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sábado, 16 de junho de 2018

Os pets devem usar roupa durante o inverno?


Entenda quando você pode ou não colocar roupinhas no seu cão ou gato

O inverno chegou e as temperaturas já caíram em diversas cidades brasileiras. Nesta época do ano, os animais podem precisar de cuidado extra para não sofrer com o frio e ficarem doentes. Julia Oliveira de Camargo, médica veterinária da Dog Saúde,  clínica veterinária localizada em Jundiaí-SP, afirma que é aconselhável colocar roupinhas nos pets, pois eles também sentem frio, principalmente os de pelo curto.

Mas a especialista alerta que é preciso ficar atento ao escolher o tipo de roupa, pois ela pode provocar problemas de pele em alguns animais. “Há cães que são alérgicos e começam a se coçar, gerando um grande incômodo, além de outras consequências negativas, como o aparecimento de feridas e sangramentos.” 

Filhotes sofrem mais com o frio

Os filhotes, por serem mais frágeis e terem menos gordura corporal, sentem mais frio. Eles precisam de uma proteção ainda maior, pois são muito sensíveis e suscetíveis a ter o sistema imunológico enfraquecido no inverno.  “Os filhotes não podem sentir frio de jeito nenhum já que correm o risco de ficar gravemente doentes”, destaca.


Toda pelagem protege do frio?

Segundo Julia, tudo depende do tipo de pelagem. Existem cachorros que têm uma pelagem própria que os protegem.

As raças de países frios, como por exemplo Husky Siberiano e Akita, possuem pelagens que ajudam a mantê-los aquecidos. “De fato, eles acabam sofrendo no verão e não no inverno”, explica. Por outro lado, os cães Poodle e Maltês são raças mais sensíveis, que naturalmente sentem mais frio.


Nem todo pet se dá bem com qualquer tecido 

A veterinária conta que alguns animais apresentam sensibilidade ao algodão ou outros tecidos. “Nesses casos, o animal pode demonstrar sinais de que algo está errado, ele pode começar a se coçar, o pelo pode cair bastante”, esclarece.

 Caso isso ocorra, recomenda-se tirar imediatamente a roupa do animal.
 
No entanto, essa rejeição nem sempre acontece. “Também existem animais que usam as roupinhas e não têm problema nenhum”, lembra Julia.


Animais feridos ou com alergia: nada de roupinha!

A roupinha não é indicada quando o animal apresenta feridas na pele. Para que a cicatrização não demore mais, o local da ferida precisa estar aberto, para que haja oxigenação.

Além disso, cães e gatos que tenham alergia, devem ficar longe das roupinhas, pois eles podem ter muita coceira e há casos em que eles se coçam tanto que a pele chega a sangrar. “Para protegê-los contra o frio, vale deixá-los em um ambiente mais aquecido, junto com almofadinhas e cobertinhas”, sugere a médica veterinária da Dog Saúde.






Julia Oliveira de Camargo (CRMV 38.373) - Médica Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi e proprietária do Hospital Veterinário Dog Saude (http://dogsaudejundiai.com.br)  

Médicos-veterinários dão dicas para prevenir a gripe em pets


Transmissão não acontece entre cão e ser humano

Grandes variações de temperatura e baixa umidade do ar, situações frequentes no outono e também no inverno,  fazem com que a incidência de doenças respiratórias em cães aumente nesta época do ano.

Por isso, é importante manter os pets aquecidos e abrigados, especialmente nos dias mais frios, como sugere o médico-veterinário Rodrigo Mainardi, presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP). "É interessante manter os animais em áreas cobertas e longe de corredores de vento, para tentar amenizar as mudanças bruscas de temperatura."

Deixar os cães em lugares fechados, onde não há circulação de ar, ou em locais com grande concentração de animais, como creches, canis e abrigos, também favorece a transmissão de viroses, explica a médica-veterinária Rosangela Gebara, membro da Comissão Técnica do Bem-Estar Animal do CRMV-SP.

"Quase todos os cães são suscetíveis à infecção da gripe canina e a doença tende a se espalhar mais facilmente entre os animais que ficam alojados em um mesmo local" observa a médica-veterinária.

Há dois tipos do vírus Influenza A que causam gripe em cães - o H3N8 e o H3N2. "Esses vírus causam a doença em cães, mas não em seres humanos" enfatiza Rosangela. A gripe canina pode ser transmitida por meio de tosse e espirros de cães infectados e também por cães não infectados que entraram em contato com objetos contaminados.


Sintomas

O médico-veterinário Rodrigo Mainardi explica que, como na gripe humana, coriza, tosse seca e apatia são os primeiros sintomas observados nos animais gripados. Mas eles também podem apresentar espirros, febre e falta de apetite. "Como muitas doenças graves nos cães também são virais e possuem esses mesmos sinais, assim que o tutor perceber os sintomas é recomendável a visita ao médico-veterinário", orienta.

Rosangela Gebara ressalta que a maioria dos cães melhora após duas ou três semanas. "Dependendo da gravidade dos sintomas e do status imunitário do animal, ou seja, se for um animal muito jovem, idoso, com a imunidade baixa ou com alguma outra doença concomitante, a gripe pode piorar", diz. Nesse caso, o animal pode ter uma infecção bacteriana secundária e desenvolver uma pneumonia, que pode se agravar e levar o animal à morte se não for tratada.


Cuidados

Se o cão estiver com gripe é importante mantê-lo bem hidratado, disponibilizando água fresca em diversos pontos da casa. A médica-veterinária Rosangela Gebara também recomenda reforçar a alimentação. "Animais gripados necessitam de um maior aporte calórico para enfrentar a infecção, portanto devemos oferecer alimentos mais palatáveis e em maior frequência e quantidade."

Também é importante evitar ao máximo dar banhos no animal doente. Se for realmente necessário, o mais indicado é dar banhos rápidos, com água morna, lembrando de secar bem o pelo do animal.

Quanto aos passeios, deve-se seguir a rotina do animal, evitando, no entanto, exercícios muito intensos, passeios na chuva ou nas horas do dia em que a temperatura esteja muito baixa. "Os passeios diários, seguindo o ritmo do cão, são benéficos e não devem ser cortados, só se for por recomendação médica-veterinária" diz Rosangela.

Para o médico-veterinário Rodrigo Mainardi, os cuidados variam de animal para animal, por isso é importante que o tutor siga as orientações do profissional que acompanha o pet.

"Em alguns casos o médico-veterinário pode prescrever antiinflamatórios e/ou xaropes com anti-histamínicos para melhorar os sintomas da tosse e coriza" esclarece Rosangela.

Roupas, assim como caminhas, casinhas, potes de água e de comida não devem ser compartilhados com outros animais enquanto o cão estiver doente. "Como em toda gripe, a transmissão é fácil e rápida, portanto o isolamento do animal também é recomendado" complementa Mainardi.


Prevenção

Existem vacinas que protegem contra o vírus da parainfluenza canina. Essas vacinas devem ser aplicadas, de forma preventiva, em filhotes a partir das oito semanas de vida e repetidas anualmente, seguindo sempre a recomendação do fabricante e do médico-veterinário. Geralmente são vacinas de aplicação intranasal e que protegem também contra Adenovírus Canino Tipo 2 e Bordetella bronchiseptica, uma bactéria que pode causar bronquite.

"As vacinas só devem ser aplicadas por um médico-veterinário e somente em animais saudáveis. Não se deve vacinar animais enfermos, subnutridos, parasitados ou sob condições de estresse", alerta a médica-veterinária Rosangela Gebara.


Outras medidas podem contribuir para evitar que o animal fique gripado:

evitar passeios em dias muito frios;
não deixar o cão dormir ao relento, protegendo-o de correntes de ar e intempéries;
colocar cobertores nas casinhas e roupas para mantê-los aquecidos nos dias frios. Os tutores devem priorizar o uso de roupinhas confortáveis e que não restrinjam a movimentação do animal;
manter o cão bem hidratado;
oferecer uma quantidade maior de alimentos e que sejam mais agradáveis ao paladar, a fim de manter a imunidade do animal.






Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo, com mais de 34 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, Estados e Municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


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