações. Isso não quer dizer que as reportagens eram ruins ou os critérios de eleições inadequados, mas que os repórteres e os jurados tinham outra história, outra vivência e outras necessidades, alheias às suas.

Pouco mais de 10 anos depois, todo mundo queria comprar uma TV de tela plana. A novidade, na época, era divulgada massivamente nas propagandas de TV e jornal e também nos sites de e-commerce, já famosos no Brasil, mas com baixa confiabilidade. Nessa época, já era bem mais fácil escolher, lendo não apenas as matérias dos veículos de comunicação especializados, mas também a avaliação de usuários e reclamações em sites de defesa do consumidor. Os algoritmos já cruzavam as informações e entendiam o perfil e as necessidades específicas das pessoas. 

E o que acontece hoje em dia? Seja na hora de comprar um carro, um eletrodoméstico, uma roupa, um gadget, uma passagem aérea ou reservar um hotel, temos à nossa disposição uma infinidade de informações, provenientes de propagandas, reportagens, rankings, redes sociais, pontos de vendas, opiniões de usuários e vários outros pontos de impacto. Isso sem falar da tecnologia ancorada na inteligência artificial, que tem a capacidade de oferecer (e vender) algum produto ou serviço, antes mesmo de as pessoas perceberem que precisam daquilo. 

Mais que isso: esses robôs sabem quais são as preferências e cruzam esses inputs com a experiência de compra de consumidores com necessidades e perfis similares. Algumas pessoas se sentem sufocadas com tanta informação, outras invadidas com essa magia da oferta "sob medida". 

Eu não. Eu me sinto privilegiado! Por ter à disposição um volume de informações e uma quantidade de dados que nos deixam confortáveis a ponto de não precisar mais fazer um test drive para saber se o carro é bom (e se precisamos mesmo comprar um carro) ou não ter que cair numa armadilha antes de descobrir que um serviço não presta. 

A nossa forma de consumir não mudou. Ela foi completamente transformada. Não adianta mais a empresa investir milhões em propaganda, ter um bom departamento de marketing e uma equipe comercial competente e bem treinada. Ninguém mais compra um produto ou contrata um serviço sem utilizar esse arsenal de "armas de defesa" que está a um clique de distância. 

É inútil tentar empurrar alguma solução mirabolante goela abaixo, apostar tudo na lábia do vendedor ou na genialidade das agências. É necessário usar essa criatividade dos marqueteiros, a inteligência dos desenvolvedores de produtos, o poder de percepção, a persuasão do time de vendas e muita tecnologia para entender os clientes e oferecer o que eles realmente precisam - e não o que as marcas querem vender. O poder, que antes estava na mão das empresas, agora está na mão do consumidor!

Quem sabe seja por isso que tantas marcas estão desaparecendo... ou porque os gestores não entenderam que aportar milhões de dólares em ferramentas tecnológicas é importante, mas não o suficiente. Também é preponderante investir tempo e dinheiro nas pessoas que fazem parte das empresas. O ser humano é a única máquina capaz de desvendar os mistérios da humanidade e entender o desejo dos consumidores. Só juntando essas duas "soluções fantásticas" as marcas conseguirão sobreviver nesse novo mercado.






Claudio Stringari - vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil - Seção Paraná (ADVB-PR) e sócio da Central Press



“A geração nascida depois dos anos 2000 é uma geração founder”


 Fala é de Alan Leite, CEO da Startup Farm, no lançamento do programa CoLABore, realizado na Unibes Cultural, em que empresários e representantes de organizações do terceiro setor discutem assuntos relacionados ao empreendedorismo no Brasil


Está acontecendo hoje, em São Paulo, o lançamento do programa CoLABore, criado pelo Unibes Cultural, com patrocínio da Cielo, que pretende contribuir para o fortalecimento do ecossistema do empreendedorismo e capacitar uma nova geração de empreendedores, estimulando a participação da sociedade para potencializar o olhar para a cultura empreendedora. Em sua primeira fase, o CoLABore reúne mais de 15 palestrantes de diversas instituições para criar conexões e impulsos entre diferentes protagonistas do empreendedorismo social e criativo.

A primeira palestra do dia, “Empreendedorismo, um novo caminho profissional para o crescimento de uma geração”, teve mediação de Alan Leite, CEO da Startup Farm, que defendeu que só vamos mudar a realidade se todos tiverem a cultura empreendedora.  “A geração nascida depois dos anos 2000 é geração founder, fundadora, são pessoas que estão mais dispostas a empreender e esse é o caminho. Basta procurar um grande problema brasileiro e tentar resolver, você vai ter um grande negócio para empreender”, comentou.

Para a panelista Maure Pessanha, diretora executiva da Artemísia, aceleradora de negócios de impacto social há 14 anos no mercado, o ser humano pode ser multidimensional, pode ganhar dinheiro, querer mudar o mundo, e ter uma vida boa. Empreender pode ser um negócio lucrativo e mudar as coisas, questões sociais. “Temos gente muito boa e qualificada querendo empreender, gente querendo deixar um legado. Tem gente com senso de dever e também os jovens que já vêm com o ‘chip de empreendedorismo’. E os investidores também estão olhando para impacto de uma outra maneira”.

A executiva acredita que o empreendedor tem que se apaixonar pelo problema e não pela solução. “Algumas áreas interessantes para se empreender nos próximos anos são os serviços financeiros, uma área que tem crescido muito e ganhado cada vez mais um olhar de impacto, e também todo o mercado do ‘mais 60’ e bem-estar, por uma questão demográfica de população envelhecendo”, explicou.

“O empreendedorismo vai salvar o Brasil”
Fabio Neufeld, CEO e fundador da Kavod Lending, construiu toda sua carreira em um banco antes de ter sua empresa acelerada pelo programa de fintechs da Startup Farm. Com um espírito empreendedor, percebeu que era possível ter um negócio lucrativo e oferecer para população um serviço melhor e mais justo.

“Existe vida fora dessa coisa de ser empregado durante 30 anos da mesma empresa. O empreendedorismo vai salvar o Brasil. Quanto mais empreendedores a gente tiver, mais o Brasil vai para frente”. Para o empreendedor, é necessário buscar um propósito para a vida, entender o problema, saber como atacá-lo e, então, empreender.

Para Claudio Bessa, head da unidade de desenvolvimento ecossistema e Startup da IBM América Latina, é cada vez mais perceptível um gap entre o que se aprende e o que é utilizado no dia a dia. “Quando vamos para startup, elas são um reflexo disso, porque não teve a base. Quando você não tem o ferramental você perde a oportunidade de acelerar o processo de engajamento. Temos que usar a tecnologia a nosso favor para melhorar o mundo e a gente como seres humanos”, comenta.

O empresário continua, “Watson vai roubar empregos? Você não perde empregos, os empregos se transmutam e se ressignificam. Ou você se especializa e se atualiza, ou você desaparece. As profissões desaparecem para que possamos ter outros tipos de atividades mais condizentes com a nova realidade. Inteligência artificial vem para gerar outro tipo de empregos que a sociedade necessita”. 




Sobre a Unibes Cultural

Ao completar dois anos de atividade, a Unibes Cultural consolida seu papel de hub da cultura, do empreendedorismo criativo e das causas sociais na cidade de São Paulo, ao convergir, conectar e distribuir cultura e diferentes conhecimentos. Assim, a instituição assume a vocação não só de formadora de público, mas também de agente transformador do cenário cultural. A estratégia não é criar uma nova agenda para São Paulo, mas potencializar o que já é feito por meio de espaço, encontros, debates e reflexões para todos que querem ajudar a preparar a cidade para o futuro.


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