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terça-feira, 19 de junho de 2018

Novo estudo relaciona gastrite e câncer de estômago


Pesquisa americana definiu relação concreta entre a bactéria H.pylori e incidência de câncer no estômago


Um estudo publicado no New England Journal of Medicine indicou que o tratamento da bactéria Helicobacter pylori, responsável pelos casos de infecção gástrica, reduziu quase pela metade a incidência de câncer gástrico em estágio precoce, conforme explica o Dr. Marcos Belotto, gastrocirurgião do Hospital Sírio Libanês. "Além de mostrar resultados importantes sobre a incidência da neoplasia gástrica, a pesquisa indicou também uma melhora da atrofia do corpo gástrico, uma das consequências mais comuns da doença", alerta.

Estudos anteriores já haviam detectado a presença de lesões pré-cancerosas na mucosa gástrica em pacientes com gastrite crônica e a presença da bactéria H.pylori. "Faltava comprovar a relação direta entre a bactéria e a neoplasia, e descobrir, também, os efeitos da erradicação deste microorganismo na incidência dos tumores gástricos", destaca Belotto.

Para isso, foram avaliados 470 pacientes submetidos à cirurgia endoscópica para ressecção do tumor gástrico precoce ou de grau um. As pessoas analisadas foram divididas em dois grupos. O primeiro foi medicado com antibiótico para combate do H. pylori e o segundo recebeu placebo. Dentro da amostra, 14% dos pacientes tratados com placebo desenvolveram a neoplasia, e somente 7% daqueles que receberam o antibiótico manifestaram o problema.

Além da incidência do tumor, a pesquisa trouxe duas outras descobertas importantes. "Foi detectado também que o tratamen
to da gastrite causada pela bactéria melhorou os índices de lesões pré-cancerígenas no intestino em 36%, bem como a melhora de atrofia de corpo gástrico, muito comum no tratamento do câncer gástrico", conclui Marcos Belotto.





Estresses físicos ou emocionais podem precipitar ou ocasionar um infarto


Aconteceu ontem (17), a estreia do Brasil no Mundial da Rússia, momento tão esperado após os inesquecíveis 7x1 da Alemanha contra o Brasil. A circunstância despertou uma ansiedade ainda maior entre os torcedores brasileiros que, quatro anos depois se reuniram para vibrar e torcer mais uma vez pela seleção!

Com o resultado de 1x1, alguns se surpreenderam, outros acertaram e outros esperavam um resultado melhor, o que torna a expectativa e esperança para as próximas competições mais intensas.

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – Socesp, adverte que durante a disputa do campeonato, os torcedores, sobretudo os cardíacos, precisam evitar exageros e seguir assiduamente algumas recomendações médicas. Confira a sugestaão abaixo: 

Tome nota: Em 2014, um torcedor mineiro faleceu após um infarto durante a partida entre o Brasil e o Chile. Além disso, após a derrota do Brasil para a Holanda, em 2010, notou-se um aumento de 28% dos atendimentos por infarto nos prontos-socorros. 






Fonte: Dra. Lígia Correa - diretora do departamento de educação física da Socesp. Graduada em Educação Física (UNICAMP). Doutorado e pós-doutorado em Ciências (Cardiologia) pela FMUSP. Atualmente, pesquisadora colaboradora na Unidade de Reabilitação Cardiovascular e Fisiologia do Exercício (INCOR/FMUSP). Experiência em Fisiologia do Exercício, Fisiologia Cardiovascular e Reabilitação Cardiovascular.



Anemia Falciforme pode causar problemas cardiovasculares

Entenda mais sobre essa lesão molecular específica



Para evitar qualquer confusão, é importante que você saiba que anemia falciforme não é a deficiência de ferro no sangue. Essa, de fato, é mais conhecida; inclusive, estima-se que 90% das anemias sejam causadas em decorrência da insuficiência desse nutriente no corpo humano, já que ele atua na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células.

Com essa rápida explicação, podemos nos aprofundar a respeito do que é anemia falciforme e nos problemas cardiovasculares que podem surgir por conta dessa lesão molecular específica. O Dr. Caio Pires, médico e professor do Cetrus - centro de diagnóstico por imagem, responde às principais questões sobre o assunto. Confira a entrevista completa abaixo.


O que é anemia falciforme?

Antes de explicar o que é anemia falciforme, precisamos entender que o nosso sangue é formado de células vermelhas chamadas de hemácias, que são células repletas de hemoglobina – a responsável por dar a cor vermelha ao sangue. Essa hemoglobina chama-se "A". E a anemia falciforme é justamente quando uma pessoa não tem a hemoglobina "A". Neste caso, o corpo produz outra hemoglobina diferente e, com isso, a função de oxigenar não acontece de forma satisfatória. Para estas pessoas, as hemácias, ao invés de serem sempre arredondadas, apresentam variações de forma, formato meia lua ou foice por exemplo, de forma espontânea ou frente à um quadro de stress orgânico corriqueiro – como infecção ou desidratação. Por causa disso, as células afoiçadas têm dificuldade de passar pelas veias, que levam o sangue para os órgãos, ocasionando seu entupimento e muitas dores, principalmente nos ossos.


Quais são os sintomas?

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Geralmente aparecem a partir dos três a seis meses de vida da criança – tempo que cessa a presença das hemácias e hemoglobina materna não alterada na criança. O sintoma mais frequente são dores nos ossos e nas articulações. Mas há outras como cor amarela nos olhos e na pele, síndrome mão-pé, ou seja, crise de dor nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, o que causa inchaço, dor e vermelhidão no local, infecções como pneumonia, meningite e ferida na perna (próximo aos tornozelos).


Quais são as consequências graves?

O mais grave ocorre em decorrência do "sequestro", do aprisionamento, de células sanguíneas no baço - órgão que filtra o sangue. Quando isso acontece, o baço aumenta rapidamente e isso pode ocasionar em morte por falta de oferta de oxigênio para outros órgãos podendo ocasionar lesão não apenas pelo risco comum de trombose, de obstrução, vascular que eles apresentam. OAVC (Acidente Vascular Cerebral), popularmente chamado de derrame, é uma das apresentações mais comum desta doença. Infelizmente o acometimento se dá em pessoas jovens – adolescentes ou, até mesmo, crianças. 


Como identificar/diagnosticar?

Em decorrência de tudo o que fora mencionado anteriormente, o Dr. Caio Pires reforça a importância do teste do pezinho nas crianças logo após o nascimento. Assim, se for portador de anemia falciforme, os pais devem encaminhá-lo a um médico especialista. O diagnóstico é feito por meio da eletroforese de hemoglobina, exame laboratorial específico para o diagnóstico da anemia falciforme.

O teste de pezinho é a forma mais eficaz, porém não é a única. As crianças mais crescidas, os adolescentes e os adultos podem fazer outro exame - eletroforese de hemoglobina - para saber se têm anemia falciforme ou traço falciforme.
Por isso, se você identifica algum destes sintomas, fale com seu médico.





Cetrus
http://www.cetrus.com.br/


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